Vídeo usa imagens antigas e engana sobre ciclone que atingiu Rio Grande do Sul


Postagens mostra gravações feitas na China em 2018 e nos Estados Unidos em 2022

Por Bernardo Costa, Gabriela Meireles e Samuel Lima
Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo mostra imagens de desastres naturais. A legenda da postagem afirma: “Rio Grande do Sul pede socorro” e “Por que as mídias não tá divulgando” (sic). Após as cenas, homem critica falta de apoio do governo federal aos gaúchos pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar em viagem à Índia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Entre as imagens tiradas de contexto, estão gravações feitas em 2018 na China e em 2022 nos Estados Unidos. Além disso, o vídeo omite que o governo federal anunciou medidas para reconstrução de estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades e antecipação de benefícios às vítimas atingidas. Embora Lula não tenha visitado o Rio Grande do Sul, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros estiveram nas cidades mais atingidas.

O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Foto: Reprodução
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Saiba mais: No início da semana passada, um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul e provocou fortes chuvas e alagamentos. Dados recentes da Defesa Civil do Estado informam 46 mortes em razão do desastre. Em Santa Catarina também foi registrada uma vítima. Há pelo menos 46 desaparecidos e cerca de 25,2 mil pessoas entre desalojados e desabrigados. No total, 93 municípios foram afetados.

A postagem investigada aqui usa trechos de oito vídeos diferentes. Para encontrar a origem verdadeira das imagens, usamos a ferramenta de checagem inVID. Nessa plataforma, é possível fazer busca reversa de imagens em diferentes plataformas com frames dos vídeos (veja como funciona a busca aqui). Esse processo permite encontrar outros sites que publicaram as mesmas gravações anteriormente.

Vídeo aparece na rede social chinesa Xiaohongshu, com data de postagem de 16 de setembro de 2018. Foto: Repodução
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Com o serviço de busca Baidu, foi possível encontrar três dos vídeos utilizados na postagem. Um deles, que mostra uma árvore caindo atrás de carros em um estacionamento, aparece em uma rede social chinesa (Xiaohongshu) com data de postagem de 16 de setembro de 2018. O mesmo vídeo aparece em outra plataforma chinesa (iQiyi), com a legenda “Mensagem de Shenzhen! Tenham cuidado em Guangdong!”. A cidade chinesa de Shenzhen, que fica na província de Guangdong, sofreu naquela época com a passagem do tufão Mangkhut, como mostram matérias da CNBC e da CNN, publicadas em 17 de setembro daquele ano.

Vídeo foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. Foto: Reprodução

Os outros dois vídeos identificados pela ferramenta Baidu também vêm da China. Um deles mostra uma árvore caindo sobre carros. Ele foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. A postagem foi encontrada em um site de vídeos chinês. Já o outro vídeo, de uma ventania com chuva, em que aparecem degraus de uma escada à direita, foi localizado em outro site chinês, com a informação de que foi postado há três anos.

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Vídeo foi postado há três anos em outro site chinês. Foto: Reprodução

Além disso, os três primeiros vídeos utilizados na postagem enganosa aparecem em publicação do Telegram, localizada a partir da ferramenta de busca reversa Yandex. Embora não tenha sido possível identificar o contexto das imagens, elas não se referem à passagem do ciclone pelo Rio Grande do Sul, pois a postagem foi feita em 29 de julho, mais de um mês antes do evento no Sul do Brasil. O Verifica encontrou outra postagem na plataforma Douyin atribuindo as cenas ao tufão Doksuri, na cidade chinesa de Taizhou, mas não conseguiu confirmar a informação.

Três vídeos aparecem em uma postagem no Telegram feita em 29 de julho de 2023. Foto: Reprodução
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Em seguida, aparece a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em abril de 2022. Na época, esse mesmo registro foi publicado pelo UOL e por noticiários estadunidenses como o ABC News e o Today.

Foi usada a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em 2022. Foto: Reprodução

O vídeo de uma caixa verde sendo arremessada pelo vento e derrubando motos aparece na rede social chinesa iQiyi (1 e 2). Em um outro registro, há a data de postagem: 29 de março de 2018. A cena ocorre em frente à vidraça de um estabelecimento, em que é possível ver dizeres em chinês sobre uma tarja vermelha. A imagem também foi encontrada com auxílio da ferramenta Baidu.

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Vídeo aparece em plataformas chinesas e circula ao menos desde 29 de março de 2018. Foto: Reprodução

O Estadão Verifica tentou contato com a página que divulgou o vídeo, mas não obteve resposta.

A postagem verificada aqui também já foi desmentida pelo Aos Fatos e pelo Boatos.org.

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Como lidar com postagens do tipo: Foi necessário fazer uma busca reversa de imagens para esta checagem. Essa estratégia é útil para encontrar outras datas em que uma imagem ou um vídeo já estava circulando nas redes. Com isso, é possível perceber quando um recorte foi utilizado fora de contexto.

