MST não tem relação com ataque a plantação de mamão no Espírito Santo


O ataque à lavoura no município de Aracruz, na região norte do estado, de fato aconteceu, mas não tem qualquer relação com o MST, segundo a Polícia Militar, que foi ao local verificar a ocorrência

Por Projeto Comprova

Esta checagem foi produzida por jornalistas da coalizão do Comprova. Leia mais sobre nossa parceria aqui.

Conteúdo investigadoVídeo publicado em dois canais no YouTube mostra lavoura de mamão e café vandalizada em 15 de outubro de 2022. O autor do vídeo afirma que os mamoeiros estão perdidos e que o cafezal somente voltará a produzir em 2024. Ele associa a ação ao fato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter ido em primeiro lugar para o segundo turno das eleições presidenciais. A publicação também acusa o candidato do PT de ter raiva do agronegócio e que "vai faltar comida" se ele for eleito. A relação com o MST está no título dos dois vídeos.

Onde foi publicado: YouTube e WhatsApp.

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Conclusão do Comprova: Não há envolvimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um ataque a uma plantação de mamão e café na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao contrário do que afirmam publicações no YouTube. No vídeo, o responsável pelo post verificado aqui não cita nominalmente o movimento social, mas afirma que o ataque "é reflexo da vitória" da esquerda e do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais. O autor ainda alega que, caso o petista seja eleito, novos episódios de violência contra o agronegócio irão acontecer. A citação ao MST aparece no título dos vídeos publicados.

Na madrugada do último sábado (15), uma propriedade rural no Espírito Santo foi atacada. A área fica na região conhecida como Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural de Aracruz. Pés de mamão e café foram cortados. As investigações da polícia local, até o momento, descartam a participação do MST. Segundo nota da polícia enviada ao Comprova, a suspeita é que o ataque tenha ocorrido por "motivações pessoais" contra o dono da fazenda. Ao Comprova, o proprietário disse que não sabe dizer quem teria sido o autor dos ataques, mas que o que é dito no vídeo "é uma mentira".

 
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Ao Comprova, o MST também negou que tenha realizado qualquer ação do tipo e classificou o conteúdo como "desinformação para criminalizar os sem terra e o ex-presidente Lula".

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No YouTube, os dois vídeos receberam mais de 6,5 mil visualizações, 346 curtidas e 91 comentários até 18 de outubro.

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O que diz o responsável da publicação: Ao menos dois canais do YouTube publicaram o mesmo vídeo em 15 de outubro. Um deles foi o canal TV Bolsonaro 22, que conta com mais de 6,9 mil inscritos. Na descrição do canal não há indicação de qualquer contato de e-mail ou telefone. Ao procurar pelo nome do canal em outras redes sociais, o Comprova encontrou a página "TV Bolsonaro - B22 em 2022" no Facebook. A foto de perfil utilizada é a mesma do canal do YouTube que postou o vídeo aqui analisado. Na página do Facebook há um contato de e-mail, por onde o Comprova enviou questionamentos sobre a relação da página com o canal no YouTube e a respeito do vídeo que é objeto desta verificação. Não houve retorno até o fechamento desta checagem.

Como verificamos: Buscamos no Google por "MST destrói plantação de mamão e café". Os principais resultados remetem a vídeos antigos ou aos dois vídeos aqui verificados. Pesquisando por "MST destruindo plantação de mamão e café", o primeiro resultado é uma matéria do G1 sobre o caso, sem qualquer citação ao MST. Também encontramos uma matéria no portal A Gazeta e uma na Folha Vitória. Nas duas reportagens, o movimento não é citado.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa do MST, das polícias militar e civil do Espírito Santo e também com o proprietário da plantação destruída. A principal linha de investigação das autoridades é de "questões pessoais" contra o dono da área.

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Para localizar o dono da propriedade, o Comprova entrou em contato com a equipe de reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que já havia repercutido o caso.

Por fim, a equipe buscou contato com o autor da publicação no YouTube.

Polícia ainda investiga, mas descarta envolvimento do MST

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A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que na "tarde do último sábado (15), uma guarnição da Polícia Militar prosseguiu até a localidade de Córrego do Alemão com objetivo de verificar informações compartilhadas em grupos de WhatsApp de que uma plantação de mamão teria sido destruída em uma ação dolosa durante a madrugada. Após identificar o local exato do incidente, os militares realizaram contato com os donos da propriedade que relataram que tinham suspeita de que o delito teria motivação de cunho pessoal e que, provavelmente, seria uma ação de vingança".

