É falso que vacinas contra covid aplicadas no SUS tenham prazo de validade vencido


Imunizantes passam por controle da Anvisa e da Fiocruz antes de chegar aos postos de saúde; procurado, autor do vídeo não respondeu

Por Flavio Lobo
Atualização:

O que estão compartilhando: que o governo federal estaria comprando vacinas vencidas dos Estados Unidos há pelo menos três anos e forçando a aplicação em crianças. Esses imunizantes estariam desatualizados em relação às mutações do coronavírus.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há nenhuma notícia ou evidência de uma suposta compra de vacinas vencidas. O Ministério da Saúde informou sempre comprar imunizantes no prazo de validade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicou que todas as vacinas que chegam ao Brasil passam por controle de qualidade e avaliação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também é falso que os imunizantes contra a covid sejam “inúteis” contra as novas variantes. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que as vacinas aplicadas pelo SUS continuam tendo eficácia e papel importante no combate ao coronavírus e para proteger a saúde da população. Essas entidades apoiam suas avaliações em um amplo conjunto de evidências e estudos científicos.

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Procurado, o homem que aparece no vídeo não respondeu.

Vacinação contra a covid em Santa Cecília, São Paulo, em 2023. Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Saiba mais: O Ministério da Saúde assegurou que só adquire vacinas “com prazo de validade vigente e com tempo hábil para a logística de distribuição e para a aplicação das doses nos públicos-alvo”.

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A Anvisa informou que as vacinas que chegam ao Brasil passam pelo controle da própria agência para liberação da carga. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), uma unidade da Fiocruz, faz a avaliação dos lotes. Nesses procedimentos, são verificadas as condições de conservação, as condições de transporte e controle de temperatura e a validade das vacinas.

A compra e distribuição de vacinas com prazo de validade vencido seria um fato de extrema gravidade que, caso fosse verdade, seria alvo de investigações e denúncias. O Estadão Verifica não encontrou nenhum registro ou notícia de que isso esteja acontecendo ou tenha acontecido.

Vacinas contra a covid não são ‘inúteis’ contra novas variantes

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Uma nova vacina contra a variante XBB1 do coronavírus, aprovada pela Anvisa em dezembro, deverá chegar aos postos de vacinação ainda neste mês de março, segundo o Ministério da Saúde.

De qualquer forma, o ministério, a OMS, outras instituições de saúde e pesquisadores da área atestam que as vacinas atualmente aplicadas pelo SUS são seguras e eficazes para proteger a saúde da população. Mesmo não estando atualizadas em relação a mutações mais recentes do coronavírus, elas promovem o controle da covid-19 e protegem as pessoas contra formas graves da doença, inclusive em casos de contaminação por variantes mais recentes.

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Como demonstram monitoramentos estatísticos e estudos científicos, uma vacina desatualizada pode continuar eficaz tanto por proteger contra variantes virais mais antigas que continuam em circulação quanto por oferecer proteção relevante contra outras mutações do mesmo vírus.

Um exemplo disso é um estudo científico publicado em 2022 pela revista científica Science. No contexto de então, marcado pela disseminação da variante ômicron, vacinas desatualizadas continuavam eficazes, inclusive para evitar quadros graves de covid que poderiam ser causados por aquela mutação.

Covid ainda requer prevenção e crianças devem ser vacinadas

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No quarto aniversário do anúncio da pandemia de covid-19 pela OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a doença ainda é um importante problema de saúde pública. O País registrou mais de 710 mil mortes pelo coronavírus. A ministra apontou a elevação do número de casos de doenças respiratórias em geral e da covid em particular nas últimas semanas. Para ela, isso é evidência de que a realidade da doença no Brasil ainda requer atenção e prevenção.

Em novembro do ano passado, a vacina pediátrica contra covid entrou no Calendário Nacional de Vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, isso foi feito porque “a faixa etária de 0 a 4 anos concentrava o maior número de óbitos entre crianças e adolescentes até 19 anos”. Diante desse risco, o ministério reforça que os pais devem levar seus filhos para receber a vacina, que oferece proteção eficaz contra casos graves e óbitos.

Homem que aparece no vídeo já havia divulgado desinformação

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O homem que aparece no vídeo é João Vaz, médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele já havia disseminado informações falsas sobre prevenção e tratamento da covid-19. Em 2020, o Estadão Verifica e o Projeto Comprova desbancaram desinformações divulgadas por Vaz envolvendo cloroquina, isolamento social e respiradores. Identificando-se como Dr. João Vaz, ele disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não foi eleito.

