Postagem engana ao afirmar existir guerra entre Israel, Líbano, Síria e Iraque


Escalada mais recente do conflito no Oriente Médio envolve Israel e milícia xiita Hezbollah; áreas de Israel, do Líbano e da Síria foram bombardeadas

Por Gabriel Belic
Atualização:

O que estão compartilhando: postagem afirma que Israel sofre uma “grande covardia” de três países de uma vez, pois está em guerra simultânea contra Iraque, Líbano e Síria.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Líbano, Iraque e Síria não declararam guerra contra Israel. Os israelenses estão em conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas no sul de Israel. Diante disso, Israel bombardeou diferentes áreas no Líbano e na Síria, sob a justificativa de atingir alvos do Hezbollah.

Embora o grupo xiita exerça influência sobre a política libanesa, especialmente no sul do país, recentemente perdeu as eleições legislativas e atualmente ocupa os ministérios de Obras Públicas e do Trabalho. Por lei, o governo do Líbano é dividido de forma sectária: o presidente e o chefe das Forças Armadas devem ser cristãos maronitas; o premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento, xiita.

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Ataque aéreo israelense atinge área residencial em Beirute, no Líbano, em 28 de setembro Foto: Hussein Malla

Saiba mais: a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah foi iniciada em outubro do ano passado, quando o grupo palestino Hamas realizou ataque em solo israelense. O Hezbollah afirma ter atacado em apoio ao Hamas. Israel, por outro lado, alega estar defendendo o território.

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Em 20 de setembro deste ano, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Beirute matou um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil. Cerca de 10 comandantes seniores do grupo libanês foram mortos, de acordo com Israel. Segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 45 pessoas morreram na ofensiva.

Um dia depois, o exército israelense atacou novamente o sul do Líbano, com intuito de atingir cerca de 400 alvos do Hezbollah. A milícia libanesa também disparou mísseis no norte de Israel, o que resultou em feridos. A maioria dos ataques aéreos do Hezbollah, contudo, foi interceptada.

No último domingo, 22, o více-líder do Hezbollah, Naim Kassem, declarou uma “guerra indefinida” contra Israel. A milícia lançou mais de 100 foguetes no norte do país, que atingiram uma área civil perto de Haifa. Autoridades israelenses relataram feridos e um adolescente morto. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu alegou tomar “qualquer ação necessária” para diminuir a ameaça do Hezbollah.

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Nesta segunda-feira, 23, Israel intensificou a ofensiva e bombardeou alvos militares no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas. O governo libanês afirma que mulheres, crianças e profissionais da saúde estavam entre os mortos e feridos. Autoridades libanesas relataram que moradores receberam mensagens enviadas por Israel com alertas sobre a iminência dos ataques.

Já neste sábado, 28, Israel declarou ter matado o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio. O exército israelense afirmou que vários outros comandantes da milícia foram mortos no ataque aéreo desta sexta-feira, 27.

De acordo com Israel, a “nova fase” da guerra contra o Hezbollah tem como objetivo fazer com que israelenses do norte retornem ao território. Isso porque os intensos bombardeios ao longo de meses na fronteira entre Israel e Líbano forçaram a retirada de moradores do norte de terras israelenses. O Hezbollah, por sua vez, nega recuo na ofensiva até um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

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Envolvimento do Líbano, Síria e Iraque

A peça verificada afirma que os países do Líbano, Síria e Iraque estariam diretamente em guerra contra Israel, o que não é verdade. O Hezbollah surgiu na década de 1980, após a invasão israelense no Líbano. Embora o grupo exerça influência na política libanesa, atualmente não ocupa posição de liderança no governo.

Dois países fazem fronteira com o Líbano: Israel e Síria. A Síria integra uma aliança informal formada por países árabes, sob liderança do Irã, que se opõem ao Estado de Israel. Autoridades israelenses entendem a Síria como um importante canal de reabastecimento bélico iraniano do Hezbollah. Nesta quinta-feira, 26, o exército israelense bombardeou a fronteira entre o Líbano e a Síria, sob justificativa de barrar transferência de armas.

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Na escalada mais recente de tensão, não há registros de ataques israelenses no Iraque. O grupo Resistência Islâmica no Iraque, contudo, lançou ataque de drone contra o norte de Israel em 22 de setembro.

O que existe, portanto, é o conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio. No caso da escalada recente de tensão, os confrontos envolvem o Estado de Israel e a milícia Hezbollah. No entanto, não há guerra declarada entre os governos desses quatro países, como alega a postagem verificada.

