Vídeo de 2022 é tirado de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza


Postagens resgatam vídeo antigo e o associam à explosão no hospital Ahli Arab; ainda não há confirmação sobre quem causou a tragédia

Por Gabriel Belic

O que estão compartilhando: um vídeo que mostraria um foguete da Jihad Islâmica lançado contra Israel falhar e atingir um hospital em Gaza.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, porque o vídeo não é recente. Postagens nas redes sociais compartilham um vídeo que supostamente comprovaria que o grupo Jihad Islâmica foi o responsável por lançar o foguete que causou centenas de mortes em um hospital em Gaza. A gravação utilizada, no entanto, é de agosto de 2022.

Vídeo de 2022 é utilizado fora de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: na última terça-feira, 17, um foguete causou uma explosão no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza. Desde então, Israel e o grupo islâmico Hamas têm se acusado mutuamente de causar o ataque. Enquanto o Estado hebreu afirma que o foguete foi lançado pelo grupo Jihad Islâmica, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas, responsabilizou Israel. O órgão informou que 471 pessoas morreram.

Nas redes sociais, diversas postagens tentam especular quem seria o responsável pela tragédia. Algumas publicações, no entanto, estão utilizando um vídeo de agosto de 2022, sem informar a data, como uma suposta prova de que o foguete partiu da Jihad Islâmica.

O vídeo compartilhado como suposta prova da explosão no hospital foi publicado no dia 6 de agosto de 2022. Por meio de uma busca reversa (veja como fazer aqui), foi possível encontrar a gravação no X (antigo Twitter), numa publicação do editor-chefe do jornal israelense Jerusalem Post, Avi Mayer.

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A postagem informa que o vídeo mostra uma explosão no Campo de Refugiados de Jabalia, em Gaza, causada por um foguete da Jihad Islâmica que falhou no disparo. Conforme o jornal The Times of Israel, as autoridades informaram que pelo menos quatro crianças morreram na explosão.

À época, Israel e a Jihad Islâmica se enfrentaram por três dias consecutivos na Faixa de Gaza – conflito que resultou em mais de 40 mortos e 300 feridos. A violência foi desencadeada pela prisão de um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, Basem Al Saadi.

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O que se sabe até o momento sobre a explosão no hospital em Gaza

Autoridades de Israel afirmam que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que teria falhado e caído sobre o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, rejeita as acusações. Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pela ala política do Hamas, disse que Israel foi o responsável pela explosão.

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No dia 18 de outubro, Israel divulgou uma gravação de uma suposta ligação interceptada entre dois agentes do Hamas, na qual discutem como o hospital Ahli Arab teria sido atingido por um foguete fracassado disparado de dentro da Faixa de Gaza. O principal porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que o áudio foi verificado com “outras fontes de inteligência”. Contudo, veículos como os britânicos BBC e The Guardian não conseguiram averiguar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.

Além disso, Israel também compartilhou imagens aéreas que teriam sido registradas por um drone militar israelense durante a noite. Um dos argumentos utilizados por Israel é a ausência de cratera causada por mísseis israelenses.

Vista aérea do complexo que abriga o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, após explosão. Foto: Shadi AL-TABATIBI/AFP
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Da mesma forma, um relatório preliminar dos Estados Unidos indica que a explosão foi causada pela Jihad Islâmica. De acordo com autoridades, as agências de inteligência de Washington analisaram o vídeo do lançamento e indicaram que o foguete não partiu da direção de posições militares israelenses. Com base nas investigações preliminares, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a versão de Israel.

No dia 19 de outubro, a empresa de comunicação Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, compartilhou, via redes sociais, um vídeo que contesta a versão israelense. A reportagem informa que não encontrou fundamentos para a acusação do Exército de Israel sobre o ataque ter sido causado por uma falha de lançamento do foguete.

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A análise da Al Jazeera começa com imagens das 18h45 na noite do ataque. A equipe identificou quatro ataques identificados como israelenses em Gaza (18h54, 18h55, 18h57 e 18h58), visando, de acordo com o veículo, áreas próximas ao hospital. Por meio de uma câmera ao sul de Tel Aviv, a Al Jazeera afirma que, às 18h59, foguetes são lançados a partir de Gaza, mas, de acordo com o veículo, acabam interceptados pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antimíssil de Israel.