O Estadão Verifica tentou entrar em contato por telefone e e-mail com Vaz, mas não obteve resposta.

O que estão compartilhando: que o governo federal estaria comprando vacinas vencidas dos Estados Unidos há pelo menos três anos e forçando a aplicação em crianças. Esses imunizantes estariam desatualizados em relação às mutações do coronavírus.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há nenhuma notícia ou evidência de uma suposta compra de vacinas vencidas. O Ministério da Saúde informou sempre comprar imunizantes no prazo de validade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicou que todas as vacinas que chegam ao Brasil passam por controle de qualidade e avaliação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também é falso que os imunizantes contra a covid sejam “inúteis” contra as novas variantes. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que as vacinas aplicadas pelo SUS continuam tendo eficácia e papel importante no combate ao coronavírus e para proteger a saúde da população. Essas entidades apoiam suas avaliações em um amplo conjunto de evidências e estudos científicos.

Procurado, o homem que aparece no vídeo não respondeu.

Vacinação contra a covid em Santa Cecília, São Paulo, em 2023. Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Saiba mais: O Ministério da Saúde assegurou que só adquire vacinas “com prazo de validade vigente e com tempo hábil para a logística de distribuição e para a aplicação das doses nos públicos-alvo”.

A Anvisa informou que as vacinas que chegam ao Brasil passam pelo controle da própria agência para liberação da carga. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), uma unidade da Fiocruz, faz a avaliação dos lotes. Nesses procedimentos, são verificadas as condições de conservação, as condições de transporte e controle de temperatura e a validade das vacinas.

A compra e distribuição de vacinas com prazo de validade vencido seria um fato de extrema gravidade que, caso fosse verdade, seria alvo de investigações e denúncias. O Estadão Verifica não encontrou nenhum registro ou notícia de que isso esteja acontecendo ou tenha acontecido.

Vacinas contra a covid não são ‘inúteis’ contra novas variantes

Uma nova vacina contra a variante XBB1 do coronavírus, aprovada pela Anvisa em dezembro, deverá chegar aos postos de vacinação ainda neste mês de março, segundo o Ministério da Saúde.

De qualquer forma, o ministério, a OMS, outras instituições de saúde e pesquisadores da área atestam que as vacinas atualmente aplicadas pelo SUS são seguras e eficazes para proteger a saúde da população. Mesmo não estando atualizadas em relação a mutações mais recentes do coronavírus, elas promovem o controle da covid-19 e protegem as pessoas contra formas graves da doença, inclusive em casos de contaminação por variantes mais recentes.

Como demonstram monitoramentos estatísticos e estudos científicos, uma vacina desatualizada pode continuar eficaz tanto por proteger contra variantes virais mais antigas que continuam em circulação quanto por oferecer proteção relevante contra outras mutações do mesmo vírus.

Um exemplo disso é um estudo científico publicado em 2022 pela revista científica Science. No contexto de então, marcado pela disseminação da variante ômicron, vacinas desatualizadas continuavam eficazes, inclusive para evitar quadros graves de covid que poderiam ser causados por aquela mutação.

Covid ainda requer prevenção e crianças devem ser vacinadas

No quarto aniversário do anúncio da pandemia de covid-19 pela OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a doença ainda é um importante problema de saúde pública. O País registrou mais de 710 mil mortes pelo coronavírus. A ministra apontou a elevação do número de casos de doenças respiratórias em geral e da covid em particular nas últimas semanas. Para ela, isso é evidência de que a realidade da doença no Brasil ainda requer atenção e prevenção.

Em novembro do ano passado, a vacina pediátrica contra covid entrou no Calendário Nacional de Vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, isso foi feito porque “a faixa etária de 0 a 4 anos concentrava o maior número de óbitos entre crianças e adolescentes até 19 anos”. Diante desse risco, o ministério reforça que os pais devem levar seus filhos para receber a vacina, que oferece proteção eficaz contra casos graves e óbitos.

Homem que aparece no vídeo já havia divulgado desinformação

O homem que aparece no vídeo é João Vaz, médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele já havia disseminado informações falsas sobre prevenção e tratamento da covid-19. Em 2020, o Estadão Verifica e o Projeto Comprova desbancaram desinformações divulgadas por Vaz envolvendo cloroquina, isolamento social e respiradores. Identificando-se como Dr. João Vaz, ele disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não foi eleito.

