Boato sobre primeira atleta trans nas Olimpíadas volta a circular


Postagens mentem ao dizer que Laurel Hubbard teria sofrido ‘lesão no testículo’; atleta fez história no levantamento de pesos nos Jogos de Tóquio

Por Pedro Prata
Atualização:

É falso que a primeira mulher transgênero a competir nas Olimpíadas tenha sofrido “lesão no testículo”. A alegação foi criada por um site que se classifica como satírico. A origem do conteúdo foi suprimida em postagens posteriores e o boato passou a circular como se fosse verdade. A atleta Laurel Hubbard disputou o levantamento de pesos nos Jogos de Tóquio, em 2021.

Ela começou levantando uma barra de 120 kg e seguiu para uma de 125 kg. Como não foi bem-sucedida nem na segunda e nem na terceira tentativas, ficou fora da disputa por medalhas.

Laurel Hubbard disputou o levantamento de peso, mas seu desempenho não foi suficiente para chegar à final. Foto: Reprodução
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Pessoas transexuais são aquelas que se identificam com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo biológico no nascimento. Já as pessoas que se reconhecem pelo mesmo gênero que foi designado ao nascer são chamadas cisgênero.

Hubbard pôde participar das Olimpíadas após receber autorização do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Em comunicado, o comitê afirmou que ela cumpriu as exigências da federação internacional e do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas transgênero. No caso de atletas que fizeram a transição do masculino para o feminino, era exigido um nível máximo de testosterona no sangue durante determinado período.

Depois da Olimpíada de Tóquio, o COI suprimiu a regra geral e deixou a cargo de cada federação internacional para definir o regramento nas suas modalidades. No entanto, emitiu diretrizes que devem ser seguidas por todas. Entre elas, está a “não presunção de vantagem”. Em outras palavras, uma federação não pode presumir que um atleta tenha vantagens apenas porque tenha feito a transição de gênero. Tal vantagem precisa ser demonstrada em evidências científicas robustas (veja aqui).

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Apesar disso, não há consenso no esporte sobre os padrões que devem ser considerados para garantir o direito de competição de pessoas transgênero. Há debate, por exemplo, sobre se os ganhos corporais adquiridos na puberdade podem ser anulados com tratamentos já na fase adulta.

Origem satírica

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Uma busca no Google com as palavras “primeira atleta trans olimpíadas testículo” levou a uma matéria do jornal O Globo sobre Hubbard. O texto informa que ela passou a ser alvo de desinformação e cita a alegação aqui checada.A alegação foi publicada primeiramente pelo portal neozelandês The Babylon Bee, que se classifica como “o melhor site satírico do mundo”. Eles escrevem textos sobre cristianismo, política e pautas cotidianas.

Um vídeo publicado no Instagram com mais de 6 mil curtidas e 208 mil visualizações resgata a postagem sem informar que se trata de conteúdo inventado. Alguns usuários entendem se tratar de conteúdo verídico: “Quem é trans, não necessariamente fez a mudança de sexo, está num processo de aceitação de mudança, um processo bem sofrido.”

Postagens com desinformação sobre a população trans viralizaram depois que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) proferiu um discurso contra “homens que se sentem mulheres” no Dia Internacional da Mulher. Ele se tornou alvo de notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal pediu à Câmara dos Deputados que apure se ele cometeu transfobia.

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O Estadão Verifica já desmentiu que a lutadora de MMA Gabi Garcia fosse trans. Também mostramos que um boato sobre ciclistas trans engana e distorce regras de um evento esportivo na Inglaterra.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

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Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

É falso que a primeira mulher transgênero a competir nas Olimpíadas tenha sofrido “lesão no testículo”. A alegação foi criada por um site que se classifica como satírico. A origem do conteúdo foi suprimida em postagens posteriores e o boato passou a circular como se fosse verdade. A atleta Laurel Hubbard disputou o levantamento de pesos nos Jogos de Tóquio, em 2021.

Ela começou levantando uma barra de 120 kg e seguiu para uma de 125 kg. Como não foi bem-sucedida nem na segunda e nem na terceira tentativas, ficou fora da disputa por medalhas.

Laurel Hubbard disputou o levantamento de peso, mas seu desempenho não foi suficiente para chegar à final. Foto: Reprodução

Pessoas transexuais são aquelas que se identificam com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo biológico no nascimento. Já as pessoas que se reconhecem pelo mesmo gênero que foi designado ao nascer são chamadas cisgênero.

