Alunos premiados em Olimpíada de Matemática são de colégio do Exército, não de escola cívico-militar


Vídeo insere legenda enganosa sobre conteúdo verdadeiro que foi ao ar em fevereiro, pela Band

Por Clarissa Pacheco

O que estão compartilhando: que alunos de escolas cívico-militares do Brasil conquistaram 65 medalhas em Olimpíada de Matemática na Tailândia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo viral compartilha um trecho verdadeiro do programa Bora Brasil, da TV Band, de 28 de fevereiro de 2024, sobre a conquista de 65 medalhas pela delegação brasileira que foi à competição de Matemática na Tailândia. O programa de TV aponta que alunos do Colégio Militar de São Paulo (CMSP) foram os que mais se destacaram na competição, mas a legenda inserida sobre a imagem engana ao afirmar que se tratam de estudantes de escolas cívico-militares. Na verdade, são modelos diferentes de escolas. A matéria se referia a estudantes do CMSP, gerido pelo Exército Brasileiro, e não a alunos de escolas cívico-militares.

Alunos premiados são de colégio do Exército, não de escolas cívico-militares. Foto: Reprodução/Instagram Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi uma das prioridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lançado em 2019, ele fazia com que escolas estaduais ou municipais – que aderissem voluntariamente ao programa – tivessem uma gestão compartilhada entre militares e civis. O governo federal pagava aos militares da reserva para que atuassem nestas escolas em atividades de gestão, sem dar aulas.

Em julho do ano passado, o governo federal publicou um decreto pondo fim gradativo ao programa. Na prática, o governo deixou de pagar aos militares e as escolas voltaram a integrar as redes estadual ou municipal. Como mostrou o Estadão, os Estados que desejassem poderiam manter o modelo, desde que arcassem com os custos dele.

Alunos premiados estudam em escola do Exército

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As escolas cívico-militares são diferentes dos colégios militares de fato, mantidos pelas Forças Armadas ou pelas polícias militares, que têm autonomia para montar currículo e toda a estrutura pedagógica. É o caso do CMSP, onde estudam os oito alunos com melhor desempenho na International Talent Mathematics Contest (ITMC), ou Olimpíada de Matemática, disputada entre 24 e 28 de fevereiro deste ano em Bangkok, na Tailândia.

O desempenho dos estudantes foi destaque nos sites da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial do Exército Brasileiro e do Comando Militar do Sudeste. Das 65 medalhas conquistadas pela delegação brasileira, 26 vieram de escolas de São Paulo, e sete delas apenas do CMSP, sendo duas de prata e cinco de bronze. As demais medalhas vieram de outras 16 escolas espalhadas pelo Brasil, incluindo duas de ouro de escolas de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Apesar disso, o destaque ficou com o CMSP, pelo maior volume de prêmios.

São Paulo voltará a ter escolas cívico-militares

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O vídeo investigado viralizou poucos dias depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionar uma lei que institui escolas cívico-militares no Estado. A meta é ter de 50 a 100 escolas neste modelo funcionando até 2025. Quando o programa federal foi encerrado, São Paulo tinha 16 escolas cívico-militares: eram quatro estaduais e 12 municipais.

O modelo de ensino é criticado por especialistas em educação e segurança pública. Segundo estudiosos ouvidos pelo Estadão, não há comprovação de que o desempenho acadêmico dos estudantes melhore com o método. Em São Paulo, a ideia é que um militar da reserva sirva como monitor de atividades extracurriculares.

O que estão compartilhando: que alunos de escolas cívico-militares do Brasil conquistaram 65 medalhas em Olimpíada de Matemática na Tailândia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo viral compartilha um trecho verdadeiro do programa Bora Brasil, da TV Band, de 28 de fevereiro de 2024, sobre a conquista de 65 medalhas pela delegação brasileira que foi à competição de Matemática na Tailândia. O programa de TV aponta que alunos do Colégio Militar de São Paulo (CMSP) foram os que mais se destacaram na competição, mas a legenda inserida sobre a imagem engana ao afirmar que se tratam de estudantes de escolas cívico-militares. Na verdade, são modelos diferentes de escolas. A matéria se referia a estudantes do CMSP, gerido pelo Exército Brasileiro, e não a alunos de escolas cívico-militares.