O Estadão Verifica tentou entrar em contato por telefone e e-mail com Vaz, mas não obteve resposta.

O que estão compartilhando: que o governo federal estaria comprando vacinas vencidas dos Estados Unidos há pelo menos três anos e forçando a aplicação em crianças. Esses imunizantes estariam desatualizados em relação às mutações do coronavírus.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há nenhuma notícia ou evidência de uma suposta compra de vacinas vencidas. O Ministério da Saúde informou sempre comprar imunizantes no prazo de validade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicou que todas as vacinas que chegam ao Brasil passam por controle de qualidade e avaliação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também é falso que os imunizantes contra a covid sejam “inúteis” contra as novas variantes. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que as vacinas aplicadas pelo SUS continuam tendo eficácia e papel importante no combate ao coronavírus e para proteger a saúde da população. Essas entidades apoiam suas avaliações em um amplo conjunto de evidências e estudos científicos.

Procurado, o homem que aparece no vídeo não respondeu.

Vacinação contra a covid em Santa Cecília, São Paulo, em 2023. Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Saiba mais: O Ministério da Saúde assegurou que só adquire vacinas “com prazo de validade vigente e com tempo hábil para a logística de distribuição e para a aplicação das doses nos públicos-alvo”.

A Anvisa informou que as vacinas que chegam ao Brasil passam pelo controle da própria agência para liberação da carga. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), uma unidade da Fiocruz, faz a avaliação dos lotes. Nesses procedimentos, são verificadas as condições de conservação, as condições de transporte e controle de temperatura e a validade das vacinas.

A compra e distribuição de vacinas com prazo de validade vencido seria um fato de extrema gravidade que, caso fosse verdade, seria alvo de investigações e denúncias. O Estadão Verifica não encontrou nenhum registro ou notícia de que isso esteja acontecendo ou tenha acontecido.

Vacinas contra a covid não são ‘inúteis’ contra novas variantes

Uma nova vacina contra a variante XBB1 do coronavírus, aprovada pela Anvisa em dezembro, deverá chegar aos postos de vacinação ainda neste mês de março, segundo o Ministério da Saúde.

De qualquer forma, o ministério, a OMS, outras instituições de saúde e pesquisadores da área atestam que as vacinas atualmente aplicadas pelo SUS são seguras e eficazes para proteger a saúde da população. Mesmo não estando atualizadas em relação a mutações mais recentes do coronavírus, elas promovem o controle da covid-19 e protegem as pessoas contra formas graves da doença, inclusive em casos de contaminação por variantes mais recentes.

Como demonstram monitoramentos estatísticos e estudos científicos, uma vacina desatualizada pode continuar eficaz tanto por proteger contra variantes virais mais antigas que continuam em circulação quanto por oferecer proteção relevante contra outras mutações do mesmo vírus.

Um exemplo disso é um estudo científico publicado em 2022 pela revista científica Science. No contexto de então, marcado pela disseminação da variante ômicron, vacinas desatualizadas continuavam eficazes, inclusive para evitar quadros graves de covid que poderiam ser causados por aquela mutação.

Covid ainda requer prevenção e crianças devem ser vacinadas

No quarto aniversário do anúncio da pandemia de covid-19 pela OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a doença ainda é um importante problema de saúde pública. O País registrou mais de 710 mil mortes pelo coronavírus. A ministra apontou a elevação do número de casos de doenças respiratórias em geral e da covid em particular nas últimas semanas. Para ela, isso é evidência de que a realidade da doença no Brasil ainda requer atenção e prevenção.

Em novembro do ano passado, a vacina pediátrica contra covid entrou no Calendário Nacional de Vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, isso foi feito porque “a faixa etária de 0 a 4 anos concentrava o maior número de óbitos entre crianças e adolescentes até 19 anos”. Diante desse risco, o ministério reforça que os pais devem levar seus filhos para receber a vacina, que oferece proteção eficaz contra casos graves e óbitos.

Homem que aparece no vídeo já havia divulgado desinformação

O homem que aparece no vídeo é João Vaz, médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele já havia disseminado informações falsas sobre prevenção e tratamento da covid-19. Em 2020, o Estadão Verifica e o Projeto Comprova desbancaram desinformações divulgadas por Vaz envolvendo cloroquina, isolamento social e respiradores. Identificando-se como Dr. João Vaz, ele disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não foi eleito.

