O que estão compartilhando: vídeo mostra mísseis hipersônicos sendo lançados pelo Irã contra Israel.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso porque as imagens mostram o lançamento de bombas pelo grupo extremista Hamas em outubro do ano passado. As dezenas de mísseis foram interceptados no espaço aéreo de Ashkelon, em Israel, e não têm ligação com os ataques do Irã contra o território israelense no dia 13 de abril.
Saiba mais: Um vídeo que mostra a interceptação de dezenas de mísseis foi usado para noticiar que “pela primeira vez na história, Irã realiza ataque direto a Israel”, porém as imagens estão fora de contexto. A gravação registra o sistema antiaéreo israelense contra um ataque do Hamas e circula desde outubro do ano passado.
O jornal britânico The Telegraph publicou o mesmo vídeo no YouTube em 12 de outubro de 2023. Segundo a notícia, as imagens são do momento em que a defesa antimíssil Domo de Ferro intercepta foguetes do Hamas na cidade de Ashkelon. A tecnologia é usada para identificar as ameaças por meio de radares e derrubá-los em pleno voo.
O vídeo não tem ligação com o lançamento de mais de 300 mísseis pelo Irã a Israel no sábado, 13. A maioria foi interceptada pelo sistema de defesa israelense, segundo as autoridades. A primeira ofensiva do país árabe a Israel ocorreu em resposta ao bombardeio contra o consulado do Irã na Síria no início do mês.
Nesta sexta-feira, 19, Israel concretizou as ameaças dos últimos dias e atacou a cidade iraniana Isfahan. Como publicou o Estadão, a mídia estatal do Irã disse que os sistemas de defesa aérea interceptaram “três pequenos drones” e que não houve danos significativos. A área abriga uma base aérea e também instalações de pesquisa associadas ao programa de pesquisa nuclear no país.
Como lidar com posts do tipo: Imagens que não são relacionadas aos ataques entre Irã e Israel estão sendo retiradas de contexto nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, use a busca reversa ou procure por informações confiáveis na imprensa profissional. Publicações semelhantes também foram checadas pelo Aos Fatos e pela Reuters.