Sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima


Postagens alegam que sistema causou desastre no Rio Grande do Sul; cientistas que participam do programa criado pela Universidade de Alaska Fairbanks negam que o sistema tenha qualquer interferência no clima

Por Projeto Comprova

Feito em parceria com o Projeto Comprova. Leia mais sobre a coalizão.

Conteúdo investigado: Um post com vídeo e a legenda “Haarp – A manipulação do clima está cada vez mais evidente. Por exemplo: Granizo no deserto saudita parece normal para você?” e “clima em muitas partes do mundo está sendo manipulado, por homens que brincam de ‘ser Deus’!”. Outro post afirma que “estão usando o Haarp no Rio Grande do Sul”.

Onde foi publicado: X.

continua após a publicidade

Conclusão do Comprova: Não há nenhuma evidência de que o clima possa ser manipulado pelo Haarp, sigla para “High-frequency Active Auroral Research Program”, ou Programa de Pesquisa Ativa de Alta Frequência de Auroras, em português. O projeto foi criado pela Universidade de Alaska Fairbanks nos anos 1990 para estudar ondas na ionosfera –camada atmosférica cuja altura pode variar de 50 a mil quilômetros acima da superfície terrestre.

Para isso, os cientistas usam um conjunto de antenas para emitir ondas eletromagnéticas a essas distâncias e observar como elas se comportam, segundo a página do Haarp no site da universidade. A ionosfera é onde a radiação do Sol perde ou ganha elétrons, no processo chamado de ionização. Essas partículas podem refletir ondas de rádio e sinais de GPS, por exemplo.

continua após a publicidade
Haarp, sistema de ondas eletromagnéticas, não manipula o clima Foto: Reprodução/X

“O sistema do Haarp é basicamente um grande transmissor de rádio. As ondas de rádio reagem às correntes elétricas, e não interagem de maneira significativa com a troposfera [camada atmosférica que produz o clima terrestre]”, diz a página do projeto. “Como não há interação, não tem como controlar o clima.”

Os integrantes do Haarp explicam ainda que o Sol emite várias ondas que chegam à ionosfera, e que, se esses raios não influenciam as condições climáticas, não há nenhuma chance de que as antenas da universidade consigam fazer isso.

continua após a publicidade

Além disso, não é incomum que haja granizo ou neve na Arábia Saudita, diferentemente do que afirma um dos posts virais. O próprio site oficial de turismo do país diz que o evento acontece com relativa frequência, principalmente nas montanhas da região norte, e oferece passeios de camelo pelos locais. Foram encontrados diversos registros dessas condições climáticas pelo país em meios de comunicação sauditas, como o estatal Al Arabiya nos dias 28 e 30 de abril.

O post enganoso cita granizo na legenda, mas o mesmo vídeo foi publicado pelo site de notícias marroquino Alyaoum24 como sendo neve o que aparece nas imagens. Ainda segundo o veículo, a gravação foi feita na região de Taif, na Arábia Saudita.

Tampouco o Haarp é o causador da tragédia que vem assolando o Rio Grande do Sul, como sugere um post segundo o qual estão usando o sistema no Estado. Entre os comentários, teve quem escreveu “gente, querem destruir o Sul” e “eles estão preparando mais desastres ‘naturais’”.

continua após a publicidade

Como informou a Folha, “projeções elaboradas há anos previam exatamente um aumento das chuvas extremas e inundações na região com o avanço do aquecimento global”. E a seção Comprova Explica já mostrou que é consenso científico que a ação humana causa mudanças climáticas, como a da tragédia no Sul.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

continua após a publicidade

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 8 de maio, a publicação sobre granizo no deserto tinha 417,6 mil visualizações e 5 mil curtidas. Já o post sobre as nuvens no Rio Grande do Sul havia sido visualizado mais de 2 milhões de vezes e curtido 8 mil vezes até a data.

Fontes que consultamos: Fizemos buscas reversas no Google das imagens do vídeo, e verificamos em veículos de imprensa que não é incomum que haja granizo e neve no país. Por fim, entramos na página do Haarp e verificamos que o projeto é alvo de conspirações desde a sua criação. Em 2022, por exemplo, o programa foi acusado, sem nenhum fundamento, de mandar chuvas para sabotar acampamentos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

continua após a publicidade

Outras checagens sobre o tema: O Comprova passou a verificar conteúdos relacionados a mudanças climáticas neste ano. As publicações mais recentes concluíram ser falso que alimentos com ‘selo da rã’ sejam sintéticos e produzidos por Bill Gates e que a Suécia abandonou metas de desenvolvimento sustentável. O projeto também trouxe detalhes, na seção Comprova Explica, de por que é consenso científico que ação humana causa mudanças climáticas.

