Autonomia do Banco Central impede que presidente tome decisão de acabar com Pix


Vídeo viral afirma que Lula poderia acabar com ferramenta de pagamentos e que banqueiros teriam deixado de lucrar R$ 40 bilhões, mas nada disso é verdade

Por Luciana Marschall

Um vídeo que viralizou no Facebook traz alegações enganosas sobre o Pix -- sistema de pagamentos instantâneos implementado pelo Banco Central. Um homem afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia cancelar o Pix caso seja eleito -- mas, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão Verifica, a autonomia do Banco Central impede que o presidente tome sozinho essa decisão. O vídeo traz outras informações erradas sobre o Pix, como a de que banqueiros teriam deixado de lucrar R$ 40 bilhões com o sistema de pagamento. Na realidade, a perda de receita com tarifas de pagamentos gira em torno de R$ 1,5 bilhão.

A autonomia do Banco Central foi definida pela Lei Complementar nº 179/2021, que desvinculou a autarquia do Ministério da Economia.  O Artigo 6º da lei prevê que a instituição seja caracterizada pela ausência de vinculação, de tutela ou de subordinação hierárquica a ministérios. O objetivo é que o BC tenha autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.

 
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De acordo com o meste em Direito e economista Alessandro Azzoni, professor na Universidade Nove de Julho (Uninove) e coordenador do Núcleo de Estudos Socioambientais (Nesa) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o fim do Pix não pode se dar por ato discricionário do Poder Executivo. A única maneira de haver uma interferência de um presidente neste sentido seria influenciar politicamente a cúpula do Banco Central a propor o fim da ferramenta de pagamentos. 

Com a autonomia, foram determinados mandatos fixos de quatro anos ao presidente e diretores do BC com o intuito de evitar interferências políticas. Azzoni ressalta que o Presidente da República é quem indica o presidente e membros da diretoria do Banco Central. Os indicados então são sabatinados pelo Senado e precisam ser aprovados em votação. "Apesar da independência do Banco Central, acho que ainda poderia haver uma interferência do Executivo", ponderou. "Mas numa ferramenta tão consolidada (como o Pix) eu acho que seria um desgaste grande para o Executivo e que não seria o caminho".

O professor observa, ainda, que todas as discussões sobre o sistema financeiro passam também pelo crivo do Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelo presidente do órgão e diretores. "O fim do Pix não é uma coisa muito simples de se mobilizar e se desfazer por um ato do Executivo", afirmou. "O presidente acaba não tendo essa autonomia sobre a gestão da regulamentação do mercado financeiro, tudo passa pelo Copom. Existe uma fundamentação para as decisões".

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O doutor em economia Giliad de Souza Silva, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), afirma que a autonomia do Banco Central foi pensada para dificultar que o Poder Executivo altere as políticas definidas pela instituição, sobretudo as monetárias e financeiras. "Se houver uma ação nesse sentido, basicamente o presidente vai estar incorrendo em algum tipo de crime porque vai estar colocando em contradição o que regula a autonomia do Banco Central", disse. "A lei que regula essa autonomia impede uma ação desse caráter".

O professor disse não acreditar que haja interesse em acabar com o Pix. "Já há um nível de consolidação institucional. Os sistemas bancário e financeiro já funcionam de modo bastante regular através do Pix e há uma adaptação dos bancos em sentido amplo sobre o uso desse instrumento", opinou.

O doutor em administração Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a legislação atual não permite que o detentor do cargo faça alterações no pagamento eletrônico. "Assim como o Banco Central implantou sem consultar ninguém, ele pode remover se assim quiser."

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Para o professor, não faria sentido para um presidente promover mudança em uma política que funciona bem e que é bem avaliada pela população, além de gerar um volume grande de transações para os bancos.

Sobre o assunto, Lula se posicionou em sua

">conta no Twitter afirmando ser invenção que pretende acabar com o Pix e se posicionando a favor da inclusão bancária.