Segundo a polícia, os proprietários foram orientados a registrar a ocorrência em uma delegacia para que os fatos fossem devidamente apurados e a ocorrência foi encerrada no local.

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A PM informou, ainda, que, segundo a equipe que atendeu o caso da ocorrência, em nenhum momento, os proprietários que chamaram o policiamento até o local mencionaram a possibilidade de ter sido uma ação do MST.

MST nega envolvimento

Em nota, a direção do MST informou que o movimento "não possui nenhum vínculo com o que está sendo noticiado por este vídeo, e que o mesmo é instrumento de mais uma notícia falsa produzida por bolsonaristas, que têm o objetivo de produzir desinformação para criminalizar os sem-terra e causar pânico eleitoral contra a campanha de Lula à presidência".

Proprietário diz que vídeo "é uma mentira"

Em contato com o Comprova, o dono da lavoura confirmou que houve danos à sua propriedade e afirmou não saber quem é o autor dos ataques, mas que "não tem cabimento" o que é dito no vídeo que, segundo ele, "é uma mentira".

Não foi possível identificar quem é o autor do vídeo. Embora não saiba quem foi o responsável pela gravação, o proprietário assegurou que não se trata de nenhuma pessoa próxima a ele, ou de funcionários da propriedade.

Plantação fica próxima de rodovia

A propriedade fica no Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural do município de Aracruz, no Espírito Santo. No vídeo verificado, o homem que grava afirma que a área está no limite entre os bairros Jacupemba e Guaraná, próximo de um trevo.

O Comprova localizou a região por meio do Google Street View e constatou que a área fica próxima de uma rodovia, a BR-101. O dono da área pontuou que a plantação fica próxima da rodovia, o que poderia facilitar o acesso de estranhos, caso do responsável pela gravação.

O Comprova também entrou em contato com uma indústria de tratamento de madeiras nas proximidades da região. Por WhatsApp, um funcionário confirmou que o ataque ocorreu e que foi em uma plantação próxima dali. Entretanto, informou não ter ouvido nada sobre envolvimento do MST nos ataques.

Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos sobre a pandemia, políticas públicas do governo federal e as eleições presidenciais que viralizam nas redes sociais. Publicações falsas ou enganosas envolvendo candidatos à Presidência, como os vídeos aqui verificados, podem induzir a interpretações equivocadas da realidade e influenciar eleitores no momento da votação. Os cidadãos têm direito de basear suas escolhas em informações verdadeiras e confiáveis.

Outras checagens sobre o tema: Na semana passada, o Comprova já mostrou que a interrupção no trânsito de um rodovia no Rio Grande do Sul foi causada por um acidente e não pelo MST, também verificamos boatos já desmentidos sobre supostas fazendas de Lulinha que voltaram a viralizar e mostramos que uma fala de Lula foi tirada de contexto para sugerir deboche de quem crê na promessa de comer picanha.

Esta checagem foi produzida por jornalistas da coalizão do Comprova. Leia mais sobre nossa parceria aqui.

Conteúdo investigadoVídeo publicado em dois canais no YouTube mostra lavoura de mamão e café vandalizada em 15 de outubro de 2022. O autor do vídeo afirma que os mamoeiros estão perdidos e que o cafezal somente voltará a produzir em 2024. Ele associa a ação ao fato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter ido em primeiro lugar para o segundo turno das eleições presidenciais. A publicação também acusa o candidato do PT de ter raiva do agronegócio e que "vai faltar comida" se ele for eleito. A relação com o MST está no título dos dois vídeos.

Onde foi publicado: YouTube e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: Não há envolvimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um ataque a uma plantação de mamão e café na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao contrário do que afirmam publicações no YouTube. No vídeo, o responsável pelo post verificado aqui não cita nominalmente o movimento social, mas afirma que o ataque "é reflexo da vitória" da esquerda e do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais. O autor ainda alega que, caso o petista seja eleito, novos episódios de violência contra o agronegócio irão acontecer. A citação ao MST aparece no título dos vídeos publicados.

Na madrugada do último sábado (15), uma propriedade rural no Espírito Santo foi atacada. A área fica na região conhecida como Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural de Aracruz. Pés de mamão e café foram cortados. As investigações da polícia local, até o momento, descartam a participação do MST. Segundo nota da polícia enviada ao Comprova, a suspeita é que o ataque tenha ocorrido por "motivações pessoais" contra o dono da fazenda. Ao Comprova, o proprietário disse que não sabe dizer quem teria sido o autor dos ataques, mas que o que é dito no vídeo "é uma mentira".