Hubbard pôde participar das Olimpíadas após receber autorização do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Em comunicado, o comitê afirmou que ela cumpriu as exigências da federação internacional e do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas transgênero. No caso de atletas que fizeram a transição do masculino para o feminino, era exigido um nível máximo de testosterona no sangue durante determinado período.

Depois da Olimpíada de Tóquio, o COI suprimiu a regra geral e deixou a cargo de cada federação internacional para definir o regramento nas suas modalidades. No entanto, emitiu diretrizes que devem ser seguidas por todas. Entre elas, está a “não presunção de vantagem”. Em outras palavras, uma federação não pode presumir que um atleta tenha vantagens apenas porque tenha feito a transição de gênero. Tal vantagem precisa ser demonstrada em evidências científicas robustas (veja aqui).

Apesar disso, não há consenso no esporte sobre os padrões que devem ser considerados para garantir o direito de competição de pessoas transgênero. Há debate, por exemplo, sobre se os ganhos corporais adquiridos na puberdade podem ser anulados com tratamentos já na fase adulta.

Origem satírica

Uma busca no Google com as palavras “primeira atleta trans olimpíadas testículo” levou a uma matéria do jornal O Globo sobre Hubbard. O texto informa que ela passou a ser alvo de desinformação e cita a alegação aqui checada.A alegação foi publicada primeiramente pelo portal neozelandês The Babylon Bee, que se classifica como “o melhor site satírico do mundo”. Eles escrevem textos sobre cristianismo, política e pautas cotidianas.

Um vídeo publicado no Instagram com mais de 6 mil curtidas e 208 mil visualizações resgata a postagem sem informar que se trata de conteúdo inventado. Alguns usuários entendem se tratar de conteúdo verídico: “Quem é trans, não necessariamente fez a mudança de sexo, está num processo de aceitação de mudança, um processo bem sofrido.”

Postagens com desinformação sobre a população trans viralizaram depois que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) proferiu um discurso contra “homens que se sentem mulheres” no Dia Internacional da Mulher. Ele se tornou alvo de notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal pediu à Câmara dos Deputados que apure se ele cometeu transfobia.

O Estadão Verifica já desmentiu que a lutadora de MMA Gabi Garcia fosse trans. Também mostramos que um boato sobre ciclistas trans engana e distorce regras de um evento esportivo na Inglaterra.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

É falso que a primeira mulher transgênero a competir nas Olimpíadas tenha sofrido “lesão no testículo”. A alegação foi criada por um site que se classifica como satírico. A origem do conteúdo foi suprimida em postagens posteriores e o boato passou a circular como se fosse verdade. A atleta Laurel Hubbard disputou o levantamento de pesos nos Jogos de Tóquio, em 2021.

Ela começou levantando uma barra de 120 kg e seguiu para uma de 125 kg. Como não foi bem-sucedida nem na segunda e nem na terceira tentativas, ficou fora da disputa por medalhas.

Laurel Hubbard disputou o levantamento de peso, mas seu desempenho não foi suficiente para chegar à final. Foto: Reprodução

Pessoas transexuais são aquelas que se identificam com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo biológico no nascimento. Já as pessoas que se reconhecem pelo mesmo gênero que foi designado ao nascer são chamadas cisgênero.

Hubbard pôde participar das Olimpíadas após receber autorização do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Em comunicado, o comitê afirmou que ela cumpriu as exigências da federação internacional e do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas transgênero. No caso de atletas que fizeram a transição do masculino para o feminino, era exigido um nível máximo de testosterona no sangue durante determinado período.

Depois da Olimpíada de Tóquio, o COI suprimiu a regra geral e deixou a cargo de cada federação internacional para definir o regramento nas suas modalidades. No entanto, emitiu diretrizes que devem ser seguidas por todas. Entre elas, está a “não presunção de vantagem”. Em outras palavras, uma federação não pode presumir que um atleta tenha vantagens apenas porque tenha feito a transição de gênero. Tal vantagem precisa ser demonstrada em evidências científicas robustas (veja aqui).

Apesar disso, não há consenso no esporte sobre os padrões que devem ser considerados para garantir o direito de competição de pessoas transgênero. Há debate, por exemplo, sobre se os ganhos corporais adquiridos na puberdade podem ser anulados com tratamentos já na fase adulta.