Feito em parceria com o Projeto Comprova. Leia mais sobre a coalizão.

Conteúdo investigado: Um post com vídeo e a legenda “Haarp – A manipulação do clima está cada vez mais evidente. Por exemplo: Granizo no deserto saudita parece normal para você?” e “clima em muitas partes do mundo está sendo manipulado, por homens que brincam de ‘ser Deus’!”. Outro post afirma que “estão usando o Haarp no Rio Grande do Sul”.

Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Não há nenhuma evidência de que o clima possa ser manipulado pelo Haarp, sigla para “High-frequency Active Auroral Research Program”, ou Programa de Pesquisa Ativa de Alta Frequência de Auroras, em português. O projeto foi criado pela Universidade de Alaska Fairbanks nos anos 1990 para estudar ondas na ionosfera –camada atmosférica cuja altura pode variar de 50 a mil quilômetros acima da superfície terrestre.

Para isso, os cientistas usam um conjunto de antenas para emitir ondas eletromagnéticas a essas distâncias e observar como elas se comportam, segundo a página do Haarp no site da universidade. A ionosfera é onde a radiação do Sol perde ou ganha elétrons, no processo chamado de ionização. Essas partículas podem refletir ondas de rádio e sinais de GPS, por exemplo.

Haarp, sistema de ondas eletromagnéticas, não manipula o clima Foto: Reprodução/X

“O sistema do Haarp é basicamente um grande transmissor de rádio. As ondas de rádio reagem às correntes elétricas, e não interagem de maneira significativa com a troposfera [camada atmosférica que produz o clima terrestre]”, diz a página do projeto. “Como não há interação, não tem como controlar o clima.”

Os integrantes do Haarp explicam ainda que o Sol emite várias ondas que chegam à ionosfera, e que, se esses raios não influenciam as condições climáticas, não há nenhuma chance de que as antenas da universidade consigam fazer isso.

Além disso, não é incomum que haja granizo ou neve na Arábia Saudita, diferentemente do que afirma um dos posts virais. O próprio site oficial de turismo do país diz que o evento acontece com relativa frequência, principalmente nas montanhas da região norte, e oferece passeios de camelo pelos locais. Foram encontrados diversos registros dessas condições climáticas pelo país em meios de comunicação sauditas, como o estatal Al Arabiya nos dias 28 e 30 de abril.

O post enganoso cita granizo na legenda, mas o mesmo vídeo foi publicado pelo site de notícias marroquino Alyaoum24 como sendo neve o que aparece nas imagens. Ainda segundo o veículo, a gravação foi feita na região de Taif, na Arábia Saudita.

Tampouco o Haarp é o causador da tragédia que vem assolando o Rio Grande do Sul, como sugere um post segundo o qual estão usando o sistema no Estado. Entre os comentários, teve quem escreveu “gente, querem destruir o Sul” e “eles estão preparando mais desastres ‘naturais’”.

Como informou a Folha, “projeções elaboradas há anos previam exatamente um aumento das chuvas extremas e inundações na região com o avanço do aquecimento global”. E a seção Comprova Explica já mostrou que é consenso científico que a ação humana causa mudanças climáticas, como a da tragédia no Sul.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 8 de maio, a publicação sobre granizo no deserto tinha 417,6 mil visualizações e 5 mil curtidas. Já o post sobre as nuvens no Rio Grande do Sul havia sido visualizado mais de 2 milhões de vezes e curtido 8 mil vezes até a data.

Fontes que consultamos: Fizemos buscas reversas no Google das imagens do vídeo, e verificamos em veículos de imprensa que não é incomum que haja granizo e neve no país. Por fim, entramos na página do Haarp e verificamos que o projeto é alvo de conspirações desde a sua criação. Em 2022, por exemplo, o programa foi acusado, sem nenhum fundamento, de mandar chuvas para sabotar acampamentos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova passou a verificar conteúdos relacionados a mudanças climáticas neste ano. As publicações mais recentes concluíram ser falso que alimentos com ‘selo da rã’ sejam sintéticos e produzidos por Bill Gates e que a Suécia abandonou metas de desenvolvimento sustentável. O projeto também trouxe detalhes, na seção Comprova Explica, de por que é consenso científico que ação humana causa mudanças climáticas.

