Vídeo mostra confronto na Colômbia, não venezuelanos atravessando o Brasil para invadir a Guiana


Registro de embate entre grupos paramilitares colombianos foi retirado de contexto

Por Maria Eduarda Nascimento
Atualização:

O que estão compartilhando: que vídeo mostra militares venezuelanos entrando na Guiana, usando rota que passa pelo Brasil, após receberem ordem de Nicolás Maduro.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. As imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN) contra o Clan del Golfo. Notícias publicadas pela imprensa colombiana informam que o conflito registrado no vídeo ocorreu no final de novembro, no sul do departamento de Bolívar.

Imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN), contra o Clan del Golfo Foto: Reprodução
continua após a publicidade

Saiba mais: O vídeo verificado aqui mostra homens vestidos com roupas militares se deslocando em uma região de mata durante uma troca de tiros. Nas redes sociais, usuários que compartilham a gravação fora de contexto fazem alegações diferentes a respeito do ocorrido. No Instagram, uma postagem afirma que o presidente Lula colocou o Brasil em uma guerra, sugerindo que as imagens mostram tropas brasileiras dando apoio à Venezuela durante uma operação militar na fronteira. No Facebook, outra publicação diz os homens filmados são venezuelanos usando uma rota no Brasil para invadir a Guiana.

Apesar de as imagens do vídeo estarem em baixa qualidade, é possível perceber que uma das pessoas que aparece na gravação usa uma braçadeira vermelha e preta, com letras escritas em branco. O acessório tem o mesmo design das braçadeiras usadas por membros do Exército da Libertação Nacional (ELN).

Braçadeira utilizada por membro de grupo paramilitar que aparece no vídeo tem o mesmo design e cores das braçadeiras utilizadas por guerrilheiros do Exército da Libertação Nacional (ELN) Foto: Reprodução
continua após a publicidade

De acordo com uma matéria publicada pelo veículo de imprensa colombiano El Tiempo, mais de 556 famílias tiveram que deixar suas casas no sul de Bolívar em meio ao confronto entre as Farc, o ELN e o Clan del Golfo. Segundo o site, a população dos municípios de Cantagallo, San Pablo, Simití, Santa Rosa del Sur, Morales e Arenal corre alto risco devido ao aumento da violência.

Qual o contexto da disputa entre Venezuela e Guiana

A Venezuela quer anexar um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que pertence à Guiana. A disputa pelo Essequibo, rico em petróleo e minerais, iniciou em 1811, quando a Venezuela se tornou independente da Espanha tendo a região como parte de seu território. Três anos depois, o Reino Unido assumiu o controle da área que corresponde à Guiana e, segundo a Venezuela, se apossou do território. Conforme mostrou o Projeto Comprova neste sábado, o governo brasileiro apoia uma saída pacífica para a disputa, sem se envolver diretamente.

continua após a publicidade

Em entrevista a emissoras de TV, o ministro da Defesa, José Mucio, disse que o reforço militar na fronteira é para evitar que militares venezuelanos adentrem o território brasileiro. “Precisamos ter cuidado. É como se seu vizinho quisesse invadir outra casa usando a sua. O que não podemos permitir é que a Venezuela, querendo entrar na Guiana, use nosso território. Estamos atentos. A Defesa não vai permitir que use território brasileiro para outro país entrar em briga”, disse em entrevista à CNN.

Neste domingo, a ditadura de Nicolás Maduro anunciou que 95% das pessoas que votaram no referendo aprovaram a anexação do Essequibo, mas os próximo passos ainda não estão claros.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada demonstra uma tática utilizada com frequência por desinformadores, que consiste em tirar um conteúdo de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto de interesse público. Nesses casos, é importante pesquisar o mesmo assunto em fontes de informações seguras para garantir que a alegação está correta.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra militares venezuelanos entrando na Guiana, usando rota que passa pelo Brasil, após receberem ordem de Nicolás Maduro.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. As imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN) contra o Clan del Golfo. Notícias publicadas pela imprensa colombiana informam que o conflito registrado no vídeo ocorreu no final de novembro, no sul do departamento de Bolívar.

Imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN), contra o Clan del Golfo Foto: Reprodução

Saiba mais: O vídeo verificado aqui mostra homens vestidos com roupas militares se deslocando em uma região de mata durante uma troca de tiros. Nas redes sociais, usuários que compartilham a gravação fora de contexto fazem alegações diferentes a respeito do ocorrido. No Instagram, uma postagem afirma que o presidente Lula colocou o Brasil em uma guerra, sugerindo que as imagens mostram tropas brasileiras dando apoio à Venezuela durante uma operação militar na fronteira. No Facebook, outra publicação diz os homens filmados são venezuelanos usando uma rota no Brasil para invadir a Guiana.

Apesar de as imagens do vídeo estarem em baixa qualidade, é possível perceber que uma das pessoas que aparece na gravação usa uma braçadeira vermelha e preta, com letras escritas em branco. O acessório tem o mesmo design das braçadeiras usadas por membros do Exército da Libertação Nacional (ELN).

Braçadeira utilizada por membro de grupo paramilitar que aparece no vídeo tem o mesmo design e cores das braçadeiras utilizadas por guerrilheiros do Exército da Libertação Nacional (ELN) Foto: Reprodução

De acordo com uma matéria publicada pelo veículo de imprensa colombiano El Tiempo, mais de 556 famílias tiveram que deixar suas casas no sul de Bolívar em meio ao confronto entre as Farc, o ELN e o Clan del Golfo. Segundo o site, a população dos municípios de Cantagallo, San Pablo, Simití, Santa Rosa del Sur, Morales e Arenal corre alto risco devido ao aumento da violência.

