É falso que Lula tenha projeto de implantar ‘pulseira cidadã’ para identificar vacinados


Bracelete que aparece em imagem compartilhada nas redes sociais foi criado em 2021 nos Estados Unidos e era vendido a indivíduos e empresas

Por Luciana Marschall

É falso que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse em 1º de janeiro de 2023, terá como prioridade a implantação de uma “pulseira cidadã” que dá direito a pessoas imunizadas contra a covid-19 acessarem locais proibidos para aquelas que não tenham sido vacinadas. A assessoria de imprensa do presidente eleito negou que tenha planos sobre esse tema e não há qualquer menção ao assunto no Plano de Governo da chapa Lula-Alckmin. Além disso, os braceletes sequer estão sendo comercializados no momento.

 Foto: Repro

Uma montagem traz a afirmação junto da imagem da pulseira e da logo do governo de transição. O conteúdo foi compartilhado em diferentes redes sociais e recebeu 1,340 interações em um dia, segundo a ferramenta CrowdTangle.

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A pulseira a qual o conteúdo se refere é a ImmunaBand, lançada em 2021 pelo médico Tashof Bernton com o objetivo de ser uma ferramenta digital de fácil acesso às informações de vacinação contra o coronavírus. O objetivo era tornar o bracelete um símbolo da vacinação, destinando-o a indivíduos que quisessem mostrar que haviam sido imunizados. Não há informação de que o objeto tenha sido adotado por governos. Atualmente, o produto não está disponível para venda.

O médico Bernton explicou a ideia em detalhes em entrevistas concedidas a um canal da Fox na Filadélfia, Pensilvânia, e a um canal afiliado à NBC em Denver, Colorado. Os braceletes trazem um código QR que pode ser lido pela câmera de um celular e dá acesso a uma página da ImmunaBand. Ali, seria inserido um Número de Identificação Pessoal (PIN) para acesso a todas as informações do cartão de vacinação do portador.

A aquisição e uso da ferramenta por alguns estabelecimentos norte-americanos foram noticiados por veículos de imprensa como CNN, 6abc e Washington Post. A foto do produto utilizada na publicação falsa pode ser encontrada no site da rádio 96.7 The Eagle, de Illinois, nos Estados Unidos, em uma notícia publicada em maio de 2021 sobre o lançamento do bracelete.

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ImmunaBand foi lançada em 2021 pelo médico norte-americano Tashof Bernton Foto: Divulgação

A assessoria do presidente eleito Lula informou à reportagem que a iniciativa não é verdadeira e nem foi divulgada pelas equipes do PT, de transição ou qualquer outro grupo, acrescentando que peças desinformativas como essa prejudicam a sociedade e até a saúde pública.

A reportagem tentou contato com a ImmunaBand, mas o endereço de e-mail disponibilizado no site da empresa está inativo. Também procurou o médico Tashof Bernton via redes sociais, mas não recebeu resposta até o momento. O Estadão Verifica tentou contato com a pastora que publicou o conteúdo falso, mas não obteve resposta.

É falso que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse em 1º de janeiro de 2023, terá como prioridade a implantação de uma “pulseira cidadã” que dá direito a pessoas imunizadas contra a covid-19 acessarem locais proibidos para aquelas que não tenham sido vacinadas. A assessoria de imprensa do presidente eleito negou que tenha planos sobre esse tema e não há qualquer menção ao assunto no Plano de Governo da chapa Lula-Alckmin. Além disso, os braceletes sequer estão sendo comercializados no momento.

 Foto: Repro

Uma montagem traz a afirmação junto da imagem da pulseira e da logo do governo de transição. O conteúdo foi compartilhado em diferentes redes sociais e recebeu 1,340 interações em um dia, segundo a ferramenta CrowdTangle.

A pulseira a qual o conteúdo se refere é a ImmunaBand, lançada em 2021 pelo médico Tashof Bernton com o objetivo de ser uma ferramenta digital de fácil acesso às informações de vacinação contra o coronavírus. O objetivo era tornar o bracelete um símbolo da vacinação, destinando-o a indivíduos que quisessem mostrar que haviam sido imunizados. Não há informação de que o objeto tenha sido adotado por governos. Atualmente, o produto não está disponível para venda.

