Postagem tira de contexto vídeo de 2020 e inventa que Maduro ameaçou Brasil para invadir Guiana


Vídeo destaca declaração antiga do presidente venezuelano sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas brasileiras

Por Maria Eduarda Nascimento

O que estão compartilhando: que vídeo mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazendo ameaças caso o Brasil não ajude a invadir a Guiana.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não é recente o vídeo que mostra Maduro relacionando as Forças Armadas do Brasil a um possível conflito armado contra a Venezuela. A gravação original é de uma notícia publicada em fevereiro de 2020 no canal da agência de notícias EFE Brasil no YouTube. Naquele ano, a agência noticiou que combatentes venezuelanos fizeram exercícios militares em diversos pontos do país. Os exercícios ocorreram um dia após Maduro afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando o Brasil para um conflito armado contra a Venezuela.

Vídeo foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Maduro sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas do Brasil seria recente Foto: Reprodução
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Saiba mais: Publicado no TikTok, o vídeo verificado aqui foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Nicolás Maduro sobre as Forças Armadas do Brasil seria recente. Comentários na postagem demonstram que usuários acreditam que Maduro teria feito uma ameaça ao Brasil no contexto da atual crise entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Opiniões como: “Guiana nunca fez mal ao Brasil, ia ser mancada [sic] o Brasil invadir a Guiana” e “É Lulinha seu amigo não te respeita mais”, demonstram a associação equivocada.

Ao comparar o vídeo publicado pela agência EFE com o que circula no TikTok, é possível perceber que a notícia passou por cortes no início e no meio da gravação. Na versão original, que tem 1 minuto e 14 segundos, os primeiros 22 segundos do vídeo, que introduzem a notícia, não aparecem no conteúdo editado, que possui 53 segundos.

No primeiro trecho omitido, o repórter que fala ao fundo da gravação informa que mais de 2 milhões de combatentes das Forças Armadas da Venezuela e da milícia chavista haviam feito exercícios militares em diversos pontos do país. À época, Maduro publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o objetivo das manobras era defender a integridade territorial, a independência e a soberania nacional.

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O segundo corte ocorre entre os segundos 27 e 36 do vídeo original. Neste trecho, o repórter explica que um dia antes dos exercícios militares, Maduro havia feito um forte discurso contra os governos do Brasil e da Colômbia, no qual acusou Bolsonaro de apoiar grupos terroristas na fronteira e de incentivar o Exército brasileiro a entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, é exibido o vídeo em que Maduro faz o discurso citado. A versão editada do vídeo faz um corte no momento em que o repórter cita que o presidente venezuelano acusou Bolsonaro e no trecho em que o Maduro cita o brasileiro.

Qual é o contexto da declaração de Maduro?

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No final de 2019, existia uma tensão clara entre o Brasil e a Venezuela. O governo brasileiro havia dado status de refugiado a cinco militares venezuelanos suspeitos de serem responsáveis por um ataque a um quartel em dezembro de 2019. Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que esta havia sido uma “insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos”.

Cerca de um mês após os acontecimentos, em janeiro de 2020, Maduro afirmou que exercícios militares seriam iniciados em fevereiro daquele ano. Um dia antes da data de início, o líder venezuelano promulgou o discurso cujo trecho aparece nas peças de desinformação. A notícia da agência EFE, compartilhada fora de contexto, trata sobre o início dos exercícios militares, que ocorreram nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada tira uma notícia verdadeira de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto que está sendo diariamente abordado pela imprensa. Em casos como esses, é importante se atentar se o vídeo utilizado transmite a informação destacada pelo autor. Caso a alegação fosse verdadeira, veículos de imprensa confiáveis teriam publicado reportagens sobre o assunto.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazendo ameaças caso o Brasil não ajude a invadir a Guiana.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não é recente o vídeo que mostra Maduro relacionando as Forças Armadas do Brasil a um possível conflito armado contra a Venezuela. A gravação original é de uma notícia publicada em fevereiro de 2020 no canal da agência de notícias EFE Brasil no YouTube. Naquele ano, a agência noticiou que combatentes venezuelanos fizeram exercícios militares em diversos pontos do país. Os exercícios ocorreram um dia após Maduro afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando o Brasil para um conflito armado contra a Venezuela.

