Não há registros de casos da doença do ‘cervo zumbi’ em seres humanos


Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos contra apocalipse de ‘mortos-vivos’

Por Gabriel Belic

O que estão compartilhando: que a doença do “cervo zumbi” pode ser transmitida para seres humanos. Por isso, o Pentágono, sede Departamento de Defesa dos Estados Unidos, elaborou o Conop 8888, plano militar contra um “apocalipse zumbi”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Postagens alarmistas distorcem notícias sobre casos registrados em animais da Doença Debilitante Crônica, conhecida como doença do “cervo zumbi”, em um parque dos Estados Unidos. Ainda não há comprovação científica de que a enfermidade pode ser transmitida para pessoas. Publicações conspiratórias também relacionam a doença ao Conop 8888, um plano militar dos Estados Unidos contra um “apocalipse zumbi”. O documento citado, no entanto, foi criado apenas com fins de treinamento, utilizando um cenário fictício.

Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos Foto: Reprodução/TikTok
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Saiba mais: diversos conteúdos em vídeo que circulam nas redes sociais alegam que a doença do “cervo zumbi” irá contaminar seres humanos e poderá se espalhar no Brasil, mas não é bem assim.

Com tom conspiracionista, as publicações distorcem notícias recentes que informam sobre a confirmação da presença da Doença Debilitante Crônica – em inglês, Chronic Wasting Disease (CWD) – em um cadáver de cervo mula adulto no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ao The Guardian, um pesquisador da enfermidade alertou que é importante que a população esteja preparada para o risco de contágio da doença em humanos, mas que “ninguém está dizendo que isso definitivamente vai acontecer”.

Doença do ‘cervo zumbi’

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A Doença Debilitante Crônica é causada por príons, que são proteínas infecciosas. A enfermidade afeta cervos, veados, renas e alces. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o hospedeiro sofre com perda de peso, falta de coordenação, apatia, dentre outros.

Segundo o CDC, cientistas apontam que a Doença Debilitante Crônica se espalha entre animais por meio do contato com fluidos e tecidos corporais infectados ou, então, de forma indireta por meio da exposição da enfermidade no ambiente, como na água potável ou nos alimentos. O quadro é fatal, sem tratamentos ou vacinas conhecidas.

Em uma das postagens verificadas, um homem diz que a enfermidade que acomete os animais é causada por uma bactéria que estava congelada na Sibéria. Isso não é verdade. Como já mencionado anteriormente, a Doença Debilitante Crônica sequer é causada por uma bactéria, e sim por príons.

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Em março do ano passado, um boato semelhante circulou nas redes sociais. Postagens alegavam que cientistas haviam descongelado diversos “vírus zumbis” na Sibéria, o que acarretaria em um apocalipse. O Estadão Verifica explicou que, na verdade, os “vírus zumbis” são micro-organismos que estavam congelados há milhares de anos na Sibéria que, com o degelo do permafrost, foram redescobertos.

Contágio em humanos e disseminação no Brasil

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Não há nenhum registro da Doença Debilitante Crônica em seres humanos. De acordo com a virologista Clarice Arns, professora titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a enfermidade afeta a família dos cervídeos e sua transmissão pode acontecer de um príon para outro. “É importante dizer que, até hoje, não há comprovação científica que passa para o homem. Por outro lado, a gente não pode descartar que isso possa vir a acontecer”, explica.

O CDC também reforça que não há casos relatados de infecção pela Doença Debilitante Crônica em pessoas. A agência de saúde pública ressalta que existem alguns estudos em animais que sugerem que a Doença Debilitante Crônica representa um risco para certos tipos de primatas não humanos, como macacos, que comem carne de animais infectados com a enfermidade ou que entram em contato com cérebro ou fluidos corporais de cervos ou alces acometidos pela doença.

