Postagem usa áudio sobre operação de israelenses em Brumadinho para enganar sobre resgate no RS


Vídeo alega que Israel enviou ajuda ao Estado com base em reportagem de 2019; naquele ano, militares de Jerusalém auxiliaram no salvamento de vítimas após rompimento de barragem em Minas Gerais

Por Gabriel Belic
Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo afirma que Israel enviou reforços para o Rio Grande do Sul. A legenda diz que 40 aeronaves israelenses chegaram ao Estado. O áudio sobreposto às imagens afirma que cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos do país do Oriente Médio estão trabalhando em operações de resgate.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O áudio foi extraído de uma reportagem sobre operações de resgate na região de Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019. À época, militares israelenses de fato auxiliaram as buscas por vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale. Atualmente, não há nenhuma informação de que Israel tenha enviado ajuda às vítimas do desastre ambiental no Rio Grande do Sul.

Postagem usa áudio de reportagem sobre operação de resgate em Brumadinho com participação de israelenses para enganar sobre ações no RS Foto: Reprodução/TikTok
continua após a publicidade

Saiba mais: um vídeo no TikTok com mais de 1 milhão de visualizações mostra diversos helicópteros. O texto sobreposto às imagens afirma que “40 aeronaves de Israel chega no Rio Grande (sic)”. O áudio da peça descreve a suposta operação de ajuda israelense ao Estado, assolado por fortes chuvas.

“Um grupo de cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel começou a trabalhar nas primeiras horas desta segunda-feira nas operações de resgate na região. Os israelenses trouxeram equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos”, diz o áudio.

O vídeo prossegue com diversas imagens genéricas de helicópteros. A narração acrescenta que “os militares israelenses vão ajudar nas buscas por vítimas”. Não há, contudo, nenhuma notícia recente sobre o envio de tropas israelenses ao Rio Grande do Sul (veja aqui os resultados de pesquisa do Google, Microsoft Bing e Yahoo Search). A CNN informou que, de acordo com o Itamaraty, pelo menos sete países já se disponibilizaram para ajudar o RS: Argentina, Chile, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

continua após a publicidade

O Estadão Verifica buscou as informações descritas no áudio da postagem e encontrou diversas notícias sobre uma operação de resgate de vítimas em Brumadinho, após rompimento da barragem. Em janeiro de 2019, 136 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel participaram da ação.

Ao buscar notícias em telejornais, a reportagem encontrou uma postagem publicada pela página Super Canal no Facebook, com o mesmo áudio da peça verificada. É possível conferir que a palavra “Brumadinho” foi recortada da narração no conteúdo desinformativo. Veja o áudio original abaixo.

continua após a publicidade

Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, a tragédia climática no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. O caso aqui analisado usa um áudio real, com uma informação verídica, mas fora de contexto. Antes de disseminar um conteúdo, confira se o autor da postagem é confiável. Faça também uma pesquisa por palavras-chave por meio do seu buscador de preferência (aqui, a reportagem buscou “Israel” e “Rio Grande do Sul”). Se receber algum conteúdo suspeito, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

O que estão compartilhando: vídeo afirma que Israel enviou reforços para o Rio Grande do Sul. A legenda diz que 40 aeronaves israelenses chegaram ao Estado. O áudio sobreposto às imagens afirma que cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos do país do Oriente Médio estão trabalhando em operações de resgate.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O áudio foi extraído de uma reportagem sobre operações de resgate na região de Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019. À época, militares israelenses de fato auxiliaram as buscas por vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale. Atualmente, não há nenhuma informação de que Israel tenha enviado ajuda às vítimas do desastre ambiental no Rio Grande do Sul.

Postagem usa áudio de reportagem sobre operação de resgate em Brumadinho com participação de israelenses para enganar sobre ações no RS Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: um vídeo no TikTok com mais de 1 milhão de visualizações mostra diversos helicópteros. O texto sobreposto às imagens afirma que “40 aeronaves de Israel chega no Rio Grande (sic)”. O áudio da peça descreve a suposta operação de ajuda israelense ao Estado, assolado por fortes chuvas.