Alunos premiados são de colégio do Exército, não de escolas cívico-militares. Foto: Reprodução/Instagram Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi uma das prioridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lançado em 2019, ele fazia com que escolas estaduais ou municipais – que aderissem voluntariamente ao programa – tivessem uma gestão compartilhada entre militares e civis. O governo federal pagava aos militares da reserva para que atuassem nestas escolas em atividades de gestão, sem dar aulas.

Em julho do ano passado, o governo federal publicou um decreto pondo fim gradativo ao programa. Na prática, o governo deixou de pagar aos militares e as escolas voltaram a integrar as redes estadual ou municipal. Como mostrou o Estadão, os Estados que desejassem poderiam manter o modelo, desde que arcassem com os custos dele.

Alunos premiados estudam em escola do Exército

As escolas cívico-militares são diferentes dos colégios militares de fato, mantidos pelas Forças Armadas ou pelas polícias militares, que têm autonomia para montar currículo e toda a estrutura pedagógica. É o caso do CMSP, onde estudam os oito alunos com melhor desempenho na International Talent Mathematics Contest (ITMC), ou Olimpíada de Matemática, disputada entre 24 e 28 de fevereiro deste ano em Bangkok, na Tailândia.

O desempenho dos estudantes foi destaque nos sites da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial do Exército Brasileiro e do Comando Militar do Sudeste. Das 65 medalhas conquistadas pela delegação brasileira, 26 vieram de escolas de São Paulo, e sete delas apenas do CMSP, sendo duas de prata e cinco de bronze. As demais medalhas vieram de outras 16 escolas espalhadas pelo Brasil, incluindo duas de ouro de escolas de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Apesar disso, o destaque ficou com o CMSP, pelo maior volume de prêmios.

São Paulo voltará a ter escolas cívico-militares

O vídeo investigado viralizou poucos dias depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionar uma lei que institui escolas cívico-militares no Estado. A meta é ter de 50 a 100 escolas neste modelo funcionando até 2025. Quando o programa federal foi encerrado, São Paulo tinha 16 escolas cívico-militares: eram quatro estaduais e 12 municipais.

O modelo de ensino é criticado por especialistas em educação e segurança pública. Segundo estudiosos ouvidos pelo Estadão, não há comprovação de que o desempenho acadêmico dos estudantes melhore com o método. Em São Paulo, a ideia é que um militar da reserva sirva como monitor de atividades extracurriculares.

O que estão compartilhando: que alunos de escolas cívico-militares do Brasil conquistaram 65 medalhas em Olimpíada de Matemática na Tailândia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo viral compartilha um trecho verdadeiro do programa Bora Brasil, da TV Band, de 28 de fevereiro de 2024, sobre a conquista de 65 medalhas pela delegação brasileira que foi à competição de Matemática na Tailândia. O programa de TV aponta que alunos do Colégio Militar de São Paulo (CMSP) foram os que mais se destacaram na competição, mas a legenda inserida sobre a imagem engana ao afirmar que se tratam de estudantes de escolas cívico-militares. Na verdade, são modelos diferentes de escolas. A matéria se referia a estudantes do CMSP, gerido pelo Exército Brasileiro, e não a alunos de escolas cívico-militares.

Alunos premiados são de colégio do Exército, não de escolas cívico-militares. Foto: Reprodução/Instagram Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi uma das prioridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lançado em 2019, ele fazia com que escolas estaduais ou municipais – que aderissem voluntariamente ao programa – tivessem uma gestão compartilhada entre militares e civis. O governo federal pagava aos militares da reserva para que atuassem nestas escolas em atividades de gestão, sem dar aulas.

Em julho do ano passado, o governo federal publicou um decreto pondo fim gradativo ao programa. Na prática, o governo deixou de pagar aos militares e as escolas voltaram a integrar as redes estadual ou municipal. Como mostrou o Estadão, os Estados que desejassem poderiam manter o modelo, desde que arcassem com os custos dele.

Alunos premiados estudam em escola do Exército

As escolas cívico-militares são diferentes dos colégios militares de fato, mantidos pelas Forças Armadas ou pelas polícias militares, que têm autonomia para montar currículo e toda a estrutura pedagógica. É o caso do CMSP, onde estudam os oito alunos com melhor desempenho na International Talent Mathematics Contest (ITMC), ou Olimpíada de Matemática, disputada entre 24 e 28 de fevereiro deste ano em Bangkok, na Tailândia.

