Vídeo de câmera de segurança mostra tsunami no Japão, e não enchentes no RS


Imagens são de registro de fenômeno em Osawa, no Japão, em 2011; tragédia no Sul do País não foi causada pela abertura de comportas

Por Milka Moura

O que estão compartilhando: vídeo de câmeras de seguranças mostram que abriram cinco barragens sem autorização no Rio Grande do Sul. Essa abertura teria provocado as enchentes no Estado.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra o tsunami que atingiu o Japão em 2011. O Estadão Verifica desmentiu anteriormente boatos de que a abertura de cinco barragens teria causado as enchentes no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou que a tragédia ambiental tenha relação com o escoamento das estruturas citadas em postagens. Os mesmos boatos falsos circularam durante as enchentes no RS em 2023.

Imagens são de evento climático no Japão, em 2011. Foto: Reprodução/Facebook
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Saiba mais: Por meio da busca reversa de imagens (veja aqui como fazer) foi possível encontrar o vídeo sem os textos sobrepostos que afirmam ser registros do Sul, como os que aparecem na peça falsa. A busca encontrou um vídeo publicado pelo canal The Weather Channel. Nessa reprodução do vídeo, é possível identificar textos no vídeo em japonês que atribuem às imagens ao Departamento de Desenvolvimento Regional de Tohoku.

As inserções na parte inferior do vídeo revelam ainda que o local em que o vídeo foi gravado fica em Osawa, um bairro na cidade de Yamada, no distrito de Shimohei. O texto ainda mostra que o local está na rota 45, numa subida, aos 241,8 km.

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Ao buscar por “Tohoku”, “tsunami” e “vídeo”, os resultados dão em uma notícia publicada por um portal chamado Global News, que diz que os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados pelo Departamento Regional de Tohoku em 2013. Em 2018, o mesmo vídeo foi compartilhado fora de contexto afirmando se tratar de um tsunami na Indonésia. Uma checagem feita pela AFP também confirmou a localização usando a busca reversa de imagens.

Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 seguido por um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão. Os eventos desativaram o sistema de refrigeração de três dos reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, o que provocou a contaminação radioativa da área ao redor. O incidente causou mais de 19 mil mortes e dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Barragens não foram abertas no RS

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A postagem falsa afirma que barragens foram abertas no RS, o que ocasionou o desastre climático no Estado. “Por que abriram as 5 barragens s/ autorização? Por que não emitiram sinal de alerta? O que tem por trás dessa tragédia?”, afirma um texto sobreposto ao vídeo. O Estadão Verifica já mostrou que essa alegação é falsa.

Em 2023, um homem gravou um vídeo às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, afirmando que “cinco barragens foram abertas e causaram enchentes”. Esse vídeo voltou a circular recentemente. A Aneel informou que as usinas citadas pelo autor do boato em 2023 não poderiam causar enchentes, pois as estruturas são do tipo em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestes casos, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

Como mostrou o Estadão, o alto volume de chuvas foi provocado por uma massa de ar fria que veio da Argentina que estacionou sobre o Estado por causa da presença de uma massa de ar seco que pairou no centro do Brasil. Esse bloqueio impediu a passagem da massa de ar fria, fazendo com que a região abaixo dela sofresse com as chuvas, que fizeram grandes rios da região registrarem cheias históricas, resultando em alagamentos.

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As características da região, situada no encontro entre sistemas polares e tropicais, o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são fatores que contribuíram para a atual tragédia climática que acomete o Rio Grande do Sul.

A peça aqui verificada foi compartilhada no TikTok, Instagram e Facebook. Leitores também pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, (11) 97683-7490.

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Como lidar com postagens do tipo: todas as informações oficiais relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul são publicadas no site oficial do governo do Estado, e acompanhadas por jornais. Desconfie de qualquer informação que não esteja sendo divulgadas por esses canais. Diversos posts com teorias conspiratórias sobre a origem das enchentes no Sul circulam nas redes sociais, causando confusão sobre os reais motivos. O Estadão Verifica já provou, por exemplo, que o sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima e mostrou que posts conspiratórios citam Plano Marshall para dizer que tragédia no RS foi provocada por globalistas.