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O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, contudo, criou um temor internacional por uma “guerra total”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar trabalhando para evitar um conflito generalizado e disse que uma solução diplomática ainda seria possível.

O que estão compartilhando: postagem afirma que Israel sofre uma “grande covardia” de três países de uma vez, pois está em guerra simultânea contra Iraque, Líbano e Síria.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Líbano, Iraque e Síria não declararam guerra contra Israel. Os israelenses estão em conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas no sul de Israel. Diante disso, Israel bombardeou diferentes áreas no Líbano e na Síria, sob a justificativa de atingir alvos do Hezbollah.

Embora o grupo xiita exerça influência sobre a política libanesa, especialmente no sul do país, recentemente perdeu as eleições legislativas e atualmente ocupa os ministérios de Obras Públicas e do Trabalho. Por lei, o governo do Líbano é dividido de forma sectária: o presidente e o chefe das Forças Armadas devem ser cristãos maronitas; o premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento, xiita.

Ataque aéreo israelense atinge área residencial em Beirute, no Líbano, em 28 de setembro Foto: Hussein Malla

Saiba mais: a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah foi iniciada em outubro do ano passado, quando o grupo palestino Hamas realizou ataque em solo israelense. O Hezbollah afirma ter atacado em apoio ao Hamas. Israel, por outro lado, alega estar defendendo o território.

Em 20 de setembro deste ano, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Beirute matou um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil. Cerca de 10 comandantes seniores do grupo libanês foram mortos, de acordo com Israel. Segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 45 pessoas morreram na ofensiva.

Um dia depois, o exército israelense atacou novamente o sul do Líbano, com intuito de atingir cerca de 400 alvos do Hezbollah. A milícia libanesa também disparou mísseis no norte de Israel, o que resultou em feridos. A maioria dos ataques aéreos do Hezbollah, contudo, foi interceptada.

No último domingo, 22, o více-líder do Hezbollah, Naim Kassem, declarou uma “guerra indefinida” contra Israel. A milícia lançou mais de 100 foguetes no norte do país, que atingiram uma área civil perto de Haifa. Autoridades israelenses relataram feridos e um adolescente morto. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu alegou tomar “qualquer ação necessária” para diminuir a ameaça do Hezbollah.

Nesta segunda-feira, 23, Israel intensificou a ofensiva e bombardeou alvos militares no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas. O governo libanês afirma que mulheres, crianças e profissionais da saúde estavam entre os mortos e feridos. Autoridades libanesas relataram que moradores receberam mensagens enviadas por Israel com alertas sobre a iminência dos ataques.

Já neste sábado, 28, Israel declarou ter matado o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio. O exército israelense afirmou que vários outros comandantes da milícia foram mortos no ataque aéreo desta sexta-feira, 27.

De acordo com Israel, a “nova fase” da guerra contra o Hezbollah tem como objetivo fazer com que israelenses do norte retornem ao território. Isso porque os intensos bombardeios ao longo de meses na fronteira entre Israel e Líbano forçaram a retirada de moradores do norte de terras israelenses. O Hezbollah, por sua vez, nega recuo na ofensiva até um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Envolvimento do Líbano, Síria e Iraque

A peça verificada afirma que os países do Líbano, Síria e Iraque estariam diretamente em guerra contra Israel, o que não é verdade. O Hezbollah surgiu na década de 1980, após a invasão israelense no Líbano. Embora o grupo exerça influência na política libanesa, atualmente não ocupa posição de liderança no governo.

Dois países fazem fronteira com o Líbano: Israel e Síria. A Síria integra uma aliança informal formada por países árabes, sob liderança do Irã, que se opõem ao Estado de Israel. Autoridades israelenses entendem a Síria como um importante canal de reabastecimento bélico iraniano do Hezbollah. Nesta quinta-feira, 26, o exército israelense bombardeou a fronteira entre o Líbano e a Síria, sob justificativa de barrar transferência de armas.

Na escalada mais recente de tensão, não há registros de ataques israelenses no Iraque. O grupo Resistência Islâmica no Iraque, contudo, lançou ataque de drone contra o norte de Israel em 22 de setembro.

O que existe, portanto, é o conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio. No caso da escalada recente de tensão, os confrontos envolvem o Estado de Israel e a milícia Hezbollah. No entanto, não há guerra declarada entre os governos desses quatro países, como alega a postagem verificada.