“Um grupo de cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel começou a trabalhar nas primeiras horas desta segunda-feira nas operações de resgate na região. Os israelenses trouxeram equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos”, diz o áudio.

O vídeo prossegue com diversas imagens genéricas de helicópteros. A narração acrescenta que “os militares israelenses vão ajudar nas buscas por vítimas”. Não há, contudo, nenhuma notícia recente sobre o envio de tropas israelenses ao Rio Grande do Sul (veja aqui os resultados de pesquisa do Google, Microsoft Bing e Yahoo Search). A CNN informou que, de acordo com o Itamaraty, pelo menos sete países já se disponibilizaram para ajudar o RS: Argentina, Chile, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

O Estadão Verifica buscou as informações descritas no áudio da postagem e encontrou diversas notícias sobre uma operação de resgate de vítimas em Brumadinho, após rompimento da barragem. Em janeiro de 2019, 136 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel participaram da ação.

Ao buscar notícias em telejornais, a reportagem encontrou uma postagem publicada pela página Super Canal no Facebook, com o mesmo áudio da peça verificada. É possível conferir que a palavra “Brumadinho” foi recortada da narração no conteúdo desinformativo. Veja o áudio original abaixo.

Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, a tragédia climática no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. O caso aqui analisado usa um áudio real, com uma informação verídica, mas fora de contexto. Antes de disseminar um conteúdo, confira se o autor da postagem é confiável. Faça também uma pesquisa por palavras-chave por meio do seu buscador de preferência (aqui, a reportagem buscou “Israel” e “Rio Grande do Sul”). Se receber algum conteúdo suspeito, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

O que estão compartilhando: vídeo afirma que Israel enviou reforços para o Rio Grande do Sul. A legenda diz que 40 aeronaves israelenses chegaram ao Estado. O áudio sobreposto às imagens afirma que cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos do país do Oriente Médio estão trabalhando em operações de resgate.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O áudio foi extraído de uma reportagem sobre operações de resgate na região de Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019. À época, militares israelenses de fato auxiliaram as buscas por vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale. Atualmente, não há nenhuma informação de que Israel tenha enviado ajuda às vítimas do desastre ambiental no Rio Grande do Sul.

Postagem usa áudio de reportagem sobre operação de resgate em Brumadinho com participação de israelenses para enganar sobre ações no RS Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: um vídeo no TikTok com mais de 1 milhão de visualizações mostra diversos helicópteros. O texto sobreposto às imagens afirma que “40 aeronaves de Israel chega no Rio Grande (sic)”. O áudio da peça descreve a suposta operação de ajuda israelense ao Estado, assolado por fortes chuvas.

“Um grupo de cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel começou a trabalhar nas primeiras horas desta segunda-feira nas operações de resgate na região. Os israelenses trouxeram equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos”, diz o áudio.

O vídeo prossegue com diversas imagens genéricas de helicópteros. A narração acrescenta que “os militares israelenses vão ajudar nas buscas por vítimas”. Não há, contudo, nenhuma notícia recente sobre o envio de tropas israelenses ao Rio Grande do Sul (veja aqui os resultados de pesquisa do Google, Microsoft Bing e Yahoo Search). A CNN informou que, de acordo com o Itamaraty, pelo menos sete países já se disponibilizaram para ajudar o RS: Argentina, Chile, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

O Estadão Verifica buscou as informações descritas no áudio da postagem e encontrou diversas notícias sobre uma operação de resgate de vítimas em Brumadinho, após rompimento da barragem. Em janeiro de 2019, 136 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel participaram da ação.

Ao buscar notícias em telejornais, a reportagem encontrou uma postagem publicada pela página Super Canal no Facebook, com o mesmo áudio da peça verificada. É possível conferir que a palavra “Brumadinho” foi recortada da narração no conteúdo desinformativo. Veja o áudio original abaixo.

Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, a tragédia climática no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. O caso aqui analisado usa um áudio real, com uma informação verídica, mas fora de contexto. Antes de disseminar um conteúdo, confira se o autor da postagem é confiável. Faça também uma pesquisa por palavras-chave por meio do seu buscador de preferência (aqui, a reportagem buscou “Israel” e “Rio Grande do Sul”). Se receber algum conteúdo suspeito, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.