Esse conteúdo também foi checado por Lupa, Reuters e AFP.

O que estão compartilhando: vídeo de câmeras de seguranças mostram que abriram cinco barragens sem autorização no Rio Grande do Sul. Essa abertura teria provocado as enchentes no Estado.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra o tsunami que atingiu o Japão em 2011. O Estadão Verifica desmentiu anteriormente boatos de que a abertura de cinco barragens teria causado as enchentes no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou que a tragédia ambiental tenha relação com o escoamento das estruturas citadas em postagens. Os mesmos boatos falsos circularam durante as enchentes no RS em 2023.

Imagens são de evento climático no Japão, em 2011. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: Por meio da busca reversa de imagens (veja aqui como fazer) foi possível encontrar o vídeo sem os textos sobrepostos que afirmam ser registros do Sul, como os que aparecem na peça falsa. A busca encontrou um vídeo publicado pelo canal The Weather Channel. Nessa reprodução do vídeo, é possível identificar textos no vídeo em japonês que atribuem às imagens ao Departamento de Desenvolvimento Regional de Tohoku.

As inserções na parte inferior do vídeo revelam ainda que o local em que o vídeo foi gravado fica em Osawa, um bairro na cidade de Yamada, no distrito de Shimohei. O texto ainda mostra que o local está na rota 45, numa subida, aos 241,8 km.

Ao buscar por “Tohoku”, “tsunami” e “vídeo”, os resultados dão em uma notícia publicada por um portal chamado Global News, que diz que os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados pelo Departamento Regional de Tohoku em 2013. Em 2018, o mesmo vídeo foi compartilhado fora de contexto afirmando se tratar de um tsunami na Indonésia. Uma checagem feita pela AFP também confirmou a localização usando a busca reversa de imagens.

Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 seguido por um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão. Os eventos desativaram o sistema de refrigeração de três dos reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, o que provocou a contaminação radioativa da área ao redor. O incidente causou mais de 19 mil mortes e dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Barragens não foram abertas no RS

A postagem falsa afirma que barragens foram abertas no RS, o que ocasionou o desastre climático no Estado. “Por que abriram as 5 barragens s/ autorização? Por que não emitiram sinal de alerta? O que tem por trás dessa tragédia?”, afirma um texto sobreposto ao vídeo. O Estadão Verifica já mostrou que essa alegação é falsa.

Em 2023, um homem gravou um vídeo às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, afirmando que “cinco barragens foram abertas e causaram enchentes”. Esse vídeo voltou a circular recentemente. A Aneel informou que as usinas citadas pelo autor do boato em 2023 não poderiam causar enchentes, pois as estruturas são do tipo em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestes casos, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

Como mostrou o Estadão, o alto volume de chuvas foi provocado por uma massa de ar fria que veio da Argentina que estacionou sobre o Estado por causa da presença de uma massa de ar seco que pairou no centro do Brasil. Esse bloqueio impediu a passagem da massa de ar fria, fazendo com que a região abaixo dela sofresse com as chuvas, que fizeram grandes rios da região registrarem cheias históricas, resultando em alagamentos.

As características da região, situada no encontro entre sistemas polares e tropicais, o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são fatores que contribuíram para a atual tragédia climática que acomete o Rio Grande do Sul.

A peça aqui verificada foi compartilhada no TikTok, Instagram e Facebook. Leitores também pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, (11) 97683-7490.

Como lidar com postagens do tipo: todas as informações oficiais relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul são publicadas no site oficial do governo do Estado, e acompanhadas por jornais. Desconfie de qualquer informação que não esteja sendo divulgadas por esses canais. Diversos posts com teorias conspiratórias sobre a origem das enchentes no Sul circulam nas redes sociais, causando confusão sobre os reais motivos. O Estadão Verifica já provou, por exemplo, que o sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima e mostrou que posts conspiratórios citam Plano Marshall para dizer que tragédia no RS foi provocada por globalistas.