O que estão compartilhando: vídeo mostra imagens de desastres naturais. A legenda da postagem afirma: “Rio Grande do Sul pede socorro” e “Por que as mídias não tá divulgando” (sic). Após as cenas, homem critica falta de apoio do governo federal aos gaúchos pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar em viagem à Índia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Entre as imagens tiradas de contexto, estão gravações feitas em 2018 na China e em 2022 nos Estados Unidos. Além disso, o vídeo omite que o governo federal anunciou medidas para reconstrução de estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades e antecipação de benefícios às vítimas atingidas. Embora Lula não tenha visitado o Rio Grande do Sul, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros estiveram nas cidades mais atingidas.

O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Foto: Reprodução

Saiba mais: No início da semana passada, um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul e provocou fortes chuvas e alagamentos. Dados recentes da Defesa Civil do Estado informam 46 mortes em razão do desastre. Em Santa Catarina também foi registrada uma vítima. Há pelo menos 46 desaparecidos e cerca de 25,2 mil pessoas entre desalojados e desabrigados. No total, 93 municípios foram afetados.

A postagem investigada aqui usa trechos de oito vídeos diferentes. Para encontrar a origem verdadeira das imagens, usamos a ferramenta de checagem inVID. Nessa plataforma, é possível fazer busca reversa de imagens em diferentes plataformas com frames dos vídeos (veja como funciona a busca aqui). Esse processo permite encontrar outros sites que publicaram as mesmas gravações anteriormente.

Vídeo aparece na rede social chinesa Xiaohongshu, com data de postagem de 16 de setembro de 2018. Foto: Repodução

Com o serviço de busca Baidu, foi possível encontrar três dos vídeos utilizados na postagem. Um deles, que mostra uma árvore caindo atrás de carros em um estacionamento, aparece em uma rede social chinesa (Xiaohongshu) com data de postagem de 16 de setembro de 2018. O mesmo vídeo aparece em outra plataforma chinesa (iQiyi), com a legenda “Mensagem de Shenzhen! Tenham cuidado em Guangdong!”. A cidade chinesa de Shenzhen, que fica na província de Guangdong, sofreu naquela época com a passagem do tufão Mangkhut, como mostram matérias da CNBC e da CNN, publicadas em 17 de setembro daquele ano.

Vídeo foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. Foto: Reprodução

Os outros dois vídeos identificados pela ferramenta Baidu também vêm da China. Um deles mostra uma árvore caindo sobre carros. Ele foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. A postagem foi encontrada em um site de vídeos chinês. Já o outro vídeo, de uma ventania com chuva, em que aparecem degraus de uma escada à direita, foi localizado em outro site chinês, com a informação de que foi postado há três anos.

Vídeo foi postado há três anos em outro site chinês. Foto: Reprodução

Além disso, os três primeiros vídeos utilizados na postagem enganosa aparecem em publicação do Telegram, localizada a partir da ferramenta de busca reversa Yandex. Embora não tenha sido possível identificar o contexto das imagens, elas não se referem à passagem do ciclone pelo Rio Grande do Sul, pois a postagem foi feita em 29 de julho, mais de um mês antes do evento no Sul do Brasil. O Verifica encontrou outra postagem na plataforma Douyin atribuindo as cenas ao tufão Doksuri, na cidade chinesa de Taizhou, mas não conseguiu confirmar a informação.

Três vídeos aparecem em uma postagem no Telegram feita em 29 de julho de 2023. Foto: Reprodução

Em seguida, aparece a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em abril de 2022. Na época, esse mesmo registro foi publicado pelo UOL e por noticiários estadunidenses como o ABC News e o Today.

Foi usada a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em 2022. Foto: Reprodução

O vídeo de uma caixa verde sendo arremessada pelo vento e derrubando motos aparece na rede social chinesa iQiyi (1 e 2). Em um outro registro, há a data de postagem: 29 de março de 2018. A cena ocorre em frente à vidraça de um estabelecimento, em que é possível ver dizeres em chinês sobre uma tarja vermelha. A imagem também foi encontrada com auxílio da ferramenta Baidu.

Vídeo aparece em plataformas chinesas e circula ao menos desde 29 de março de 2018. Foto: Reprodução

O Estadão Verifica tentou contato com a página que divulgou o vídeo, mas não obteve resposta.

A postagem verificada aqui também já foi desmentida pelo Aos Fatos e pelo Boatos.org.

Como lidar com postagens do tipo: Foi necessário fazer uma busca reversa de imagens para esta checagem. Essa estratégia é útil para encontrar outras datas em que uma imagem ou um vídeo já estava circulando nas redes. Com isso, é possível perceber quando um recorte foi utilizado fora de contexto.