O desempenho dos estudantes foi destaque nos sites da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial do Exército Brasileiro e do Comando Militar do Sudeste. Das 65 medalhas conquistadas pela delegação brasileira, 26 vieram de escolas de São Paulo, e sete delas apenas do CMSP, sendo duas de prata e cinco de bronze. As demais medalhas vieram de outras 16 escolas espalhadas pelo Brasil, incluindo duas de ouro de escolas de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Apesar disso, o destaque ficou com o CMSP, pelo maior volume de prêmios.

São Paulo voltará a ter escolas cívico-militares

O vídeo investigado viralizou poucos dias depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionar uma lei que institui escolas cívico-militares no Estado. A meta é ter de 50 a 100 escolas neste modelo funcionando até 2025. Quando o programa federal foi encerrado, São Paulo tinha 16 escolas cívico-militares: eram quatro estaduais e 12 municipais.

O modelo de ensino é criticado por especialistas em educação e segurança pública. Segundo estudiosos ouvidos pelo Estadão, não há comprovação de que o desempenho acadêmico dos estudantes melhore com o método. Em São Paulo, a ideia é que um militar da reserva sirva como monitor de atividades extracurriculares.

O que estão compartilhando: que alunos de escolas cívico-militares do Brasil conquistaram 65 medalhas em Olimpíada de Matemática na Tailândia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo viral compartilha um trecho verdadeiro do programa Bora Brasil, da TV Band, de 28 de fevereiro de 2024, sobre a conquista de 65 medalhas pela delegação brasileira que foi à competição de Matemática na Tailândia. O programa de TV aponta que alunos do Colégio Militar de São Paulo (CMSP) foram os que mais se destacaram na competição, mas a legenda inserida sobre a imagem engana ao afirmar que se tratam de estudantes de escolas cívico-militares. Na verdade, são modelos diferentes de escolas. A matéria se referia a estudantes do CMSP, gerido pelo Exército Brasileiro, e não a alunos de escolas cívico-militares.

Alunos premiados são de colégio do Exército, não de escolas cívico-militares. Foto: Reprodução/Instagram Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi uma das prioridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lançado em 2019, ele fazia com que escolas estaduais ou municipais – que aderissem voluntariamente ao programa – tivessem uma gestão compartilhada entre militares e civis. O governo federal pagava aos militares da reserva para que atuassem nestas escolas em atividades de gestão, sem dar aulas.

Em julho do ano passado, o governo federal publicou um decreto pondo fim gradativo ao programa. Na prática, o governo deixou de pagar aos militares e as escolas voltaram a integrar as redes estadual ou municipal. Como mostrou o Estadão, os Estados que desejassem poderiam manter o modelo, desde que arcassem com os custos dele.

Alunos premiados estudam em escola do Exército

As escolas cívico-militares são diferentes dos colégios militares de fato, mantidos pelas Forças Armadas ou pelas polícias militares, que têm autonomia para montar currículo e toda a estrutura pedagógica. É o caso do CMSP, onde estudam os oito alunos com melhor desempenho na International Talent Mathematics Contest (ITMC), ou Olimpíada de Matemática, disputada entre 24 e 28 de fevereiro deste ano em Bangkok, na Tailândia.

O desempenho dos estudantes foi destaque nos sites da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial do Exército Brasileiro e do Comando Militar do Sudeste. Das 65 medalhas conquistadas pela delegação brasileira, 26 vieram de escolas de São Paulo, e sete delas apenas do CMSP, sendo duas de prata e cinco de bronze. As demais medalhas vieram de outras 16 escolas espalhadas pelo Brasil, incluindo duas de ouro de escolas de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Apesar disso, o destaque ficou com o CMSP, pelo maior volume de prêmios.

São Paulo voltará a ter escolas cívico-militares

O vídeo investigado viralizou poucos dias depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionar uma lei que institui escolas cívico-militares no Estado. A meta é ter de 50 a 100 escolas neste modelo funcionando até 2025. Quando o programa federal foi encerrado, São Paulo tinha 16 escolas cívico-militares: eram quatro estaduais e 12 municipais.

O modelo de ensino é criticado por especialistas em educação e segurança pública. Segundo estudiosos ouvidos pelo Estadão, não há comprovação de que o desempenho acadêmico dos estudantes melhore com o método. Em São Paulo, a ideia é que um militar da reserva sirva como monitor de atividades extracurriculares.

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