Esse conteúdo também foi checado por Lupa, Reuters e AFP.

O que estão compartilhando: vídeo de câmeras de seguranças mostram que abriram cinco barragens sem autorização no Rio Grande do Sul. Essa abertura teria provocado as enchentes no Estado.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra o tsunami que atingiu o Japão em 2011. O Estadão Verifica desmentiu anteriormente boatos de que a abertura de cinco barragens teria causado as enchentes no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou que a tragédia ambiental tenha relação com o escoamento das estruturas citadas em postagens. Os mesmos boatos falsos circularam durante as enchentes no RS em 2023.

Imagens são de evento climático no Japão, em 2011. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: Por meio da busca reversa de imagens (veja aqui como fazer) foi possível encontrar o vídeo sem os textos sobrepostos que afirmam ser registros do Sul, como os que aparecem na peça falsa. A busca encontrou um vídeo publicado pelo canal The Weather Channel. Nessa reprodução do vídeo, é possível identificar textos no vídeo em japonês que atribuem às imagens ao Departamento de Desenvolvimento Regional de Tohoku.

As inserções na parte inferior do vídeo revelam ainda que o local em que o vídeo foi gravado fica em Osawa, um bairro na cidade de Yamada, no distrito de Shimohei. O texto ainda mostra que o local está na rota 45, numa subida, aos 241,8 km.

Ao buscar por “Tohoku”, “tsunami” e “vídeo”, os resultados dão em uma notícia publicada por um portal chamado Global News, que diz que os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados pelo Departamento Regional de Tohoku em 2013. Em 2018, o mesmo vídeo foi compartilhado fora de contexto afirmando se tratar de um tsunami na Indonésia. Uma checagem feita pela AFP também confirmou a localização usando a busca reversa de imagens.

Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 seguido por um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão. Os eventos desativaram o sistema de refrigeração de três dos reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, o que provocou a contaminação radioativa da área ao redor. O incidente causou mais de 19 mil mortes e dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Barragens não foram abertas no RS

A postagem falsa afirma que barragens foram abertas no RS, o que ocasionou o desastre climático no Estado. “Por que abriram as 5 barragens s/ autorização? Por que não emitiram sinal de alerta? O que tem por trás dessa tragédia?”, afirma um texto sobreposto ao vídeo. O Estadão Verifica já mostrou que essa alegação é falsa.

Em 2023, um homem gravou um vídeo às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, afirmando que “cinco barragens foram abertas e causaram enchentes”. Esse vídeo voltou a circular recentemente. A Aneel informou que as usinas citadas pelo autor do boato em 2023 não poderiam causar enchentes, pois as estruturas são do tipo em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestes casos, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

Como mostrou o Estadão, o alto volume de chuvas foi provocado por uma massa de ar fria que veio da Argentina que estacionou sobre o Estado por causa da presença de uma massa de ar seco que pairou no centro do Brasil. Esse bloqueio impediu a passagem da massa de ar fria, fazendo com que a região abaixo dela sofresse com as chuvas, que fizeram grandes rios da região registrarem cheias históricas, resultando em alagamentos.

As características da região, situada no encontro entre sistemas polares e tropicais, o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são fatores que contribuíram para a atual tragédia climática que acomete o Rio Grande do Sul.

A peça aqui verificada foi compartilhada no TikTok, Instagram e Facebook. Leitores também pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, (11) 97683-7490.

Como lidar com postagens do tipo: todas as informações oficiais relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul são publicadas no site oficial do governo do Estado, e acompanhadas por jornais. Desconfie de qualquer informação que não esteja sendo divulgadas por esses canais. Diversos posts com teorias conspiratórias sobre a origem das enchentes no Sul circulam nas redes sociais, causando confusão sobre os reais motivos. O Estadão Verifica já provou, por exemplo, que o sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima e mostrou que posts conspiratórios citam Plano Marshall para dizer que tragédia no RS foi provocada por globalistas.

Esse conteúdo também foi checado por Lupa, Reuters e AFP.