Poucos segundos depois, a Al Jazeera destaca que é possível ver um único foguete sendo disparado dentro de Gaza. De acordo com Israel, esse seria o foguete que teria falhado e caído no hospital. A Al Jazeera, contudo, afirma que o foguete foi interceptado e completamente destruído.

Ainda de acordo com o veículo, cinco segundos após a interceptação, é possível identificar uma explosão em Gaza. Em seguida, dois segundos depois, observa-se uma explosão ainda maior, que teria sido provocada pelo bombardeio que atingiu o hospital. A Al Jazeera não explica, contudo, de onde veio o foguete que causou a tragédia.

Em 20 de outubro, pesquisadores da Forensic Architecture, grupo de pesquisa multidisciplinar sediado na Universidade de Londres, mostraram, em uma análise preliminar, que os padrões de fragmentação podem indicar que o projétil veio de um lugar ao nordeste. Os investigadores independentes afirmam que uma investigação conclusiva sobre a tragédia “requer acesso total ao local e aos fragmentos de munições, bem como entrevistas com testemunhas”. Os pesquisadores citaram “dúvidas significativas” sobre as alegações de Israel.

Já no dia 21 de outubro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma análise de vídeo por meio de quatro câmeras que capturaram o momento da explosão. A conclusão do jornal é que um foguete foi disparado de dentro da Faixa de Gaza em direção a Israel, mas falhou, explodiu e seus destroços foram espalhados pela área.

Conforme o jornal norte-americano, por volta das 18h59, é possível ver, a partir da câmera 2 (em Israel, próxima à fronteira de Gaza), um lançamento de foguetes de curta distância. O disparo, segundo o jornal, veio de Gaza, tendo como alvo Israel. Cerca de 20 segundos depois, a partir da câmera 1 (ao sul de Tel Aviv, com direção à Faixa de Gaza), observa-se um foguete de longo alcance, que também teria sido lançado dentro de Gaza.

O jornal diz que o foguete de longo alcance foi disparado em direção à Israel, mas, 10 segundos depois do lançamento, é possível avistar um “flash”, que faz com que o foguete mude de trajetória e volte para o oeste. O The Wall Street Journal informa que o flash seria “consistente com o que ocorre com uma falha no foguete” – tese que descarta a interceptação pelo Domo de Ferro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada faz afirmações sobre um assunto que ainda não foi confirmado. Sendo assim, é importante tomar cuidado com postagens que compartilham conteúdos assertivos sobre um assunto que ainda não teve um desfecho definitivo. Busque por fontes confiáveis antes de compartilhar publicações enganosas. Veja tudo o que já foi desmentido pelo Estadão Verifica sobre o conflito aqui.

O que estão compartilhando: um vídeo que mostraria um foguete da Jihad Islâmica lançado contra Israel falhar e atingir um hospital em Gaza.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, porque o vídeo não é recente. Postagens nas redes sociais compartilham um vídeo que supostamente comprovaria que o grupo Jihad Islâmica foi o responsável por lançar o foguete que causou centenas de mortes em um hospital em Gaza. A gravação utilizada, no entanto, é de agosto de 2022.

Vídeo de 2022 é utilizado fora de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: na última terça-feira, 17, um foguete causou uma explosão no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza. Desde então, Israel e o grupo islâmico Hamas têm se acusado mutuamente de causar o ataque. Enquanto o Estado hebreu afirma que o foguete foi lançado pelo grupo Jihad Islâmica, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas, responsabilizou Israel. O órgão informou que 471 pessoas morreram.

Nas redes sociais, diversas postagens tentam especular quem seria o responsável pela tragédia. Algumas publicações, no entanto, estão utilizando um vídeo de agosto de 2022, sem informar a data, como uma suposta prova de que o foguete partiu da Jihad Islâmica.

O vídeo compartilhado como suposta prova da explosão no hospital foi publicado no dia 6 de agosto de 2022. Por meio de uma busca reversa (veja como fazer aqui), foi possível encontrar a gravação no X (antigo Twitter), numa publicação do editor-chefe do jornal israelense Jerusalem Post, Avi Mayer.