 

Ao Comprova, o MST também negou que tenha realizado qualquer ação do tipo e classificou o conteúdo como "desinformação para criminalizar os sem terra e o ex-presidente Lula".

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No YouTube, os dois vídeos receberam mais de 6,5 mil visualizações, 346 curtidas e 91 comentários até 18 de outubro.

O que diz o responsável da publicação: Ao menos dois canais do YouTube publicaram o mesmo vídeo em 15 de outubro. Um deles foi o canal TV Bolsonaro 22, que conta com mais de 6,9 mil inscritos. Na descrição do canal não há indicação de qualquer contato de e-mail ou telefone. Ao procurar pelo nome do canal em outras redes sociais, o Comprova encontrou a página "TV Bolsonaro - B22 em 2022" no Facebook. A foto de perfil utilizada é a mesma do canal do YouTube que postou o vídeo aqui analisado. Na página do Facebook há um contato de e-mail, por onde o Comprova enviou questionamentos sobre a relação da página com o canal no YouTube e a respeito do vídeo que é objeto desta verificação. Não houve retorno até o fechamento desta checagem.

Como verificamos: Buscamos no Google por "MST destrói plantação de mamão e café". Os principais resultados remetem a vídeos antigos ou aos dois vídeos aqui verificados. Pesquisando por "MST destruindo plantação de mamão e café", o primeiro resultado é uma matéria do G1 sobre o caso, sem qualquer citação ao MST. Também encontramos uma matéria no portal A Gazeta e uma na Folha Vitória. Nas duas reportagens, o movimento não é citado.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa do MST, das polícias militar e civil do Espírito Santo e também com o proprietário da plantação destruída. A principal linha de investigação das autoridades é de "questões pessoais" contra o dono da área.

Para localizar o dono da propriedade, o Comprova entrou em contato com a equipe de reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que já havia repercutido o caso.

Por fim, a equipe buscou contato com o autor da publicação no YouTube.

Polícia ainda investiga, mas descarta envolvimento do MST

A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que na "tarde do último sábado (15), uma guarnição da Polícia Militar prosseguiu até a localidade de Córrego do Alemão com objetivo de verificar informações compartilhadas em grupos de WhatsApp de que uma plantação de mamão teria sido destruída em uma ação dolosa durante a madrugada. Após identificar o local exato do incidente, os militares realizaram contato com os donos da propriedade que relataram que tinham suspeita de que o delito teria motivação de cunho pessoal e que, provavelmente, seria uma ação de vingança".

Segundo a polícia, os proprietários foram orientados a registrar a ocorrência em uma delegacia para que os fatos fossem devidamente apurados e a ocorrência foi encerrada no local.

A PM informou, ainda, que, segundo a equipe que atendeu o caso da ocorrência, em nenhum momento, os proprietários que chamaram o policiamento até o local mencionaram a possibilidade de ter sido uma ação do MST.

MST nega envolvimento

Em nota, a direção do MST informou que o movimento "não possui nenhum vínculo com o que está sendo noticiado por este vídeo, e que o mesmo é instrumento de mais uma notícia falsa produzida por bolsonaristas, que têm o objetivo de produzir desinformação para criminalizar os sem-terra e causar pânico eleitoral contra a campanha de Lula à presidência".

Proprietário diz que vídeo "é uma mentira"

Em contato com o Comprova, o dono da lavoura confirmou que houve danos à sua propriedade e afirmou não saber quem é o autor dos ataques, mas que "não tem cabimento" o que é dito no vídeo que, segundo ele, "é uma mentira".

Não foi possível identificar quem é o autor do vídeo. Embora não saiba quem foi o responsável pela gravação, o proprietário assegurou que não se trata de nenhuma pessoa próxima a ele, ou de funcionários da propriedade.

Plantação fica próxima de rodovia

A propriedade fica no Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural do município de Aracruz, no Espírito Santo. No vídeo verificado, o homem que grava afirma que a área está no limite entre os bairros Jacupemba e Guaraná, próximo de um trevo.

O Comprova localizou a região por meio do Google Street View e constatou que a área fica próxima de uma rodovia, a BR-101. O dono da área pontuou que a plantação fica próxima da rodovia, o que poderia facilitar o acesso de estranhos, caso do responsável pela gravação.