O que estão compartilhando: vídeo mostra imagens de desastres naturais. A legenda da postagem afirma: “Rio Grande do Sul pede socorro” e “Por que as mídias não tá divulgando” (sic). Após as cenas, homem critica falta de apoio do governo federal aos gaúchos pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar em viagem à Índia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Entre as imagens tiradas de contexto, estão gravações feitas em 2018 na China e em 2022 nos Estados Unidos. Além disso, o vídeo omite que o governo federal anunciou medidas para reconstrução de estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades e antecipação de benefícios às vítimas atingidas. Embora Lula não tenha visitado o Rio Grande do Sul, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros estiveram nas cidades mais atingidas.

O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Foto: Reprodução

Saiba mais: No início da semana passada, um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul e provocou fortes chuvas e alagamentos. Dados recentes da Defesa Civil do Estado informam 46 mortes em razão do desastre. Em Santa Catarina também foi registrada uma vítima. Há pelo menos 46 desaparecidos e cerca de 25,2 mil pessoas entre desalojados e desabrigados. No total, 93 municípios foram afetados.

A postagem investigada aqui usa trechos de oito vídeos diferentes. Para encontrar a origem verdadeira das imagens, usamos a ferramenta de checagem inVID. Nessa plataforma, é possível fazer busca reversa de imagens em diferentes plataformas com frames dos vídeos (veja como funciona a busca aqui). Esse processo permite encontrar outros sites que publicaram as mesmas gravações anteriormente.

Vídeo aparece na rede social chinesa Xiaohongshu, com data de postagem de 16 de setembro de 2018. Foto: Repodução

Com o serviço de busca Baidu, foi possível encontrar três dos vídeos utilizados na postagem. Um deles, que mostra uma árvore caindo atrás de carros em um estacionamento, aparece em uma rede social chinesa (Xiaohongshu) com data de postagem de 16 de setembro de 2018. O mesmo vídeo aparece em outra plataforma chinesa (iQiyi), com a legenda “Mensagem de Shenzhen! Tenham cuidado em Guangdong!”. A cidade chinesa de Shenzhen, que fica na província de Guangdong, sofreu naquela época com a passagem do tufão Mangkhut, como mostram matérias da CNBC e da CNN, publicadas em 17 de setembro daquele ano.

Vídeo foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. Foto: Reprodução

Os outros dois vídeos identificados pela ferramenta Baidu também vêm da China. Um deles mostra uma árvore caindo sobre carros. Ele foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. A postagem foi encontrada em um site de vídeos chinês. Já o outro vídeo, de uma ventania com chuva, em que aparecem degraus de uma escada à direita, foi localizado em outro site chinês, com a informação de que foi postado há três anos.

Vídeo foi postado há três anos em outro site chinês. Foto: Reprodução

Além disso, os três primeiros vídeos utilizados na postagem enganosa aparecem em publicação do Telegram, localizada a partir da ferramenta de busca reversa Yandex. Embora não tenha sido possível identificar o contexto das imagens, elas não se referem à passagem do ciclone pelo Rio Grande do Sul, pois a postagem foi feita em 29 de julho, mais de um mês antes do evento no Sul do Brasil. O Verifica encontrou outra postagem na plataforma Douyin atribuindo as cenas ao tufão Doksuri, na cidade chinesa de Taizhou, mas não conseguiu confirmar a informação.

Três vídeos aparecem em uma postagem no Telegram feita em 29 de julho de 2023. Foto: Reprodução

Em seguida, aparece a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em abril de 2022. Na época, esse mesmo registro foi publicado pelo UOL e por noticiários estadunidenses como o ABC News e o Today.

Foi usada a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em 2022. Foto: Reprodução

O vídeo de uma caixa verde sendo arremessada pelo vento e derrubando motos aparece na rede social chinesa iQiyi (1 e 2). Em um outro registro, há a data de postagem: 29 de março de 2018. A cena ocorre em frente à vidraça de um estabelecimento, em que é possível ver dizeres em chinês sobre uma tarja vermelha. A imagem também foi encontrada com auxílio da ferramenta Baidu.

Vídeo aparece em plataformas chinesas e circula ao menos desde 29 de março de 2018. Foto: Reprodução

O Estadão Verifica tentou contato com a página que divulgou o vídeo, mas não obteve resposta.

A postagem verificada aqui também já foi desmentida pelo Aos Fatos e pelo Boatos.org.

Como lidar com postagens do tipo: Foi necessário fazer uma busca reversa de imagens para esta checagem. Essa estratégia é útil para encontrar outras datas em que uma imagem ou um vídeo já estava circulando nas redes. Com isso, é possível perceber quando um recorte foi utilizado fora de contexto.