Qual o contexto da disputa entre Venezuela e Guiana

A Venezuela quer anexar um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que pertence à Guiana. A disputa pelo Essequibo, rico em petróleo e minerais, iniciou em 1811, quando a Venezuela se tornou independente da Espanha tendo a região como parte de seu território. Três anos depois, o Reino Unido assumiu o controle da área que corresponde à Guiana e, segundo a Venezuela, se apossou do território. Conforme mostrou o Projeto Comprova neste sábado, o governo brasileiro apoia uma saída pacífica para a disputa, sem se envolver diretamente.

Em entrevista a emissoras de TV, o ministro da Defesa, José Mucio, disse que o reforço militar na fronteira é para evitar que militares venezuelanos adentrem o território brasileiro. “Precisamos ter cuidado. É como se seu vizinho quisesse invadir outra casa usando a sua. O que não podemos permitir é que a Venezuela, querendo entrar na Guiana, use nosso território. Estamos atentos. A Defesa não vai permitir que use território brasileiro para outro país entrar em briga”, disse em entrevista à CNN.

Neste domingo, a ditadura de Nicolás Maduro anunciou que 95% das pessoas que votaram no referendo aprovaram a anexação do Essequibo, mas os próximo passos ainda não estão claros.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada demonstra uma tática utilizada com frequência por desinformadores, que consiste em tirar um conteúdo de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto de interesse público. Nesses casos, é importante pesquisar o mesmo assunto em fontes de informações seguras para garantir que a alegação está correta.

O que estão compartilhando: que vídeo mostra militares venezuelanos entrando na Guiana, usando rota que passa pelo Brasil, após receberem ordem de Nicolás Maduro.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. As imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN) contra o Clan del Golfo. Notícias publicadas pela imprensa colombiana informam que o conflito registrado no vídeo ocorreu no final de novembro, no sul do departamento de Bolívar.

Imagens que circulam nas redes sociais foram gravadas na Colômbia e mostram um confronto recente entre dissidentes dos grupos paramilitares Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército da Libertação Nacional (ELN), contra o Clan del Golfo Foto: Reprodução

Saiba mais: O vídeo verificado aqui mostra homens vestidos com roupas militares se deslocando em uma região de mata durante uma troca de tiros. Nas redes sociais, usuários que compartilham a gravação fora de contexto fazem alegações diferentes a respeito do ocorrido. No Instagram, uma postagem afirma que o presidente Lula colocou o Brasil em uma guerra, sugerindo que as imagens mostram tropas brasileiras dando apoio à Venezuela durante uma operação militar na fronteira. No Facebook, outra publicação diz os homens filmados são venezuelanos usando uma rota no Brasil para invadir a Guiana.

Apesar de as imagens do vídeo estarem em baixa qualidade, é possível perceber que uma das pessoas que aparece na gravação usa uma braçadeira vermelha e preta, com letras escritas em branco. O acessório tem o mesmo design das braçadeiras usadas por membros do Exército da Libertação Nacional (ELN).

Braçadeira utilizada por membro de grupo paramilitar que aparece no vídeo tem o mesmo design e cores das braçadeiras utilizadas por guerrilheiros do Exército da Libertação Nacional (ELN) Foto: Reprodução

De acordo com uma matéria publicada pelo veículo de imprensa colombiano El Tiempo, mais de 556 famílias tiveram que deixar suas casas no sul de Bolívar em meio ao confronto entre as Farc, o ELN e o Clan del Golfo. Segundo o site, a população dos municípios de Cantagallo, San Pablo, Simití, Santa Rosa del Sur, Morales e Arenal corre alto risco devido ao aumento da violência.

Qual o contexto da disputa entre Venezuela e Guiana

A Venezuela quer anexar um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que pertence à Guiana. A disputa pelo Essequibo, rico em petróleo e minerais, iniciou em 1811, quando a Venezuela se tornou independente da Espanha tendo a região como parte de seu território. Três anos depois, o Reino Unido assumiu o controle da área que corresponde à Guiana e, segundo a Venezuela, se apossou do território. Conforme mostrou o Projeto Comprova neste sábado, o governo brasileiro apoia uma saída pacífica para a disputa, sem se envolver diretamente.

Em entrevista a emissoras de TV, o ministro da Defesa, José Mucio, disse que o reforço militar na fronteira é para evitar que militares venezuelanos adentrem o território brasileiro. “Precisamos ter cuidado. É como se seu vizinho quisesse invadir outra casa usando a sua. O que não podemos permitir é que a Venezuela, querendo entrar na Guiana, use nosso território. Estamos atentos. A Defesa não vai permitir que use território brasileiro para outro país entrar em briga”, disse em entrevista à CNN.

Neste domingo, a ditadura de Nicolás Maduro anunciou que 95% das pessoas que votaram no referendo aprovaram a anexação do Essequibo, mas os próximo passos ainda não estão claros.

Como lidar com postagens do tipo: A peça aqui verificada demonstra uma tática utilizada com frequência por desinformadores, que consiste em tirar um conteúdo de seu contexto original para fazer alegações falsas a respeito de um assunto de interesse público. Nesses casos, é importante pesquisar o mesmo assunto em fontes de informações seguras para garantir que a alegação está correta.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.