O que estão compartilhando: vídeo no Instagram diz que o MMS, sigla em inglês para “Solução Mineral Milagrosa” ou “Suplemento Mineral Milagroso”, é capaz de curar autismo e qualquer tipo de câncer.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não há comprovação científica alguma indicando que o MMS pode ser utilizado no tratamento de doenças, transtornos ou qualquer outra condição de saúde. Existem sérios alertas contra o uso dessa substância vindos das agências sanitárias dos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA), e do Reino Unido, a Food Standards Agency UK (FSA). Em 2018, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a circulação desse produto no Brasil.
Além disso, o vídeo desinforma ao alegar que existiria um medicamento capaz de “curar autismo e qualquer tipo de câncer”. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma doença e não há cura. Também não há registro de um medicamento capaz de tratar todos os tipos de câncer.
Saiba mais: O MMS é uma solução de dióxido de cloro imprópria para consumo. De acordo com alerta divulgado pela Anvisa, essa substância é classificada como um produto corrosivo, utilizado na formulação de alvejantes e outros produtos de limpeza. Até mesmo sua manipulação exige o uso de equipamentos de proteção individual, uma vez que sua inalação também pode gerar problemas de saúde.
Não há aprovação do dióxido de cloro como medicamento em nenhum lugar do mundo. A Anvisa destaca que a ingestão de MMS traz riscos imediatos e a longo prazo para os pacientes, principalmente às crianças.
O boato de que o MMS seria uma “cura” para autismo e câncer também já foi desmentido por agências de checagem como Aos Fatos e Reuters.
Como lidar com postagens do tipo: É importante ter muita cautela diante de supostos produtos “milagrosos”, que prometem curar câncer ou outras condições cujo tratamento pode ser difícil. Dizer que a Anvisa teria proibido um medicamento por ele ser “bom demais” é um sinal de conteúdo desinformativo. As informações encontradas na internet não devem substituir a busca por ajuda médica profissional.