O Estadão Verifica tentou entrar em contato por telefone e e-mail com Vaz, mas não obteve resposta.

O que estão compartilhando: que o governo federal estaria comprando vacinas vencidas dos Estados Unidos há pelo menos três anos e forçando a aplicação em crianças. Esses imunizantes estariam desatualizados em relação às mutações do coronavírus.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há nenhuma notícia ou evidência de uma suposta compra de vacinas vencidas. O Ministério da Saúde informou sempre comprar imunizantes no prazo de validade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicou que todas as vacinas que chegam ao Brasil passam por controle de qualidade e avaliação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também é falso que os imunizantes contra a covid sejam “inúteis” contra as novas variantes. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que as vacinas aplicadas pelo SUS continuam tendo eficácia e papel importante no combate ao coronavírus e para proteger a saúde da população. Essas entidades apoiam suas avaliações em um amplo conjunto de evidências e estudos científicos.

Procurado, o homem que aparece no vídeo não respondeu.

Vacinação contra a covid em Santa Cecília, São Paulo, em 2023. Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Saiba mais: O Ministério da Saúde assegurou que só adquire vacinas “com prazo de validade vigente e com tempo hábil para a logística de distribuição e para a aplicação das doses nos públicos-alvo”.

A Anvisa informou que as vacinas que chegam ao Brasil passam pelo controle da própria agência para liberação da carga. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), uma unidade da Fiocruz, faz a avaliação dos lotes. Nesses procedimentos, são verificadas as condições de conservação, as condições de transporte e controle de temperatura e a validade das vacinas.

A compra e distribuição de vacinas com prazo de validade vencido seria um fato de extrema gravidade que, caso fosse verdade, seria alvo de investigações e denúncias. O Estadão Verifica não encontrou nenhum registro ou notícia de que isso esteja acontecendo ou tenha acontecido.

Vacinas contra a covid não são ‘inúteis’ contra novas variantes

Uma nova vacina contra a variante XBB1 do coronavírus, aprovada pela Anvisa em dezembro, deverá chegar aos postos de vacinação ainda neste mês de março, segundo o Ministério da Saúde.

De qualquer forma, o ministério, a OMS, outras instituições de saúde e pesquisadores da área atestam que as vacinas atualmente aplicadas pelo SUS são seguras e eficazes para proteger a saúde da população. Mesmo não estando atualizadas em relação a mutações mais recentes do coronavírus, elas promovem o controle da covid-19 e protegem as pessoas contra formas graves da doença, inclusive em casos de contaminação por variantes mais recentes.

Como demonstram monitoramentos estatísticos e estudos científicos, uma vacina desatualizada pode continuar eficaz tanto por proteger contra variantes virais mais antigas que continuam em circulação quanto por oferecer proteção relevante contra outras mutações do mesmo vírus.

Um exemplo disso é um estudo científico publicado em 2022 pela revista científica Science. No contexto de então, marcado pela disseminação da variante ômicron, vacinas desatualizadas continuavam eficazes, inclusive para evitar quadros graves de covid que poderiam ser causados por aquela mutação.

Covid ainda requer prevenção e crianças devem ser vacinadas

No quarto aniversário do anúncio da pandemia de covid-19 pela OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a doença ainda é um importante problema de saúde pública. O País registrou mais de 710 mil mortes pelo coronavírus. A ministra apontou a elevação do número de casos de doenças respiratórias em geral e da covid em particular nas últimas semanas. Para ela, isso é evidência de que a realidade da doença no Brasil ainda requer atenção e prevenção.

Em novembro do ano passado, a vacina pediátrica contra covid entrou no Calendário Nacional de Vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, isso foi feito porque “a faixa etária de 0 a 4 anos concentrava o maior número de óbitos entre crianças e adolescentes até 19 anos”. Diante desse risco, o ministério reforça que os pais devem levar seus filhos para receber a vacina, que oferece proteção eficaz contra casos graves e óbitos.

Homem que aparece no vídeo já havia divulgado desinformação

O homem que aparece no vídeo é João Vaz, médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele já havia disseminado informações falsas sobre prevenção e tratamento da covid-19. Em 2020, o Estadão Verifica e o Projeto Comprova desbancaram desinformações divulgadas por Vaz envolvendo cloroquina, isolamento social e respiradores. Identificando-se como Dr. João Vaz, ele disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não foi eleito.

