O que estão compartilhando: que o atentado a tiros contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi armado para aumentar a popularidade dele, que concorre às eleições em novembro deste ano.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não há evidências. As investigações sobre as motivações ainda estão em andamento. O FBI apura o caso e deve trabalhar junto com o Serviço Secreto dos Estados Unidos. Em nota divulgada no domingo, 14, o FBI disse que ainda não sabe o motivo do ataque. Por enquanto, o atentado é tratado como tentativa de assassinato e possível terrorismo doméstico. Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas, além de Trump, O atirador também foi morto.
Vale ressaltar que, antes do atentado, Trump vinha aparecendo à frente de Joe Biden na disputa pela presidência americana, embora institutos apontassem uma corrida acirrada. Em sondagem do The New York Times publicada no início deste mês, o republicano tinha 49% das intenções de voto e o democrata, 43%. Na última sexta-feira, uma pesquisa do Pew Research Center indicou que Trump tinha 44% e Biden, 40%.
Saiba mais: Ainda não é possível dizer o que motivou o atentado contra Trump. No sábado, 13, mesmo dia do ataque, o FBI assumiu a investigação do atentado. No domingo, divulgou o nome do atirador: Thomas Matthew Crooks. Ele tinha 20 anos e era de Bethel Park, na Pensilvânia. Ele foi morto por agentes do Serviço Secreto no próprio sábado.
Leia Também:
No domingo, o FBI divulgou que, embora as investigações apontassem, até aquele momento, que o atirador agiu sozinho, o trabalho continuava sendo feito “para determinar se houve algum co-conspirador associado a este ataque”. O celular de Crooks foi apreendido e os agentes encontraram explosivos no carro e na casa do atirador. Eles foram neutralizados.
“O FBI não identificou um motivo para as ações do atirador, mas estamos trabalhando para determinar a sequência de eventos e os movimentos do atirador antes do tiroteio, coletando e revisando evidências, conduzindo entrevistas e acompanhando todas as pistas”, comunicou.
O homem não era uma figura conhecida do FBI antes do ataque e a arma usada no atentado, um fuzil AR-15, foi comprada legalmente – segundo a imprensa norte-americana, pertencia ao pai do suspeito.
Atirador era republicano?
Algumas das publicações que viralizaram nas redes sociais tratam o suspeito do atentado como um Trumper, ou seja, um apoiador de Donald Trump. Mas isso também não está claro. De acordo com o jornal The New York Times, os investigadores buscam pistas online, mas ainda não encontraram “indícios fortes” de suas convicções políticas.
Isto porque, embora ele tivesse um registro eleitoral válido como republicano, o nome de Crooks também aparece em um recibo de doações feitas em 2021 ao Progressive Turnout Project, um comitê progressista. A doação de US$ 15 foi feita em 20 de janeiro de 2021, mesmo dia da posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. Os dois documentos foram publicados pelo The New York Times em seu site.