É falso que idosa detida tenha morrido na Polícia Federal, em Brasília; foto é de banco de imagens


Mulher fotografada morreu em outubro de 2022 vítima de AVC; segundo fotógrafo Edu Carvalho, é a segunda vez que imagem é usada indevidamente

Por Clarissa Pacheco
Atualização:

É falso que uma idosa de 77 anos tenha morrido nas dependências da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília (DF), para onde foram levados cerca de 1,3 mil pessoas flagradas participando dos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, no último domingo, 8, na capital federal. Postagens se multiplicaram pelas redes sociais nesta segunda, 9, com a foto de uma mulher e afirmação de que ela teria morrido depois de ser pressionada pela polícia por horas. Mas não há registro de óbito na PF em Brasília e a imagem usada é de um banco de imagens.

No Twitter, a Polícia Federal, responsável pelo espaço onde estão os detidos, negou que a denúncia fosse verdadeira. “A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia”. O local, que fica no Lago Norte, está sendo usado para triagem dos detidos, que estão sendo ouvidos por equipes da Polícia Judiciária Federal.

 Foto: Reprodução
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Os posts que viralizaram nas redes sociais mostram uma foto de uma idosa sorridente, junto com palavras de luto e textos que afirmam que ela tinha 77 anos e morreu no “campo de concentração” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A foto, contudo, é de um banco de imagens. Quem aparece no clique é Deolinda Tempesta Ferracini, que morreu em 10 de outubro de 2022, em Vinhedo (SP), em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Ela tinha 80 anos e foi fotografada no dia 24 de dezembro de 2018 pelo fotógrafo Edu Carvalho, que é casado com a neta dela, Juliana Cuchi Oliveira.

“Acordei com uma enxurrada de pessoas mandando os posts pelas redes sociais e justo hoje que fazem apenas três meses que minha avó nos deixou”, disse Juliana. “Me senti impotente, a internet tem uma força absurda tanto para o bem quanto para o mal. Estamos tentando ao máximo avisar as pessoas, mas muitas desacreditam e ainda pedem para provar, isso dói muito e só vai saber quem estiver na pele um dia. Que isso acabe logo”.

Edu Carvalho contou que esta é a segunda vez que a fotografia de dona Deolinda é usada indevidamente. “A gente fez um ensaio dela dia 24 de dezembro de 2018 e eu disponibilizei essas imagens num banco de imagens chamado Pexels. A imagem dela é viral no mundo inteiro, vários sites já usaram, só que sempre pra coisa boa, mas é a segunda vez que utilizam de forma indevida. Utilizaram uma vez para falar de covid, e agora para esse ato terrorista que teve no domingo. A família ficou super chateada com isso”, disse Edu ao Estadão Verifica.

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Fotos de idosa foram tiradas de banco de imagens grátis

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Foto de idosa é usada em boato sobre morte na Polícia Federal

Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto de idosa é usada em boato sobre morte na Polícia Federal

Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto de idosa é usada em boato sobre morte na Polícia Federal

Foto: Edu Carvalho/Pexels

Desde que foi disponibilizada, em março de 2019, a mesma fotografia de dona Deolinda foi visualizada 13,4 milhões de vezes e recebeu 1,1 milhão de curtidas. Foram feitos, de lá para cá, 43,4 mil downloads da imagem. E não é a única foto dela no site: o fotógrafo postou, em 2019, 27 imagens da avó da esposa, que não é identificada na plataforma: em todas, ela usa um macacão marrom e, ocasionalmente, aparece segurando flores, uma câmera fotográfica ou um chapéu. Edu explicou que o site não exige que as pessoas deem crédito para a imagem e que, pelo fato de a fotografia já ter sido usada antes de modo indevido, ele pretende deletar a conta no banco de imagens.

É falso que uma idosa de 77 anos tenha morrido nas dependências da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília (DF), para onde foram levados cerca de 1,3 mil pessoas flagradas participando dos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, no último domingo, 8, na capital federal. Postagens se multiplicaram pelas redes sociais nesta segunda, 9, com a foto de uma mulher e afirmação de que ela teria morrido depois de ser pressionada pela polícia por horas. Mas não há registro de óbito na PF em Brasília e a imagem usada é de um banco de imagens.

No Twitter, a Polícia Federal, responsável pelo espaço onde estão os detidos, negou que a denúncia fosse verdadeira. “A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia”. O local, que fica no Lago Norte, está sendo usado para triagem dos detidos, que estão sendo ouvidos por equipes da Polícia Judiciária Federal.

 Foto: Reprodução

Os posts que viralizaram nas redes sociais mostram uma foto de uma idosa sorridente, junto com palavras de luto e textos que afirmam que ela tinha 77 anos e morreu no “campo de concentração” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A foto, contudo, é de um banco de imagens. Quem aparece no clique é Deolinda Tempesta Ferracini, que morreu em 10 de outubro de 2022, em Vinhedo (SP), em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Ela tinha 80 anos e foi fotografada no dia 24 de dezembro de 2018 pelo fotógrafo Edu Carvalho, que é casado com a neta dela, Juliana Cuchi Oliveira.

