O que estão compartilhando: mensagem atribui ao ministro da Educação a declaração de que professores têm mais “regalias” do que outros trabalhadores e que os benefícios devem ser “enxugados ou o País continuará quebrado”. O post prossegue compartilhando uma reação de uma educadora do Estado de São Paulo à suposta fala.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque não há nenhum registro de declaração semelhante feita pelo ministro da Educação, Camilo Santana. O Ministério da Educação (MEC) negou que ele tenha falado em “regalias” de professores. A mesma mensagem é encontrada nas redes sociais desde 2016, durante o governo de Michel Temer, e foi desmentida pelo ministro da época, Mendonça Filho (União-PE).
Saiba mais: Uma mensagem falsa diz que o ministro Camilo Santana defendeu a necessidade de reduzir as “regalias” de professores, como férias, aposentadoria especial e piso salarial. O Ministério da Educação negou que Santana tenha dado qualquer declaração como essa. O Estadão Verifica também não encontrou nenhum registro da suposta fala.
A mesma alegação é encontrada circulando nas redes sociais desde 2016 e foi negada pelo então ministro, Mendonça Filho, hoje deputado federal. Na época, o parlamentar recebeu direito de resposta na Justiça contra o site que disseminou a peça de desinformação e indenização de R$ 50 mil de um professor que havia compartilhado a mensagem falsa.
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O conteúdo também traz o depoimento de uma suposta educadora do Estado de São Paulo chamada Mari Fernandes, que rebate a fala sobre privilégios. Porém, não há evidências que confirmem a autenticidade do texto ou mesmo a existência da professora mencionada.
Trabalhadores da educação possuem o direito a 30 dias de férias anuais, com a possibilidade de extensão para até 45 dias, conforme determinado por leis estaduais ou municipais, convenções da categoria, ou para docentes de instituições de ensino superior mantidas pela União. Há ainda regras especiais para aposentadoria e reajuste anual do piso salarial.
Outras publicações semelhantes também foram verificadas pelo Aos Fatos e Reuters.
Como lidar com posts do tipo: O conteúdo analisado é uma peça de desinformação antiga e que já havia sido desmentida por órgãos públicos e por agências de checagem em outras ocasiões. Antes de acreditar, pesquise pelas alegações da postagem em veículos da imprensa profissional. Uma declaração com críticas do Ministério da Educação aos direitos garantidos em lei aos professores seria amplamente noticiada.