Vídeo foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Maduro sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas do Brasil seria recente Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicado no TikTok, o vídeo verificado aqui foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Nicolás Maduro sobre as Forças Armadas do Brasil seria recente. Comentários na postagem demonstram que usuários acreditam que Maduro teria feito uma ameaça ao Brasil no contexto da atual crise entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Opiniões como: “Guiana nunca fez mal ao Brasil, ia ser mancada [sic] o Brasil invadir a Guiana” e “É Lulinha seu amigo não te respeita mais”, demonstram a associação equivocada.

Ao comparar o vídeo publicado pela agência EFE com o que circula no TikTok, é possível perceber que a notícia passou por cortes no início e no meio da gravação. Na versão original, que tem 1 minuto e 14 segundos, os primeiros 22 segundos do vídeo, que introduzem a notícia, não aparecem no conteúdo editado, que possui 53 segundos.

No primeiro trecho omitido, o repórter que fala ao fundo da gravação informa que mais de 2 milhões de combatentes das Forças Armadas da Venezuela e da milícia chavista haviam feito exercícios militares em diversos pontos do país. À época, Maduro publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o objetivo das manobras era defender a integridade territorial, a independência e a soberania nacional.

O segundo corte ocorre entre os segundos 27 e 36 do vídeo original. Neste trecho, o repórter explica que um dia antes dos exercícios militares, Maduro havia feito um forte discurso contra os governos do Brasil e da Colômbia, no qual acusou Bolsonaro de apoiar grupos terroristas na fronteira e de incentivar o Exército brasileiro a entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, é exibido o vídeo em que Maduro faz o discurso citado. A versão editada do vídeo faz um corte no momento em que o repórter cita que o presidente venezuelano acusou Bolsonaro e no trecho em que o Maduro cita o brasileiro.

Qual é o contexto da declaração de Maduro?

No final de 2019, existia uma tensão clara entre o Brasil e a Venezuela. O governo brasileiro havia dado status de refugiado a cinco militares venezuelanos suspeitos de serem responsáveis por um ataque a um quartel em dezembro de 2019. Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que esta havia sido uma “insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos”.

Cerca de um mês após os acontecimentos, em janeiro de 2020, Maduro afirmou que exercícios militares seriam iniciados em fevereiro daquele ano. Um dia antes da data de início, o líder venezuelano promulgou o discurso cujo trecho aparece nas peças de desinformação. A notícia da agência EFE, compartilhada fora de contexto, trata sobre o início dos exercícios militares, que ocorreram nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada tira uma notícia verdadeira de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto que está sendo diariamente abordado pela imprensa. Em casos como esses, é importante se atentar se o vídeo utilizado transmite a informação destacada pelo autor. Caso a alegação fosse verdadeira, veículos de imprensa confiáveis teriam publicado reportagens sobre o assunto.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazendo ameaças caso o Brasil não ajude a invadir a Guiana.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não é recente o vídeo que mostra Maduro relacionando as Forças Armadas do Brasil a um possível conflito armado contra a Venezuela. A gravação original é de uma notícia publicada em fevereiro de 2020 no canal da agência de notícias EFE Brasil no YouTube. Naquele ano, a agência noticiou que combatentes venezuelanos fizeram exercícios militares em diversos pontos do país. Os exercícios ocorreram um dia após Maduro afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando o Brasil para um conflito armado contra a Venezuela.

Vídeo foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Maduro sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas do Brasil seria recente Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicado no TikTok, o vídeo verificado aqui foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Nicolás Maduro sobre as Forças Armadas do Brasil seria recente. Comentários na postagem demonstram que usuários acreditam que Maduro teria feito uma ameaça ao Brasil no contexto da atual crise entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Opiniões como: “Guiana nunca fez mal ao Brasil, ia ser mancada [sic] o Brasil invadir a Guiana” e “É Lulinha seu amigo não te respeita mais”, demonstram a associação equivocada.

Ao comparar o vídeo publicado pela agência EFE com o que circula no TikTok, é possível perceber que a notícia passou por cortes no início e no meio da gravação. Na versão original, que tem 1 minuto e 14 segundos, os primeiros 22 segundos do vídeo, que introduzem a notícia, não aparecem no conteúdo editado, que possui 53 segundos.