A postagem informa que o vídeo mostra uma explosão no Campo de Refugiados de Jabalia, em Gaza, causada por um foguete da Jihad Islâmica que falhou no disparo. Conforme o jornal The Times of Israel, as autoridades informaram que pelo menos quatro crianças morreram na explosão.

À época, Israel e a Jihad Islâmica se enfrentaram por três dias consecutivos na Faixa de Gaza – conflito que resultou em mais de 40 mortos e 300 feridos. A violência foi desencadeada pela prisão de um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, Basem Al Saadi.

O que se sabe até o momento sobre a explosão no hospital em Gaza

Autoridades de Israel afirmam que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que teria falhado e caído sobre o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, rejeita as acusações. Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pela ala política do Hamas, disse que Israel foi o responsável pela explosão.

No dia 18 de outubro, Israel divulgou uma gravação de uma suposta ligação interceptada entre dois agentes do Hamas, na qual discutem como o hospital Ahli Arab teria sido atingido por um foguete fracassado disparado de dentro da Faixa de Gaza. O principal porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que o áudio foi verificado com “outras fontes de inteligência”. Contudo, veículos como os britânicos BBC e The Guardian não conseguiram averiguar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.

Além disso, Israel também compartilhou imagens aéreas que teriam sido registradas por um drone militar israelense durante a noite. Um dos argumentos utilizados por Israel é a ausência de cratera causada por mísseis israelenses.

Vista aérea do complexo que abriga o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, após explosão. Foto: Shadi AL-TABATIBI/AFP

Da mesma forma, um relatório preliminar dos Estados Unidos indica que a explosão foi causada pela Jihad Islâmica. De acordo com autoridades, as agências de inteligência de Washington analisaram o vídeo do lançamento e indicaram que o foguete não partiu da direção de posições militares israelenses. Com base nas investigações preliminares, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a versão de Israel.

No dia 19 de outubro, a empresa de comunicação Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, compartilhou, via redes sociais, um vídeo que contesta a versão israelense. A reportagem informa que não encontrou fundamentos para a acusação do Exército de Israel sobre o ataque ter sido causado por uma falha de lançamento do foguete.

A análise da Al Jazeera começa com imagens das 18h45 na noite do ataque. A equipe identificou quatro ataques identificados como israelenses em Gaza (18h54, 18h55, 18h57 e 18h58), visando, de acordo com o veículo, áreas próximas ao hospital. Por meio de uma câmera ao sul de Tel Aviv, a Al Jazeera afirma que, às 18h59, foguetes são lançados a partir de Gaza, mas, de acordo com o veículo, acabam interceptados pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antimíssil de Israel.

Poucos segundos depois, a Al Jazeera destaca que é possível ver um único foguete sendo disparado dentro de Gaza. De acordo com Israel, esse seria o foguete que teria falhado e caído no hospital. A Al Jazeera, contudo, afirma que o foguete foi interceptado e completamente destruído.

Ainda de acordo com o veículo, cinco segundos após a interceptação, é possível identificar uma explosão em Gaza. Em seguida, dois segundos depois, observa-se uma explosão ainda maior, que teria sido provocada pelo bombardeio que atingiu o hospital. A Al Jazeera não explica, contudo, de onde veio o foguete que causou a tragédia.

Em 20 de outubro, pesquisadores da Forensic Architecture, grupo de pesquisa multidisciplinar sediado na Universidade de Londres, mostraram, em uma análise preliminar, que os padrões de fragmentação podem indicar que o projétil veio de um lugar ao nordeste. Os investigadores independentes afirmam que uma investigação conclusiva sobre a tragédia “requer acesso total ao local e aos fragmentos de munições, bem como entrevistas com testemunhas”. Os pesquisadores citaram “dúvidas significativas” sobre as alegações de Israel.

Já no dia 21 de outubro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma análise de vídeo por meio de quatro câmeras que capturaram o momento da explosão. A conclusão do jornal é que um foguete foi disparado de dentro da Faixa de Gaza em direção a Israel, mas falhou, explodiu e seus destroços foram espalhados pela área.

Conforme o jornal norte-americano, por volta das 18h59, é possível ver, a partir da câmera 2 (em Israel, próxima à fronteira de Gaza), um lançamento de foguetes de curta distância. O disparo, segundo o jornal, veio de Gaza, tendo como alvo Israel. Cerca de 20 segundos depois, a partir da câmera 1 (ao sul de Tel Aviv, com direção à Faixa de Gaza), observa-se um foguete de longo alcance, que também teria sido lançado dentro de Gaza.