O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, contudo, criou um temor internacional por uma “guerra total”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar trabalhando para evitar um conflito generalizado e disse que uma solução diplomática ainda seria possível.

O que estão compartilhando: postagem afirma que Israel sofre uma “grande covardia” de três países de uma vez, pois está em guerra simultânea contra Iraque, Líbano e Síria.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Líbano, Iraque e Síria não declararam guerra contra Israel. Os israelenses estão em conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas no sul de Israel. Diante disso, Israel bombardeou diferentes áreas no Líbano e na Síria, sob a justificativa de atingir alvos do Hezbollah.

Embora o grupo xiita exerça influência sobre a política libanesa, especialmente no sul do país, recentemente perdeu as eleições legislativas e atualmente ocupa os ministérios de Obras Públicas e do Trabalho. Por lei, o governo do Líbano é dividido de forma sectária: o presidente e o chefe das Forças Armadas devem ser cristãos maronitas; o premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento, xiita.

Ataque aéreo israelense atinge área residencial em Beirute, no Líbano, em 28 de setembro Foto: Hussein Malla

Saiba mais: a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah foi iniciada em outubro do ano passado, quando o grupo palestino Hamas realizou ataque em solo israelense. O Hezbollah afirma ter atacado em apoio ao Hamas. Israel, por outro lado, alega estar defendendo o território.

Em 20 de setembro deste ano, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Beirute matou um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil. Cerca de 10 comandantes seniores do grupo libanês foram mortos, de acordo com Israel. Segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 45 pessoas morreram na ofensiva.

Um dia depois, o exército israelense atacou novamente o sul do Líbano, com intuito de atingir cerca de 400 alvos do Hezbollah. A milícia libanesa também disparou mísseis no norte de Israel, o que resultou em feridos. A maioria dos ataques aéreos do Hezbollah, contudo, foi interceptada.

No último domingo, 22, o více-líder do Hezbollah, Naim Kassem, declarou uma “guerra indefinida” contra Israel. A milícia lançou mais de 100 foguetes no norte do país, que atingiram uma área civil perto de Haifa. Autoridades israelenses relataram feridos e um adolescente morto. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu alegou tomar “qualquer ação necessária” para diminuir a ameaça do Hezbollah.

Nesta segunda-feira, 23, Israel intensificou a ofensiva e bombardeou alvos militares no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas. O governo libanês afirma que mulheres, crianças e profissionais da saúde estavam entre os mortos e feridos. Autoridades libanesas relataram que moradores receberam mensagens enviadas por Israel com alertas sobre a iminência dos ataques.

Já neste sábado, 28, Israel declarou ter matado o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio. O exército israelense afirmou que vários outros comandantes da milícia foram mortos no ataque aéreo desta sexta-feira, 27.

De acordo com Israel, a “nova fase” da guerra contra o Hezbollah tem como objetivo fazer com que israelenses do norte retornem ao território. Isso porque os intensos bombardeios ao longo de meses na fronteira entre Israel e Líbano forçaram a retirada de moradores do norte de terras israelenses. O Hezbollah, por sua vez, nega recuo na ofensiva até um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Envolvimento do Líbano, Síria e Iraque

A peça verificada afirma que os países do Líbano, Síria e Iraque estariam diretamente em guerra contra Israel, o que não é verdade. O Hezbollah surgiu na década de 1980, após a invasão israelense no Líbano. Embora o grupo exerça influência na política libanesa, atualmente não ocupa posição de liderança no governo.

Dois países fazem fronteira com o Líbano: Israel e Síria. A Síria integra uma aliança informal formada por países árabes, sob liderança do Irã, que se opõem ao Estado de Israel. Autoridades israelenses entendem a Síria como um importante canal de reabastecimento bélico iraniano do Hezbollah. Nesta quinta-feira, 26, o exército israelense bombardeou a fronteira entre o Líbano e a Síria, sob justificativa de barrar transferência de armas.

Na escalada mais recente de tensão, não há registros de ataques israelenses no Iraque. O grupo Resistência Islâmica no Iraque, contudo, lançou ataque de drone contra o norte de Israel em 22 de setembro.

O que existe, portanto, é o conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio. No caso da escalada recente de tensão, os confrontos envolvem o Estado de Israel e a milícia Hezbollah. No entanto, não há guerra declarada entre os governos desses quatro países, como alega a postagem verificada.