O Comprova também entrou em contato com uma indústria de tratamento de madeiras nas proximidades da região. Por WhatsApp, um funcionário confirmou que o ataque ocorreu e que foi em uma plantação próxima dali. Entretanto, informou não ter ouvido nada sobre envolvimento do MST nos ataques.

Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos sobre a pandemia, políticas públicas do governo federal e as eleições presidenciais que viralizam nas redes sociais. Publicações falsas ou enganosas envolvendo candidatos à Presidência, como os vídeos aqui verificados, podem induzir a interpretações equivocadas da realidade e influenciar eleitores no momento da votação. Os cidadãos têm direito de basear suas escolhas em informações verdadeiras e confiáveis.

Outras checagens sobre o tema: Na semana passada, o Comprova já mostrou que a interrupção no trânsito de um rodovia no Rio Grande do Sul foi causada por um acidente e não pelo MST, também verificamos boatos já desmentidos sobre supostas fazendas de Lulinha que voltaram a viralizar e mostramos que uma fala de Lula foi tirada de contexto para sugerir deboche de quem crê na promessa de comer picanha.

Esta checagem foi produzida por jornalistas da coalizão do Comprova. Leia mais sobre nossa parceria aqui.

Conteúdo investigadoVídeo publicado em dois canais no YouTube mostra lavoura de mamão e café vandalizada em 15 de outubro de 2022. O autor do vídeo afirma que os mamoeiros estão perdidos e que o cafezal somente voltará a produzir em 2024. Ele associa a ação ao fato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter ido em primeiro lugar para o segundo turno das eleições presidenciais. A publicação também acusa o candidato do PT de ter raiva do agronegócio e que "vai faltar comida" se ele for eleito. A relação com o MST está no título dos dois vídeos.

Onde foi publicado: YouTube e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: Não há envolvimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um ataque a uma plantação de mamão e café na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao contrário do que afirmam publicações no YouTube. No vídeo, o responsável pelo post verificado aqui não cita nominalmente o movimento social, mas afirma que o ataque "é reflexo da vitória" da esquerda e do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais. O autor ainda alega que, caso o petista seja eleito, novos episódios de violência contra o agronegócio irão acontecer. A citação ao MST aparece no título dos vídeos publicados.

Na madrugada do último sábado (15), uma propriedade rural no Espírito Santo foi atacada. A área fica na região conhecida como Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural de Aracruz. Pés de mamão e café foram cortados. As investigações da polícia local, até o momento, descartam a participação do MST. Segundo nota da polícia enviada ao Comprova, a suspeita é que o ataque tenha ocorrido por "motivações pessoais" contra o dono da fazenda. Ao Comprova, o proprietário disse que não sabe dizer quem teria sido o autor dos ataques, mas que o que é dito no vídeo "é uma mentira".

 

Ao Comprova, o MST também negou que tenha realizado qualquer ação do tipo e classificou o conteúdo como "desinformação para criminalizar os sem terra e o ex-presidente Lula".

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No YouTube, os dois vídeos receberam mais de 6,5 mil visualizações, 346 curtidas e 91 comentários até 18 de outubro.

O que diz o responsável da publicação: Ao menos dois canais do YouTube publicaram o mesmo vídeo em 15 de outubro. Um deles foi o canal TV Bolsonaro 22, que conta com mais de 6,9 mil inscritos. Na descrição do canal não há indicação de qualquer contato de e-mail ou telefone. Ao procurar pelo nome do canal em outras redes sociais, o Comprova encontrou a página "TV Bolsonaro - B22 em 2022" no Facebook. A foto de perfil utilizada é a mesma do canal do YouTube que postou o vídeo aqui analisado. Na página do Facebook há um contato de e-mail, por onde o Comprova enviou questionamentos sobre a relação da página com o canal no YouTube e a respeito do vídeo que é objeto desta verificação. Não houve retorno até o fechamento desta checagem.

Como verificamos: Buscamos no Google por "MST destrói plantação de mamão e café". Os principais resultados remetem a vídeos antigos ou aos dois vídeos aqui verificados. Pesquisando por "MST destruindo plantação de mamão e café", o primeiro resultado é uma matéria do G1 sobre o caso, sem qualquer citação ao MST. Também encontramos uma matéria no portal A Gazeta e uma na Folha Vitória. Nas duas reportagens, o movimento não é citado.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa do MST, das polícias militar e civil do Espírito Santo e também com o proprietário da plantação destruída. A principal linha de investigação das autoridades é de "questões pessoais" contra o dono da área.