O jornal diz que o foguete de longo alcance foi disparado em direção à Israel, mas, 10 segundos depois do lançamento, é possível avistar um “flash”, que faz com que o foguete mude de trajetória e volte para o oeste. O The Wall Street Journal informa que o flash seria “consistente com o que ocorre com uma falha no foguete” – tese que descarta a interceptação pelo Domo de Ferro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada faz afirmações sobre um assunto que ainda não foi confirmado. Sendo assim, é importante tomar cuidado com postagens que compartilham conteúdos assertivos sobre um assunto que ainda não teve um desfecho definitivo. Busque por fontes confiáveis antes de compartilhar publicações enganosas. Veja tudo o que já foi desmentido pelo Estadão Verifica sobre o conflito aqui.

O que estão compartilhando: um vídeo que mostraria um foguete da Jihad Islâmica lançado contra Israel falhar e atingir um hospital em Gaza.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, porque o vídeo não é recente. Postagens nas redes sociais compartilham um vídeo que supostamente comprovaria que o grupo Jihad Islâmica foi o responsável por lançar o foguete que causou centenas de mortes em um hospital em Gaza. A gravação utilizada, no entanto, é de agosto de 2022.

Vídeo de 2022 é utilizado fora de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: na última terça-feira, 17, um foguete causou uma explosão no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza. Desde então, Israel e o grupo islâmico Hamas têm se acusado mutuamente de causar o ataque. Enquanto o Estado hebreu afirma que o foguete foi lançado pelo grupo Jihad Islâmica, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas, responsabilizou Israel. O órgão informou que 471 pessoas morreram.

Nas redes sociais, diversas postagens tentam especular quem seria o responsável pela tragédia. Algumas publicações, no entanto, estão utilizando um vídeo de agosto de 2022, sem informar a data, como uma suposta prova de que o foguete partiu da Jihad Islâmica.

O vídeo compartilhado como suposta prova da explosão no hospital foi publicado no dia 6 de agosto de 2022. Por meio de uma busca reversa (veja como fazer aqui), foi possível encontrar a gravação no X (antigo Twitter), numa publicação do editor-chefe do jornal israelense Jerusalem Post, Avi Mayer.

A postagem informa que o vídeo mostra uma explosão no Campo de Refugiados de Jabalia, em Gaza, causada por um foguete da Jihad Islâmica que falhou no disparo. Conforme o jornal The Times of Israel, as autoridades informaram que pelo menos quatro crianças morreram na explosão.

À época, Israel e a Jihad Islâmica se enfrentaram por três dias consecutivos na Faixa de Gaza – conflito que resultou em mais de 40 mortos e 300 feridos. A violência foi desencadeada pela prisão de um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, Basem Al Saadi.

O que se sabe até o momento sobre a explosão no hospital em Gaza

Autoridades de Israel afirmam que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que teria falhado e caído sobre o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, rejeita as acusações. Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pela ala política do Hamas, disse que Israel foi o responsável pela explosão.

No dia 18 de outubro, Israel divulgou uma gravação de uma suposta ligação interceptada entre dois agentes do Hamas, na qual discutem como o hospital Ahli Arab teria sido atingido por um foguete fracassado disparado de dentro da Faixa de Gaza. O principal porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que o áudio foi verificado com “outras fontes de inteligência”. Contudo, veículos como os britânicos BBC e The Guardian não conseguiram averiguar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.

Além disso, Israel também compartilhou imagens aéreas que teriam sido registradas por um drone militar israelense durante a noite. Um dos argumentos utilizados por Israel é a ausência de cratera causada por mísseis israelenses.

Vista aérea do complexo que abriga o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, após explosão. Foto: Shadi AL-TABATIBI/AFP

Da mesma forma, um relatório preliminar dos Estados Unidos indica que a explosão foi causada pela Jihad Islâmica. De acordo com autoridades, as agências de inteligência de Washington analisaram o vídeo do lançamento e indicaram que o foguete não partiu da direção de posições militares israelenses. Com base nas investigações preliminares, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a versão de Israel.