O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, contudo, criou um temor internacional por uma “guerra total”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar trabalhando para evitar um conflito generalizado e disse que uma solução diplomática ainda seria possível.

O que estão compartilhando: postagem afirma que Israel sofre uma “grande covardia” de três países de uma vez, pois está em guerra simultânea contra Iraque, Líbano e Síria.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Líbano, Iraque e Síria não declararam guerra contra Israel. Os israelenses estão em conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas no sul de Israel. Diante disso, Israel bombardeou diferentes áreas no Líbano e na Síria, sob a justificativa de atingir alvos do Hezbollah.

Embora o grupo xiita exerça influência sobre a política libanesa, especialmente no sul do país, recentemente perdeu as eleições legislativas e atualmente ocupa os ministérios de Obras Públicas e do Trabalho. Por lei, o governo do Líbano é dividido de forma sectária: o presidente e o chefe das Forças Armadas devem ser cristãos maronitas; o premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento, xiita.

Ataque aéreo israelense atinge área residencial em Beirute, no Líbano, em 28 de setembro Foto: Hussein Malla

Saiba mais: a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah foi iniciada em outubro do ano passado, quando o grupo palestino Hamas realizou ataque em solo israelense. O Hezbollah afirma ter atacado em apoio ao Hamas. Israel, por outro lado, alega estar defendendo o território.

Em 20 de setembro deste ano, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Beirute matou um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil. Cerca de 10 comandantes seniores do grupo libanês foram mortos, de acordo com Israel. Segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 45 pessoas morreram na ofensiva.

Um dia depois, o exército israelense atacou novamente o sul do Líbano, com intuito de atingir cerca de 400 alvos do Hezbollah. A milícia libanesa também disparou mísseis no norte de Israel, o que resultou em feridos. A maioria dos ataques aéreos do Hezbollah, contudo, foi interceptada.

No último domingo, 22, o více-líder do Hezbollah, Naim Kassem, declarou uma “guerra indefinida” contra Israel. A milícia lançou mais de 100 foguetes no norte do país, que atingiram uma área civil perto de Haifa. Autoridades israelenses relataram feridos e um adolescente morto. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu alegou tomar “qualquer ação necessária” para diminuir a ameaça do Hezbollah.

Nesta segunda-feira, 23, Israel intensificou a ofensiva e bombardeou alvos militares no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas. O governo libanês afirma que mulheres, crianças e profissionais da saúde estavam entre os mortos e feridos. Autoridades libanesas relataram que moradores receberam mensagens enviadas por Israel com alertas sobre a iminência dos ataques.

Já neste sábado, 28, Israel declarou ter matado o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio. O exército israelense afirmou que vários outros comandantes da milícia foram mortos no ataque aéreo desta sexta-feira, 27.

De acordo com Israel, a “nova fase” da guerra contra o Hezbollah tem como objetivo fazer com que israelenses do norte retornem ao território. Isso porque os intensos bombardeios ao longo de meses na fronteira entre Israel e Líbano forçaram a retirada de moradores do norte de terras israelenses. O Hezbollah, por sua vez, nega recuo na ofensiva até um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Envolvimento do Líbano, Síria e Iraque

A peça verificada afirma que os países do Líbano, Síria e Iraque estariam diretamente em guerra contra Israel, o que não é verdade. O Hezbollah surgiu na década de 1980, após a invasão israelense no Líbano. Embora o grupo exerça influência na política libanesa, atualmente não ocupa posição de liderança no governo.

Dois países fazem fronteira com o Líbano: Israel e Síria. A Síria integra uma aliança informal formada por países árabes, sob liderança do Irã, que se opõem ao Estado de Israel. Autoridades israelenses entendem a Síria como um importante canal de reabastecimento bélico iraniano do Hezbollah. Nesta quinta-feira, 26, o exército israelense bombardeou a fronteira entre o Líbano e a Síria, sob justificativa de barrar transferência de armas.

Na escalada mais recente de tensão, não há registros de ataques israelenses no Iraque. O grupo Resistência Islâmica no Iraque, contudo, lançou ataque de drone contra o norte de Israel em 22 de setembro.

O que existe, portanto, é o conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio. No caso da escalada recente de tensão, os confrontos envolvem o Estado de Israel e a milícia Hezbollah. No entanto, não há guerra declarada entre os governos desses quatro países, como alega a postagem verificada.

O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, contudo, criou um temor internacional por uma “guerra total”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar trabalhando para evitar um conflito generalizado e disse que uma solução diplomática ainda seria possível.