Para localizar o dono da propriedade, o Comprova entrou em contato com a equipe de reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que já havia repercutido o caso.

Por fim, a equipe buscou contato com o autor da publicação no YouTube.

Polícia ainda investiga, mas descarta envolvimento do MST

A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que na "tarde do último sábado (15), uma guarnição da Polícia Militar prosseguiu até a localidade de Córrego do Alemão com objetivo de verificar informações compartilhadas em grupos de WhatsApp de que uma plantação de mamão teria sido destruída em uma ação dolosa durante a madrugada. Após identificar o local exato do incidente, os militares realizaram contato com os donos da propriedade que relataram que tinham suspeita de que o delito teria motivação de cunho pessoal e que, provavelmente, seria uma ação de vingança".

Segundo a polícia, os proprietários foram orientados a registrar a ocorrência em uma delegacia para que os fatos fossem devidamente apurados e a ocorrência foi encerrada no local.

A PM informou, ainda, que, segundo a equipe que atendeu o caso da ocorrência, em nenhum momento, os proprietários que chamaram o policiamento até o local mencionaram a possibilidade de ter sido uma ação do MST.

MST nega envolvimento

Em nota, a direção do MST informou que o movimento "não possui nenhum vínculo com o que está sendo noticiado por este vídeo, e que o mesmo é instrumento de mais uma notícia falsa produzida por bolsonaristas, que têm o objetivo de produzir desinformação para criminalizar os sem-terra e causar pânico eleitoral contra a campanha de Lula à presidência".

Proprietário diz que vídeo "é uma mentira"

Em contato com o Comprova, o dono da lavoura confirmou que houve danos à sua propriedade e afirmou não saber quem é o autor dos ataques, mas que "não tem cabimento" o que é dito no vídeo que, segundo ele, "é uma mentira".

Não foi possível identificar quem é o autor do vídeo. Embora não saiba quem foi o responsável pela gravação, o proprietário assegurou que não se trata de nenhuma pessoa próxima a ele, ou de funcionários da propriedade.

Plantação fica próxima de rodovia

A propriedade fica no Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural do município de Aracruz, no Espírito Santo. No vídeo verificado, o homem que grava afirma que a área está no limite entre os bairros Jacupemba e Guaraná, próximo de um trevo.

O Comprova localizou a região por meio do Google Street View e constatou que a área fica próxima de uma rodovia, a BR-101. O dono da área pontuou que a plantação fica próxima da rodovia, o que poderia facilitar o acesso de estranhos, caso do responsável pela gravação.

O Comprova também entrou em contato com uma indústria de tratamento de madeiras nas proximidades da região. Por WhatsApp, um funcionário confirmou que o ataque ocorreu e que foi em uma plantação próxima dali. Entretanto, informou não ter ouvido nada sobre envolvimento do MST nos ataques.

Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos sobre a pandemia, políticas públicas do governo federal e as eleições presidenciais que viralizam nas redes sociais. Publicações falsas ou enganosas envolvendo candidatos à Presidência, como os vídeos aqui verificados, podem induzir a interpretações equivocadas da realidade e influenciar eleitores no momento da votação. Os cidadãos têm direito de basear suas escolhas em informações verdadeiras e confiáveis.

Outras checagens sobre o tema: Na semana passada, o Comprova já mostrou que a interrupção no trânsito de um rodovia no Rio Grande do Sul foi causada por um acidente e não pelo MST, também verificamos boatos já desmentidos sobre supostas fazendas de Lulinha que voltaram a viralizar e mostramos que uma fala de Lula foi tirada de contexto para sugerir deboche de quem crê na promessa de comer picanha.

Esta checagem foi produzida por jornalistas da coalizão do Comprova. Leia mais sobre nossa parceria aqui.

Conteúdo investigadoVídeo publicado em dois canais no YouTube mostra lavoura de mamão e café vandalizada em 15 de outubro de 2022. O autor do vídeo afirma que os mamoeiros estão perdidos e que o cafezal somente voltará a produzir em 2024. Ele associa a ação ao fato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter ido em primeiro lugar para o segundo turno das eleições presidenciais. A publicação também acusa o candidato do PT de ter raiva do agronegócio e que "vai faltar comida" se ele for eleito. A relação com o MST está no título dos dois vídeos.