No dia 19 de outubro, a empresa de comunicação Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, compartilhou, via redes sociais, um vídeo que contesta a versão israelense. A reportagem informa que não encontrou fundamentos para a acusação do Exército de Israel sobre o ataque ter sido causado por uma falha de lançamento do foguete.

A análise da Al Jazeera começa com imagens das 18h45 na noite do ataque. A equipe identificou quatro ataques identificados como israelenses em Gaza (18h54, 18h55, 18h57 e 18h58), visando, de acordo com o veículo, áreas próximas ao hospital. Por meio de uma câmera ao sul de Tel Aviv, a Al Jazeera afirma que, às 18h59, foguetes são lançados a partir de Gaza, mas, de acordo com o veículo, acabam interceptados pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antimíssil de Israel.

Poucos segundos depois, a Al Jazeera destaca que é possível ver um único foguete sendo disparado dentro de Gaza. De acordo com Israel, esse seria o foguete que teria falhado e caído no hospital. A Al Jazeera, contudo, afirma que o foguete foi interceptado e completamente destruído.

Ainda de acordo com o veículo, cinco segundos após a interceptação, é possível identificar uma explosão em Gaza. Em seguida, dois segundos depois, observa-se uma explosão ainda maior, que teria sido provocada pelo bombardeio que atingiu o hospital. A Al Jazeera não explica, contudo, de onde veio o foguete que causou a tragédia.

Em 20 de outubro, pesquisadores da Forensic Architecture, grupo de pesquisa multidisciplinar sediado na Universidade de Londres, mostraram, em uma análise preliminar, que os padrões de fragmentação podem indicar que o projétil veio de um lugar ao nordeste. Os investigadores independentes afirmam que uma investigação conclusiva sobre a tragédia “requer acesso total ao local e aos fragmentos de munições, bem como entrevistas com testemunhas”. Os pesquisadores citaram “dúvidas significativas” sobre as alegações de Israel.

Já no dia 21 de outubro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma análise de vídeo por meio de quatro câmeras que capturaram o momento da explosão. A conclusão do jornal é que um foguete foi disparado de dentro da Faixa de Gaza em direção a Israel, mas falhou, explodiu e seus destroços foram espalhados pela área.

Conforme o jornal norte-americano, por volta das 18h59, é possível ver, a partir da câmera 2 (em Israel, próxima à fronteira de Gaza), um lançamento de foguetes de curta distância. O disparo, segundo o jornal, veio de Gaza, tendo como alvo Israel. Cerca de 20 segundos depois, a partir da câmera 1 (ao sul de Tel Aviv, com direção à Faixa de Gaza), observa-se um foguete de longo alcance, que também teria sido lançado dentro de Gaza.

O jornal diz que o foguete de longo alcance foi disparado em direção à Israel, mas, 10 segundos depois do lançamento, é possível avistar um “flash”, que faz com que o foguete mude de trajetória e volte para o oeste. O The Wall Street Journal informa que o flash seria “consistente com o que ocorre com uma falha no foguete” – tese que descarta a interceptação pelo Domo de Ferro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada faz afirmações sobre um assunto que ainda não foi confirmado. Sendo assim, é importante tomar cuidado com postagens que compartilham conteúdos assertivos sobre um assunto que ainda não teve um desfecho definitivo. Busque por fontes confiáveis antes de compartilhar publicações enganosas. Veja tudo o que já foi desmentido pelo Estadão Verifica sobre o conflito aqui.

O que estão compartilhando: um vídeo que mostraria um foguete da Jihad Islâmica lançado contra Israel falhar e atingir um hospital em Gaza.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, porque o vídeo não é recente. Postagens nas redes sociais compartilham um vídeo que supostamente comprovaria que o grupo Jihad Islâmica foi o responsável por lançar o foguete que causou centenas de mortes em um hospital em Gaza. A gravação utilizada, no entanto, é de agosto de 2022.

Vídeo de 2022 é utilizado fora de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: na última terça-feira, 17, um foguete causou uma explosão no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza. Desde então, Israel e o grupo islâmico Hamas têm se acusado mutuamente de causar o ataque. Enquanto o Estado hebreu afirma que o foguete foi lançado pelo grupo Jihad Islâmica, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas, responsabilizou Israel. O órgão informou que 471 pessoas morreram.