Feito em parceria com o Projeto Comprova. Leia mais sobre a coalizão.

Conteúdo investigado: Um post com vídeo e a legenda “Haarp – A manipulação do clima está cada vez mais evidente. Por exemplo: Granizo no deserto saudita parece normal para você?” e “clima em muitas partes do mundo está sendo manipulado, por homens que brincam de ‘ser Deus’!”. Outro post afirma que “estão usando o Haarp no Rio Grande do Sul”.

Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Não há nenhuma evidência de que o clima possa ser manipulado pelo Haarp, sigla para “High-frequency Active Auroral Research Program”, ou Programa de Pesquisa Ativa de Alta Frequência de Auroras, em português. O projeto foi criado pela Universidade de Alaska Fairbanks nos anos 1990 para estudar ondas na ionosfera –camada atmosférica cuja altura pode variar de 50 a mil quilômetros acima da superfície terrestre.

Para isso, os cientistas usam um conjunto de antenas para emitir ondas eletromagnéticas a essas distâncias e observar como elas se comportam, segundo a página do Haarp no site da universidade. A ionosfera é onde a radiação do Sol perde ou ganha elétrons, no processo chamado de ionização. Essas partículas podem refletir ondas de rádio e sinais de GPS, por exemplo.

Haarp, sistema de ondas eletromagnéticas, não manipula o clima Foto: Reprodução/X

“O sistema do Haarp é basicamente um grande transmissor de rádio. As ondas de rádio reagem às correntes elétricas, e não interagem de maneira significativa com a troposfera [camada atmosférica que produz o clima terrestre]”, diz a página do projeto. “Como não há interação, não tem como controlar o clima.”

Os integrantes do Haarp explicam ainda que o Sol emite várias ondas que chegam à ionosfera, e que, se esses raios não influenciam as condições climáticas, não há nenhuma chance de que as antenas da universidade consigam fazer isso.

Além disso, não é incomum que haja granizo ou neve na Arábia Saudita, diferentemente do que afirma um dos posts virais. O próprio site oficial de turismo do país diz que o evento acontece com relativa frequência, principalmente nas montanhas da região norte, e oferece passeios de camelo pelos locais. Foram encontrados diversos registros dessas condições climáticas pelo país em meios de comunicação sauditas, como o estatal Al Arabiya nos dias 28 e 30 de abril.

O post enganoso cita granizo na legenda, mas o mesmo vídeo foi publicado pelo site de notícias marroquino Alyaoum24 como sendo neve o que aparece nas imagens. Ainda segundo o veículo, a gravação foi feita na região de Taif, na Arábia Saudita.

Tampouco o Haarp é o causador da tragédia que vem assolando o Rio Grande do Sul, como sugere um post segundo o qual estão usando o sistema no Estado. Entre os comentários, teve quem escreveu “gente, querem destruir o Sul” e “eles estão preparando mais desastres ‘naturais’”.

Como informou a Folha, “projeções elaboradas há anos previam exatamente um aumento das chuvas extremas e inundações na região com o avanço do aquecimento global”. E a seção Comprova Explica já mostrou que é consenso científico que a ação humana causa mudanças climáticas, como a da tragédia no Sul.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 8 de maio, a publicação sobre granizo no deserto tinha 417,6 mil visualizações e 5 mil curtidas. Já o post sobre as nuvens no Rio Grande do Sul havia sido visualizado mais de 2 milhões de vezes e curtido 8 mil vezes até a data.

Fontes que consultamos: Fizemos buscas reversas no Google das imagens do vídeo, e verificamos em veículos de imprensa que não é incomum que haja granizo e neve no país. Por fim, entramos na página do Haarp e verificamos que o projeto é alvo de conspirações desde a sua criação. Em 2022, por exemplo, o programa foi acusado, sem nenhum fundamento, de mandar chuvas para sabotar acampamentos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova passou a verificar conteúdos relacionados a mudanças climáticas neste ano. As publicações mais recentes concluíram ser falso que alimentos com ‘selo da rã’ sejam sintéticos e produzidos por Bill Gates e que a Suécia abandonou metas de desenvolvimento sustentável. O projeto também trouxe detalhes, na seção Comprova Explica, de por que é consenso científico que ação humana causa mudanças climáticas.