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Autor do vídeo exagera perda de lucro dos bancos

O autor do vídeo afirma ainda que os banqueiros deixaram de receber R$ 40 bilhões ao ano após o lançamento da ferramenta de pagamento em 2020. Trata-se de uma reprodução do discurso do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), que afirmou no Twitter que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez os banqueiros perderem esse valor por ano. Para Nogueira, isso teria levado representantes do sistema financeiro a classe a assinar a Carta em Defesa da DemocraciaNesta quinta, 28, Bolsonaro também afirmou que a assinatura do documento é uma reação dos banqueiros à criação do Pix e a um suposto fim do monopólio do setor bancário.

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O Estadão mostrou na última semana, contudo, que em 2021 Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander - as quatro maiores instituições do Brasil - tiveram o maior lucro dos últimos 15 anos, de R$ 81 bilhões. Neste mesmo período, o Pix resultou em perda de R$ 1,5 bilhão em receitas com tarifas dos mesmos bancos. A "perda" com o Pix representou, assim, menos de 2% do lucro daquele ano. Recentemente, o Estadão Verifica também desmentiu que bancos tiveram mais de R$ 400 bilhões em prejuízo com tarifas sobre as transações, destacando que a queda de receitas, na verdade, foi de R$ 1,5 bilhão no ano passado. O Comprova também verificou esse tema, chegando à mesma conclusão. 

O economista Giliad Silva cita esse cenário de alta nos lucros como mais um ponto positivo na estabilidade do Pix. "À luz dos dados mais contemporâneos vemos que o setor bancário, de longe, não tem um déficit na rentabilidade. A taxa de lucro do setor bancário é sempre muito ajustada à da economia brasileira e em alguns períodos é maior", afirmou. 

A reportagem procurou o Banco Central, que preferiu não se posicionar sobre o assunto. 

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No Facebook, o conteúdo aqui verificado teve 79 mil visualizações, foi curtido por 7,4 mil pessoas e recebeu 718 comentários.

Um vídeo que viralizou no Facebook traz alegações enganosas sobre o Pix -- sistema de pagamentos instantâneos implementado pelo Banco Central. Um homem afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia cancelar o Pix caso seja eleito -- mas, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão Verifica, a autonomia do Banco Central impede que o presidente tome sozinho essa decisão. O vídeo traz outras informações erradas sobre o Pix, como a de que banqueiros teriam deixado de lucrar R$ 40 bilhões com o sistema de pagamento. Na realidade, a perda de receita com tarifas de pagamentos gira em torno de R$ 1,5 bilhão.

A autonomia do Banco Central foi definida pela Lei Complementar nº 179/2021, que desvinculou a autarquia do Ministério da Economia.  O Artigo 6º da lei prevê que a instituição seja caracterizada pela ausência de vinculação, de tutela ou de subordinação hierárquica a ministérios. O objetivo é que o BC tenha autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.

 

De acordo com o meste em Direito e economista Alessandro Azzoni, professor na Universidade Nove de Julho (Uninove) e coordenador do Núcleo de Estudos Socioambientais (Nesa) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o fim do Pix não pode se dar por ato discricionário do Poder Executivo. A única maneira de haver uma interferência de um presidente neste sentido seria influenciar politicamente a cúpula do Banco Central a propor o fim da ferramenta de pagamentos. 

Com a autonomia, foram determinados mandatos fixos de quatro anos ao presidente e diretores do BC com o intuito de evitar interferências políticas. Azzoni ressalta que o Presidente da República é quem indica o presidente e membros da diretoria do Banco Central. Os indicados então são sabatinados pelo Senado e precisam ser aprovados em votação. "Apesar da independência do Banco Central, acho que ainda poderia haver uma interferência do Executivo", ponderou. "Mas numa ferramenta tão consolidada (como o Pix) eu acho que seria um desgaste grande para o Executivo e que não seria o caminho".

O professor observa, ainda, que todas as discussões sobre o sistema financeiro passam também pelo crivo do Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelo presidente do órgão e diretores. "O fim do Pix não é uma coisa muito simples de se mobilizar e se desfazer por um ato do Executivo", afirmou. "O presidente acaba não tendo essa autonomia sobre a gestão da regulamentação do mercado financeiro, tudo passa pelo Copom. Existe uma fundamentação para as decisões".