Onde foi publicado: YouTube e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: Não há envolvimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um ataque a uma plantação de mamão e café na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao contrário do que afirmam publicações no YouTube. No vídeo, o responsável pelo post verificado aqui não cita nominalmente o movimento social, mas afirma que o ataque "é reflexo da vitória" da esquerda e do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais. O autor ainda alega que, caso o petista seja eleito, novos episódios de violência contra o agronegócio irão acontecer. A citação ao MST aparece no título dos vídeos publicados.

Na madrugada do último sábado (15), uma propriedade rural no Espírito Santo foi atacada. A área fica na região conhecida como Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural de Aracruz. Pés de mamão e café foram cortados. As investigações da polícia local, até o momento, descartam a participação do MST. Segundo nota da polícia enviada ao Comprova, a suspeita é que o ataque tenha ocorrido por "motivações pessoais" contra o dono da fazenda. Ao Comprova, o proprietário disse que não sabe dizer quem teria sido o autor dos ataques, mas que o que é dito no vídeo "é uma mentira".

 

Ao Comprova, o MST também negou que tenha realizado qualquer ação do tipo e classificou o conteúdo como "desinformação para criminalizar os sem terra e o ex-presidente Lula".

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No YouTube, os dois vídeos receberam mais de 6,5 mil visualizações, 346 curtidas e 91 comentários até 18 de outubro.

O que diz o responsável da publicação: Ao menos dois canais do YouTube publicaram o mesmo vídeo em 15 de outubro. Um deles foi o canal TV Bolsonaro 22, que conta com mais de 6,9 mil inscritos. Na descrição do canal não há indicação de qualquer contato de e-mail ou telefone. Ao procurar pelo nome do canal em outras redes sociais, o Comprova encontrou a página "TV Bolsonaro - B22 em 2022" no Facebook. A foto de perfil utilizada é a mesma do canal do YouTube que postou o vídeo aqui analisado. Na página do Facebook há um contato de e-mail, por onde o Comprova enviou questionamentos sobre a relação da página com o canal no YouTube e a respeito do vídeo que é objeto desta verificação. Não houve retorno até o fechamento desta checagem.

Como verificamos: Buscamos no Google por "MST destrói plantação de mamão e café". Os principais resultados remetem a vídeos antigos ou aos dois vídeos aqui verificados. Pesquisando por "MST destruindo plantação de mamão e café", o primeiro resultado é uma matéria do G1 sobre o caso, sem qualquer citação ao MST. Também encontramos uma matéria no portal A Gazeta e uma na Folha Vitória. Nas duas reportagens, o movimento não é citado.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa do MST, das polícias militar e civil do Espírito Santo e também com o proprietário da plantação destruída. A principal linha de investigação das autoridades é de "questões pessoais" contra o dono da área.

Para localizar o dono da propriedade, o Comprova entrou em contato com a equipe de reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que já havia repercutido o caso.

Por fim, a equipe buscou contato com o autor da publicação no YouTube.

Polícia ainda investiga, mas descarta envolvimento do MST

A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que na "tarde do último sábado (15), uma guarnição da Polícia Militar prosseguiu até a localidade de Córrego do Alemão com objetivo de verificar informações compartilhadas em grupos de WhatsApp de que uma plantação de mamão teria sido destruída em uma ação dolosa durante a madrugada. Após identificar o local exato do incidente, os militares realizaram contato com os donos da propriedade que relataram que tinham suspeita de que o delito teria motivação de cunho pessoal e que, provavelmente, seria uma ação de vingança".

Segundo a polícia, os proprietários foram orientados a registrar a ocorrência em uma delegacia para que os fatos fossem devidamente apurados e a ocorrência foi encerrada no local.

A PM informou, ainda, que, segundo a equipe que atendeu o caso da ocorrência, em nenhum momento, os proprietários que chamaram o policiamento até o local mencionaram a possibilidade de ter sido uma ação do MST.

MST nega envolvimento

Em nota, a direção do MST informou que o movimento "não possui nenhum vínculo com o que está sendo noticiado por este vídeo, e que o mesmo é instrumento de mais uma notícia falsa produzida por bolsonaristas, que têm o objetivo de produzir desinformação para criminalizar os sem-terra e causar pânico eleitoral contra a campanha de Lula à presidência".

Proprietário diz que vídeo "é uma mentira"

Em contato com o Comprova, o dono da lavoura confirmou que houve danos à sua propriedade e afirmou não saber quem é o autor dos ataques, mas que "não tem cabimento" o que é dito no vídeo que, segundo ele, "é uma mentira".

