Juiz que condenou Trump não recebeu dinheiro de Soros, ao contrário do que diz post


Na realidade, promotor do caso que condenou ex-presidente recebeu doações de grupo apoiado pelo bilionário em 2021

Por Luciana Marschall

O que estão compartilhando: que o juiz que condenou o candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump recebeu dinheiro do “esquerdista” George Soros. Essa alegação é compartilhada em uma frase inserida sobre um vídeo da comentarista Ana Paula Henkel a respeito da condenação judicial do ex-presidente americano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: a frase inserida sobre o vídeo é enganosa. No comentário, Henkel não diz que o juiz recebeu dinheiro de Soros, mas que o promotor do caso foi eleito com dinheiro do filantropo. Como explicou o jornal The New York Times, o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, não recebeu valores diretamente do bilionário, mas foi apoiado pelo grupo Color of Change, para quem Soros doou US$ 1 milhão em 2021.

Comentarista falava de promotor e não de juiz. Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: O vídeo é um corte de um comentário mais longo de Henkel, veiculado no dia 2 de junho, sobre a condenação, em 31 de maio, de Trump no júri do Tribunal de Nova York. O ex-presidente americano foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Ao longo do vídeo, Ana Paula opina que houve irregularidades na condução do processo, afirmando que a filha do juiz responsável trabalha no alto escalão do Partido Democrata, que disputa contra o Partido Republicano de Trump, e que o juiz aceitou a denúncia de um promotor financiado por Soros.

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Soros não doou diretamente ao promotor que acusou Trump

A alegação de que o bilionário George Soros financiou o promotor Alvin L. Bragg vem sendo citada por Trump e apoiadores há bastante tempo, mas ela é exagerada, como demonstrou uma checagem feita pelo jornal norte-americano The New York Times.

Conforme a publicação, Soros, na verdade, doou para o grupo liberal Color of Change, que apoia procuradores progressistas e a reforma do sistema de justiça criminal. Um dos apoiados foi Bragg, durante sua campanha para promotor, em 2021. Nos Estados Unidos, é necessário ser eleito para o cargo.

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Naquele ano, Soros doou 1 milhão de dólares para o grupo, que se comprometeu a gastar essa quantia na campanha de Bragg, mas ao final investiu menos da metade, quase 500 mil dólares. Conforme informou o The New York Times, o valor representa 11% de 4,6 milhões de dólares gastos pelo grupo durante o ciclo eleitoral de 2021-2022.

Ao jornal, um porta-voz de Soros disse que os dois nunca se encontraram e nem foram feitas doações diretamente para a campanha do promotor. O Color of Change, por sua vez, disse que Soros é apenas um de muitos doadores e que Bragg não foi o único candidato apoiado naquela ocasião. Antes da candidatura de Bragg, Soros já fazia doações ao grupo.

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Como já explicou o Projeto Comprova, coalizão de veículos que o Estadão Verifica integra, o bilionário é alvo frequente de teorias conspiracionistas e conteúdos desinformativos, principalmente produzidos pela extrema-direita.

Corte não vê implicações éticas entre atuação de juiz e emprego da filha

Desde a condenação de Trump, aumentaram ataques ao juiz Juan Merchan por parte do candidato republicano e de apoiadores. Uma das acusações feita contra o juiz é de parcialidade, por conta do emprego da filha dele, Loren Merchan. Ela atua na Authentic Campaigns, uma empresa responsável por campanhas de candidatos democratas.

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Como o Estadão Verifica explicou, o juiz questionou à Corte de Nova York se havia implicação ética do trabalho da filha no julgamento. No parecer, emitido em maio de 2023, a Corte afirma não haver questionamentos sobre a imparcialidade de um juiz desde que o parente não tenha “envolvimento direto ou indireto no processo e nenhum interesse que possa ser substancialmente afetado pelo processo”.

O documento destaca, ainda, que o juiz não pode permitir que “relações familiares, sociais, políticas ou outras influenciem a conduta ou julgamento judicial”.

O que estão compartilhando: que o juiz que condenou o candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump recebeu dinheiro do “esquerdista” George Soros. Essa alegação é compartilhada em uma frase inserida sobre um vídeo da comentarista Ana Paula Henkel a respeito da condenação judicial do ex-presidente americano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: a frase inserida sobre o vídeo é enganosa. No comentário, Henkel não diz que o juiz recebeu dinheiro de Soros, mas que o promotor do caso foi eleito com dinheiro do filantropo. Como explicou o jornal The New York Times, o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, não recebeu valores diretamente do bilionário, mas foi apoiado pelo grupo Color of Change, para quem Soros doou US$ 1 milhão em 2021.

Comentarista falava de promotor e não de juiz. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O vídeo é um corte de um comentário mais longo de Henkel, veiculado no dia 2 de junho, sobre a condenação, em 31 de maio, de Trump no júri do Tribunal de Nova York. O ex-presidente americano foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Ao longo do vídeo, Ana Paula opina que houve irregularidades na condução do processo, afirmando que a filha do juiz responsável trabalha no alto escalão do Partido Democrata, que disputa contra o Partido Republicano de Trump, e que o juiz aceitou a denúncia de um promotor financiado por Soros.