O doutor em economia Giliad de Souza Silva, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), afirma que a autonomia do Banco Central foi pensada para dificultar que o Poder Executivo altere as políticas definidas pela instituição, sobretudo as monetárias e financeiras. "Se houver uma ação nesse sentido, basicamente o presidente vai estar incorrendo em algum tipo de crime porque vai estar colocando em contradição o que regula a autonomia do Banco Central", disse. "A lei que regula essa autonomia impede uma ação desse caráter".

O professor disse não acreditar que haja interesse em acabar com o Pix. "Já há um nível de consolidação institucional. Os sistemas bancário e financeiro já funcionam de modo bastante regular através do Pix e há uma adaptação dos bancos em sentido amplo sobre o uso desse instrumento", opinou.

O doutor em administração Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a legislação atual não permite que o detentor do cargo faça alterações no pagamento eletrônico. "Assim como o Banco Central implantou sem consultar ninguém, ele pode remover se assim quiser."

Para o professor, não faria sentido para um presidente promover mudança em uma política que funciona bem e que é bem avaliada pela população, além de gerar um volume grande de transações para os bancos.

Sobre o assunto, Lula se posicionou em sua

">conta no Twitter afirmando ser invenção que pretende acabar com o Pix e se posicionando a favor da inclusão bancária.

Autor do vídeo exagera perda de lucro dos bancos

O autor do vídeo afirma ainda que os banqueiros deixaram de receber R$ 40 bilhões ao ano após o lançamento da ferramenta de pagamento em 2020. Trata-se de uma reprodução do discurso do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), que afirmou no Twitter que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez os banqueiros perderem esse valor por ano. Para Nogueira, isso teria levado representantes do sistema financeiro a classe a assinar a Carta em Defesa da DemocraciaNesta quinta, 28, Bolsonaro também afirmou que a assinatura do documento é uma reação dos banqueiros à criação do Pix e a um suposto fim do monopólio do setor bancário.

O Estadão mostrou na última semana, contudo, que em 2021 Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander - as quatro maiores instituições do Brasil - tiveram o maior lucro dos últimos 15 anos, de R$ 81 bilhões. Neste mesmo período, o Pix resultou em perda de R$ 1,5 bilhão em receitas com tarifas dos mesmos bancos. A "perda" com o Pix representou, assim, menos de 2% do lucro daquele ano. Recentemente, o Estadão Verifica também desmentiu que bancos tiveram mais de R$ 400 bilhões em prejuízo com tarifas sobre as transações, destacando que a queda de receitas, na verdade, foi de R$ 1,5 bilhão no ano passado. O Comprova também verificou esse tema, chegando à mesma conclusão. 

O economista Giliad Silva cita esse cenário de alta nos lucros como mais um ponto positivo na estabilidade do Pix. "À luz dos dados mais contemporâneos vemos que o setor bancário, de longe, não tem um déficit na rentabilidade. A taxa de lucro do setor bancário é sempre muito ajustada à da economia brasileira e em alguns períodos é maior", afirmou. 

A reportagem procurou o Banco Central, que preferiu não se posicionar sobre o assunto. 

No Facebook, o conteúdo aqui verificado teve 79 mil visualizações, foi curtido por 7,4 mil pessoas e recebeu 718 comentários.

Um vídeo que viralizou no Facebook traz alegações enganosas sobre o Pix -- sistema de pagamentos instantâneos implementado pelo Banco Central. Um homem afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia cancelar o Pix caso seja eleito -- mas, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão Verifica, a autonomia do Banco Central impede que o presidente tome sozinho essa decisão. O vídeo traz outras informações erradas sobre o Pix, como a de que banqueiros teriam deixado de lucrar R$ 40 bilhões com o sistema de pagamento. Na realidade, a perda de receita com tarifas de pagamentos gira em torno de R$ 1,5 bilhão.

A autonomia do Banco Central foi definida pela Lei Complementar nº 179/2021, que desvinculou a autarquia do Ministério da Economia.  O Artigo 6º da lei prevê que a instituição seja caracterizada pela ausência de vinculação, de tutela ou de subordinação hierárquica a ministérios. O objetivo é que o BC tenha autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.

 

De acordo com o meste em Direito e economista Alessandro Azzoni, professor na Universidade Nove de Julho (Uninove) e coordenador do Núcleo de Estudos Socioambientais (Nesa) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o fim do Pix não pode se dar por ato discricionário do Poder Executivo. A única maneira de haver uma interferência de um presidente neste sentido seria influenciar politicamente a cúpula do Banco Central a propor o fim da ferramenta de pagamentos. 