Não foi possível identificar quem é o autor do vídeo. Embora não saiba quem foi o responsável pela gravação, o proprietário assegurou que não se trata de nenhuma pessoa próxima a ele, ou de funcionários da propriedade.

Plantação fica próxima de rodovia

A propriedade fica no Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural do município de Aracruz, no Espírito Santo. No vídeo verificado, o homem que grava afirma que a área está no limite entre os bairros Jacupemba e Guaraná, próximo de um trevo.

O Comprova localizou a região por meio do Google Street View e constatou que a área fica próxima de uma rodovia, a BR-101. O dono da área pontuou que a plantação fica próxima da rodovia, o que poderia facilitar o acesso de estranhos, caso do responsável pela gravação.

O Comprova também entrou em contato com uma indústria de tratamento de madeiras nas proximidades da região. Por WhatsApp, um funcionário confirmou que o ataque ocorreu e que foi em uma plantação próxima dali. Entretanto, informou não ter ouvido nada sobre envolvimento do MST nos ataques.

Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos sobre a pandemia, políticas públicas do governo federal e as eleições presidenciais que viralizam nas redes sociais. Publicações falsas ou enganosas envolvendo candidatos à Presidência, como os vídeos aqui verificados, podem induzir a interpretações equivocadas da realidade e influenciar eleitores no momento da votação. Os cidadãos têm direito de basear suas escolhas em informações verdadeiras e confiáveis.

Outras checagens sobre o tema: Na semana passada, o Comprova já mostrou que a interrupção no trânsito de um rodovia no Rio Grande do Sul foi causada por um acidente e não pelo MST, também verificamos boatos já desmentidos sobre supostas fazendas de Lulinha que voltaram a viralizar e mostramos que uma fala de Lula foi tirada de contexto para sugerir deboche de quem crê na promessa de comer picanha.

Esta checagem foi produzida por jornalistas da coalizão do Comprova. Leia mais sobre nossa parceria aqui.

Conteúdo investigadoVídeo publicado em dois canais no YouTube mostra lavoura de mamão e café vandalizada em 15 de outubro de 2022. O autor do vídeo afirma que os mamoeiros estão perdidos e que o cafezal somente voltará a produzir em 2024. Ele associa a ação ao fato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter ido em primeiro lugar para o segundo turno das eleições presidenciais. A publicação também acusa o candidato do PT de ter raiva do agronegócio e que "vai faltar comida" se ele for eleito. A relação com o MST está no título dos dois vídeos.

Onde foi publicado: YouTube e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: Não há envolvimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um ataque a uma plantação de mamão e café na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao contrário do que afirmam publicações no YouTube. No vídeo, o responsável pelo post verificado aqui não cita nominalmente o movimento social, mas afirma que o ataque "é reflexo da vitória" da esquerda e do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais. O autor ainda alega que, caso o petista seja eleito, novos episódios de violência contra o agronegócio irão acontecer. A citação ao MST aparece no título dos vídeos publicados.

Na madrugada do último sábado (15), uma propriedade rural no Espírito Santo foi atacada. A área fica na região conhecida como Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural de Aracruz. Pés de mamão e café foram cortados. As investigações da polícia local, até o momento, descartam a participação do MST. Segundo nota da polícia enviada ao Comprova, a suspeita é que o ataque tenha ocorrido por "motivações pessoais" contra o dono da fazenda. Ao Comprova, o proprietário disse que não sabe dizer quem teria sido o autor dos ataques, mas que o que é dito no vídeo "é uma mentira".

 

Ao Comprova, o MST também negou que tenha realizado qualquer ação do tipo e classificou o conteúdo como "desinformação para criminalizar os sem terra e o ex-presidente Lula".

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No YouTube, os dois vídeos receberam mais de 6,5 mil visualizações, 346 curtidas e 91 comentários até 18 de outubro.

O que diz o responsável da publicação: Ao menos dois canais do YouTube publicaram o mesmo vídeo em 15 de outubro. Um deles foi o canal TV Bolsonaro 22, que conta com mais de 6,9 mil inscritos. Na descrição do canal não há indicação de qualquer contato de e-mail ou telefone. Ao procurar pelo nome do canal em outras redes sociais, o Comprova encontrou a página "TV Bolsonaro - B22 em 2022" no Facebook. A foto de perfil utilizada é a mesma do canal do YouTube que postou o vídeo aqui analisado. Na página do Facebook há um contato de e-mail, por onde o Comprova enviou questionamentos sobre a relação da página com o canal no YouTube e a respeito do vídeo que é objeto desta verificação. Não houve retorno até o fechamento desta checagem.