Origem satírica

Uma busca no Google com as palavras “primeira atleta trans olimpíadas testículo” levou a uma matéria do jornal O Globo sobre Hubbard. O texto informa que ela passou a ser alvo de desinformação e cita a alegação aqui checada.A alegação foi publicada primeiramente pelo portal neozelandês The Babylon Bee, que se classifica como “o melhor site satírico do mundo”. Eles escrevem textos sobre cristianismo, política e pautas cotidianas.

Um vídeo publicado no Instagram com mais de 6 mil curtidas e 208 mil visualizações resgata a postagem sem informar que se trata de conteúdo inventado. Alguns usuários entendem se tratar de conteúdo verídico: “Quem é trans, não necessariamente fez a mudança de sexo, está num processo de aceitação de mudança, um processo bem sofrido.”

Postagens com desinformação sobre a população trans viralizaram depois que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) proferiu um discurso contra “homens que se sentem mulheres” no Dia Internacional da Mulher. Ele se tornou alvo de notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal pediu à Câmara dos Deputados que apure se ele cometeu transfobia.

O Estadão Verifica já desmentiu que a lutadora de MMA Gabi Garcia fosse trans. Também mostramos que um boato sobre ciclistas trans engana e distorce regras de um evento esportivo na Inglaterra.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

É falso que a primeira mulher transgênero a competir nas Olimpíadas tenha sofrido “lesão no testículo”. A alegação foi criada por um site que se classifica como satírico. A origem do conteúdo foi suprimida em postagens posteriores e o boato passou a circular como se fosse verdade. A atleta Laurel Hubbard disputou o levantamento de pesos nos Jogos de Tóquio, em 2021.

Ela começou levantando uma barra de 120 kg e seguiu para uma de 125 kg. Como não foi bem-sucedida nem na segunda e nem na terceira tentativas, ficou fora da disputa por medalhas.

Laurel Hubbard disputou o levantamento de peso, mas seu desempenho não foi suficiente para chegar à final. Foto: Reprodução

Pessoas transexuais são aquelas que se identificam com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo biológico no nascimento. Já as pessoas que se reconhecem pelo mesmo gênero que foi designado ao nascer são chamadas cisgênero.

Hubbard pôde participar das Olimpíadas após receber autorização do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Em comunicado, o comitê afirmou que ela cumpriu as exigências da federação internacional e do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas transgênero. No caso de atletas que fizeram a transição do masculino para o feminino, era exigido um nível máximo de testosterona no sangue durante determinado período.

Depois da Olimpíada de Tóquio, o COI suprimiu a regra geral e deixou a cargo de cada federação internacional para definir o regramento nas suas modalidades. No entanto, emitiu diretrizes que devem ser seguidas por todas. Entre elas, está a “não presunção de vantagem”. Em outras palavras, uma federação não pode presumir que um atleta tenha vantagens apenas porque tenha feito a transição de gênero. Tal vantagem precisa ser demonstrada em evidências científicas robustas (veja aqui).

Apesar disso, não há consenso no esporte sobre os padrões que devem ser considerados para garantir o direito de competição de pessoas transgênero. Há debate, por exemplo, sobre se os ganhos corporais adquiridos na puberdade podem ser anulados com tratamentos já na fase adulta.

Origem satírica

Uma busca no Google com as palavras “primeira atleta trans olimpíadas testículo” levou a uma matéria do jornal O Globo sobre Hubbard. O texto informa que ela passou a ser alvo de desinformação e cita a alegação aqui checada.A alegação foi publicada primeiramente pelo portal neozelandês The Babylon Bee, que se classifica como “o melhor site satírico do mundo”. Eles escrevem textos sobre cristianismo, política e pautas cotidianas.

Um vídeo publicado no Instagram com mais de 6 mil curtidas e 208 mil visualizações resgata a postagem sem informar que se trata de conteúdo inventado. Alguns usuários entendem se tratar de conteúdo verídico: “Quem é trans, não necessariamente fez a mudança de sexo, está num processo de aceitação de mudança, um processo bem sofrido.”

Postagens com desinformação sobre a população trans viralizaram depois que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) proferiu um discurso contra “homens que se sentem mulheres” no Dia Internacional da Mulher. Ele se tornou alvo de notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal pediu à Câmara dos Deputados que apure se ele cometeu transfobia.

O Estadão Verifica já desmentiu que a lutadora de MMA Gabi Garcia fosse trans. Também mostramos que um boato sobre ciclistas trans engana e distorce regras de um evento esportivo na Inglaterra.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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