Feito em parceria com o Projeto Comprova. Leia mais sobre a coalizão.

Conteúdo investigado: Um post com vídeo e a legenda “Haarp – A manipulação do clima está cada vez mais evidente. Por exemplo: Granizo no deserto saudita parece normal para você?” e “clima em muitas partes do mundo está sendo manipulado, por homens que brincam de ‘ser Deus’!”. Outro post afirma que “estão usando o Haarp no Rio Grande do Sul”.

Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Não há nenhuma evidência de que o clima possa ser manipulado pelo Haarp, sigla para “High-frequency Active Auroral Research Program”, ou Programa de Pesquisa Ativa de Alta Frequência de Auroras, em português. O projeto foi criado pela Universidade de Alaska Fairbanks nos anos 1990 para estudar ondas na ionosfera –camada atmosférica cuja altura pode variar de 50 a mil quilômetros acima da superfície terrestre.

Para isso, os cientistas usam um conjunto de antenas para emitir ondas eletromagnéticas a essas distâncias e observar como elas se comportam, segundo a página do Haarp no site da universidade. A ionosfera é onde a radiação do Sol perde ou ganha elétrons, no processo chamado de ionização. Essas partículas podem refletir ondas de rádio e sinais de GPS, por exemplo.

Haarp, sistema de ondas eletromagnéticas, não manipula o clima Foto: Reprodução/X

“O sistema do Haarp é basicamente um grande transmissor de rádio. As ondas de rádio reagem às correntes elétricas, e não interagem de maneira significativa com a troposfera [camada atmosférica que produz o clima terrestre]”, diz a página do projeto. “Como não há interação, não tem como controlar o clima.”

Os integrantes do Haarp explicam ainda que o Sol emite várias ondas que chegam à ionosfera, e que, se esses raios não influenciam as condições climáticas, não há nenhuma chance de que as antenas da universidade consigam fazer isso.

Além disso, não é incomum que haja granizo ou neve na Arábia Saudita, diferentemente do que afirma um dos posts virais. O próprio site oficial de turismo do país diz que o evento acontece com relativa frequência, principalmente nas montanhas da região norte, e oferece passeios de camelo pelos locais. Foram encontrados diversos registros dessas condições climáticas pelo país em meios de comunicação sauditas, como o estatal Al Arabiya nos dias 28 e 30 de abril.

O post enganoso cita granizo na legenda, mas o mesmo vídeo foi publicado pelo site de notícias marroquino Alyaoum24 como sendo neve o que aparece nas imagens. Ainda segundo o veículo, a gravação foi feita na região de Taif, na Arábia Saudita.

Tampouco o Haarp é o causador da tragédia que vem assolando o Rio Grande do Sul, como sugere um post segundo o qual estão usando o sistema no Estado. Entre os comentários, teve quem escreveu “gente, querem destruir o Sul” e “eles estão preparando mais desastres ‘naturais’”.

Como informou a Folha, “projeções elaboradas há anos previam exatamente um aumento das chuvas extremas e inundações na região com o avanço do aquecimento global”. E a seção Comprova Explica já mostrou que é consenso científico que a ação humana causa mudanças climáticas, como a da tragédia no Sul.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 8 de maio, a publicação sobre granizo no deserto tinha 417,6 mil visualizações e 5 mil curtidas. Já o post sobre as nuvens no Rio Grande do Sul havia sido visualizado mais de 2 milhões de vezes e curtido 8 mil vezes até a data.

Fontes que consultamos: Fizemos buscas reversas no Google das imagens do vídeo, e verificamos em veículos de imprensa que não é incomum que haja granizo e neve no país. Por fim, entramos na página do Haarp e verificamos que o projeto é alvo de conspirações desde a sua criação. Em 2022, por exemplo, o programa foi acusado, sem nenhum fundamento, de mandar chuvas para sabotar acampamentos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova passou a verificar conteúdos relacionados a mudanças climáticas neste ano. As publicações mais recentes concluíram ser falso que alimentos com ‘selo da rã’ sejam sintéticos e produzidos por Bill Gates e que a Suécia abandonou metas de desenvolvimento sustentável. O projeto também trouxe detalhes, na seção Comprova Explica, de por que é consenso científico que ação humana causa mudanças climáticas.

