Vídeo de William Waack é tirado de contexto para desinformar sobre eleições


Em seu contexto original, o jornalista criticava o presidente Jair Bolsonaro por reunião com embaixadores na qual espalhou informações falsas sobre as urnas eletrônicas

Por Ana Luiza Serrão

Circula fora de contexto um vídeo no qual o jornalista William Waack diz que "o mundo está sabendo a partir de hoje que o Brasil é uma republiqueta que elege seus dirigentes com urnas fraudulentas". O apresentador criticava Jair Bolsonaro (PL) por convocar embaixadores estrangeiros para uma reunião, em 18 de julho de 2022, na qual o presidente usou informações falsas para desacreditar o processo eleitoral.

Sem essas informações, o vídeo passa a ideia de que Waack estaria anunciando irregularidades confirmadas no pleito eleitoral. Essa noção é reforçada por uma legenda adicionada ao vídeo que diz que "o mundo já sabe como ocorreram as fraudes (eleitorais)". O conteúdo checado foi visto 408 mil vezes e recebeu mais de 40 mil curtidas no Instagram.

 
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O vídeo original mostra um comentário de William Waack para o canal CNN Brasil sobre a reunião, com cerca de 1 minuto e 19 segundos, mas apenas uma parte foi utilizada no boato. O conteúdo enganoso deixa de fora a parte em que o jornalista diz que Bolsonaro "usou dados falsos, versões já desmentidas para atacar os tribunais superiores e também seu principal adversário político". E concluiu falando que o presidente "se transformou no primeiro caso em tempos modernos no qual um mandatário chefe de governo, chefe de estado, convoca o resto do mundo para emporcalhar a imagem do seu próprio País". Confira a íntegra:

Dentre as informações falseadas por Bolsonaro no encontro citado por Waack, está a de que não seria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que faz a totalização dos votos e a de que as urnas eletrônicas sem impressão de votos são usadas em apenas dois países além do Brasil. De forma descontextualizada, o presidente apresentou também um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao TSE em 2018.

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De acordo com o Tribunal, não há registros de fraudes desde 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser implementadas no País. Em 2022, relatórios que atestam a regularidade do processo de votação foram entregues ao TSE por Observadores Internacionais e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na quarta-feira, 9, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE relatório de fiscalização do processo de votação que não aponta qualquer fraude eleitoral e ainda reconhece que os boletins de urnas e os resultados divulgados pelo tribunal são idênticos. Ou seja, o boletim que a urna imprimiu registrando os votos dados ao final da votação confere com o resultado da totalização divulgada pelo Tribunal.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Circula fora de contexto um vídeo no qual o jornalista William Waack diz que "o mundo está sabendo a partir de hoje que o Brasil é uma republiqueta que elege seus dirigentes com urnas fraudulentas". O apresentador criticava Jair Bolsonaro (PL) por convocar embaixadores estrangeiros para uma reunião, em 18 de julho de 2022, na qual o presidente usou informações falsas para desacreditar o processo eleitoral.

Sem essas informações, o vídeo passa a ideia de que Waack estaria anunciando irregularidades confirmadas no pleito eleitoral. Essa noção é reforçada por uma legenda adicionada ao vídeo que diz que "o mundo já sabe como ocorreram as fraudes (eleitorais)". O conteúdo checado foi visto 408 mil vezes e recebeu mais de 40 mil curtidas no Instagram.

 

O vídeo original mostra um comentário de William Waack para o canal CNN Brasil sobre a reunião, com cerca de 1 minuto e 19 segundos, mas apenas uma parte foi utilizada no boato. O conteúdo enganoso deixa de fora a parte em que o jornalista diz que Bolsonaro "usou dados falsos, versões já desmentidas para atacar os tribunais superiores e também seu principal adversário político". E concluiu falando que o presidente "se transformou no primeiro caso em tempos modernos no qual um mandatário chefe de governo, chefe de estado, convoca o resto do mundo para emporcalhar a imagem do seu próprio País". Confira a íntegra:

Dentre as informações falseadas por Bolsonaro no encontro citado por Waack, está a de que não seria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que faz a totalização dos votos e a de que as urnas eletrônicas sem impressão de votos são usadas em apenas dois países além do Brasil. De forma descontextualizada, o presidente apresentou também um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao TSE em 2018.

De acordo com o Tribunal, não há registros de fraudes desde 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser implementadas no País. Em 2022, relatórios que atestam a regularidade do processo de votação foram entregues ao TSE por Observadores Internacionais e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na quarta-feira, 9, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE relatório de fiscalização do processo de votação que não aponta qualquer fraude eleitoral e ainda reconhece que os boletins de urnas e os resultados divulgados pelo tribunal são idênticos. Ou seja, o boletim que a urna imprimiu registrando os votos dados ao final da votação confere com o resultado da totalização divulgada pelo Tribunal.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Circula fora de contexto um vídeo no qual o jornalista William Waack diz que "o mundo está sabendo a partir de hoje que o Brasil é uma republiqueta que elege seus dirigentes com urnas fraudulentas". O apresentador criticava Jair Bolsonaro (PL) por convocar embaixadores estrangeiros para uma reunião, em 18 de julho de 2022, na qual o presidente usou informações falsas para desacreditar o processo eleitoral.

Sem essas informações, o vídeo passa a ideia de que Waack estaria anunciando irregularidades confirmadas no pleito eleitoral. Essa noção é reforçada por uma legenda adicionada ao vídeo que diz que "o mundo já sabe como ocorreram as fraudes (eleitorais)". O conteúdo checado foi visto 408 mil vezes e recebeu mais de 40 mil curtidas no Instagram.

 

O vídeo original mostra um comentário de William Waack para o canal CNN Brasil sobre a reunião, com cerca de 1 minuto e 19 segundos, mas apenas uma parte foi utilizada no boato. O conteúdo enganoso deixa de fora a parte em que o jornalista diz que Bolsonaro "usou dados falsos, versões já desmentidas para atacar os tribunais superiores e também seu principal adversário político". E concluiu falando que o presidente "se transformou no primeiro caso em tempos modernos no qual um mandatário chefe de governo, chefe de estado, convoca o resto do mundo para emporcalhar a imagem do seu próprio País". Confira a íntegra:

Dentre as informações falseadas por Bolsonaro no encontro citado por Waack, está a de que não seria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que faz a totalização dos votos e a de que as urnas eletrônicas sem impressão de votos são usadas em apenas dois países além do Brasil. De forma descontextualizada, o presidente apresentou também um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao TSE em 2018.

De acordo com o Tribunal, não há registros de fraudes desde 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser implementadas no País. Em 2022, relatórios que atestam a regularidade do processo de votação foram entregues ao TSE por Observadores Internacionais e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na quarta-feira, 9, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE relatório de fiscalização do processo de votação que não aponta qualquer fraude eleitoral e ainda reconhece que os boletins de urnas e os resultados divulgados pelo tribunal são idênticos. Ou seja, o boletim que a urna imprimiu registrando os votos dados ao final da votação confere com o resultado da totalização divulgada pelo Tribunal.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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