No primeiro trecho omitido, o repórter que fala ao fundo da gravação informa que mais de 2 milhões de combatentes das Forças Armadas da Venezuela e da milícia chavista haviam feito exercícios militares em diversos pontos do país. À época, Maduro publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o objetivo das manobras era defender a integridade territorial, a independência e a soberania nacional.

O segundo corte ocorre entre os segundos 27 e 36 do vídeo original. Neste trecho, o repórter explica que um dia antes dos exercícios militares, Maduro havia feito um forte discurso contra os governos do Brasil e da Colômbia, no qual acusou Bolsonaro de apoiar grupos terroristas na fronteira e de incentivar o Exército brasileiro a entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, é exibido o vídeo em que Maduro faz o discurso citado. A versão editada do vídeo faz um corte no momento em que o repórter cita que o presidente venezuelano acusou Bolsonaro e no trecho em que o Maduro cita o brasileiro.

Qual é o contexto da declaração de Maduro?

No final de 2019, existia uma tensão clara entre o Brasil e a Venezuela. O governo brasileiro havia dado status de refugiado a cinco militares venezuelanos suspeitos de serem responsáveis por um ataque a um quartel em dezembro de 2019. Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que esta havia sido uma “insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos”.

Cerca de um mês após os acontecimentos, em janeiro de 2020, Maduro afirmou que exercícios militares seriam iniciados em fevereiro daquele ano. Um dia antes da data de início, o líder venezuelano promulgou o discurso cujo trecho aparece nas peças de desinformação. A notícia da agência EFE, compartilhada fora de contexto, trata sobre o início dos exercícios militares, que ocorreram nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada tira uma notícia verdadeira de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto que está sendo diariamente abordado pela imprensa. Em casos como esses, é importante se atentar se o vídeo utilizado transmite a informação destacada pelo autor. Caso a alegação fosse verdadeira, veículos de imprensa confiáveis teriam publicado reportagens sobre o assunto.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazendo ameaças caso o Brasil não ajude a invadir a Guiana.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não é recente o vídeo que mostra Maduro relacionando as Forças Armadas do Brasil a um possível conflito armado contra a Venezuela. A gravação original é de uma notícia publicada em fevereiro de 2020 no canal da agência de notícias EFE Brasil no YouTube. Naquele ano, a agência noticiou que combatentes venezuelanos fizeram exercícios militares em diversos pontos do país. Os exercícios ocorreram um dia após Maduro afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando o Brasil para um conflito armado contra a Venezuela.

Vídeo foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Maduro sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas do Brasil seria recente Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicado no TikTok, o vídeo verificado aqui foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Nicolás Maduro sobre as Forças Armadas do Brasil seria recente. Comentários na postagem demonstram que usuários acreditam que Maduro teria feito uma ameaça ao Brasil no contexto da atual crise entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Opiniões como: “Guiana nunca fez mal ao Brasil, ia ser mancada [sic] o Brasil invadir a Guiana” e “É Lulinha seu amigo não te respeita mais”, demonstram a associação equivocada.

Ao comparar o vídeo publicado pela agência EFE com o que circula no TikTok, é possível perceber que a notícia passou por cortes no início e no meio da gravação. Na versão original, que tem 1 minuto e 14 segundos, os primeiros 22 segundos do vídeo, que introduzem a notícia, não aparecem no conteúdo editado, que possui 53 segundos.

No primeiro trecho omitido, o repórter que fala ao fundo da gravação informa que mais de 2 milhões de combatentes das Forças Armadas da Venezuela e da milícia chavista haviam feito exercícios militares em diversos pontos do país. À época, Maduro publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o objetivo das manobras era defender a integridade territorial, a independência e a soberania nacional.

O segundo corte ocorre entre os segundos 27 e 36 do vídeo original. Neste trecho, o repórter explica que um dia antes dos exercícios militares, Maduro havia feito um forte discurso contra os governos do Brasil e da Colômbia, no qual acusou Bolsonaro de apoiar grupos terroristas na fronteira e de incentivar o Exército brasileiro a entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, é exibido o vídeo em que Maduro faz o discurso citado. A versão editada do vídeo faz um corte no momento em que o repórter cita que o presidente venezuelano acusou Bolsonaro e no trecho em que o Maduro cita o brasileiro.

Qual é o contexto da declaração de Maduro?