Feito em parceria com o Projeto Comprova. Leia mais sobre a coalizão.

Conteúdo investigado: Um post com vídeo e a legenda “Haarp – A manipulação do clima está cada vez mais evidente. Por exemplo: Granizo no deserto saudita parece normal para você?” e “clima em muitas partes do mundo está sendo manipulado, por homens que brincam de ‘ser Deus’!”. Outro post afirma que “estão usando o Haarp no Rio Grande do Sul”.

Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Não há nenhuma evidência de que o clima possa ser manipulado pelo Haarp, sigla para “High-frequency Active Auroral Research Program”, ou Programa de Pesquisa Ativa de Alta Frequência de Auroras, em português. O projeto foi criado pela Universidade de Alaska Fairbanks nos anos 1990 para estudar ondas na ionosfera –camada atmosférica cuja altura pode variar de 50 a mil quilômetros acima da superfície terrestre.

Para isso, os cientistas usam um conjunto de antenas para emitir ondas eletromagnéticas a essas distâncias e observar como elas se comportam, segundo a página do Haarp no site da universidade. A ionosfera é onde a radiação do Sol perde ou ganha elétrons, no processo chamado de ionização. Essas partículas podem refletir ondas de rádio e sinais de GPS, por exemplo.

Haarp, sistema de ondas eletromagnéticas, não manipula o clima Foto: Reprodução/X

“O sistema do Haarp é basicamente um grande transmissor de rádio. As ondas de rádio reagem às correntes elétricas, e não interagem de maneira significativa com a troposfera [camada atmosférica que produz o clima terrestre]”, diz a página do projeto. “Como não há interação, não tem como controlar o clima.”

Os integrantes do Haarp explicam ainda que o Sol emite várias ondas que chegam à ionosfera, e que, se esses raios não influenciam as condições climáticas, não há nenhuma chance de que as antenas da universidade consigam fazer isso.

Além disso, não é incomum que haja granizo ou neve na Arábia Saudita, diferentemente do que afirma um dos posts virais. O próprio site oficial de turismo do país diz que o evento acontece com relativa frequência, principalmente nas montanhas da região norte, e oferece passeios de camelo pelos locais. Foram encontrados diversos registros dessas condições climáticas pelo país em meios de comunicação sauditas, como o estatal Al Arabiya nos dias 28 e 30 de abril.

O post enganoso cita granizo na legenda, mas o mesmo vídeo foi publicado pelo site de notícias marroquino Alyaoum24 como sendo neve o que aparece nas imagens. Ainda segundo o veículo, a gravação foi feita na região de Taif, na Arábia Saudita.

Tampouco o Haarp é o causador da tragédia que vem assolando o Rio Grande do Sul, como sugere um post segundo o qual estão usando o sistema no Estado. Entre os comentários, teve quem escreveu “gente, querem destruir o Sul” e “eles estão preparando mais desastres ‘naturais’”.

Como informou a Folha, “projeções elaboradas há anos previam exatamente um aumento das chuvas extremas e inundações na região com o avanço do aquecimento global”. E a seção Comprova Explica já mostrou que é consenso científico que a ação humana causa mudanças climáticas, como a da tragédia no Sul.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 8 de maio, a publicação sobre granizo no deserto tinha 417,6 mil visualizações e 5 mil curtidas. Já o post sobre as nuvens no Rio Grande do Sul havia sido visualizado mais de 2 milhões de vezes e curtido 8 mil vezes até a data.

Fontes que consultamos: Fizemos buscas reversas no Google das imagens do vídeo, e verificamos em veículos de imprensa que não é incomum que haja granizo e neve no país. Por fim, entramos na página do Haarp e verificamos que o projeto é alvo de conspirações desde a sua criação. Em 2022, por exemplo, o programa foi acusado, sem nenhum fundamento, de mandar chuvas para sabotar acampamentos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova passou a verificar conteúdos relacionados a mudanças climáticas neste ano. As publicações mais recentes concluíram ser falso que alimentos com ‘selo da rã’ sejam sintéticos e produzidos por Bill Gates e que a Suécia abandonou metas de desenvolvimento sustentável. O projeto também trouxe detalhes, na seção Comprova Explica, de por que é consenso científico que ação humana causa mudanças climáticas.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.