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Segundo Clarice, não há nenhum dado da enfermidade no Brasil, que é relativamente comum nos Estados Unidos. Conforme o artigo “Os cervídeos brasileiros correm risco de contrair doenças por príons?”, publicado em 2017, a Doença Debilitante Crônica é considerada um problema de saúde pública na América do Norte. De acordo com os pesquisadores, a baixa abundância de cervos no Brasil possivelmente dificulta a proliferação e a detecção da enfermidade.

Conop 8888

Para criar uma narrativa alarmista, postagens associam a doença do “cervo zumbi” ao Conop 8888, um plano militar contra ameaças de “mortos-vivos”. Em outra checagem, o Estadão Verifica já explicou que, apesar de o plano ser verídico, ele foi tirado de contexto para endossar teorias conspiratórias.

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O Conop 8888, também chamado de Conplan 8888, foi revelado pela revista Foreign Policy em 2014. O documento original, de abril de 2011, foi elaborado por militares do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska, como uma maneira criativa de criar um documento de planejamento para proteger a população em qualquer tipo de ataque. Neste caso, o cenário hipotético foi um apocalipse zumbi.

O que estão compartilhando: que a doença do “cervo zumbi” pode ser transmitida para seres humanos. Por isso, o Pentágono, sede Departamento de Defesa dos Estados Unidos, elaborou o Conop 8888, plano militar contra um “apocalipse zumbi”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Postagens alarmistas distorcem notícias sobre casos registrados em animais da Doença Debilitante Crônica, conhecida como doença do “cervo zumbi”, em um parque dos Estados Unidos. Ainda não há comprovação científica de que a enfermidade pode ser transmitida para pessoas. Publicações conspiratórias também relacionam a doença ao Conop 8888, um plano militar dos Estados Unidos contra um “apocalipse zumbi”. O documento citado, no entanto, foi criado apenas com fins de treinamento, utilizando um cenário fictício.

Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: diversos conteúdos em vídeo que circulam nas redes sociais alegam que a doença do “cervo zumbi” irá contaminar seres humanos e poderá se espalhar no Brasil, mas não é bem assim.

Com tom conspiracionista, as publicações distorcem notícias recentes que informam sobre a confirmação da presença da Doença Debilitante Crônica – em inglês, Chronic Wasting Disease (CWD) – em um cadáver de cervo mula adulto no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ao The Guardian, um pesquisador da enfermidade alertou que é importante que a população esteja preparada para o risco de contágio da doença em humanos, mas que “ninguém está dizendo que isso definitivamente vai acontecer”.

Doença do ‘cervo zumbi’

A Doença Debilitante Crônica é causada por príons, que são proteínas infecciosas. A enfermidade afeta cervos, veados, renas e alces. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o hospedeiro sofre com perda de peso, falta de coordenação, apatia, dentre outros.

Segundo o CDC, cientistas apontam que a Doença Debilitante Crônica se espalha entre animais por meio do contato com fluidos e tecidos corporais infectados ou, então, de forma indireta por meio da exposição da enfermidade no ambiente, como na água potável ou nos alimentos. O quadro é fatal, sem tratamentos ou vacinas conhecidas.

Em uma das postagens verificadas, um homem diz que a enfermidade que acomete os animais é causada por uma bactéria que estava congelada na Sibéria. Isso não é verdade. Como já mencionado anteriormente, a Doença Debilitante Crônica sequer é causada por uma bactéria, e sim por príons.

Em março do ano passado, um boato semelhante circulou nas redes sociais. Postagens alegavam que cientistas haviam descongelado diversos “vírus zumbis” na Sibéria, o que acarretaria em um apocalipse. O Estadão Verifica explicou que, na verdade, os “vírus zumbis” são micro-organismos que estavam congelados há milhares de anos na Sibéria que, com o degelo do permafrost, foram redescobertos.

Contágio em humanos e disseminação no Brasil

Não há nenhum registro da Doença Debilitante Crônica em seres humanos. De acordo com a virologista Clarice Arns, professora titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a enfermidade afeta a família dos cervídeos e sua transmissão pode acontecer de um príon para outro. “É importante dizer que, até hoje, não há comprovação científica que passa para o homem. Por outro lado, a gente não pode descartar que isso possa vir a acontecer”, explica.

