Vídeo em que senador dos EUA chama Lula de ‘chavista’ é anterior à atual guerra Israel-Hamas


Republicano Ted Cruz criticava autorização para dois navios iranianos atracarem no Brasil; discurso é compartilhado sem data nas redes sociais

Por Gabriel Belic

O que estão compartilhando: que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reconhecido pelo mundo todo como “bandido, antidemocrático, antipatriota e apoiador de terrorismo”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso porque o vídeo não tem relação com o conflito recente entre Hamas e Israel. Publicações nas redes sociais reproduzem trecho de um discurso do senador republicano Ted Cruz, do Texas, nos Estados Unidos. A fala, contudo, é de setembro deste ano. Na ocasião, o político questionou o Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, sobre possíveis sanções que o governo dos Estados Unidos poderia aplicar ao Brasil em razão da atracação de dois navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

Postagens utilizam discurso de senador conservador norte-americano como se fosse posicionamento oficial dos Estados Unidos Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: publicações virais tentam relacionar o pronunciamento do político norte-americano aos recentes confrontos no Oriente Médio, que envolvem Israel e o grupo extremista Hamas. O discurso de Ted Cruz, contudo, é anterior à guerra, que foi iniciada no dia 7 de outubro após ataques terroristas do Hamas. Já no dia 7, Lula condenou os ataques e convocou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

No dia 7 de setembro, um mês antes do início dos recentes conflitos entre Israel e o Hamas, o senador Ted Cruz questionou Brian Nichols sobre eventuais sanções que o governo norte-americano poderia aplicar ao Brasil, sob justificativa de que dois navios de guerra iranianos atracaram no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

À época, a Marinha do Brasil havia autorizado que os dois navios iranianos atracassem no porto do Rio de Janeiro. A autorização foi concedida pelo Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Carlos Eduardo Horta Arentz, e contrariava solicitação dos Estados Unidos para que não fosse permitida a entrada das embarcações militares em territórios brasileiros. A decisão causou desconforto diplomático entre Brasil e Estados Unidos.

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Ao Estadão, a Marinha afirmou que o processo de autorização para a entrada de um navio estrangeiro no Brasil é feito pelo Ministério das Relações Exteriores pelo país ao qual as embarcações pertencem. Após a autorização do ministério, a Marinha emite um documento oficial autorizando a entrada, que é publicado no Diário Oficial da União.

No dia 28 de fevereiro, Ted Cruz já havia criticado o Brasil pelo episódio. Em comunicado, o republicano disse que “a atracação de navios de guerra iranianos no Brasil é um desenvolvimento perigoso e uma ameaça direta à segurança dos americanos”. Na ocasião, ele também pediu que o governo Biden impusesse sanções ao País e reavaliasse os laços entre EUA e Brasil.

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O trecho compartilhado nas redes sociais, contudo, é um depoimento mais recente do político conservador. No início de setembro, o senador disse que Biden já utilizou sanções anteriormente contra países ocidentais que não respeitaram leis norte-americanas. De acordo com o republicano, Biden estaria protegendo o presidente Lula, que seria “seu autoproclamado amigo próximo”.

Ainda em seu depoimento, Cruz disse que está “profundamente preocupado” com o Ocidente, que, segundo ele, está “sobrecarregado pelo antiamericanismo”. Ele chamou o presidente Lula de “chavista antiamericano que abraça o Partido Comunista Chinês, Vladimir Putin e o regime iraniano” e elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual chamou de “líder pró-americano”.

Cabe pontuar, no entanto, que os depoimentos de Ted Cruz não representam, necessariamente, o governo de Joe Biden, tampouco um posicionamento “internacional”, como sugere a postagem aqui analisada.

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Vídeos de Ted Cruz já foram utilizados anteriormente para espalhar desinformação. O Estadão Verifica já desmentiu, por exemplo, que o senador norte-americano estaria preparando sanções ao Brasil devido às declarações de Lula sobre Vladimir Putin durante o G-20.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada utiliza um vídeo real, mas fora de contexto, para fabricar uma mentira. Nesses casos, é importante buscar mais detalhes sobre a conjuntura do vídeo compartilhado nas redes sociais. Uma pesquisa no Google por palavras-chave pode ajudar.

