É falso que prefeitura de São Leopoldo tenha expulsado Defesa Civil de cidades paulistas


Equipes deixaram cidade após dez dias de trabalho e foram substituídas por outras, para evitar esgotamento físico; Defesa Civil de São Paulo coordena equipes e informou que permanece no local

Por Clarissa Pacheco
Atualização:

O que estão compartilhando: que a Prefeitura de São Leopoldo (RS) mandou que a Defesa Civil das cidades de São Sebastião e Bebedouro (SP) e do Estado de São Paulo parassem com os serviços de apoio aos resgates na cidade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Defesa Civil do Estado de São Paulo permanece atuando em apoio às cidades afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul e vai continuar no Estado gaúcho por tempo indeterminado, incluindo em São Leopoldo. As Defesas Civis dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro ficaram na região por dez dias e retornaram nesta quinta-feira, 16, após serem substituídas por profissionais de outros municípios. Os resgatistas não foram expulsos. Essas informações foram confirmadas pelos órgãos públicos envolvidos.

Leitores do Verifica pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, no número (11) 97683-7490.

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Prefeitura de São Leopoldo não mandou Defesa Civil de cidades paulistas irem embora Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O trabalho das Defesas Civis das cidades paulistas é coordenado pela Defesa Civil estadual, que faz substituições para que os socorristas possam descansar. “Eles [as equipes de São Sebastião e Bebedouro] estavam trabalhando há mais de uma semana na região e a gente tem que fazer revezamento, porque esgota a parte física das pessoas. Ontem, o contingente foi substituído e a gente alocou para lá o pessoal de Botucatu e Taubaté”, explicou o capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, que está no Rio Grande do Sul.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Bebedouro disse que o vídeo é falso e que a equipe da Defesa Civil da cidade não foi impedida de trabalhar em São Leopoldo. “A equipe de Bebedouro enviada para o Sul prestou um importante trabalho de ajuda às pessoas e animais em meio a tragédia”, diz a nota.

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A Defesa Civil de São Sebastião foi procurada pelo Verifica, mas não respondeu até a publicação desta checagem. Após o texto ir ao ar, o prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB), enviou um vídeo à reportagem. Segundo ele, a Defesa Civil de São Leopoldo cumpria uma determinação do Ministério Público para remoção de uma senhora cadeirante quando houve um equívoco na troca de informações com a Brigada Militar. Mas, ele nega que a Defesa Civil tenha sido expulsa.

“Em nenhum momento houve a determinação para que as nossas equipes saíssem do município, mas houve uma desinteligência local. De toda sorte, as nossas equipes foram muito bem tratadas pelo povo gaúcho”, disse. Ele acrescentou: “Nossas equipes, neste momento, estão retornando para a cidade de São Sebastião, como foi planejado”.

No Instagram, o perfil oficial da equipe fez dois posts nesta quinta informando que a missão no Rio Grande do Sul havia chegado ao fim. Um vídeo de despedida foi gravado na cidade de Guaíba.

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A Prefeitura de São Leopoldo também informou que o vídeo era falso. “A Prefeitura não mandou nenhuma equipe de órgãos de apoio efetivo, que se somou aos esforços da Força-Tarefa nas enchentes, embora do município. Outrossim agradece o apoio de todas as forças de segurança, pronto-emprego e voluntários, pelo trabalho e dedicação neste momento difícil pelo qual passa a comunidade leopoldense”, diz a nota.

O vídeo investigado começou a viralizar ainda na noite de quarta-feira, 15. Um homem, que não aparece nas imagens, mostra viaturas da Defesa Civil do Estado de São Paulo e dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro estacionados em uma calçada, e diz que a Prefeitura de São Leopoldo mandou que as equipes fossem embora.

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O narrador, que não foi identificado, diz que o prefeito, Ary Vanazzi (PT), estava com “o ladrão” – se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e afirma que o prefeito mandou as equipes paulistas irem embora para que elas não tivessem protagonismo, já que a imprensa estava na cidade. Naquele dia, Lula visitou um abrigo montado em um campus da Unisinos da cidade e anunciou medidas do governo federal para a recuperação do Rio Grande do Sul.

