Vídeo não mostra manifestantes chegando ao Palácio Miraflores para prender Maduro


Imagens mostram manifestação ao lado de Basílica Santa Capilla por transparência na divulgação das atas de votação

Por Clarissa Pacheco

O que estão compartilhando: que venezuelanos se aproximaram da Praça de Miraflores, onde Nicolás Maduro está, para prendê-lo.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo mostra um conflito ocorrido no dia 29 de julho de 2024. As imagens não foram feitas no Parque Miraflores, onde fica o palácio sede do governo venezuelano, nem mostra pessoas se dirigindo ao local para prender Maduro. A cena mostra uma manifestação na Avenida Urdaneta, em Caracas, ao lado da Basílica de Santa Capilla. O Palácio Miraflores fica a cerca de 500 metros de lá. De acordo com publicação da ONG PROVEA, que atua em defesa dos direitos humanos, os manifestantes estavam nas ruas pedindo uma contagem transparente de todas as atas de votação.

 Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: As imagens no vídeo investigado aparecem em publicações na imprensa sobre as manifestações ocorridas em Caracas, na Venezuela, após Nicolás Maduro ser declarado reeleito presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime. As eleições foram marcadas por suspeitas de fraude, relatos de irregularidades e de intimidação de eleitores. A oposição contestou o resultado e diz ter provas de fraude.

Protesto mostra pessoas atirando para o alto

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O vídeo que viralizou mostra civis e policiais em uma manifestação ao lado da Basílica de Santa Capilla, em Caracas. Nas imagens, aparecem policiais com coletes e pessoas com roupas de civis atirando para o alto, mas os policiais fardados não interrompem a ação dos atiradores. Há correria no local. Mais de mil pessoas já foram presas em protestos na Venezuela.

Segundo o post da ONG Provea, o protesto foi reprimido pelos chamados “colectivos”, grupos pró-governo. As imagens foram publicadas no perfil da organização nesta terça-feira, 30, com a informação de que foram gravadas por volta das 16h30 (horário local) da véspera, dia 29, quando manifestantes saíam às ruas para pedir a contagem transparente das atas de votação.

No mesmo dia, Maduro disse ao assessor especial da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, que divulgará as atas “em breve”. O resultado do pleito não foi reconhecido por diversos países, pelo Centro Carter, observador internacional, e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou uma “manipulação aberrante”.

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Nesta quarta, 31, o Conselho Permanente da OEA convocou uma reunião na tentativa de aprovar uma resolução exigindo transparência da Venezuela, mas ela foi rejeitada. Era necessária a aprovação da maioria absoluta de 34 votos, mas foram apenas 17 a favor. Houve 11 abstenções, incluindo o Brasil, e cinco votos contra.

O que estão compartilhando: que venezuelanos se aproximaram da Praça de Miraflores, onde Nicolás Maduro está, para prendê-lo.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo mostra um conflito ocorrido no dia 29 de julho de 2024. As imagens não foram feitas no Parque Miraflores, onde fica o palácio sede do governo venezuelano, nem mostra pessoas se dirigindo ao local para prender Maduro. A cena mostra uma manifestação na Avenida Urdaneta, em Caracas, ao lado da Basílica de Santa Capilla. O Palácio Miraflores fica a cerca de 500 metros de lá. De acordo com publicação da ONG PROVEA, que atua em defesa dos direitos humanos, os manifestantes estavam nas ruas pedindo uma contagem transparente de todas as atas de votação.

 Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: As imagens no vídeo investigado aparecem em publicações na imprensa sobre as manifestações ocorridas em Caracas, na Venezuela, após Nicolás Maduro ser declarado reeleito presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime. As eleições foram marcadas por suspeitas de fraude, relatos de irregularidades e de intimidação de eleitores. A oposição contestou o resultado e diz ter provas de fraude.

Protesto mostra pessoas atirando para o alto

O vídeo que viralizou mostra civis e policiais em uma manifestação ao lado da Basílica de Santa Capilla, em Caracas. Nas imagens, aparecem policiais com coletes e pessoas com roupas de civis atirando para o alto, mas os policiais fardados não interrompem a ação dos atiradores. Há correria no local. Mais de mil pessoas já foram presas em protestos na Venezuela.

Segundo o post da ONG Provea, o protesto foi reprimido pelos chamados “colectivos”, grupos pró-governo. As imagens foram publicadas no perfil da organização nesta terça-feira, 30, com a informação de que foram gravadas por volta das 16h30 (horário local) da véspera, dia 29, quando manifestantes saíam às ruas para pedir a contagem transparente das atas de votação.

No mesmo dia, Maduro disse ao assessor especial da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, que divulgará as atas “em breve”. O resultado do pleito não foi reconhecido por diversos países, pelo Centro Carter, observador internacional, e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou uma “manipulação aberrante”.

Nesta quarta, 31, o Conselho Permanente da OEA convocou uma reunião na tentativa de aprovar uma resolução exigindo transparência da Venezuela, mas ela foi rejeitada. Era necessária a aprovação da maioria absoluta de 34 votos, mas foram apenas 17 a favor. Houve 11 abstenções, incluindo o Brasil, e cinco votos contra.

O que estão compartilhando: que venezuelanos se aproximaram da Praça de Miraflores, onde Nicolás Maduro está, para prendê-lo.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo mostra um conflito ocorrido no dia 29 de julho de 2024. As imagens não foram feitas no Parque Miraflores, onde fica o palácio sede do governo venezuelano, nem mostra pessoas se dirigindo ao local para prender Maduro. A cena mostra uma manifestação na Avenida Urdaneta, em Caracas, ao lado da Basílica de Santa Capilla. O Palácio Miraflores fica a cerca de 500 metros de lá. De acordo com publicação da ONG PROVEA, que atua em defesa dos direitos humanos, os manifestantes estavam nas ruas pedindo uma contagem transparente de todas as atas de votação.

 Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: As imagens no vídeo investigado aparecem em publicações na imprensa sobre as manifestações ocorridas em Caracas, na Venezuela, após Nicolás Maduro ser declarado reeleito presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime. As eleições foram marcadas por suspeitas de fraude, relatos de irregularidades e de intimidação de eleitores. A oposição contestou o resultado e diz ter provas de fraude.

Protesto mostra pessoas atirando para o alto

O vídeo que viralizou mostra civis e policiais em uma manifestação ao lado da Basílica de Santa Capilla, em Caracas. Nas imagens, aparecem policiais com coletes e pessoas com roupas de civis atirando para o alto, mas os policiais fardados não interrompem a ação dos atiradores. Há correria no local. Mais de mil pessoas já foram presas em protestos na Venezuela.

Segundo o post da ONG Provea, o protesto foi reprimido pelos chamados “colectivos”, grupos pró-governo. As imagens foram publicadas no perfil da organização nesta terça-feira, 30, com a informação de que foram gravadas por volta das 16h30 (horário local) da véspera, dia 29, quando manifestantes saíam às ruas para pedir a contagem transparente das atas de votação.

No mesmo dia, Maduro disse ao assessor especial da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, que divulgará as atas “em breve”. O resultado do pleito não foi reconhecido por diversos países, pelo Centro Carter, observador internacional, e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou uma “manipulação aberrante”.

Nesta quarta, 31, o Conselho Permanente da OEA convocou uma reunião na tentativa de aprovar uma resolução exigindo transparência da Venezuela, mas ela foi rejeitada. Era necessária a aprovação da maioria absoluta de 34 votos, mas foram apenas 17 a favor. Houve 11 abstenções, incluindo o Brasil, e cinco votos contra.

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