O CDC também reforça que não há casos relatados de infecção pela Doença Debilitante Crônica em pessoas. A agência de saúde pública ressalta que existem alguns estudos em animais que sugerem que a Doença Debilitante Crônica representa um risco para certos tipos de primatas não humanos, como macacos, que comem carne de animais infectados com a enfermidade ou que entram em contato com cérebro ou fluidos corporais de cervos ou alces acometidos pela doença.

Segundo Clarice, não há nenhum dado da enfermidade no Brasil, que é relativamente comum nos Estados Unidos. Conforme o artigo “Os cervídeos brasileiros correm risco de contrair doenças por príons?”, publicado em 2017, a Doença Debilitante Crônica é considerada um problema de saúde pública na América do Norte. De acordo com os pesquisadores, a baixa abundância de cervos no Brasil possivelmente dificulta a proliferação e a detecção da enfermidade.

Conop 8888

Para criar uma narrativa alarmista, postagens associam a doença do “cervo zumbi” ao Conop 8888, um plano militar contra ameaças de “mortos-vivos”. Em outra checagem, o Estadão Verifica já explicou que, apesar de o plano ser verídico, ele foi tirado de contexto para endossar teorias conspiratórias.

O Conop 8888, também chamado de Conplan 8888, foi revelado pela revista Foreign Policy em 2014. O documento original, de abril de 2011, foi elaborado por militares do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska, como uma maneira criativa de criar um documento de planejamento para proteger a população em qualquer tipo de ataque. Neste caso, o cenário hipotético foi um apocalipse zumbi.

O que estão compartilhando: que a doença do “cervo zumbi” pode ser transmitida para seres humanos. Por isso, o Pentágono, sede Departamento de Defesa dos Estados Unidos, elaborou o Conop 8888, plano militar contra um “apocalipse zumbi”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Postagens alarmistas distorcem notícias sobre casos registrados em animais da Doença Debilitante Crônica, conhecida como doença do “cervo zumbi”, em um parque dos Estados Unidos. Ainda não há comprovação científica de que a enfermidade pode ser transmitida para pessoas. Publicações conspiratórias também relacionam a doença ao Conop 8888, um plano militar dos Estados Unidos contra um “apocalipse zumbi”. O documento citado, no entanto, foi criado apenas com fins de treinamento, utilizando um cenário fictício.

Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: diversos conteúdos em vídeo que circulam nas redes sociais alegam que a doença do “cervo zumbi” irá contaminar seres humanos e poderá se espalhar no Brasil, mas não é bem assim.

Com tom conspiracionista, as publicações distorcem notícias recentes que informam sobre a confirmação da presença da Doença Debilitante Crônica – em inglês, Chronic Wasting Disease (CWD) – em um cadáver de cervo mula adulto no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ao The Guardian, um pesquisador da enfermidade alertou que é importante que a população esteja preparada para o risco de contágio da doença em humanos, mas que “ninguém está dizendo que isso definitivamente vai acontecer”.

Doença do ‘cervo zumbi’

A Doença Debilitante Crônica é causada por príons, que são proteínas infecciosas. A enfermidade afeta cervos, veados, renas e alces. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o hospedeiro sofre com perda de peso, falta de coordenação, apatia, dentre outros.

Segundo o CDC, cientistas apontam que a Doença Debilitante Crônica se espalha entre animais por meio do contato com fluidos e tecidos corporais infectados ou, então, de forma indireta por meio da exposição da enfermidade no ambiente, como na água potável ou nos alimentos. O quadro é fatal, sem tratamentos ou vacinas conhecidas.

Em uma das postagens verificadas, um homem diz que a enfermidade que acomete os animais é causada por uma bactéria que estava congelada na Sibéria. Isso não é verdade. Como já mencionado anteriormente, a Doença Debilitante Crônica sequer é causada por uma bactéria, e sim por príons.