Nas redes sociais, diversas postagens tentam especular quem seria o responsável pela tragédia. Algumas publicações, no entanto, estão utilizando um vídeo de agosto de 2022, sem informar a data, como uma suposta prova de que o foguete partiu da Jihad Islâmica.

O vídeo compartilhado como suposta prova da explosão no hospital foi publicado no dia 6 de agosto de 2022. Por meio de uma busca reversa (veja como fazer aqui), foi possível encontrar a gravação no X (antigo Twitter), numa publicação do editor-chefe do jornal israelense Jerusalem Post, Avi Mayer.

A postagem informa que o vídeo mostra uma explosão no Campo de Refugiados de Jabalia, em Gaza, causada por um foguete da Jihad Islâmica que falhou no disparo. Conforme o jornal The Times of Israel, as autoridades informaram que pelo menos quatro crianças morreram na explosão.

À época, Israel e a Jihad Islâmica se enfrentaram por três dias consecutivos na Faixa de Gaza – conflito que resultou em mais de 40 mortos e 300 feridos. A violência foi desencadeada pela prisão de um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, Basem Al Saadi.

O que se sabe até o momento sobre a explosão no hospital em Gaza

Autoridades de Israel afirmam que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que teria falhado e caído sobre o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, rejeita as acusações. Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pela ala política do Hamas, disse que Israel foi o responsável pela explosão.

No dia 18 de outubro, Israel divulgou uma gravação de uma suposta ligação interceptada entre dois agentes do Hamas, na qual discutem como o hospital Ahli Arab teria sido atingido por um foguete fracassado disparado de dentro da Faixa de Gaza. O principal porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que o áudio foi verificado com “outras fontes de inteligência”. Contudo, veículos como os britânicos BBC e The Guardian não conseguiram averiguar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.

Além disso, Israel também compartilhou imagens aéreas que teriam sido registradas por um drone militar israelense durante a noite. Um dos argumentos utilizados por Israel é a ausência de cratera causada por mísseis israelenses.

Vista aérea do complexo que abriga o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, após explosão. Foto: Shadi AL-TABATIBI/AFP

Da mesma forma, um relatório preliminar dos Estados Unidos indica que a explosão foi causada pela Jihad Islâmica. De acordo com autoridades, as agências de inteligência de Washington analisaram o vídeo do lançamento e indicaram que o foguete não partiu da direção de posições militares israelenses. Com base nas investigações preliminares, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a versão de Israel.

No dia 19 de outubro, a empresa de comunicação Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, compartilhou, via redes sociais, um vídeo que contesta a versão israelense. A reportagem informa que não encontrou fundamentos para a acusação do Exército de Israel sobre o ataque ter sido causado por uma falha de lançamento do foguete.

A análise da Al Jazeera começa com imagens das 18h45 na noite do ataque. A equipe identificou quatro ataques identificados como israelenses em Gaza (18h54, 18h55, 18h57 e 18h58), visando, de acordo com o veículo, áreas próximas ao hospital. Por meio de uma câmera ao sul de Tel Aviv, a Al Jazeera afirma que, às 18h59, foguetes são lançados a partir de Gaza, mas, de acordo com o veículo, acabam interceptados pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antimíssil de Israel.

Poucos segundos depois, a Al Jazeera destaca que é possível ver um único foguete sendo disparado dentro de Gaza. De acordo com Israel, esse seria o foguete que teria falhado e caído no hospital. A Al Jazeera, contudo, afirma que o foguete foi interceptado e completamente destruído.

Ainda de acordo com o veículo, cinco segundos após a interceptação, é possível identificar uma explosão em Gaza. Em seguida, dois segundos depois, observa-se uma explosão ainda maior, que teria sido provocada pelo bombardeio que atingiu o hospital. A Al Jazeera não explica, contudo, de onde veio o foguete que causou a tragédia.

Em 20 de outubro, pesquisadores da Forensic Architecture, grupo de pesquisa multidisciplinar sediado na Universidade de Londres, mostraram, em uma análise preliminar, que os padrões de fragmentação podem indicar que o projétil veio de um lugar ao nordeste. Os investigadores independentes afirmam que uma investigação conclusiva sobre a tragédia “requer acesso total ao local e aos fragmentos de munições, bem como entrevistas com testemunhas”. Os pesquisadores citaram “dúvidas significativas” sobre as alegações de Israel.