Defesas Civis foram substituídas, não expulsas

Não é verdade que a Prefeitura de São Leopoldo tenha expulsado Defesas Civis paulistas da cidade. Em nota oficial, o município agradeceu ao apoio de todas as forças de segurança que prestam apoio ao município e disse que o vídeo que circula pelo WhatsApp e outras redes sociais é falso.

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O porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo, capitão Roberto Farina, confirmou a informação e disse que não sabe quem gravou as imagens. Segundo ele, a Defesa Civil estadual vai permanecer no Rio Grande do Sul enquanto for necessário. Ao Verifica, ele disse que equipes de outras cidades já passaram pela região e outras ainda virão, para que os profissionais possam descansar.

Post de despedida da missão humanitária no Rio Grande do Sul foi feito pela Defesa Civil de São Sebastião nesta quinta-feira, 16; uma das fotos foi feita no mesmo local do vídeo investigado Foto: Reprodução/Instagram

“Não sei quem gravou o vídeo, que falou em tom político, citou prefeito, mas isso não tem nada a ver. Em momento algum nos mandaram embora”, disse. Ele acrescentou que, desde o início dos trabalhos de apoio, as forças de outras cidades paulistas já passaram pela região, e outras ainda deverão ir para lá, num esquema de revezamento.

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“Naturalmente, vamos ter revezamento porque uma equipe fica por sete dias, já esgota a parte física. Já passaram por essa região as Defesas de Itapecerica, Cajamar, Osasco”, enumerou.

Em um vídeo publicado no Instagram da Defesa Civil de São Sebastião nesta quarta-feira, 15, o chefe operacional da equipe, Wagner Barroso, disse que os profissionais de outros dois municípios que compunham a força-tarefa também já tinham ido embora: Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.

“Realmente, a demanda deu uma baixada. Todas as cidades que nós passamos para fazer o resgate dos pets, deixamos praticamente zerada a situação. Os pets que continuaram é porque estão com os familiares lá, que não quiseram sair”, disse.

O vídeo foi gravado na cidade de Guaíba e, na mesma publicação, Barroso disse que a equipe estava retornando a São Leopoldo para atender a um pedido de resgate de animais em uma comunidade afastada.

Assim como os profissionais de São Sebastião, a Defesa Civil de Bebedouro também atuou no resgate a animais e pessoas e voltou do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira: “A equipe esteve na região por 10 dias, deixando o Sul na manhã da quinta-feira, por decisão da equipe, e não por interferência de autoridades da localidade atingida”, diz nota.

O que estão compartilhando: que a Prefeitura de São Leopoldo (RS) mandou que a Defesa Civil das cidades de São Sebastião e Bebedouro (SP) e do Estado de São Paulo parassem com os serviços de apoio aos resgates na cidade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Defesa Civil do Estado de São Paulo permanece atuando em apoio às cidades afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul e vai continuar no Estado gaúcho por tempo indeterminado, incluindo em São Leopoldo. As Defesas Civis dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro ficaram na região por dez dias e retornaram nesta quinta-feira, 16, após serem substituídas por profissionais de outros municípios. Os resgatistas não foram expulsos. Essas informações foram confirmadas pelos órgãos públicos envolvidos.

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Prefeitura de São Leopoldo não mandou Defesa Civil de cidades paulistas irem embora Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O trabalho das Defesas Civis das cidades paulistas é coordenado pela Defesa Civil estadual, que faz substituições para que os socorristas possam descansar. “Eles [as equipes de São Sebastião e Bebedouro] estavam trabalhando há mais de uma semana na região e a gente tem que fazer revezamento, porque esgota a parte física das pessoas. Ontem, o contingente foi substituído e a gente alocou para lá o pessoal de Botucatu e Taubaté”, explicou o capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, que está no Rio Grande do Sul.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Bebedouro disse que o vídeo é falso e que a equipe da Defesa Civil da cidade não foi impedida de trabalhar em São Leopoldo. “A equipe de Bebedouro enviada para o Sul prestou um importante trabalho de ajuda às pessoas e animais em meio a tragédia”, diz a nota.

A Defesa Civil de São Sebastião foi procurada pelo Verifica, mas não respondeu até a publicação desta checagem. Após o texto ir ao ar, o prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB), enviou um vídeo à reportagem. Segundo ele, a Defesa Civil de São Leopoldo cumpria uma determinação do Ministério Público para remoção de uma senhora cadeirante quando houve um equívoco na troca de informações com a Brigada Militar. Mas, ele nega que a Defesa Civil tenha sido expulsa.