O Estadão Verifica tentou entrar em contato por telefone e e-mail com Vaz, mas não obteve resposta.

O que estão compartilhando: que o governo federal estaria comprando vacinas vencidas dos Estados Unidos há pelo menos três anos e forçando a aplicação em crianças. Esses imunizantes estariam desatualizados em relação às mutações do coronavírus.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há nenhuma notícia ou evidência de uma suposta compra de vacinas vencidas. O Ministério da Saúde informou sempre comprar imunizantes no prazo de validade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicou que todas as vacinas que chegam ao Brasil passam por controle de qualidade e avaliação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também é falso que os imunizantes contra a covid sejam “inúteis” contra as novas variantes. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que as vacinas aplicadas pelo SUS continuam tendo eficácia e papel importante no combate ao coronavírus e para proteger a saúde da população. Essas entidades apoiam suas avaliações em um amplo conjunto de evidências e estudos científicos.

Procurado, o homem que aparece no vídeo não respondeu.

Vacinação contra a covid em Santa Cecília, São Paulo, em 2023. Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

Saiba mais: O Ministério da Saúde assegurou que só adquire vacinas “com prazo de validade vigente e com tempo hábil para a logística de distribuição e para a aplicação das doses nos públicos-alvo”.

A Anvisa informou que as vacinas que chegam ao Brasil passam pelo controle da própria agência para liberação da carga. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), uma unidade da Fiocruz, faz a avaliação dos lotes. Nesses procedimentos, são verificadas as condições de conservação, as condições de transporte e controle de temperatura e a validade das vacinas.

A compra e distribuição de vacinas com prazo de validade vencido seria um fato de extrema gravidade que, caso fosse verdade, seria alvo de investigações e denúncias. O Estadão Verifica não encontrou nenhum registro ou notícia de que isso esteja acontecendo ou tenha acontecido.

Vacinas contra a covid não são ‘inúteis’ contra novas variantes

Uma nova vacina contra a variante XBB1 do coronavírus, aprovada pela Anvisa em dezembro, deverá chegar aos postos de vacinação ainda neste mês de março, segundo o Ministério da Saúde.

De qualquer forma, o ministério, a OMS, outras instituições de saúde e pesquisadores da área atestam que as vacinas atualmente aplicadas pelo SUS são seguras e eficazes para proteger a saúde da população. Mesmo não estando atualizadas em relação a mutações mais recentes do coronavírus, elas promovem o controle da covid-19 e protegem as pessoas contra formas graves da doença, inclusive em casos de contaminação por variantes mais recentes.

Como demonstram monitoramentos estatísticos e estudos científicos, uma vacina desatualizada pode continuar eficaz tanto por proteger contra variantes virais mais antigas que continuam em circulação quanto por oferecer proteção relevante contra outras mutações do mesmo vírus.

Um exemplo disso é um estudo científico publicado em 2022 pela revista científica Science. No contexto de então, marcado pela disseminação da variante ômicron, vacinas desatualizadas continuavam eficazes, inclusive para evitar quadros graves de covid que poderiam ser causados por aquela mutação.

Covid ainda requer prevenção e crianças devem ser vacinadas

No quarto aniversário do anúncio da pandemia de covid-19 pela OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a doença ainda é um importante problema de saúde pública. O País registrou mais de 710 mil mortes pelo coronavírus. A ministra apontou a elevação do número de casos de doenças respiratórias em geral e da covid em particular nas últimas semanas. Para ela, isso é evidência de que a realidade da doença no Brasil ainda requer atenção e prevenção.

Em novembro do ano passado, a vacina pediátrica contra covid entrou no Calendário Nacional de Vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, isso foi feito porque “a faixa etária de 0 a 4 anos concentrava o maior número de óbitos entre crianças e adolescentes até 19 anos”. Diante desse risco, o ministério reforça que os pais devem levar seus filhos para receber a vacina, que oferece proteção eficaz contra casos graves e óbitos.

Homem que aparece no vídeo já havia divulgado desinformação

O homem que aparece no vídeo é João Vaz, médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele já havia disseminado informações falsas sobre prevenção e tratamento da covid-19. Em 2020, o Estadão Verifica e o Projeto Comprova desbancaram desinformações divulgadas por Vaz envolvendo cloroquina, isolamento social e respiradores. Identificando-se como Dr. João Vaz, ele disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não foi eleito.

O Estadão Verifica tentou entrar em contato por telefone e e-mail com Vaz, mas não obteve resposta.

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