Publicação usa imagens de caça a baleias na Dinamarca para atacar Noruega por corte de verba do Fundo Amazônia


Posts no Facebook utilizam fotos de matança em ilhas dinamarquesas para questionar preocupação norueguesa com meio ambiente

Por Alessandra Monnerat
Baleia minke, espécie que é caçada na Noruega. Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA)

Uma publicação no Facebook exagera o número de baleias caçadas anualmente na Noruega e utiliza uma foto de outro país para criticar uma suposta intervenção da nação europeia na Amazônia. O conteúdo enganoso amplifica um argumento utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, 15, ao comentar a suspensão do subsídio norueguês de R$ 155 milhões ao Fundo Amazônia.  

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"Noruega? Não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós", disse o presidente. 

A publicação no Facebook alega que a Noruega mata mais de mil baleias anualmente. No entanto, a estatística mais recente da International Whaling Comission (IWC), aponta que 432 baleias minke, de pequeno porte, foram caçadas em 2017. A quantidade  média desde 2010 foi de 562 baleias por ano. A entidade estima que havia, de 2008 a 2013, de 62 mil a 128 mil animais desta espécie no Atlântico Norte, onde ocorre a caça norueguesa. 

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A IWC é uma organização internacional responsável pela conservação de baleias e regulamentação da caça. O Brasil é membro da entidade desde 1974. Em 1982, a IWC estabeleceu a proibição da caça comercial de baleias em todo o mundo. A Noruega e a Islândia não seguem a proibição e estabelecem seus próprios limites de caça. Os dois países, no entanto, relatam o número de animais capturados à IWC. 

O post no Facebook também usa uma foto das Ilhas Faroe, território dinamarquês. Trata-se de um arquipélago isolado, localizado entre a Islândia e a Noruega. Ali, ocorre uma tradição anual de matança de baleias-piloto. O Estado publicou uma reportagem sobre o assunto em 2010.

No domingo, 18, Bolsonaro compartilhou vídeo de caça a baleias em seu perfil no Twitter, afirmando que as imagens foram feitas na Noruega. No dia seguinte, a ONG Sea Shepherd, responsável pela filmagem, desmentiu o presidente afirmando que as cenas foram feitas nas Ilhas Faroe.

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"É uma coisa milenar, um rito de passagem viking", afirmou à época Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) no Brasil. "Antigamente, as baleias eram importantes fontes de proteínas para os habitantes locais. Mas, hoje, isso não faz mais sentido."

Outras publicações na rede social buscam relacionar à Noruega as imagens da matança de baleias no território da Dinamarca. São fotos em que o mar fica vermelho de sangue e corpos dos animais mortos ficam dispostos na praia. 

Entenda a disputa sobre o Fundo Amazônia

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A Noruega era a maior financiadora do Fundo Amazônia, maior programa de combate ao desmatamento no País. Segundo o governo brasileiro, já foram desembolsados R$ 1,1 bilhão em 103 projetos de preservação do fundo.

Após o anúncio do bloqueio de repasses ao fundo, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, argumentou que o Brasil não estaria cumprindo o acordo de conservação da Floresta Amazônica.

A Alemanha também anunciou o corte de repasses de cerca de R$ 156 milhões ao fundo de preservação. A ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, disse que "a política do governo brasileiro na Amazônia levanta dúvidas sobre se uma redução consistente das taxas de desmatamento ainda está sendo perseguida".

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Tanto Bolsonaro quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticaram a política ambiental dos dois países europeus e recusaram o auxílio financeiro. 

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Alegando quebra de um acordo, a Noruega bloqueou R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia. O país escandinavo é a principal fonte de fundos para a proteção da região.

 

Baleia minke, espécie que é caçada na Noruega. Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA)

Uma publicação no Facebook exagera o número de baleias caçadas anualmente na Noruega e utiliza uma foto de outro país para criticar uma suposta intervenção da nação europeia na Amazônia. O conteúdo enganoso amplifica um argumento utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, 15, ao comentar a suspensão do subsídio norueguês de R$ 155 milhões ao Fundo Amazônia.  

"Noruega? Não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós", disse o presidente. 

A publicação no Facebook alega que a Noruega mata mais de mil baleias anualmente. No entanto, a estatística mais recente da International Whaling Comission (IWC), aponta que 432 baleias minke, de pequeno porte, foram caçadas em 2017. A quantidade  média desde 2010 foi de 562 baleias por ano. A entidade estima que havia, de 2008 a 2013, de 62 mil a 128 mil animais desta espécie no Atlântico Norte, onde ocorre a caça norueguesa. 