O que estão compartilhando: vídeo mostra imagens de desastres naturais. A legenda da postagem afirma: “Rio Grande do Sul pede socorro” e “Por que as mídias não tá divulgando” (sic). Após as cenas, homem critica falta de apoio do governo federal aos gaúchos pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar em viagem à Índia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Entre as imagens tiradas de contexto, estão gravações feitas em 2018 na China e em 2022 nos Estados Unidos. Além disso, o vídeo omite que o governo federal anunciou medidas para reconstrução de estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades e antecipação de benefícios às vítimas atingidas. Embora Lula não tenha visitado o Rio Grande do Sul, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros estiveram nas cidades mais atingidas.

O vídeo aproveita gravações antigas e de outros locais do mundo. Foto: Reprodução

Saiba mais: No início da semana passada, um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul e provocou fortes chuvas e alagamentos. Dados recentes da Defesa Civil do Estado informam 46 mortes em razão do desastre. Em Santa Catarina também foi registrada uma vítima. Há pelo menos 46 desaparecidos e cerca de 25,2 mil pessoas entre desalojados e desabrigados. No total, 93 municípios foram afetados.

A postagem investigada aqui usa trechos de oito vídeos diferentes. Para encontrar a origem verdadeira das imagens, usamos a ferramenta de checagem inVID. Nessa plataforma, é possível fazer busca reversa de imagens em diferentes plataformas com frames dos vídeos (veja como funciona a busca aqui). Esse processo permite encontrar outros sites que publicaram as mesmas gravações anteriormente.

Vídeo aparece na rede social chinesa Xiaohongshu, com data de postagem de 16 de setembro de 2018. Foto: Repodução

Com o serviço de busca Baidu, foi possível encontrar três dos vídeos utilizados na postagem. Um deles, que mostra uma árvore caindo atrás de carros em um estacionamento, aparece em uma rede social chinesa (Xiaohongshu) com data de postagem de 16 de setembro de 2018. O mesmo vídeo aparece em outra plataforma chinesa (iQiyi), com a legenda “Mensagem de Shenzhen! Tenham cuidado em Guangdong!”. A cidade chinesa de Shenzhen, que fica na província de Guangdong, sofreu naquela época com a passagem do tufão Mangkhut, como mostram matérias da CNBC e da CNN, publicadas em 17 de setembro daquele ano.

Vídeo foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. Foto: Reprodução

Os outros dois vídeos identificados pela ferramenta Baidu também vêm da China. Um deles mostra uma árvore caindo sobre carros. Ele foi postado em 18 de setembro de 2018, mesma época da passagem do tufão Mangkhut pelo Sul da China. A postagem foi encontrada em um site de vídeos chinês. Já o outro vídeo, de uma ventania com chuva, em que aparecem degraus de uma escada à direita, foi localizado em outro site chinês, com a informação de que foi postado há três anos.

Vídeo foi postado há três anos em outro site chinês. Foto: Reprodução

Além disso, os três primeiros vídeos utilizados na postagem enganosa aparecem em publicação do Telegram, localizada a partir da ferramenta de busca reversa Yandex. Embora não tenha sido possível identificar o contexto das imagens, elas não se referem à passagem do ciclone pelo Rio Grande do Sul, pois a postagem foi feita em 29 de julho, mais de um mês antes do evento no Sul do Brasil. O Verifica encontrou outra postagem na plataforma Douyin atribuindo as cenas ao tufão Doksuri, na cidade chinesa de Taizhou, mas não conseguiu confirmar a informação.

Três vídeos aparecem em uma postagem no Telegram feita em 29 de julho de 2023. Foto: Reprodução

Em seguida, aparece a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em abril de 2022. Na época, esse mesmo registro foi publicado pelo UOL e por noticiários estadunidenses como o ABC News e o Today.

Foi usada a gravação de um tornado passando pela cidade de Andover, Kansas (EUA), em 2022. Foto: Reprodução

O vídeo de uma caixa verde sendo arremessada pelo vento e derrubando motos aparece na rede social chinesa iQiyi (1 e 2). Em um outro registro, há a data de postagem: 29 de março de 2018. A cena ocorre em frente à vidraça de um estabelecimento, em que é possível ver dizeres em chinês sobre uma tarja vermelha. A imagem também foi encontrada com auxílio da ferramenta Baidu.

Vídeo aparece em plataformas chinesas e circula ao menos desde 29 de março de 2018. Foto: Reprodução

O Estadão Verifica tentou contato com a página que divulgou o vídeo, mas não obteve resposta.

A postagem verificada aqui também já foi desmentida pelo Aos Fatos e pelo Boatos.org.

Como lidar com postagens do tipo: Foi necessário fazer uma busca reversa de imagens para esta checagem. Essa estratégia é útil para encontrar outras datas em que uma imagem ou um vídeo já estava circulando nas redes. Com isso, é possível perceber quando um recorte foi utilizado fora de contexto.

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