No final de 2019, existia uma tensão clara entre o Brasil e a Venezuela. O governo brasileiro havia dado status de refugiado a cinco militares venezuelanos suspeitos de serem responsáveis por um ataque a um quartel em dezembro de 2019. Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que esta havia sido uma “insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos”.

Cerca de um mês após os acontecimentos, em janeiro de 2020, Maduro afirmou que exercícios militares seriam iniciados em fevereiro daquele ano. Um dia antes da data de início, o líder venezuelano promulgou o discurso cujo trecho aparece nas peças de desinformação. A notícia da agência EFE, compartilhada fora de contexto, trata sobre o início dos exercícios militares, que ocorreram nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada tira uma notícia verdadeira de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto que está sendo diariamente abordado pela imprensa. Em casos como esses, é importante se atentar se o vídeo utilizado transmite a informação destacada pelo autor. Caso a alegação fosse verdadeira, veículos de imprensa confiáveis teriam publicado reportagens sobre o assunto.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazendo ameaças caso o Brasil não ajude a invadir a Guiana.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não é recente o vídeo que mostra Maduro relacionando as Forças Armadas do Brasil a um possível conflito armado contra a Venezuela. A gravação original é de uma notícia publicada em fevereiro de 2020 no canal da agência de notícias EFE Brasil no YouTube. Naquele ano, a agência noticiou que combatentes venezuelanos fizeram exercícios militares em diversos pontos do país. Os exercícios ocorreram um dia após Maduro afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando o Brasil para um conflito armado contra a Venezuela.

Vídeo foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Maduro sobre a possibilidade de conflito armado envolvendo as Forças Armadas do Brasil seria recente Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicado no TikTok, o vídeo verificado aqui foi editado e retirado de contexto para sugerir que a declaração de Nicolás Maduro sobre as Forças Armadas do Brasil seria recente. Comentários na postagem demonstram que usuários acreditam que Maduro teria feito uma ameaça ao Brasil no contexto da atual crise entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Opiniões como: “Guiana nunca fez mal ao Brasil, ia ser mancada [sic] o Brasil invadir a Guiana” e “É Lulinha seu amigo não te respeita mais”, demonstram a associação equivocada.

Ao comparar o vídeo publicado pela agência EFE com o que circula no TikTok, é possível perceber que a notícia passou por cortes no início e no meio da gravação. Na versão original, que tem 1 minuto e 14 segundos, os primeiros 22 segundos do vídeo, que introduzem a notícia, não aparecem no conteúdo editado, que possui 53 segundos.

No primeiro trecho omitido, o repórter que fala ao fundo da gravação informa que mais de 2 milhões de combatentes das Forças Armadas da Venezuela e da milícia chavista haviam feito exercícios militares em diversos pontos do país. À época, Maduro publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o objetivo das manobras era defender a integridade territorial, a independência e a soberania nacional.

O segundo corte ocorre entre os segundos 27 e 36 do vídeo original. Neste trecho, o repórter explica que um dia antes dos exercícios militares, Maduro havia feito um forte discurso contra os governos do Brasil e da Colômbia, no qual acusou Bolsonaro de apoiar grupos terroristas na fronteira e de incentivar o Exército brasileiro a entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, é exibido o vídeo em que Maduro faz o discurso citado. A versão editada do vídeo faz um corte no momento em que o repórter cita que o presidente venezuelano acusou Bolsonaro e no trecho em que o Maduro cita o brasileiro.

Qual é o contexto da declaração de Maduro?

No final de 2019, existia uma tensão clara entre o Brasil e a Venezuela. O governo brasileiro havia dado status de refugiado a cinco militares venezuelanos suspeitos de serem responsáveis por um ataque a um quartel em dezembro de 2019. Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que esta havia sido uma “insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos”.

Cerca de um mês após os acontecimentos, em janeiro de 2020, Maduro afirmou que exercícios militares seriam iniciados em fevereiro daquele ano. Um dia antes da data de início, o líder venezuelano promulgou o discurso cujo trecho aparece nas peças de desinformação. A notícia da agência EFE, compartilhada fora de contexto, trata sobre o início dos exercícios militares, que ocorreram nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada tira uma notícia verdadeira de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto que está sendo diariamente abordado pela imprensa. Em casos como esses, é importante se atentar se o vídeo utilizado transmite a informação destacada pelo autor. Caso a alegação fosse verdadeira, veículos de imprensa confiáveis teriam publicado reportagens sobre o assunto.

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