O que estão compartilhando: que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reconhecido pelo mundo todo como “bandido, antidemocrático, antipatriota e apoiador de terrorismo”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso porque o vídeo não tem relação com o conflito recente entre Hamas e Israel. Publicações nas redes sociais reproduzem trecho de um discurso do senador republicano Ted Cruz, do Texas, nos Estados Unidos. A fala, contudo, é de setembro deste ano. Na ocasião, o político questionou o Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, sobre possíveis sanções que o governo dos Estados Unidos poderia aplicar ao Brasil em razão da atracação de dois navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

Postagens utilizam discurso de senador conservador norte-americano como se fosse posicionamento oficial dos Estados Unidos Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: publicações virais tentam relacionar o pronunciamento do político norte-americano aos recentes confrontos no Oriente Médio, que envolvem Israel e o grupo extremista Hamas. O discurso de Ted Cruz, contudo, é anterior à guerra, que foi iniciada no dia 7 de outubro após ataques terroristas do Hamas. Já no dia 7, Lula condenou os ataques e convocou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

No dia 7 de setembro, um mês antes do início dos recentes conflitos entre Israel e o Hamas, o senador Ted Cruz questionou Brian Nichols sobre eventuais sanções que o governo norte-americano poderia aplicar ao Brasil, sob justificativa de que dois navios de guerra iranianos atracaram no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

À época, a Marinha do Brasil havia autorizado que os dois navios iranianos atracassem no porto do Rio de Janeiro. A autorização foi concedida pelo Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Carlos Eduardo Horta Arentz, e contrariava solicitação dos Estados Unidos para que não fosse permitida a entrada das embarcações militares em territórios brasileiros. A decisão causou desconforto diplomático entre Brasil e Estados Unidos.

Ao Estadão, a Marinha afirmou que o processo de autorização para a entrada de um navio estrangeiro no Brasil é feito pelo Ministério das Relações Exteriores pelo país ao qual as embarcações pertencem. Após a autorização do ministério, a Marinha emite um documento oficial autorizando a entrada, que é publicado no Diário Oficial da União.

No dia 28 de fevereiro, Ted Cruz já havia criticado o Brasil pelo episódio. Em comunicado, o republicano disse que “a atracação de navios de guerra iranianos no Brasil é um desenvolvimento perigoso e uma ameaça direta à segurança dos americanos”. Na ocasião, ele também pediu que o governo Biden impusesse sanções ao País e reavaliasse os laços entre EUA e Brasil.

O trecho compartilhado nas redes sociais, contudo, é um depoimento mais recente do político conservador. No início de setembro, o senador disse que Biden já utilizou sanções anteriormente contra países ocidentais que não respeitaram leis norte-americanas. De acordo com o republicano, Biden estaria protegendo o presidente Lula, que seria “seu autoproclamado amigo próximo”.

Ainda em seu depoimento, Cruz disse que está “profundamente preocupado” com o Ocidente, que, segundo ele, está “sobrecarregado pelo antiamericanismo”. Ele chamou o presidente Lula de “chavista antiamericano que abraça o Partido Comunista Chinês, Vladimir Putin e o regime iraniano” e elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual chamou de “líder pró-americano”.

Cabe pontuar, no entanto, que os depoimentos de Ted Cruz não representam, necessariamente, o governo de Joe Biden, tampouco um posicionamento “internacional”, como sugere a postagem aqui analisada.

Vídeos de Ted Cruz já foram utilizados anteriormente para espalhar desinformação. O Estadão Verifica já desmentiu, por exemplo, que o senador norte-americano estaria preparando sanções ao Brasil devido às declarações de Lula sobre Vladimir Putin durante o G-20.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada utiliza um vídeo real, mas fora de contexto, para fabricar uma mentira. Nesses casos, é importante buscar mais detalhes sobre a conjuntura do vídeo compartilhado nas redes sociais. Uma pesquisa no Google por palavras-chave pode ajudar.

