É de 2019 um vídeo que mostra pessoas saqueando a carne de dentro de um caminhão em movimento próximo à Feira de Acari, na zona norte do Rio. A gravação foi resgatada nas redes sociais sem o contexto original, o que levou algumas pessoas a interpretar que se trata de uma situação atual.
Para encontrar a origem do vídeo, o Estadão Verifica utilizou o mecanismo de busca reversa (veja aqui como fazer). Ele foi noticiado pelo telejornal RJ1 em outubro de 2019.
A reportagem informa que o motorista foi sequestrado por criminosos na rodovia Presidente Dutra. Ao ver que a carga era de carne, liberaram o motorista para seguir viagem. Quando o caminhão estava passando pela Feira de Acari, a população percebeu que as portas estavam abertas e saqueou a carga.
A falta de informações é uma característica comum a peças de desinformação. Antes de compartilhar um vídeo, é importante se certificar de que se sabe o local e a data em que uma determinada cena aconteceu. Também é fundamental verificar se o contexto original foi preservado.
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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.
Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.