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A IWC é uma organização internacional responsável pela conservação de baleias e regulamentação da caça. O Brasil é membro da entidade desde 1974. Em 1982, a IWC estabeleceu a proibição da caça comercial de baleias em todo o mundo. A Noruega e a Islândia não seguem a proibição e estabelecem seus próprios limites de caça. Os dois países, no entanto, relatam o número de animais capturados à IWC. 

O post no Facebook também usa uma foto das Ilhas Faroe, território dinamarquês. Trata-se de um arquipélago isolado, localizado entre a Islândia e a Noruega. Ali, ocorre uma tradição anual de matança de baleias-piloto. O Estado publicou uma reportagem sobre o assunto em 2010.

No domingo, 18, Bolsonaro compartilhou vídeo de caça a baleias em seu perfil no Twitter, afirmando que as imagens foram feitas na Noruega. No dia seguinte, a ONG Sea Shepherd, responsável pela filmagem, desmentiu o presidente afirmando que as cenas foram feitas nas Ilhas Faroe.

"É uma coisa milenar, um rito de passagem viking", afirmou à época Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) no Brasil. "Antigamente, as baleias eram importantes fontes de proteínas para os habitantes locais. Mas, hoje, isso não faz mais sentido."

Outras publicações na rede social buscam relacionar à Noruega as imagens da matança de baleias no território da Dinamarca. São fotos em que o mar fica vermelho de sangue e corpos dos animais mortos ficam dispostos na praia. 

Entenda a disputa sobre o Fundo Amazônia

A Noruega era a maior financiadora do Fundo Amazônia, maior programa de combate ao desmatamento no País. Segundo o governo brasileiro, já foram desembolsados R$ 1,1 bilhão em 103 projetos de preservação do fundo.

Após o anúncio do bloqueio de repasses ao fundo, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, argumentou que o Brasil não estaria cumprindo o acordo de conservação da Floresta Amazônica.

A Alemanha também anunciou o corte de repasses de cerca de R$ 156 milhões ao fundo de preservação. A ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, disse que "a política do governo brasileiro na Amazônia levanta dúvidas sobre se uma redução consistente das taxas de desmatamento ainda está sendo perseguida".

Tanto Bolsonaro quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticaram a política ambiental dos dois países europeus e recusaram o auxílio financeiro. 

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Alegando quebra de um acordo, a Noruega bloqueou R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia. O país escandinavo é a principal fonte de fundos para a proteção da região.

 

Baleia minke, espécie que é caçada na Noruega. Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA)

Uma publicação no Facebook exagera o número de baleias caçadas anualmente na Noruega e utiliza uma foto de outro país para criticar uma suposta intervenção da nação europeia na Amazônia. O conteúdo enganoso amplifica um argumento utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, 15, ao comentar a suspensão do subsídio norueguês de R$ 155 milhões ao Fundo Amazônia.  

"Noruega? Não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós", disse o presidente. 

A publicação no Facebook alega que a Noruega mata mais de mil baleias anualmente. No entanto, a estatística mais recente da International Whaling Comission (IWC), aponta que 432 baleias minke, de pequeno porte, foram caçadas em 2017. A quantidade  média desde 2010 foi de 562 baleias por ano. A entidade estima que havia, de 2008 a 2013, de 62 mil a 128 mil animais desta espécie no Atlântico Norte, onde ocorre a caça norueguesa. 

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A IWC é uma organização internacional responsável pela conservação de baleias e regulamentação da caça. O Brasil é membro da entidade desde 1974. Em 1982, a IWC estabeleceu a proibição da caça comercial de baleias em todo o mundo. A Noruega e a Islândia não seguem a proibição e estabelecem seus próprios limites de caça. Os dois países, no entanto, relatam o número de animais capturados à IWC. 

O post no Facebook também usa uma foto das Ilhas Faroe, território dinamarquês. Trata-se de um arquipélago isolado, localizado entre a Islândia e a Noruega. Ali, ocorre uma tradição anual de matança de baleias-piloto. O Estado publicou uma reportagem sobre o assunto em 2010.

No domingo, 18, Bolsonaro compartilhou vídeo de caça a baleias em seu perfil no Twitter, afirmando que as imagens foram feitas na Noruega. No dia seguinte, a ONG Sea Shepherd, responsável pela filmagem, desmentiu o presidente afirmando que as cenas foram feitas nas Ilhas Faroe.

"É uma coisa milenar, um rito de passagem viking", afirmou à época Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) no Brasil. "Antigamente, as baleias eram importantes fontes de proteínas para os habitantes locais. Mas, hoje, isso não faz mais sentido."