Em março do ano passado, um boato semelhante circulou nas redes sociais. Postagens alegavam que cientistas haviam descongelado diversos “vírus zumbis” na Sibéria, o que acarretaria em um apocalipse. O Estadão Verifica explicou que, na verdade, os “vírus zumbis” são micro-organismos que estavam congelados há milhares de anos na Sibéria que, com o degelo do permafrost, foram redescobertos.

Contágio em humanos e disseminação no Brasil

Não há nenhum registro da Doença Debilitante Crônica em seres humanos. De acordo com a virologista Clarice Arns, professora titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a enfermidade afeta a família dos cervídeos e sua transmissão pode acontecer de um príon para outro. “É importante dizer que, até hoje, não há comprovação científica que passa para o homem. Por outro lado, a gente não pode descartar que isso possa vir a acontecer”, explica.

O CDC também reforça que não há casos relatados de infecção pela Doença Debilitante Crônica em pessoas. A agência de saúde pública ressalta que existem alguns estudos em animais que sugerem que a Doença Debilitante Crônica representa um risco para certos tipos de primatas não humanos, como macacos, que comem carne de animais infectados com a enfermidade ou que entram em contato com cérebro ou fluidos corporais de cervos ou alces acometidos pela doença.

Segundo Clarice, não há nenhum dado da enfermidade no Brasil, que é relativamente comum nos Estados Unidos. Conforme o artigo “Os cervídeos brasileiros correm risco de contrair doenças por príons?”, publicado em 2017, a Doença Debilitante Crônica é considerada um problema de saúde pública na América do Norte. De acordo com os pesquisadores, a baixa abundância de cervos no Brasil possivelmente dificulta a proliferação e a detecção da enfermidade.

Conop 8888

Para criar uma narrativa alarmista, postagens associam a doença do “cervo zumbi” ao Conop 8888, um plano militar contra ameaças de “mortos-vivos”. Em outra checagem, o Estadão Verifica já explicou que, apesar de o plano ser verídico, ele foi tirado de contexto para endossar teorias conspiratórias.

O Conop 8888, também chamado de Conplan 8888, foi revelado pela revista Foreign Policy em 2014. O documento original, de abril de 2011, foi elaborado por militares do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska, como uma maneira criativa de criar um documento de planejamento para proteger a população em qualquer tipo de ataque. Neste caso, o cenário hipotético foi um apocalipse zumbi.

O que estão compartilhando: que a doença do “cervo zumbi” pode ser transmitida para seres humanos. Por isso, o Pentágono, sede Departamento de Defesa dos Estados Unidos, elaborou o Conop 8888, plano militar contra um “apocalipse zumbi”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Postagens alarmistas distorcem notícias sobre casos registrados em animais da Doença Debilitante Crônica, conhecida como doença do “cervo zumbi”, em um parque dos Estados Unidos. Ainda não há comprovação científica de que a enfermidade pode ser transmitida para pessoas. Publicações conspiratórias também relacionam a doença ao Conop 8888, um plano militar dos Estados Unidos contra um “apocalipse zumbi”. O documento citado, no entanto, foi criado apenas com fins de treinamento, utilizando um cenário fictício.

Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: diversos conteúdos em vídeo que circulam nas redes sociais alegam que a doença do “cervo zumbi” irá contaminar seres humanos e poderá se espalhar no Brasil, mas não é bem assim.

Com tom conspiracionista, as publicações distorcem notícias recentes que informam sobre a confirmação da presença da Doença Debilitante Crônica – em inglês, Chronic Wasting Disease (CWD) – em um cadáver de cervo mula adulto no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ao The Guardian, um pesquisador da enfermidade alertou que é importante que a população esteja preparada para o risco de contágio da doença em humanos, mas que “ninguém está dizendo que isso definitivamente vai acontecer”.

Doença do ‘cervo zumbi’

A Doença Debilitante Crônica é causada por príons, que são proteínas infecciosas. A enfermidade afeta cervos, veados, renas e alces. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o hospedeiro sofre com perda de peso, falta de coordenação, apatia, dentre outros.