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Soros não doou diretamente ao promotor que acusou Trump

A alegação de que o bilionário George Soros financiou o promotor Alvin L. Bragg vem sendo citada por Trump e apoiadores há bastante tempo, mas ela é exagerada, como demonstrou uma checagem feita pelo jornal norte-americano The New York Times.

Conforme a publicação, Soros, na verdade, doou para o grupo liberal Color of Change, que apoia procuradores progressistas e a reforma do sistema de justiça criminal. Um dos apoiados foi Bragg, durante sua campanha para promotor, em 2021. Nos Estados Unidos, é necessário ser eleito para o cargo.

Naquele ano, Soros doou 1 milhão de dólares para o grupo, que se comprometeu a gastar essa quantia na campanha de Bragg, mas ao final investiu menos da metade, quase 500 mil dólares. Conforme informou o The New York Times, o valor representa 11% de 4,6 milhões de dólares gastos pelo grupo durante o ciclo eleitoral de 2021-2022.

Ao jornal, um porta-voz de Soros disse que os dois nunca se encontraram e nem foram feitas doações diretamente para a campanha do promotor. O Color of Change, por sua vez, disse que Soros é apenas um de muitos doadores e que Bragg não foi o único candidato apoiado naquela ocasião. Antes da candidatura de Bragg, Soros já fazia doações ao grupo.

Como já explicou o Projeto Comprova, coalizão de veículos que o Estadão Verifica integra, o bilionário é alvo frequente de teorias conspiracionistas e conteúdos desinformativos, principalmente produzidos pela extrema-direita.

Corte não vê implicações éticas entre atuação de juiz e emprego da filha

Desde a condenação de Trump, aumentaram ataques ao juiz Juan Merchan por parte do candidato republicano e de apoiadores. Uma das acusações feita contra o juiz é de parcialidade, por conta do emprego da filha dele, Loren Merchan. Ela atua na Authentic Campaigns, uma empresa responsável por campanhas de candidatos democratas.

Como o Estadão Verifica explicou, o juiz questionou à Corte de Nova York se havia implicação ética do trabalho da filha no julgamento. No parecer, emitido em maio de 2023, a Corte afirma não haver questionamentos sobre a imparcialidade de um juiz desde que o parente não tenha “envolvimento direto ou indireto no processo e nenhum interesse que possa ser substancialmente afetado pelo processo”.

O documento destaca, ainda, que o juiz não pode permitir que “relações familiares, sociais, políticas ou outras influenciem a conduta ou julgamento judicial”.

O que estão compartilhando: que o juiz que condenou o candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump recebeu dinheiro do “esquerdista” George Soros. Essa alegação é compartilhada em uma frase inserida sobre um vídeo da comentarista Ana Paula Henkel a respeito da condenação judicial do ex-presidente americano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: a frase inserida sobre o vídeo é enganosa. No comentário, Henkel não diz que o juiz recebeu dinheiro de Soros, mas que o promotor do caso foi eleito com dinheiro do filantropo. Como explicou o jornal The New York Times, o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, não recebeu valores diretamente do bilionário, mas foi apoiado pelo grupo Color of Change, para quem Soros doou US$ 1 milhão em 2021.

Comentarista falava de promotor e não de juiz. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O vídeo é um corte de um comentário mais longo de Henkel, veiculado no dia 2 de junho, sobre a condenação, em 31 de maio, de Trump no júri do Tribunal de Nova York. O ex-presidente americano foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Ao longo do vídeo, Ana Paula opina que houve irregularidades na condução do processo, afirmando que a filha do juiz responsável trabalha no alto escalão do Partido Democrata, que disputa contra o Partido Republicano de Trump, e que o juiz aceitou a denúncia de um promotor financiado por Soros.

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Soros não doou diretamente ao promotor que acusou Trump

A alegação de que o bilionário George Soros financiou o promotor Alvin L. Bragg vem sendo citada por Trump e apoiadores há bastante tempo, mas ela é exagerada, como demonstrou uma checagem feita pelo jornal norte-americano The New York Times.

Conforme a publicação, Soros, na verdade, doou para o grupo liberal Color of Change, que apoia procuradores progressistas e a reforma do sistema de justiça criminal. Um dos apoiados foi Bragg, durante sua campanha para promotor, em 2021. Nos Estados Unidos, é necessário ser eleito para o cargo.

Naquele ano, Soros doou 1 milhão de dólares para o grupo, que se comprometeu a gastar essa quantia na campanha de Bragg, mas ao final investiu menos da metade, quase 500 mil dólares. Conforme informou o The New York Times, o valor representa 11% de 4,6 milhões de dólares gastos pelo grupo durante o ciclo eleitoral de 2021-2022.

Ao jornal, um porta-voz de Soros disse que os dois nunca se encontraram e nem foram feitas doações diretamente para a campanha do promotor. O Color of Change, por sua vez, disse que Soros é apenas um de muitos doadores e que Bragg não foi o único candidato apoiado naquela ocasião. Antes da candidatura de Bragg, Soros já fazia doações ao grupo.