O que estão compartilhando: que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reconhecido pelo mundo todo como “bandido, antidemocrático, antipatriota e apoiador de terrorismo”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso porque o vídeo não tem relação com o conflito recente entre Hamas e Israel. Publicações nas redes sociais reproduzem trecho de um discurso do senador republicano Ted Cruz, do Texas, nos Estados Unidos. A fala, contudo, é de setembro deste ano. Na ocasião, o político questionou o Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, sobre possíveis sanções que o governo dos Estados Unidos poderia aplicar ao Brasil em razão da atracação de dois navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

Postagens utilizam discurso de senador conservador norte-americano como se fosse posicionamento oficial dos Estados Unidos Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: publicações virais tentam relacionar o pronunciamento do político norte-americano aos recentes confrontos no Oriente Médio, que envolvem Israel e o grupo extremista Hamas. O discurso de Ted Cruz, contudo, é anterior à guerra, que foi iniciada no dia 7 de outubro após ataques terroristas do Hamas. Já no dia 7, Lula condenou os ataques e convocou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

No dia 7 de setembro, um mês antes do início dos recentes conflitos entre Israel e o Hamas, o senador Ted Cruz questionou Brian Nichols sobre eventuais sanções que o governo norte-americano poderia aplicar ao Brasil, sob justificativa de que dois navios de guerra iranianos atracaram no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.

À época, a Marinha do Brasil havia autorizado que os dois navios iranianos atracassem no porto do Rio de Janeiro. A autorização foi concedida pelo Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Carlos Eduardo Horta Arentz, e contrariava solicitação dos Estados Unidos para que não fosse permitida a entrada das embarcações militares em territórios brasileiros. A decisão causou desconforto diplomático entre Brasil e Estados Unidos.

Ao Estadão, a Marinha afirmou que o processo de autorização para a entrada de um navio estrangeiro no Brasil é feito pelo Ministério das Relações Exteriores pelo país ao qual as embarcações pertencem. Após a autorização do ministério, a Marinha emite um documento oficial autorizando a entrada, que é publicado no Diário Oficial da União.

No dia 28 de fevereiro, Ted Cruz já havia criticado o Brasil pelo episódio. Em comunicado, o republicano disse que “a atracação de navios de guerra iranianos no Brasil é um desenvolvimento perigoso e uma ameaça direta à segurança dos americanos”. Na ocasião, ele também pediu que o governo Biden impusesse sanções ao País e reavaliasse os laços entre EUA e Brasil.

O trecho compartilhado nas redes sociais, contudo, é um depoimento mais recente do político conservador. No início de setembro, o senador disse que Biden já utilizou sanções anteriormente contra países ocidentais que não respeitaram leis norte-americanas. De acordo com o republicano, Biden estaria protegendo o presidente Lula, que seria “seu autoproclamado amigo próximo”.

Ainda em seu depoimento, Cruz disse que está “profundamente preocupado” com o Ocidente, que, segundo ele, está “sobrecarregado pelo antiamericanismo”. Ele chamou o presidente Lula de “chavista antiamericano que abraça o Partido Comunista Chinês, Vladimir Putin e o regime iraniano” e elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual chamou de “líder pró-americano”.

Cabe pontuar, no entanto, que os depoimentos de Ted Cruz não representam, necessariamente, o governo de Joe Biden, tampouco um posicionamento “internacional”, como sugere a postagem aqui analisada.

Vídeos de Ted Cruz já foram utilizados anteriormente para espalhar desinformação. O Estadão Verifica já desmentiu, por exemplo, que o senador norte-americano estaria preparando sanções ao Brasil devido às declarações de Lula sobre Vladimir Putin durante o G-20.

Como lidar com postagens do tipo: A peça verificada utiliza um vídeo real, mas fora de contexto, para fabricar uma mentira. Nesses casos, é importante buscar mais detalhes sobre a conjuntura do vídeo compartilhado nas redes sociais. Uma pesquisa no Google por palavras-chave pode ajudar.

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