Já no dia 21 de outubro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma análise de vídeo por meio de quatro câmeras que capturaram o momento da explosão. A conclusão do jornal é que um foguete foi disparado de dentro da Faixa de Gaza em direção a Israel, mas falhou, explodiu e seus destroços foram espalhados pela área.

Conforme o jornal norte-americano, por volta das 18h59, é possível ver, a partir da câmera 2 (em Israel, próxima à fronteira de Gaza), um lançamento de foguetes de curta distância. O disparo, segundo o jornal, veio de Gaza, tendo como alvo Israel. Cerca de 20 segundos depois, a partir da câmera 1 (ao sul de Tel Aviv, com direção à Faixa de Gaza), observa-se um foguete de longo alcance, que também teria sido lançado dentro de Gaza.

O jornal diz que o foguete de longo alcance foi disparado em direção à Israel, mas, 10 segundos depois do lançamento, é possível avistar um “flash”, que faz com que o foguete mude de trajetória e volte para o oeste. O The Wall Street Journal informa que o flash seria “consistente com o que ocorre com uma falha no foguete” – tese que descarta a interceptação pelo Domo de Ferro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada faz afirmações sobre um assunto que ainda não foi confirmado. Sendo assim, é importante tomar cuidado com postagens que compartilham conteúdos assertivos sobre um assunto que ainda não teve um desfecho definitivo. Busque por fontes confiáveis antes de compartilhar publicações enganosas. Veja tudo o que já foi desmentido pelo Estadão Verifica sobre o conflito aqui.

O que estão compartilhando: um vídeo que mostraria um foguete da Jihad Islâmica lançado contra Israel falhar e atingir um hospital em Gaza.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, porque o vídeo não é recente. Postagens nas redes sociais compartilham um vídeo que supostamente comprovaria que o grupo Jihad Islâmica foi o responsável por lançar o foguete que causou centenas de mortes em um hospital em Gaza. A gravação utilizada, no entanto, é de agosto de 2022.

Vídeo de 2022 é utilizado fora de contexto como ‘prova’ de ataque a hospital em Gaza Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: na última terça-feira, 17, um foguete causou uma explosão no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza. Desde então, Israel e o grupo islâmico Hamas têm se acusado mutuamente de causar o ataque. Enquanto o Estado hebreu afirma que o foguete foi lançado pelo grupo Jihad Islâmica, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas, responsabilizou Israel. O órgão informou que 471 pessoas morreram.

Nas redes sociais, diversas postagens tentam especular quem seria o responsável pela tragédia. Algumas publicações, no entanto, estão utilizando um vídeo de agosto de 2022, sem informar a data, como uma suposta prova de que o foguete partiu da Jihad Islâmica.

O vídeo compartilhado como suposta prova da explosão no hospital foi publicado no dia 6 de agosto de 2022. Por meio de uma busca reversa (veja como fazer aqui), foi possível encontrar a gravação no X (antigo Twitter), numa publicação do editor-chefe do jornal israelense Jerusalem Post, Avi Mayer.

A postagem informa que o vídeo mostra uma explosão no Campo de Refugiados de Jabalia, em Gaza, causada por um foguete da Jihad Islâmica que falhou no disparo. Conforme o jornal The Times of Israel, as autoridades informaram que pelo menos quatro crianças morreram na explosão.

À época, Israel e a Jihad Islâmica se enfrentaram por três dias consecutivos na Faixa de Gaza – conflito que resultou em mais de 40 mortos e 300 feridos. A violência foi desencadeada pela prisão de um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, Basem Al Saadi.

O que se sabe até o momento sobre a explosão no hospital em Gaza

Autoridades de Israel afirmam que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que teria falhado e caído sobre o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, rejeita as acusações. Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pela ala política do Hamas, disse que Israel foi o responsável pela explosão.

No dia 18 de outubro, Israel divulgou uma gravação de uma suposta ligação interceptada entre dois agentes do Hamas, na qual discutem como o hospital Ahli Arab teria sido atingido por um foguete fracassado disparado de dentro da Faixa de Gaza. O principal porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que o áudio foi verificado com “outras fontes de inteligência”. Contudo, veículos como os britânicos BBC e The Guardian não conseguiram averiguar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.

