Através de denúncia de Mauro Cezar Pereira, MP declara guerra a 'haters'


Jornalista é constantemente perseguido por xingamentos nas redes sociais

Por Felippe Scozzafave
O jornalista Mauro Cezar Pereira é colunista de Esportes do Estadão Foto: Helvio Romero/Estadão

As redes sociais são ferramentas utilizadas para aproximar as pessoas de seus amigos e até mesmo de quem você admira. Porém, talvez por causa de tanta liberdade, há quem tenha perdido um pouco a noção de como usá-las, fazendo uma espécie de perseguição. Mauro Cezar Pereira, comentarista da ESPN e colunista do Estado, é um exemplo de quem vem sofrendo com esse tipo de atitude. Mas ele resolveu dar um basta e, para isso, fez uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo, que irá investigar o caso.

"A pessoa me assiste na televisão, não gosta da minha opinião e acha que tem o direito de me ameaçar, ofender violentamente a mim e minha família. E são xingamentos pesados. As pessoas não tem esse direito. Eles podem não concordar com a minha opinião, mas não podem sair me ofendendo e fazendo ameaças físicas. A questão é a impunidade que essas pessoas têm. O pseudoanonimato acha que está escondido e protegido, mas não está. Ele fica encorajado, começa a fazer esse tipo de coisa e isso é contra a lei. Eu quero que as pessoas se conscientizem que há limites", disse Mauro, explicando que, cansado desse tipo de atitude nas redes sociais e também via WhatsApp, decidiu levar um pen drive com "uma infinidade de prints" para análise do MP, que, através do Procurador Paulo Marco Ferraira Lima, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Cibernético, oficiou à Delegacia de Polícia de Repreensão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva que há indícios de práticas delitivas de um crime contra a honra e ameaça por meio eletrônico.

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Mais do que um incômodo e o medo de que algo possa acontecer com ele, esse tipo de atitude o prejudica no trabalho. "Alguém descobriu o meu número e ele foi colocado em grupos de WhatsApp contra a minha vontade. Eu tenho mais de 1.500 números bloqueados e nem mesmo trocar de telefone adiantaria. Eu sou repórter e muita gente tem meu telefone porque eu apuro muita coisa. Eu falo o dia inteiro por telefone e WhatsApp. Agora imagine avisar todas essas pessoas que meu número mudou. Aí eu faço todo esse esforço e não adianta nada, porque vão descobrir meu número novamente e vão fazer a mesma coisa. Esse tipo de recuo da minha parte seria uma vitória para eles", desabafou o jornalista.

Documento do MP confirmando a investigação foi enviado à reportagem Foto: Reprodução/WhatsApp

Apesar da perseguição, Mauro Cezar garante que esse tipo de atitude se limita aos meios digitais e ele não considera que precisaria passar a andar acompanhado de seguranças. "Não chegou a esse ponto. O relacionamento na rua é muito mais tranquilo. Algumas pessoas até falam que eu critiquei o time dele, mas tudo com educação e civilidade. Tem gente até que pede para tirar foto", completou, garantindo que não mudará a sua postura na hora de comentar ou escrever.

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Procurado pela reportagem, o Ministério Público através de sua assessoria de imprensa, garantiu que o caso está sendo apurado e que o primeiro passo é que se abra um inquérito sobre isso. Dependendo do que o delegado comprovar, o MP decide se denuncia ou não a existência de crime e só depois disso é que a pessoa pode ser sentenciada.

O jornalista Mauro Cezar Pereira é colunista de Esportes do Estadão Foto: Helvio Romero/Estadão

As redes sociais são ferramentas utilizadas para aproximar as pessoas de seus amigos e até mesmo de quem você admira. Porém, talvez por causa de tanta liberdade, há quem tenha perdido um pouco a noção de como usá-las, fazendo uma espécie de perseguição. Mauro Cezar Pereira, comentarista da ESPN e colunista do Estado, é um exemplo de quem vem sofrendo com esse tipo de atitude. Mas ele resolveu dar um basta e, para isso, fez uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo, que irá investigar o caso.

"A pessoa me assiste na televisão, não gosta da minha opinião e acha que tem o direito de me ameaçar, ofender violentamente a mim e minha família. E são xingamentos pesados. As pessoas não tem esse direito. Eles podem não concordar com a minha opinião, mas não podem sair me ofendendo e fazendo ameaças físicas. A questão é a impunidade que essas pessoas têm. O pseudoanonimato acha que está escondido e protegido, mas não está. Ele fica encorajado, começa a fazer esse tipo de coisa e isso é contra a lei. Eu quero que as pessoas se conscientizem que há limites", disse Mauro, explicando que, cansado desse tipo de atitude nas redes sociais e também via WhatsApp, decidiu levar um pen drive com "uma infinidade de prints" para análise do MP, que, através do Procurador Paulo Marco Ferraira Lima, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Cibernético, oficiou à Delegacia de Polícia de Repreensão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva que há indícios de práticas delitivas de um crime contra a honra e ameaça por meio eletrônico.

