É falso que há taxação extra para os goianos que pagam a conta de água pela modalidade de pagamentos instantâneos Pix. Um homem gravou a sua fatura e divulgou nas redes sociais, dizendo que: “Você que achou que não haveria tributação do Pix, já começou. Se você quiser pagar seu talão de água, olha aí a tributação.” No entanto, o homem se enganou. O tributo mostrado na fatura é pelo serviço de água potável. O consumidor não recebe taxação extra se optar por fazer o pagamento por Pix.
Em postagem em seu Twitter, a empresa Saneago reforça que o Pix é gratuito. Diz também que o valor mostrado da tributação é correspondente ao “valor aproximado dos impostos informados na fatura, e não pelo serviço do Pix, que é gratuito”. Ainda segundo a empresa, o valor aparece ao lado da área de pagamento do Pix apenas “por uma questão de layout”.
A criação do Pix começou a ser discutida pelo Banco Central ainda na gestão de Michel Temer (MDB), mas foi na de Jair Bolsonaro (PL) que ele foi implementado. Durante a campanha presidencial de 2022, circularam boatos nas redes sociais de que Lula passaria a taxar ou até acabar com o Pix caso fosse eleito (aqui e aqui). Apesar disso, a proposta nunca esteve nos planos de campanha do presidente.
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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.
Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.