Como verificamos: Buscamos no Google por "MST destrói plantação de mamão e café". Os principais resultados remetem a vídeos antigos ou aos dois vídeos aqui verificados. Pesquisando por "MST destruindo plantação de mamão e café", o primeiro resultado é uma matéria do G1 sobre o caso, sem qualquer citação ao MST. Também encontramos uma matéria no portal A Gazeta e uma na Folha Vitória. Nas duas reportagens, o movimento não é citado.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa do MST, das polícias militar e civil do Espírito Santo e também com o proprietário da plantação destruída. A principal linha de investigação das autoridades é de "questões pessoais" contra o dono da área.

Para localizar o dono da propriedade, o Comprova entrou em contato com a equipe de reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que já havia repercutido o caso.

Por fim, a equipe buscou contato com o autor da publicação no YouTube.

Polícia ainda investiga, mas descarta envolvimento do MST

A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso será investigado por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que na "tarde do último sábado (15), uma guarnição da Polícia Militar prosseguiu até a localidade de Córrego do Alemão com objetivo de verificar informações compartilhadas em grupos de WhatsApp de que uma plantação de mamão teria sido destruída em uma ação dolosa durante a madrugada. Após identificar o local exato do incidente, os militares realizaram contato com os donos da propriedade que relataram que tinham suspeita de que o delito teria motivação de cunho pessoal e que, provavelmente, seria uma ação de vingança".

Segundo a polícia, os proprietários foram orientados a registrar a ocorrência em uma delegacia para que os fatos fossem devidamente apurados e a ocorrência foi encerrada no local.

A PM informou, ainda, que, segundo a equipe que atendeu o caso da ocorrência, em nenhum momento, os proprietários que chamaram o policiamento até o local mencionaram a possibilidade de ter sido uma ação do MST.

MST nega envolvimento

Em nota, a direção do MST informou que o movimento "não possui nenhum vínculo com o que está sendo noticiado por este vídeo, e que o mesmo é instrumento de mais uma notícia falsa produzida por bolsonaristas, que têm o objetivo de produzir desinformação para criminalizar os sem-terra e causar pânico eleitoral contra a campanha de Lula à presidência".

Proprietário diz que vídeo "é uma mentira"

Em contato com o Comprova, o dono da lavoura confirmou que houve danos à sua propriedade e afirmou não saber quem é o autor dos ataques, mas que "não tem cabimento" o que é dito no vídeo que, segundo ele, "é uma mentira".

Não foi possível identificar quem é o autor do vídeo. Embora não saiba quem foi o responsável pela gravação, o proprietário assegurou que não se trata de nenhuma pessoa próxima a ele, ou de funcionários da propriedade.

Plantação fica próxima de rodovia

A propriedade fica no Córrego do Alemão, no bairro Jacupemba, na zona rural do município de Aracruz, no Espírito Santo. No vídeo verificado, o homem que grava afirma que a área está no limite entre os bairros Jacupemba e Guaraná, próximo de um trevo.

O Comprova localizou a região por meio do Google Street View e constatou que a área fica próxima de uma rodovia, a BR-101. O dono da área pontuou que a plantação fica próxima da rodovia, o que poderia facilitar o acesso de estranhos, caso do responsável pela gravação.

O Comprova também entrou em contato com uma indústria de tratamento de madeiras nas proximidades da região. Por WhatsApp, um funcionário confirmou que o ataque ocorreu e que foi em uma plantação próxima dali. Entretanto, informou não ter ouvido nada sobre envolvimento do MST nos ataques.

Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos sobre a pandemia, políticas públicas do governo federal e as eleições presidenciais que viralizam nas redes sociais. Publicações falsas ou enganosas envolvendo candidatos à Presidência, como os vídeos aqui verificados, podem induzir a interpretações equivocadas da realidade e influenciar eleitores no momento da votação. Os cidadãos têm direito de basear suas escolhas em informações verdadeiras e confiáveis.

Outras checagens sobre o tema: Na semana passada, o Comprova já mostrou que a interrupção no trânsito de um rodovia no Rio Grande do Sul foi causada por um acidente e não pelo MST, também verificamos boatos já desmentidos sobre supostas fazendas de Lulinha que voltaram a viralizar e mostramos que uma fala de Lula foi tirada de contexto para sugerir deboche de quem crê na promessa de comer picanha.

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