“Em nenhum momento houve a determinação para que as nossas equipes saíssem do município, mas houve uma desinteligência local. De toda sorte, as nossas equipes foram muito bem tratadas pelo povo gaúcho”, disse. Ele acrescentou: “Nossas equipes, neste momento, estão retornando para a cidade de São Sebastião, como foi planejado”.

No Instagram, o perfil oficial da equipe fez dois posts nesta quinta informando que a missão no Rio Grande do Sul havia chegado ao fim. Um vídeo de despedida foi gravado na cidade de Guaíba.

A Prefeitura de São Leopoldo também informou que o vídeo era falso. “A Prefeitura não mandou nenhuma equipe de órgãos de apoio efetivo, que se somou aos esforços da Força-Tarefa nas enchentes, embora do município. Outrossim agradece o apoio de todas as forças de segurança, pronto-emprego e voluntários, pelo trabalho e dedicação neste momento difícil pelo qual passa a comunidade leopoldense”, diz a nota.

O vídeo investigado começou a viralizar ainda na noite de quarta-feira, 15. Um homem, que não aparece nas imagens, mostra viaturas da Defesa Civil do Estado de São Paulo e dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro estacionados em uma calçada, e diz que a Prefeitura de São Leopoldo mandou que as equipes fossem embora.

O narrador, que não foi identificado, diz que o prefeito, Ary Vanazzi (PT), estava com “o ladrão” – se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e afirma que o prefeito mandou as equipes paulistas irem embora para que elas não tivessem protagonismo, já que a imprensa estava na cidade. Naquele dia, Lula visitou um abrigo montado em um campus da Unisinos da cidade e anunciou medidas do governo federal para a recuperação do Rio Grande do Sul.

Defesas Civis foram substituídas, não expulsas

Não é verdade que a Prefeitura de São Leopoldo tenha expulsado Defesas Civis paulistas da cidade. Em nota oficial, o município agradeceu ao apoio de todas as forças de segurança que prestam apoio ao município e disse que o vídeo que circula pelo WhatsApp e outras redes sociais é falso.

O porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo, capitão Roberto Farina, confirmou a informação e disse que não sabe quem gravou as imagens. Segundo ele, a Defesa Civil estadual vai permanecer no Rio Grande do Sul enquanto for necessário. Ao Verifica, ele disse que equipes de outras cidades já passaram pela região e outras ainda virão, para que os profissionais possam descansar.

Post de despedida da missão humanitária no Rio Grande do Sul foi feito pela Defesa Civil de São Sebastião nesta quinta-feira, 16; uma das fotos foi feita no mesmo local do vídeo investigado Foto: Reprodução/Instagram

“Não sei quem gravou o vídeo, que falou em tom político, citou prefeito, mas isso não tem nada a ver. Em momento algum nos mandaram embora”, disse. Ele acrescentou que, desde o início dos trabalhos de apoio, as forças de outras cidades paulistas já passaram pela região, e outras ainda deverão ir para lá, num esquema de revezamento.

“Naturalmente, vamos ter revezamento porque uma equipe fica por sete dias, já esgota a parte física. Já passaram por essa região as Defesas de Itapecerica, Cajamar, Osasco”, enumerou.

Em um vídeo publicado no Instagram da Defesa Civil de São Sebastião nesta quarta-feira, 15, o chefe operacional da equipe, Wagner Barroso, disse que os profissionais de outros dois municípios que compunham a força-tarefa também já tinham ido embora: Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.

“Realmente, a demanda deu uma baixada. Todas as cidades que nós passamos para fazer o resgate dos pets, deixamos praticamente zerada a situação. Os pets que continuaram é porque estão com os familiares lá, que não quiseram sair”, disse.

O vídeo foi gravado na cidade de Guaíba e, na mesma publicação, Barroso disse que a equipe estava retornando a São Leopoldo para atender a um pedido de resgate de animais em uma comunidade afastada.

Assim como os profissionais de São Sebastião, a Defesa Civil de Bebedouro também atuou no resgate a animais e pessoas e voltou do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira: “A equipe esteve na região por 10 dias, deixando o Sul na manhã da quinta-feira, por decisão da equipe, e não por interferência de autoridades da localidade atingida”, diz nota.