“Acordei com uma enxurrada de pessoas mandando os posts pelas redes sociais e justo hoje que fazem apenas três meses que minha avó nos deixou”, disse Juliana. “Me senti impotente, a internet tem uma força absurda tanto para o bem quanto para o mal. Estamos tentando ao máximo avisar as pessoas, mas muitas desacreditam e ainda pedem para provar, isso dói muito e só vai saber quem estiver na pele um dia. Que isso acabe logo”.

Edu Carvalho contou que esta é a segunda vez que a fotografia de dona Deolinda é usada indevidamente. “A gente fez um ensaio dela dia 24 de dezembro de 2018 e eu disponibilizei essas imagens num banco de imagens chamado Pexels. A imagem dela é viral no mundo inteiro, vários sites já usaram, só que sempre pra coisa boa, mas é a segunda vez que utilizam de forma indevida. Utilizaram uma vez para falar de covid, e agora para esse ato terrorista que teve no domingo. A família ficou super chateada com isso”, disse Edu ao Estadão Verifica.

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Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto: Edu Carvalho/Pexels
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Foto: Edu Carvalho/Pexels

Desde que foi disponibilizada, em março de 2019, a mesma fotografia de dona Deolinda foi visualizada 13,4 milhões de vezes e recebeu 1,1 milhão de curtidas. Foram feitos, de lá para cá, 43,4 mil downloads da imagem. E não é a única foto dela no site: o fotógrafo postou, em 2019, 27 imagens da avó da esposa, que não é identificada na plataforma: em todas, ela usa um macacão marrom e, ocasionalmente, aparece segurando flores, uma câmera fotográfica ou um chapéu. Edu explicou que o site não exige que as pessoas deem crédito para a imagem e que, pelo fato de a fotografia já ter sido usada antes de modo indevido, ele pretende deletar a conta no banco de imagens.

É falso que uma idosa de 77 anos tenha morrido nas dependências da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília (DF), para onde foram levados cerca de 1,3 mil pessoas flagradas participando dos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, no último domingo, 8, na capital federal. Postagens se multiplicaram pelas redes sociais nesta segunda, 9, com a foto de uma mulher e afirmação de que ela teria morrido depois de ser pressionada pela polícia por horas. Mas não há registro de óbito na PF em Brasília e a imagem usada é de um banco de imagens.

No Twitter, a Polícia Federal, responsável pelo espaço onde estão os detidos, negou que a denúncia fosse verdadeira. “A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia”. O local, que fica no Lago Norte, está sendo usado para triagem dos detidos, que estão sendo ouvidos por equipes da Polícia Judiciária Federal.

 Foto: Reprodução

Os posts que viralizaram nas redes sociais mostram uma foto de uma idosa sorridente, junto com palavras de luto e textos que afirmam que ela tinha 77 anos e morreu no “campo de concentração” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A foto, contudo, é de um banco de imagens. Quem aparece no clique é Deolinda Tempesta Ferracini, que morreu em 10 de outubro de 2022, em Vinhedo (SP), em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Ela tinha 80 anos e foi fotografada no dia 24 de dezembro de 2018 pelo fotógrafo Edu Carvalho, que é casado com a neta dela, Juliana Cuchi Oliveira.

“Acordei com uma enxurrada de pessoas mandando os posts pelas redes sociais e justo hoje que fazem apenas três meses que minha avó nos deixou”, disse Juliana. “Me senti impotente, a internet tem uma força absurda tanto para o bem quanto para o mal. Estamos tentando ao máximo avisar as pessoas, mas muitas desacreditam e ainda pedem para provar, isso dói muito e só vai saber quem estiver na pele um dia. Que isso acabe logo”.

Edu Carvalho contou que esta é a segunda vez que a fotografia de dona Deolinda é usada indevidamente. “A gente fez um ensaio dela dia 24 de dezembro de 2018 e eu disponibilizei essas imagens num banco de imagens chamado Pexels. A imagem dela é viral no mundo inteiro, vários sites já usaram, só que sempre pra coisa boa, mas é a segunda vez que utilizam de forma indevida. Utilizaram uma vez para falar de covid, e agora para esse ato terrorista que teve no domingo. A família ficou super chateada com isso”, disse Edu ao Estadão Verifica.

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Desde que foi disponibilizada, em março de 2019, a mesma fotografia de dona Deolinda foi visualizada 13,4 milhões de vezes e recebeu 1,1 milhão de curtidas. Foram feitos, de lá para cá, 43,4 mil downloads da imagem. E não é a única foto dela no site: o fotógrafo postou, em 2019, 27 imagens da avó da esposa, que não é identificada na plataforma: em todas, ela usa um macacão marrom e, ocasionalmente, aparece segurando flores, uma câmera fotográfica ou um chapéu. Edu explicou que o site não exige que as pessoas deem crédito para a imagem e que, pelo fato de a fotografia já ter sido usada antes de modo indevido, ele pretende deletar a conta no banco de imagens.

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