Segundo o CDC, cientistas apontam que a Doença Debilitante Crônica se espalha entre animais por meio do contato com fluidos e tecidos corporais infectados ou, então, de forma indireta por meio da exposição da enfermidade no ambiente, como na água potável ou nos alimentos. O quadro é fatal, sem tratamentos ou vacinas conhecidas.

Em uma das postagens verificadas, um homem diz que a enfermidade que acomete os animais é causada por uma bactéria que estava congelada na Sibéria. Isso não é verdade. Como já mencionado anteriormente, a Doença Debilitante Crônica sequer é causada por uma bactéria, e sim por príons.

Em março do ano passado, um boato semelhante circulou nas redes sociais. Postagens alegavam que cientistas haviam descongelado diversos “vírus zumbis” na Sibéria, o que acarretaria em um apocalipse. O Estadão Verifica explicou que, na verdade, os “vírus zumbis” são micro-organismos que estavam congelados há milhares de anos na Sibéria que, com o degelo do permafrost, foram redescobertos.

Contágio em humanos e disseminação no Brasil

Não há nenhum registro da Doença Debilitante Crônica em seres humanos. De acordo com a virologista Clarice Arns, professora titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a enfermidade afeta a família dos cervídeos e sua transmissão pode acontecer de um príon para outro. “É importante dizer que, até hoje, não há comprovação científica que passa para o homem. Por outro lado, a gente não pode descartar que isso possa vir a acontecer”, explica.

O CDC também reforça que não há casos relatados de infecção pela Doença Debilitante Crônica em pessoas. A agência de saúde pública ressalta que existem alguns estudos em animais que sugerem que a Doença Debilitante Crônica representa um risco para certos tipos de primatas não humanos, como macacos, que comem carne de animais infectados com a enfermidade ou que entram em contato com cérebro ou fluidos corporais de cervos ou alces acometidos pela doença.

Segundo Clarice, não há nenhum dado da enfermidade no Brasil, que é relativamente comum nos Estados Unidos. Conforme o artigo “Os cervídeos brasileiros correm risco de contrair doenças por príons?”, publicado em 2017, a Doença Debilitante Crônica é considerada um problema de saúde pública na América do Norte. De acordo com os pesquisadores, a baixa abundância de cervos no Brasil possivelmente dificulta a proliferação e a detecção da enfermidade.

Conop 8888

Para criar uma narrativa alarmista, postagens associam a doença do “cervo zumbi” ao Conop 8888, um plano militar contra ameaças de “mortos-vivos”. Em outra checagem, o Estadão Verifica já explicou que, apesar de o plano ser verídico, ele foi tirado de contexto para endossar teorias conspiratórias.

O Conop 8888, também chamado de Conplan 8888, foi revelado pela revista Foreign Policy em 2014. O documento original, de abril de 2011, foi elaborado por militares do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska, como uma maneira criativa de criar um documento de planejamento para proteger a população em qualquer tipo de ataque. Neste caso, o cenário hipotético foi um apocalipse zumbi.

O que estão compartilhando: que a doença do “cervo zumbi” pode ser transmitida para seres humanos. Por isso, o Pentágono, sede Departamento de Defesa dos Estados Unidos, elaborou o Conop 8888, plano militar contra um “apocalipse zumbi”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Postagens alarmistas distorcem notícias sobre casos registrados em animais da Doença Debilitante Crônica, conhecida como doença do “cervo zumbi”, em um parque dos Estados Unidos. Ainda não há comprovação científica de que a enfermidade pode ser transmitida para pessoas. Publicações conspiratórias também relacionam a doença ao Conop 8888, um plano militar dos Estados Unidos contra um “apocalipse zumbi”. O documento citado, no entanto, foi criado apenas com fins de treinamento, utilizando um cenário fictício.