Com a autonomia, foram determinados mandatos fixos de quatro anos ao presidente e diretores do BC com o intuito de evitar interferências políticas. Azzoni ressalta que o Presidente da República é quem indica o presidente e membros da diretoria do Banco Central. Os indicados então são sabatinados pelo Senado e precisam ser aprovados em votação. "Apesar da independência do Banco Central, acho que ainda poderia haver uma interferência do Executivo", ponderou. "Mas numa ferramenta tão consolidada (como o Pix) eu acho que seria um desgaste grande para o Executivo e que não seria o caminho".

O professor observa, ainda, que todas as discussões sobre o sistema financeiro passam também pelo crivo do Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelo presidente do órgão e diretores. "O fim do Pix não é uma coisa muito simples de se mobilizar e se desfazer por um ato do Executivo", afirmou. "O presidente acaba não tendo essa autonomia sobre a gestão da regulamentação do mercado financeiro, tudo passa pelo Copom. Existe uma fundamentação para as decisões".

O doutor em economia Giliad de Souza Silva, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), afirma que a autonomia do Banco Central foi pensada para dificultar que o Poder Executivo altere as políticas definidas pela instituição, sobretudo as monetárias e financeiras. "Se houver uma ação nesse sentido, basicamente o presidente vai estar incorrendo em algum tipo de crime porque vai estar colocando em contradição o que regula a autonomia do Banco Central", disse. "A lei que regula essa autonomia impede uma ação desse caráter".

O professor disse não acreditar que haja interesse em acabar com o Pix. "Já há um nível de consolidação institucional. Os sistemas bancário e financeiro já funcionam de modo bastante regular através do Pix e há uma adaptação dos bancos em sentido amplo sobre o uso desse instrumento", opinou.

O doutor em administração Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a legislação atual não permite que o detentor do cargo faça alterações no pagamento eletrônico. "Assim como o Banco Central implantou sem consultar ninguém, ele pode remover se assim quiser."

Para o professor, não faria sentido para um presidente promover mudança em uma política que funciona bem e que é bem avaliada pela população, além de gerar um volume grande de transações para os bancos.

Sobre o assunto, Lula se posicionou em sua

">conta no Twitter afirmando ser invenção que pretende acabar com o Pix e se posicionando a favor da inclusão bancária.

Autor do vídeo exagera perda de lucro dos bancos

O autor do vídeo afirma ainda que os banqueiros deixaram de receber R$ 40 bilhões ao ano após o lançamento da ferramenta de pagamento em 2020. Trata-se de uma reprodução do discurso do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), que afirmou no Twitter que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez os banqueiros perderem esse valor por ano. Para Nogueira, isso teria levado representantes do sistema financeiro a classe a assinar a Carta em Defesa da DemocraciaNesta quinta, 28, Bolsonaro também afirmou que a assinatura do documento é uma reação dos banqueiros à criação do Pix e a um suposto fim do monopólio do setor bancário.

O Estadão mostrou na última semana, contudo, que em 2021 Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander - as quatro maiores instituições do Brasil - tiveram o maior lucro dos últimos 15 anos, de R$ 81 bilhões. Neste mesmo período, o Pix resultou em perda de R$ 1,5 bilhão em receitas com tarifas dos mesmos bancos. A "perda" com o Pix representou, assim, menos de 2% do lucro daquele ano. Recentemente, o Estadão Verifica também desmentiu que bancos tiveram mais de R$ 400 bilhões em prejuízo com tarifas sobre as transações, destacando que a queda de receitas, na verdade, foi de R$ 1,5 bilhão no ano passado. O Comprova também verificou esse tema, chegando à mesma conclusão. 

O economista Giliad Silva cita esse cenário de alta nos lucros como mais um ponto positivo na estabilidade do Pix. "À luz dos dados mais contemporâneos vemos que o setor bancário, de longe, não tem um déficit na rentabilidade. A taxa de lucro do setor bancário é sempre muito ajustada à da economia brasileira e em alguns períodos é maior", afirmou. 

A reportagem procurou o Banco Central, que preferiu não se posicionar sobre o assunto. 

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