O que estão compartilhando: vídeo de câmeras de seguranças mostram que abriram cinco barragens sem autorização no Rio Grande do Sul. Essa abertura teria provocado as enchentes no Estado.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra o tsunami que atingiu o Japão em 2011. O Estadão Verifica desmentiu anteriormente boatos de que a abertura de cinco barragens teria causado as enchentes no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou que a tragédia ambiental tenha relação com o escoamento das estruturas citadas em postagens. Os mesmos boatos falsos circularam durante as enchentes no RS em 2023.

Imagens são de evento climático no Japão, em 2011. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: Por meio da busca reversa de imagens (veja aqui como fazer) foi possível encontrar o vídeo sem os textos sobrepostos que afirmam ser registros do Sul, como os que aparecem na peça falsa. A busca encontrou um vídeo publicado pelo canal The Weather Channel. Nessa reprodução do vídeo, é possível identificar textos no vídeo em japonês que atribuem às imagens ao Departamento de Desenvolvimento Regional de Tohoku.

As inserções na parte inferior do vídeo revelam ainda que o local em que o vídeo foi gravado fica em Osawa, um bairro na cidade de Yamada, no distrito de Shimohei. O texto ainda mostra que o local está na rota 45, numa subida, aos 241,8 km.

Ao buscar por “Tohoku”, “tsunami” e “vídeo”, os resultados dão em uma notícia publicada por um portal chamado Global News, que diz que os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados pelo Departamento Regional de Tohoku em 2013. Em 2018, o mesmo vídeo foi compartilhado fora de contexto afirmando se tratar de um tsunami na Indonésia. Uma checagem feita pela AFP também confirmou a localização usando a busca reversa de imagens.

Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 seguido por um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão. Os eventos desativaram o sistema de refrigeração de três dos reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, o que provocou a contaminação radioativa da área ao redor. O incidente causou mais de 19 mil mortes e dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Barragens não foram abertas no RS

A postagem falsa afirma que barragens foram abertas no RS, o que ocasionou o desastre climático no Estado. “Por que abriram as 5 barragens s/ autorização? Por que não emitiram sinal de alerta? O que tem por trás dessa tragédia?”, afirma um texto sobreposto ao vídeo. O Estadão Verifica já mostrou que essa alegação é falsa.

Em 2023, um homem gravou um vídeo às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, afirmando que “cinco barragens foram abertas e causaram enchentes”. Esse vídeo voltou a circular recentemente. A Aneel informou que as usinas citadas pelo autor do boato em 2023 não poderiam causar enchentes, pois as estruturas são do tipo em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestes casos, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

Como mostrou o Estadão, o alto volume de chuvas foi provocado por uma massa de ar fria que veio da Argentina que estacionou sobre o Estado por causa da presença de uma massa de ar seco que pairou no centro do Brasil. Esse bloqueio impediu a passagem da massa de ar fria, fazendo com que a região abaixo dela sofresse com as chuvas, que fizeram grandes rios da região registrarem cheias históricas, resultando em alagamentos.

As características da região, situada no encontro entre sistemas polares e tropicais, o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são fatores que contribuíram para a atual tragédia climática que acomete o Rio Grande do Sul.

A peça aqui verificada foi compartilhada no TikTok, Instagram e Facebook. Leitores também pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, (11) 97683-7490.

Como lidar com postagens do tipo: todas as informações oficiais relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul são publicadas no site oficial do governo do Estado, e acompanhadas por jornais. Desconfie de qualquer informação que não esteja sendo divulgadas por esses canais. Diversos posts com teorias conspiratórias sobre a origem das enchentes no Sul circulam nas redes sociais, causando confusão sobre os reais motivos. O Estadão Verifica já provou, por exemplo, que o sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima e mostrou que posts conspiratórios citam Plano Marshall para dizer que tragédia no RS foi provocada por globalistas.

Esse conteúdo também foi checado por Lupa, Reuters e AFP.