Postagens alarmistas causam pânico e associam enfermidade a plano militar fictício dos Estados Unidos Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: diversos conteúdos em vídeo que circulam nas redes sociais alegam que a doença do “cervo zumbi” irá contaminar seres humanos e poderá se espalhar no Brasil, mas não é bem assim.

Com tom conspiracionista, as publicações distorcem notícias recentes que informam sobre a confirmação da presença da Doença Debilitante Crônica – em inglês, Chronic Wasting Disease (CWD) – em um cadáver de cervo mula adulto no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ao The Guardian, um pesquisador da enfermidade alertou que é importante que a população esteja preparada para o risco de contágio da doença em humanos, mas que “ninguém está dizendo que isso definitivamente vai acontecer”.

Doença do ‘cervo zumbi’

A Doença Debilitante Crônica é causada por príons, que são proteínas infecciosas. A enfermidade afeta cervos, veados, renas e alces. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o hospedeiro sofre com perda de peso, falta de coordenação, apatia, dentre outros.

Segundo o CDC, cientistas apontam que a Doença Debilitante Crônica se espalha entre animais por meio do contato com fluidos e tecidos corporais infectados ou, então, de forma indireta por meio da exposição da enfermidade no ambiente, como na água potável ou nos alimentos. O quadro é fatal, sem tratamentos ou vacinas conhecidas.

Em uma das postagens verificadas, um homem diz que a enfermidade que acomete os animais é causada por uma bactéria que estava congelada na Sibéria. Isso não é verdade. Como já mencionado anteriormente, a Doença Debilitante Crônica sequer é causada por uma bactéria, e sim por príons.

Em março do ano passado, um boato semelhante circulou nas redes sociais. Postagens alegavam que cientistas haviam descongelado diversos “vírus zumbis” na Sibéria, o que acarretaria em um apocalipse. O Estadão Verifica explicou que, na verdade, os “vírus zumbis” são micro-organismos que estavam congelados há milhares de anos na Sibéria que, com o degelo do permafrost, foram redescobertos.

Contágio em humanos e disseminação no Brasil

Não há nenhum registro da Doença Debilitante Crônica em seres humanos. De acordo com a virologista Clarice Arns, professora titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a enfermidade afeta a família dos cervídeos e sua transmissão pode acontecer de um príon para outro. “É importante dizer que, até hoje, não há comprovação científica que passa para o homem. Por outro lado, a gente não pode descartar que isso possa vir a acontecer”, explica.

O CDC também reforça que não há casos relatados de infecção pela Doença Debilitante Crônica em pessoas. A agência de saúde pública ressalta que existem alguns estudos em animais que sugerem que a Doença Debilitante Crônica representa um risco para certos tipos de primatas não humanos, como macacos, que comem carne de animais infectados com a enfermidade ou que entram em contato com cérebro ou fluidos corporais de cervos ou alces acometidos pela doença.

Segundo Clarice, não há nenhum dado da enfermidade no Brasil, que é relativamente comum nos Estados Unidos. Conforme o artigo “Os cervídeos brasileiros correm risco de contrair doenças por príons?”, publicado em 2017, a Doença Debilitante Crônica é considerada um problema de saúde pública na América do Norte. De acordo com os pesquisadores, a baixa abundância de cervos no Brasil possivelmente dificulta a proliferação e a detecção da enfermidade.

Conop 8888

Para criar uma narrativa alarmista, postagens associam a doença do “cervo zumbi” ao Conop 8888, um plano militar contra ameaças de “mortos-vivos”. Em outra checagem, o Estadão Verifica já explicou que, apesar de o plano ser verídico, ele foi tirado de contexto para endossar teorias conspiratórias.

O Conop 8888, também chamado de Conplan 8888, foi revelado pela revista Foreign Policy em 2014. O documento original, de abril de 2011, foi elaborado por militares do Comando Estratégico dos EUA em Omaha, Nebraska, como uma maneira criativa de criar um documento de planejamento para proteger a população em qualquer tipo de ataque. Neste caso, o cenário hipotético foi um apocalipse zumbi.

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