Além disso, Israel também compartilhou imagens aéreas que teriam sido registradas por um drone militar israelense durante a noite. Um dos argumentos utilizados por Israel é a ausência de cratera causada por mísseis israelenses.

Vista aérea do complexo que abriga o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, após explosão. Foto: Shadi AL-TABATIBI/AFP

Da mesma forma, um relatório preliminar dos Estados Unidos indica que a explosão foi causada pela Jihad Islâmica. De acordo com autoridades, as agências de inteligência de Washington analisaram o vídeo do lançamento e indicaram que o foguete não partiu da direção de posições militares israelenses. Com base nas investigações preliminares, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a versão de Israel.

No dia 19 de outubro, a empresa de comunicação Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, compartilhou, via redes sociais, um vídeo que contesta a versão israelense. A reportagem informa que não encontrou fundamentos para a acusação do Exército de Israel sobre o ataque ter sido causado por uma falha de lançamento do foguete.

A análise da Al Jazeera começa com imagens das 18h45 na noite do ataque. A equipe identificou quatro ataques identificados como israelenses em Gaza (18h54, 18h55, 18h57 e 18h58), visando, de acordo com o veículo, áreas próximas ao hospital. Por meio de uma câmera ao sul de Tel Aviv, a Al Jazeera afirma que, às 18h59, foguetes são lançados a partir de Gaza, mas, de acordo com o veículo, acabam interceptados pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antimíssil de Israel.

Poucos segundos depois, a Al Jazeera destaca que é possível ver um único foguete sendo disparado dentro de Gaza. De acordo com Israel, esse seria o foguete que teria falhado e caído no hospital. A Al Jazeera, contudo, afirma que o foguete foi interceptado e completamente destruído.

Ainda de acordo com o veículo, cinco segundos após a interceptação, é possível identificar uma explosão em Gaza. Em seguida, dois segundos depois, observa-se uma explosão ainda maior, que teria sido provocada pelo bombardeio que atingiu o hospital. A Al Jazeera não explica, contudo, de onde veio o foguete que causou a tragédia.

Em 20 de outubro, pesquisadores da Forensic Architecture, grupo de pesquisa multidisciplinar sediado na Universidade de Londres, mostraram, em uma análise preliminar, que os padrões de fragmentação podem indicar que o projétil veio de um lugar ao nordeste. Os investigadores independentes afirmam que uma investigação conclusiva sobre a tragédia “requer acesso total ao local e aos fragmentos de munições, bem como entrevistas com testemunhas”. Os pesquisadores citaram “dúvidas significativas” sobre as alegações de Israel.

Já no dia 21 de outubro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma análise de vídeo por meio de quatro câmeras que capturaram o momento da explosão. A conclusão do jornal é que um foguete foi disparado de dentro da Faixa de Gaza em direção a Israel, mas falhou, explodiu e seus destroços foram espalhados pela área.

Conforme o jornal norte-americano, por volta das 18h59, é possível ver, a partir da câmera 2 (em Israel, próxima à fronteira de Gaza), um lançamento de foguetes de curta distância. O disparo, segundo o jornal, veio de Gaza, tendo como alvo Israel. Cerca de 20 segundos depois, a partir da câmera 1 (ao sul de Tel Aviv, com direção à Faixa de Gaza), observa-se um foguete de longo alcance, que também teria sido lançado dentro de Gaza.

O jornal diz que o foguete de longo alcance foi disparado em direção à Israel, mas, 10 segundos depois do lançamento, é possível avistar um “flash”, que faz com que o foguete mude de trajetória e volte para o oeste. O The Wall Street Journal informa que o flash seria “consistente com o que ocorre com uma falha no foguete” – tese que descarta a interceptação pelo Domo de Ferro.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada faz afirmações sobre um assunto que ainda não foi confirmado. Sendo assim, é importante tomar cuidado com postagens que compartilham conteúdos assertivos sobre um assunto que ainda não teve um desfecho definitivo. Busque por fontes confiáveis antes de compartilhar publicações enganosas. Veja tudo o que já foi desmentido pelo Estadão Verifica sobre o conflito aqui.

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