Como já explicou o Projeto Comprova, coalizão de veículos que o Estadão Verifica integra, o bilionário é alvo frequente de teorias conspiracionistas e conteúdos desinformativos, principalmente produzidos pela extrema-direita.

Corte não vê implicações éticas entre atuação de juiz e emprego da filha

Desde a condenação de Trump, aumentaram ataques ao juiz Juan Merchan por parte do candidato republicano e de apoiadores. Uma das acusações feita contra o juiz é de parcialidade, por conta do emprego da filha dele, Loren Merchan. Ela atua na Authentic Campaigns, uma empresa responsável por campanhas de candidatos democratas.

Como o Estadão Verifica explicou, o juiz questionou à Corte de Nova York se havia implicação ética do trabalho da filha no julgamento. No parecer, emitido em maio de 2023, a Corte afirma não haver questionamentos sobre a imparcialidade de um juiz desde que o parente não tenha “envolvimento direto ou indireto no processo e nenhum interesse que possa ser substancialmente afetado pelo processo”.

O documento destaca, ainda, que o juiz não pode permitir que “relações familiares, sociais, políticas ou outras influenciem a conduta ou julgamento judicial”.

O que estão compartilhando: que o juiz que condenou o candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump recebeu dinheiro do “esquerdista” George Soros. Essa alegação é compartilhada em uma frase inserida sobre um vídeo da comentarista Ana Paula Henkel a respeito da condenação judicial do ex-presidente americano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: a frase inserida sobre o vídeo é enganosa. No comentário, Henkel não diz que o juiz recebeu dinheiro de Soros, mas que o promotor do caso foi eleito com dinheiro do filantropo. Como explicou o jornal The New York Times, o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, não recebeu valores diretamente do bilionário, mas foi apoiado pelo grupo Color of Change, para quem Soros doou US$ 1 milhão em 2021.

Comentarista falava de promotor e não de juiz. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O vídeo é um corte de um comentário mais longo de Henkel, veiculado no dia 2 de junho, sobre a condenação, em 31 de maio, de Trump no júri do Tribunal de Nova York. O ex-presidente americano foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

Ao longo do vídeo, Ana Paula opina que houve irregularidades na condução do processo, afirmando que a filha do juiz responsável trabalha no alto escalão do Partido Democrata, que disputa contra o Partido Republicano de Trump, e que o juiz aceitou a denúncia de um promotor financiado por Soros.

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Soros não doou diretamente ao promotor que acusou Trump

A alegação de que o bilionário George Soros financiou o promotor Alvin L. Bragg vem sendo citada por Trump e apoiadores há bastante tempo, mas ela é exagerada, como demonstrou uma checagem feita pelo jornal norte-americano The New York Times.

Conforme a publicação, Soros, na verdade, doou para o grupo liberal Color of Change, que apoia procuradores progressistas e a reforma do sistema de justiça criminal. Um dos apoiados foi Bragg, durante sua campanha para promotor, em 2021. Nos Estados Unidos, é necessário ser eleito para o cargo.

Naquele ano, Soros doou 1 milhão de dólares para o grupo, que se comprometeu a gastar essa quantia na campanha de Bragg, mas ao final investiu menos da metade, quase 500 mil dólares. Conforme informou o The New York Times, o valor representa 11% de 4,6 milhões de dólares gastos pelo grupo durante o ciclo eleitoral de 2021-2022.

Ao jornal, um porta-voz de Soros disse que os dois nunca se encontraram e nem foram feitas doações diretamente para a campanha do promotor. O Color of Change, por sua vez, disse que Soros é apenas um de muitos doadores e que Bragg não foi o único candidato apoiado naquela ocasião. Antes da candidatura de Bragg, Soros já fazia doações ao grupo.

Como já explicou o Projeto Comprova, coalizão de veículos que o Estadão Verifica integra, o bilionário é alvo frequente de teorias conspiracionistas e conteúdos desinformativos, principalmente produzidos pela extrema-direita.

Corte não vê implicações éticas entre atuação de juiz e emprego da filha

Desde a condenação de Trump, aumentaram ataques ao juiz Juan Merchan por parte do candidato republicano e de apoiadores. Uma das acusações feita contra o juiz é de parcialidade, por conta do emprego da filha dele, Loren Merchan. Ela atua na Authentic Campaigns, uma empresa responsável por campanhas de candidatos democratas.

Como o Estadão Verifica explicou, o juiz questionou à Corte de Nova York se havia implicação ética do trabalho da filha no julgamento. No parecer, emitido em maio de 2023, a Corte afirma não haver questionamentos sobre a imparcialidade de um juiz desde que o parente não tenha “envolvimento direto ou indireto no processo e nenhum interesse que possa ser substancialmente afetado pelo processo”.

O documento destaca, ainda, que o juiz não pode permitir que “relações familiares, sociais, políticas ou outras influenciem a conduta ou julgamento judicial”.

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