O que estão compartilhando: vídeo de câmeras de seguranças mostram que abriram cinco barragens sem autorização no Rio Grande do Sul. Essa abertura teria provocado as enchentes no Estado.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra o tsunami que atingiu o Japão em 2011. O Estadão Verifica desmentiu anteriormente boatos de que a abertura de cinco barragens teria causado as enchentes no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou que a tragédia ambiental tenha relação com o escoamento das estruturas citadas em postagens. Os mesmos boatos falsos circularam durante as enchentes no RS em 2023.

Imagens são de evento climático no Japão, em 2011. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: Por meio da busca reversa de imagens (veja aqui como fazer) foi possível encontrar o vídeo sem os textos sobrepostos que afirmam ser registros do Sul, como os que aparecem na peça falsa. A busca encontrou um vídeo publicado pelo canal The Weather Channel. Nessa reprodução do vídeo, é possível identificar textos no vídeo em japonês que atribuem às imagens ao Departamento de Desenvolvimento Regional de Tohoku.

As inserções na parte inferior do vídeo revelam ainda que o local em que o vídeo foi gravado fica em Osawa, um bairro na cidade de Yamada, no distrito de Shimohei. O texto ainda mostra que o local está na rota 45, numa subida, aos 241,8 km.

Ao buscar por “Tohoku”, “tsunami” e “vídeo”, os resultados dão em uma notícia publicada por um portal chamado Global News, que diz que os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados pelo Departamento Regional de Tohoku em 2013. Em 2018, o mesmo vídeo foi compartilhado fora de contexto afirmando se tratar de um tsunami na Indonésia. Uma checagem feita pela AFP também confirmou a localização usando a busca reversa de imagens.

Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 seguido por um tsunami atingiu a costa nordeste do Japão. Os eventos desativaram o sistema de refrigeração de três dos reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, o que provocou a contaminação radioativa da área ao redor. O incidente causou mais de 19 mil mortes e dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Barragens não foram abertas no RS

A postagem falsa afirma que barragens foram abertas no RS, o que ocasionou o desastre climático no Estado. “Por que abriram as 5 barragens s/ autorização? Por que não emitiram sinal de alerta? O que tem por trás dessa tragédia?”, afirma um texto sobreposto ao vídeo. O Estadão Verifica já mostrou que essa alegação é falsa.

Em 2023, um homem gravou um vídeo às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, afirmando que “cinco barragens foram abertas e causaram enchentes”. Esse vídeo voltou a circular recentemente. A Aneel informou que as usinas citadas pelo autor do boato em 2023 não poderiam causar enchentes, pois as estruturas são do tipo em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestes casos, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

Como mostrou o Estadão, o alto volume de chuvas foi provocado por uma massa de ar fria que veio da Argentina que estacionou sobre o Estado por causa da presença de uma massa de ar seco que pairou no centro do Brasil. Esse bloqueio impediu a passagem da massa de ar fria, fazendo com que a região abaixo dela sofresse com as chuvas, que fizeram grandes rios da região registrarem cheias históricas, resultando em alagamentos.

As características da região, situada no encontro entre sistemas polares e tropicais, o fenômeno El Niño e mudanças climáticas também são fatores que contribuíram para a atual tragédia climática que acomete o Rio Grande do Sul.

A peça aqui verificada foi compartilhada no TikTok, Instagram e Facebook. Leitores também pediram a checagem desse conteúdo pelo WhatsApp, (11) 97683-7490.

Como lidar com postagens do tipo: todas as informações oficiais relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul são publicadas no site oficial do governo do Estado, e acompanhadas por jornais. Desconfie de qualquer informação que não esteja sendo divulgadas por esses canais. Diversos posts com teorias conspiratórias sobre a origem das enchentes no Sul circulam nas redes sociais, causando confusão sobre os reais motivos. O Estadão Verifica já provou, por exemplo, que o sistema de ondas eletromagnéticas Haarp não manipula o clima e mostrou que posts conspiratórios citam Plano Marshall para dizer que tragédia no RS foi provocada por globalistas.

Esse conteúdo também foi checado por Lupa, Reuters e AFP.

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