O que estão compartilhando: postagem afirma que Israel sofre uma “grande covardia” de três países de uma vez, pois está em guerra simultânea contra Iraque, Líbano e Síria.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Líbano, Iraque e Síria não declararam guerra contra Israel. Os israelenses estão em conflito com a milícia xiita libanesa Hezbollah desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas no sul de Israel. Diante disso, Israel bombardeou diferentes áreas no Líbano e na Síria, sob a justificativa de atingir alvos do Hezbollah.

Embora o grupo xiita exerça influência sobre a política libanesa, especialmente no sul do país, recentemente perdeu as eleições legislativas e atualmente ocupa os ministérios de Obras Públicas e do Trabalho. Por lei, o governo do Líbano é dividido de forma sectária: o presidente e o chefe das Forças Armadas devem ser cristãos maronitas; o premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento, xiita.

Ataque aéreo israelense atinge área residencial em Beirute, no Líbano, em 28 de setembro Foto: Hussein Malla

Saiba mais: a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah foi iniciada em outubro do ano passado, quando o grupo palestino Hamas realizou ataque em solo israelense. O Hezbollah afirma ter atacado em apoio ao Hamas. Israel, por outro lado, alega estar defendendo o território.

Em 20 de setembro deste ano, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Beirute matou um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil. Cerca de 10 comandantes seniores do grupo libanês foram mortos, de acordo com Israel. Segundo informações do Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 45 pessoas morreram na ofensiva.

Um dia depois, o exército israelense atacou novamente o sul do Líbano, com intuito de atingir cerca de 400 alvos do Hezbollah. A milícia libanesa também disparou mísseis no norte de Israel, o que resultou em feridos. A maioria dos ataques aéreos do Hezbollah, contudo, foi interceptada.

No último domingo, 22, o více-líder do Hezbollah, Naim Kassem, declarou uma “guerra indefinida” contra Israel. A milícia lançou mais de 100 foguetes no norte do país, que atingiram uma área civil perto de Haifa. Autoridades israelenses relataram feridos e um adolescente morto. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu alegou tomar “qualquer ação necessária” para diminuir a ameaça do Hezbollah.

Nesta segunda-feira, 23, Israel intensificou a ofensiva e bombardeou alvos militares no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas. O governo libanês afirma que mulheres, crianças e profissionais da saúde estavam entre os mortos e feridos. Autoridades libanesas relataram que moradores receberam mensagens enviadas por Israel com alertas sobre a iminência dos ataques.

Já neste sábado, 28, Israel declarou ter matado o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um bombardeio. O exército israelense afirmou que vários outros comandantes da milícia foram mortos no ataque aéreo desta sexta-feira, 27.

De acordo com Israel, a “nova fase” da guerra contra o Hezbollah tem como objetivo fazer com que israelenses do norte retornem ao território. Isso porque os intensos bombardeios ao longo de meses na fronteira entre Israel e Líbano forçaram a retirada de moradores do norte de terras israelenses. O Hezbollah, por sua vez, nega recuo na ofensiva até um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Envolvimento do Líbano, Síria e Iraque

A peça verificada afirma que os países do Líbano, Síria e Iraque estariam diretamente em guerra contra Israel, o que não é verdade. O Hezbollah surgiu na década de 1980, após a invasão israelense no Líbano. Embora o grupo exerça influência na política libanesa, atualmente não ocupa posição de liderança no governo.

Dois países fazem fronteira com o Líbano: Israel e Síria. A Síria integra uma aliança informal formada por países árabes, sob liderança do Irã, que se opõem ao Estado de Israel. Autoridades israelenses entendem a Síria como um importante canal de reabastecimento bélico iraniano do Hezbollah. Nesta quinta-feira, 26, o exército israelense bombardeou a fronteira entre o Líbano e a Síria, sob justificativa de barrar transferência de armas.

Na escalada mais recente de tensão, não há registros de ataques israelenses no Iraque. O grupo Resistência Islâmica no Iraque, contudo, lançou ataque de drone contra o norte de Israel em 22 de setembro.

O que existe, portanto, é o conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio. No caso da escalada recente de tensão, os confrontos envolvem o Estado de Israel e a milícia Hezbollah. No entanto, não há guerra declarada entre os governos desses quatro países, como alega a postagem verificada.

O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, contudo, criou um temor internacional por uma “guerra total”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar trabalhando para evitar um conflito generalizado e disse que uma solução diplomática ainda seria possível.

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