O médico Bernton explicou a ideia em detalhes em entrevistas concedidas a um canal da Fox na Filadélfia, Pensilvânia, e a um canal afiliado à NBC em Denver, Colorado. Os braceletes trazem um código QR que pode ser lido pela câmera de um celular e dá acesso a uma página da ImmunaBand. Ali, seria inserido um Número de Identificação Pessoal (PIN) para acesso a todas as informações do cartão de vacinação do portador.

A aquisição e uso da ferramenta por alguns estabelecimentos norte-americanos foram noticiados por veículos de imprensa como CNN, 6abc e Washington Post. A foto do produto utilizada na publicação falsa pode ser encontrada no site da rádio 96.7 The Eagle, de Illinois, nos Estados Unidos, em uma notícia publicada em maio de 2021 sobre o lançamento do bracelete.

ImmunaBand foi lançada em 2021 pelo médico norte-americano Tashof Bernton Foto: Divulgação

A assessoria do presidente eleito Lula informou à reportagem que a iniciativa não é verdadeira e nem foi divulgada pelas equipes do PT, de transição ou qualquer outro grupo, acrescentando que peças desinformativas como essa prejudicam a sociedade e até a saúde pública.

A reportagem tentou contato com a ImmunaBand, mas o endereço de e-mail disponibilizado no site da empresa está inativo. Também procurou o médico Tashof Bernton via redes sociais, mas não recebeu resposta até o momento. O Estadão Verifica tentou contato com a pastora que publicou o conteúdo falso, mas não obteve resposta.

É falso que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse em 1º de janeiro de 2023, terá como prioridade a implantação de uma “pulseira cidadã” que dá direito a pessoas imunizadas contra a covid-19 acessarem locais proibidos para aquelas que não tenham sido vacinadas. A assessoria de imprensa do presidente eleito negou que tenha planos sobre esse tema e não há qualquer menção ao assunto no Plano de Governo da chapa Lula-Alckmin. Além disso, os braceletes sequer estão sendo comercializados no momento.

 Foto: Repro

Uma montagem traz a afirmação junto da imagem da pulseira e da logo do governo de transição. O conteúdo foi compartilhado em diferentes redes sociais e recebeu 1,340 interações em um dia, segundo a ferramenta CrowdTangle.

A pulseira a qual o conteúdo se refere é a ImmunaBand, lançada em 2021 pelo médico Tashof Bernton com o objetivo de ser uma ferramenta digital de fácil acesso às informações de vacinação contra o coronavírus. O objetivo era tornar o bracelete um símbolo da vacinação, destinando-o a indivíduos que quisessem mostrar que haviam sido imunizados. Não há informação de que o objeto tenha sido adotado por governos. Atualmente, o produto não está disponível para venda.

O médico Bernton explicou a ideia em detalhes em entrevistas concedidas a um canal da Fox na Filadélfia, Pensilvânia, e a um canal afiliado à NBC em Denver, Colorado. Os braceletes trazem um código QR que pode ser lido pela câmera de um celular e dá acesso a uma página da ImmunaBand. Ali, seria inserido um Número de Identificação Pessoal (PIN) para acesso a todas as informações do cartão de vacinação do portador.

A aquisição e uso da ferramenta por alguns estabelecimentos norte-americanos foram noticiados por veículos de imprensa como CNN, 6abc e Washington Post. A foto do produto utilizada na publicação falsa pode ser encontrada no site da rádio 96.7 The Eagle, de Illinois, nos Estados Unidos, em uma notícia publicada em maio de 2021 sobre o lançamento do bracelete.

ImmunaBand foi lançada em 2021 pelo médico norte-americano Tashof Bernton Foto: Divulgação

A assessoria do presidente eleito Lula informou à reportagem que a iniciativa não é verdadeira e nem foi divulgada pelas equipes do PT, de transição ou qualquer outro grupo, acrescentando que peças desinformativas como essa prejudicam a sociedade e até a saúde pública.

A reportagem tentou contato com a ImmunaBand, mas o endereço de e-mail disponibilizado no site da empresa está inativo. Também procurou o médico Tashof Bernton via redes sociais, mas não recebeu resposta até o momento. O Estadão Verifica tentou contato com a pastora que publicou o conteúdo falso, mas não obteve resposta.

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