Mais do que um incômodo e o medo de que algo possa acontecer com ele, esse tipo de atitude o prejudica no trabalho. "Alguém descobriu o meu número e ele foi colocado em grupos de WhatsApp contra a minha vontade. Eu tenho mais de 1.500 números bloqueados e nem mesmo trocar de telefone adiantaria. Eu sou repórter e muita gente tem meu telefone porque eu apuro muita coisa. Eu falo o dia inteiro por telefone e WhatsApp. Agora imagine avisar todas essas pessoas que meu número mudou. Aí eu faço todo esse esforço e não adianta nada, porque vão descobrir meu número novamente e vão fazer a mesma coisa. Esse tipo de recuo da minha parte seria uma vitória para eles", desabafou o jornalista.

Documento do MP confirmando a investigação foi enviado à reportagem Foto: Reprodução/WhatsApp

Apesar da perseguição, Mauro Cezar garante que esse tipo de atitude se limita aos meios digitais e ele não considera que precisaria passar a andar acompanhado de seguranças. "Não chegou a esse ponto. O relacionamento na rua é muito mais tranquilo. Algumas pessoas até falam que eu critiquei o time dele, mas tudo com educação e civilidade. Tem gente até que pede para tirar foto", completou, garantindo que não mudará a sua postura na hora de comentar ou escrever.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público através de sua assessoria de imprensa, garantiu que o caso está sendo apurado e que o primeiro passo é que se abra um inquérito sobre isso. Dependendo do que o delegado comprovar, o MP decide se denuncia ou não a existência de crime e só depois disso é que a pessoa pode ser sentenciada.

O jornalista Mauro Cezar Pereira é colunista de Esportes do Estadão Foto: Helvio Romero/Estadão

As redes sociais são ferramentas utilizadas para aproximar as pessoas de seus amigos e até mesmo de quem você admira. Porém, talvez por causa de tanta liberdade, há quem tenha perdido um pouco a noção de como usá-las, fazendo uma espécie de perseguição. Mauro Cezar Pereira, comentarista da ESPN e colunista do Estado, é um exemplo de quem vem sofrendo com esse tipo de atitude. Mas ele resolveu dar um basta e, para isso, fez uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo, que irá investigar o caso.

"A pessoa me assiste na televisão, não gosta da minha opinião e acha que tem o direito de me ameaçar, ofender violentamente a mim e minha família. E são xingamentos pesados. As pessoas não tem esse direito. Eles podem não concordar com a minha opinião, mas não podem sair me ofendendo e fazendo ameaças físicas. A questão é a impunidade que essas pessoas têm. O pseudoanonimato acha que está escondido e protegido, mas não está. Ele fica encorajado, começa a fazer esse tipo de coisa e isso é contra a lei. Eu quero que as pessoas se conscientizem que há limites", disse Mauro, explicando que, cansado desse tipo de atitude nas redes sociais e também via WhatsApp, decidiu levar um pen drive com "uma infinidade de prints" para análise do MP, que, através do Procurador Paulo Marco Ferraira Lima, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Cibernético, oficiou à Delegacia de Polícia de Repreensão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva que há indícios de práticas delitivas de um crime contra a honra e ameaça por meio eletrônico.

Mais do que um incômodo e o medo de que algo possa acontecer com ele, esse tipo de atitude o prejudica no trabalho. "Alguém descobriu o meu número e ele foi colocado em grupos de WhatsApp contra a minha vontade. Eu tenho mais de 1.500 números bloqueados e nem mesmo trocar de telefone adiantaria. Eu sou repórter e muita gente tem meu telefone porque eu apuro muita coisa. Eu falo o dia inteiro por telefone e WhatsApp. Agora imagine avisar todas essas pessoas que meu número mudou. Aí eu faço todo esse esforço e não adianta nada, porque vão descobrir meu número novamente e vão fazer a mesma coisa. Esse tipo de recuo da minha parte seria uma vitória para eles", desabafou o jornalista.

Documento do MP confirmando a investigação foi enviado à reportagem Foto: Reprodução/WhatsApp

Apesar da perseguição, Mauro Cezar garante que esse tipo de atitude se limita aos meios digitais e ele não considera que precisaria passar a andar acompanhado de seguranças. "Não chegou a esse ponto. O relacionamento na rua é muito mais tranquilo. Algumas pessoas até falam que eu critiquei o time dele, mas tudo com educação e civilidade. Tem gente até que pede para tirar foto", completou, garantindo que não mudará a sua postura na hora de comentar ou escrever.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público através de sua assessoria de imprensa, garantiu que o caso está sendo apurado e que o primeiro passo é que se abra um inquérito sobre isso. Dependendo do que o delegado comprovar, o MP decide se denuncia ou não a existência de crime e só depois disso é que a pessoa pode ser sentenciada.

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