Outras publicações na rede social buscam relacionar à Noruega as imagens da matança de baleias no território da Dinamarca. São fotos em que o mar fica vermelho de sangue e corpos dos animais mortos ficam dispostos na praia. 

Entenda a disputa sobre o Fundo Amazônia

A Noruega era a maior financiadora do Fundo Amazônia, maior programa de combate ao desmatamento no País. Segundo o governo brasileiro, já foram desembolsados R$ 1,1 bilhão em 103 projetos de preservação do fundo.

Após o anúncio do bloqueio de repasses ao fundo, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, argumentou que o Brasil não estaria cumprindo o acordo de conservação da Floresta Amazônica.

A Alemanha também anunciou o corte de repasses de cerca de R$ 156 milhões ao fundo de preservação. A ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, disse que "a política do governo brasileiro na Amazônia levanta dúvidas sobre se uma redução consistente das taxas de desmatamento ainda está sendo perseguida".

Tanto Bolsonaro quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticaram a política ambiental dos dois países europeus e recusaram o auxílio financeiro. 

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Alegando quebra de um acordo, a Noruega bloqueou R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia. O país escandinavo é a principal fonte de fundos para a proteção da região.

 

Baleia minke, espécie que é caçada na Noruega. Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA)

Uma publicação no Facebook exagera o número de baleias caçadas anualmente na Noruega e utiliza uma foto de outro país para criticar uma suposta intervenção da nação europeia na Amazônia. O conteúdo enganoso amplifica um argumento utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, 15, ao comentar a suspensão do subsídio norueguês de R$ 155 milhões ao Fundo Amazônia.  

"Noruega? Não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós", disse o presidente. 

A publicação no Facebook alega que a Noruega mata mais de mil baleias anualmente. No entanto, a estatística mais recente da International Whaling Comission (IWC), aponta que 432 baleias minke, de pequeno porte, foram caçadas em 2017. A quantidade  média desde 2010 foi de 562 baleias por ano. A entidade estima que havia, de 2008 a 2013, de 62 mil a 128 mil animais desta espécie no Atlântico Norte, onde ocorre a caça norueguesa. 

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A IWC é uma organização internacional responsável pela conservação de baleias e regulamentação da caça. O Brasil é membro da entidade desde 1974. Em 1982, a IWC estabeleceu a proibição da caça comercial de baleias em todo o mundo. A Noruega e a Islândia não seguem a proibição e estabelecem seus próprios limites de caça. Os dois países, no entanto, relatam o número de animais capturados à IWC. 

O post no Facebook também usa uma foto das Ilhas Faroe, território dinamarquês. Trata-se de um arquipélago isolado, localizado entre a Islândia e a Noruega. Ali, ocorre uma tradição anual de matança de baleias-piloto. O Estado publicou uma reportagem sobre o assunto em 2010.

No domingo, 18, Bolsonaro compartilhou vídeo de caça a baleias em seu perfil no Twitter, afirmando que as imagens foram feitas na Noruega. No dia seguinte, a ONG Sea Shepherd, responsável pela filmagem, desmentiu o presidente afirmando que as cenas foram feitas nas Ilhas Faroe.

"É uma coisa milenar, um rito de passagem viking", afirmou à época Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) no Brasil. "Antigamente, as baleias eram importantes fontes de proteínas para os habitantes locais. Mas, hoje, isso não faz mais sentido."

Outras publicações na rede social buscam relacionar à Noruega as imagens da matança de baleias no território da Dinamarca. São fotos em que o mar fica vermelho de sangue e corpos dos animais mortos ficam dispostos na praia. 

Entenda a disputa sobre o Fundo Amazônia

A Noruega era a maior financiadora do Fundo Amazônia, maior programa de combate ao desmatamento no País. Segundo o governo brasileiro, já foram desembolsados R$ 1,1 bilhão em 103 projetos de preservação do fundo.

Após o anúncio do bloqueio de repasses ao fundo, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, argumentou que o Brasil não estaria cumprindo o acordo de conservação da Floresta Amazônica.

A Alemanha também anunciou o corte de repasses de cerca de R$ 156 milhões ao fundo de preservação. A ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, disse que "a política do governo brasileiro na Amazônia levanta dúvidas sobre se uma redução consistente das taxas de desmatamento ainda está sendo perseguida".

Tanto Bolsonaro quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticaram a política ambiental dos dois países europeus e recusaram o auxílio financeiro. 

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Alegando quebra de um acordo, a Noruega bloqueou R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia. O país escandinavo é a principal fonte de fundos para a proteção da região.

 

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