O que estão compartilhando: que a Prefeitura de São Leopoldo (RS) mandou que a Defesa Civil das cidades de São Sebastião e Bebedouro (SP) e do Estado de São Paulo parassem com os serviços de apoio aos resgates na cidade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Defesa Civil do Estado de São Paulo permanece atuando em apoio às cidades afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul e vai continuar no Estado gaúcho por tempo indeterminado, incluindo em São Leopoldo. As Defesas Civis dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro ficaram na região por dez dias e retornaram nesta quinta-feira, 16, após serem substituídas por profissionais de outros municípios. Os resgatistas não foram expulsos. Essas informações foram confirmadas pelos órgãos públicos envolvidos.

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Prefeitura de São Leopoldo não mandou Defesa Civil de cidades paulistas irem embora Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O trabalho das Defesas Civis das cidades paulistas é coordenado pela Defesa Civil estadual, que faz substituições para que os socorristas possam descansar. “Eles [as equipes de São Sebastião e Bebedouro] estavam trabalhando há mais de uma semana na região e a gente tem que fazer revezamento, porque esgota a parte física das pessoas. Ontem, o contingente foi substituído e a gente alocou para lá o pessoal de Botucatu e Taubaté”, explicou o capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, que está no Rio Grande do Sul.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Bebedouro disse que o vídeo é falso e que a equipe da Defesa Civil da cidade não foi impedida de trabalhar em São Leopoldo. “A equipe de Bebedouro enviada para o Sul prestou um importante trabalho de ajuda às pessoas e animais em meio a tragédia”, diz a nota.

A Defesa Civil de São Sebastião foi procurada pelo Verifica, mas não respondeu até a publicação desta checagem. Após o texto ir ao ar, o prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB), enviou um vídeo à reportagem. Segundo ele, a Defesa Civil de São Leopoldo cumpria uma determinação do Ministério Público para remoção de uma senhora cadeirante quando houve um equívoco na troca de informações com a Brigada Militar. Mas, ele nega que a Defesa Civil tenha sido expulsa.

“Em nenhum momento houve a determinação para que as nossas equipes saíssem do município, mas houve uma desinteligência local. De toda sorte, as nossas equipes foram muito bem tratadas pelo povo gaúcho”, disse. Ele acrescentou: “Nossas equipes, neste momento, estão retornando para a cidade de São Sebastião, como foi planejado”.

No Instagram, o perfil oficial da equipe fez dois posts nesta quinta informando que a missão no Rio Grande do Sul havia chegado ao fim. Um vídeo de despedida foi gravado na cidade de Guaíba.

A Prefeitura de São Leopoldo também informou que o vídeo era falso. “A Prefeitura não mandou nenhuma equipe de órgãos de apoio efetivo, que se somou aos esforços da Força-Tarefa nas enchentes, embora do município. Outrossim agradece o apoio de todas as forças de segurança, pronto-emprego e voluntários, pelo trabalho e dedicação neste momento difícil pelo qual passa a comunidade leopoldense”, diz a nota.

O vídeo investigado começou a viralizar ainda na noite de quarta-feira, 15. Um homem, que não aparece nas imagens, mostra viaturas da Defesa Civil do Estado de São Paulo e dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro estacionados em uma calçada, e diz que a Prefeitura de São Leopoldo mandou que as equipes fossem embora.

O narrador, que não foi identificado, diz que o prefeito, Ary Vanazzi (PT), estava com “o ladrão” – se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e afirma que o prefeito mandou as equipes paulistas irem embora para que elas não tivessem protagonismo, já que a imprensa estava na cidade. Naquele dia, Lula visitou um abrigo montado em um campus da Unisinos da cidade e anunciou medidas do governo federal para a recuperação do Rio Grande do Sul.

Defesas Civis foram substituídas, não expulsas

Não é verdade que a Prefeitura de São Leopoldo tenha expulsado Defesas Civis paulistas da cidade. Em nota oficial, o município agradeceu ao apoio de todas as forças de segurança que prestam apoio ao município e disse que o vídeo que circula pelo WhatsApp e outras redes sociais é falso.

O porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo, capitão Roberto Farina, confirmou a informação e disse que não sabe quem gravou as imagens. Segundo ele, a Defesa Civil estadual vai permanecer no Rio Grande do Sul enquanto for necessário. Ao Verifica, ele disse que equipes de outras cidades já passaram pela região e outras ainda virão, para que os profissionais possam descansar.

Post de despedida da missão humanitária no Rio Grande do Sul foi feito pela Defesa Civil de São Sebastião nesta quinta-feira, 16; uma das fotos foi feita no mesmo local do vídeo investigado Foto: Reprodução/Instagram

“Não sei quem gravou o vídeo, que falou em tom político, citou prefeito, mas isso não tem nada a ver. Em momento algum nos mandaram embora”, disse. Ele acrescentou que, desde o início dos trabalhos de apoio, as forças de outras cidades paulistas já passaram pela região, e outras ainda deverão ir para lá, num esquema de revezamento.

“Naturalmente, vamos ter revezamento porque uma equipe fica por sete dias, já esgota a parte física. Já passaram por essa região as Defesas de Itapecerica, Cajamar, Osasco”, enumerou.

Em um vídeo publicado no Instagram da Defesa Civil de São Sebastião nesta quarta-feira, 15, o chefe operacional da equipe, Wagner Barroso, disse que os profissionais de outros dois municípios que compunham a força-tarefa também já tinham ido embora: Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.

“Realmente, a demanda deu uma baixada. Todas as cidades que nós passamos para fazer o resgate dos pets, deixamos praticamente zerada a situação. Os pets que continuaram é porque estão com os familiares lá, que não quiseram sair”, disse.

O vídeo foi gravado na cidade de Guaíba e, na mesma publicação, Barroso disse que a equipe estava retornando a São Leopoldo para atender a um pedido de resgate de animais em uma comunidade afastada.

Assim como os profissionais de São Sebastião, a Defesa Civil de Bebedouro também atuou no resgate a animais e pessoas e voltou do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira: “A equipe esteve na região por 10 dias, deixando o Sul na manhã da quinta-feira, por decisão da equipe, e não por interferência de autoridades da localidade atingida”, diz nota.

O que estão compartilhando: que a Prefeitura de São Leopoldo (RS) mandou que a Defesa Civil das cidades de São Sebastião e Bebedouro (SP) e do Estado de São Paulo parassem com os serviços de apoio aos resgates na cidade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Defesa Civil do Estado de São Paulo permanece atuando em apoio às cidades afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul e vai continuar no Estado gaúcho por tempo indeterminado, incluindo em São Leopoldo. As Defesas Civis dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro ficaram na região por dez dias e retornaram nesta quinta-feira, 16, após serem substituídas por profissionais de outros municípios. Os resgatistas não foram expulsos. Essas informações foram confirmadas pelos órgãos públicos envolvidos.

Leitores do Verifica pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, no número (11) 97683-7490.

Prefeitura de São Leopoldo não mandou Defesa Civil de cidades paulistas irem embora Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O trabalho das Defesas Civis das cidades paulistas é coordenado pela Defesa Civil estadual, que faz substituições para que os socorristas possam descansar. “Eles [as equipes de São Sebastião e Bebedouro] estavam trabalhando há mais de uma semana na região e a gente tem que fazer revezamento, porque esgota a parte física das pessoas. Ontem, o contingente foi substituído e a gente alocou para lá o pessoal de Botucatu e Taubaté”, explicou o capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, que está no Rio Grande do Sul.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Bebedouro disse que o vídeo é falso e que a equipe da Defesa Civil da cidade não foi impedida de trabalhar em São Leopoldo. “A equipe de Bebedouro enviada para o Sul prestou um importante trabalho de ajuda às pessoas e animais em meio a tragédia”, diz a nota.

A Defesa Civil de São Sebastião foi procurada pelo Verifica, mas não respondeu até a publicação desta checagem. Após o texto ir ao ar, o prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB), enviou um vídeo à reportagem. Segundo ele, a Defesa Civil de São Leopoldo cumpria uma determinação do Ministério Público para remoção de uma senhora cadeirante quando houve um equívoco na troca de informações com a Brigada Militar. Mas, ele nega que a Defesa Civil tenha sido expulsa.

“Em nenhum momento houve a determinação para que as nossas equipes saíssem do município, mas houve uma desinteligência local. De toda sorte, as nossas equipes foram muito bem tratadas pelo povo gaúcho”, disse. Ele acrescentou: “Nossas equipes, neste momento, estão retornando para a cidade de São Sebastião, como foi planejado”.

No Instagram, o perfil oficial da equipe fez dois posts nesta quinta informando que a missão no Rio Grande do Sul havia chegado ao fim. Um vídeo de despedida foi gravado na cidade de Guaíba.

A Prefeitura de São Leopoldo também informou que o vídeo era falso. “A Prefeitura não mandou nenhuma equipe de órgãos de apoio efetivo, que se somou aos esforços da Força-Tarefa nas enchentes, embora do município. Outrossim agradece o apoio de todas as forças de segurança, pronto-emprego e voluntários, pelo trabalho e dedicação neste momento difícil pelo qual passa a comunidade leopoldense”, diz a nota.

O vídeo investigado começou a viralizar ainda na noite de quarta-feira, 15. Um homem, que não aparece nas imagens, mostra viaturas da Defesa Civil do Estado de São Paulo e dos municípios paulistas de São Sebastião e Bebedouro estacionados em uma calçada, e diz que a Prefeitura de São Leopoldo mandou que as equipes fossem embora.

O narrador, que não foi identificado, diz que o prefeito, Ary Vanazzi (PT), estava com “o ladrão” – se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e afirma que o prefeito mandou as equipes paulistas irem embora para que elas não tivessem protagonismo, já que a imprensa estava na cidade. Naquele dia, Lula visitou um abrigo montado em um campus da Unisinos da cidade e anunciou medidas do governo federal para a recuperação do Rio Grande do Sul.

Defesas Civis foram substituídas, não expulsas

Não é verdade que a Prefeitura de São Leopoldo tenha expulsado Defesas Civis paulistas da cidade. Em nota oficial, o município agradeceu ao apoio de todas as forças de segurança que prestam apoio ao município e disse que o vídeo que circula pelo WhatsApp e outras redes sociais é falso.

O porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo, capitão Roberto Farina, confirmou a informação e disse que não sabe quem gravou as imagens. Segundo ele, a Defesa Civil estadual vai permanecer no Rio Grande do Sul enquanto for necessário. Ao Verifica, ele disse que equipes de outras cidades já passaram pela região e outras ainda virão, para que os profissionais possam descansar.

Post de despedida da missão humanitária no Rio Grande do Sul foi feito pela Defesa Civil de São Sebastião nesta quinta-feira, 16; uma das fotos foi feita no mesmo local do vídeo investigado Foto: Reprodução/Instagram

“Não sei quem gravou o vídeo, que falou em tom político, citou prefeito, mas isso não tem nada a ver. Em momento algum nos mandaram embora”, disse. Ele acrescentou que, desde o início dos trabalhos de apoio, as forças de outras cidades paulistas já passaram pela região, e outras ainda deverão ir para lá, num esquema de revezamento.

“Naturalmente, vamos ter revezamento porque uma equipe fica por sete dias, já esgota a parte física. Já passaram por essa região as Defesas de Itapecerica, Cajamar, Osasco”, enumerou.

Em um vídeo publicado no Instagram da Defesa Civil de São Sebastião nesta quarta-feira, 15, o chefe operacional da equipe, Wagner Barroso, disse que os profissionais de outros dois municípios que compunham a força-tarefa também já tinham ido embora: Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.

“Realmente, a demanda deu uma baixada. Todas as cidades que nós passamos para fazer o resgate dos pets, deixamos praticamente zerada a situação. Os pets que continuaram é porque estão com os familiares lá, que não quiseram sair”, disse.

O vídeo foi gravado na cidade de Guaíba e, na mesma publicação, Barroso disse que a equipe estava retornando a São Leopoldo para atender a um pedido de resgate de animais em uma comunidade afastada.

Assim como os profissionais de São Sebastião, a Defesa Civil de Bebedouro também atuou no resgate a animais e pessoas e voltou do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira: “A equipe esteve na região por 10 dias, deixando o Sul na manhã da quinta-feira, por decisão da equipe, e não por interferência de autoridades da localidade atingida”, diz nota.

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