Campanhas ajudam a cobrir déficit


Hospital de Câncer de Barretos depende de doações para fechar o mês

Por Redação

Quando o fazendeiro Henrique Prata assumiu a gestão do Hospital de Câncer de Barretos, em 1989, a instituição atendia cerca de 200 pessoas por dia, tinha 80 funcionários, 1,5 mil m2 de área construída e apenas uma bomba de cobalto para realização de radioterapia. Hoje são 3 mil atendimentos diários, 2,5 mil colaboradores, quase 70 mil m2 de área construída e um acervo de R$ 40 milhões em equipamentos.Prata atribui a rápida expansão à sua filosofia de oferecer apenas o que há de melhor no tratamento contra o câncer. Todos os anos, ele visita os principais centros de oncologia do mundo para conhecer as novidades. "Se descubro que há algo melhor do que aquilo que temos aqui, paro o que estou fazendo e vou atrás de parceiros para colocar a nova ideia em prática." Graças a doações de pessoas de todo o País, parcerias com empresas privadas, apoio de artistas e do governo estadual, o hospital consegue cobrir os R$ 5 milhões que faltam todos os meses para tapar os custos que não são arcados pelo SUS. "Quase metade desse valor o governo de São Paulo ajuda a custear. Com o meio artístico, eu consigo R$ 5 milhões por ano de doação. O restante eu tenho de fazer campanha todo mês para arrecadar", conta Prata. "Não há como fazer medicina de ponta com os recursos do SUS."O empresário consegue angariar tantos recursos porque tem resultados para mostrar. Em 2008, o hospital fundado por seu pai - o médico Paulo Prata - foi apontado pelo Instituto Nacional de Câncer, dos EUA, como referência para pesquisa na América Latina. Desde então, tem firmado parcerias com os mais importantes centros, entre eles o MD Anderson, do Texas. "Meu pai dizia que se eu conseguisse conciliar prevenção, assistencialismo e pesquisa, o mundo nos reconheceria como um centro sério. Foi no que deu." Visitantes. Em 2010, o hospital abriu uma unidade em Jales, perto da divisa com Mato Grosso do Sul, para diminuir o número de pacientes da Região Centro-Oeste. Mas o tiro saiu pela culatra. A pequena redução percebida em Mato Grosso do Sul foi compensada pelo aumento de pacientes de outros Estados.Para atender a essas pessoas, o hospital mantém 13 alojamentos com capacidade para 650 pacientes e acompanhantes. Na Casa de Apoio Madre Paulina, por exemplo, são oferecidos pouso para 260 pessoas e cinco refeições diárias - também para aqueles que se hospedam em casas particulares ou pousadas mantidas por prefeituras. Entre os hóspedes atuais está a acreana Gerusa Maria Matos da Cruz, de 51 anos, que tem câncer de cabeça e pescoço. No dia 20, ela completará um ano distante de Cruzeiro do Sul (AC), a 3,5 mil km de Barretos. Após a experiência frustrada em Jales, Prata percebeu que a única forma de evitar o deslocamento desses pacientes até Barretos seria levar a prevenção e o diagnóstico precoce à origem do problema. Recentemente, firmou parceria com o governo de Rondônia e deve assumir até abril a gestão do Hospital de Câncer de Porto Velho (RO). Também deve ajudar o governo do Mato Grosso na criação de um centro local de referência. Em Juazeiro, na Bahia, foi criado um centro para fazer rastreamento de câncer de mama. / COLABOROU BRÁS HENRIQUEFICHA TÉCNICAHospital de Câncer de BarretosFundação: 1967N.º atendimentos por dia: 3 milMunicípios atendidos em 2010: 1.372Déficit mensal: R$ 5,4 milhõesN.º de refeições diárias: 8 milN.º de alojamentos: 13 (com capacidade para 650 pessoas) Pacientes atendidos em 2010: 50.865N.º de funcionários:2,5 mil, sendo 250 médicos em tempo integral e dedicação exclusiva

Quando o fazendeiro Henrique Prata assumiu a gestão do Hospital de Câncer de Barretos, em 1989, a instituição atendia cerca de 200 pessoas por dia, tinha 80 funcionários, 1,5 mil m2 de área construída e apenas uma bomba de cobalto para realização de radioterapia. Hoje são 3 mil atendimentos diários, 2,5 mil colaboradores, quase 70 mil m2 de área construída e um acervo de R$ 40 milhões em equipamentos.Prata atribui a rápida expansão à sua filosofia de oferecer apenas o que há de melhor no tratamento contra o câncer. Todos os anos, ele visita os principais centros de oncologia do mundo para conhecer as novidades. "Se descubro que há algo melhor do que aquilo que temos aqui, paro o que estou fazendo e vou atrás de parceiros para colocar a nova ideia em prática." Graças a doações de pessoas de todo o País, parcerias com empresas privadas, apoio de artistas e do governo estadual, o hospital consegue cobrir os R$ 5 milhões que faltam todos os meses para tapar os custos que não são arcados pelo SUS. "Quase metade desse valor o governo de São Paulo ajuda a custear. Com o meio artístico, eu consigo R$ 5 milhões por ano de doação. O restante eu tenho de fazer campanha todo mês para arrecadar", conta Prata. "Não há como fazer medicina de ponta com os recursos do SUS."O empresário consegue angariar tantos recursos porque tem resultados para mostrar. Em 2008, o hospital fundado por seu pai - o médico Paulo Prata - foi apontado pelo Instituto Nacional de Câncer, dos EUA, como referência para pesquisa na América Latina. Desde então, tem firmado parcerias com os mais importantes centros, entre eles o MD Anderson, do Texas. "Meu pai dizia que se eu conseguisse conciliar prevenção, assistencialismo e pesquisa, o mundo nos reconheceria como um centro sério. Foi no que deu." Visitantes. Em 2010, o hospital abriu uma unidade em Jales, perto da divisa com Mato Grosso do Sul, para diminuir o número de pacientes da Região Centro-Oeste. Mas o tiro saiu pela culatra. A pequena redução percebida em Mato Grosso do Sul foi compensada pelo aumento de pacientes de outros Estados.Para atender a essas pessoas, o hospital mantém 13 alojamentos com capacidade para 650 pacientes e acompanhantes. Na Casa de Apoio Madre Paulina, por exemplo, são oferecidos pouso para 260 pessoas e cinco refeições diárias - também para aqueles que se hospedam em casas particulares ou pousadas mantidas por prefeituras. Entre os hóspedes atuais está a acreana Gerusa Maria Matos da Cruz, de 51 anos, que tem câncer de cabeça e pescoço. No dia 20, ela completará um ano distante de Cruzeiro do Sul (AC), a 3,5 mil km de Barretos. Após a experiência frustrada em Jales, Prata percebeu que a única forma de evitar o deslocamento desses pacientes até Barretos seria levar a prevenção e o diagnóstico precoce à origem do problema. Recentemente, firmou parceria com o governo de Rondônia e deve assumir até abril a gestão do Hospital de Câncer de Porto Velho (RO). Também deve ajudar o governo do Mato Grosso na criação de um centro local de referência. Em Juazeiro, na Bahia, foi criado um centro para fazer rastreamento de câncer de mama. / COLABOROU BRÁS HENRIQUEFICHA TÉCNICAHospital de Câncer de BarretosFundação: 1967N.º atendimentos por dia: 3 milMunicípios atendidos em 2010: 1.372Déficit mensal: R$ 5,4 milhõesN.º de refeições diárias: 8 milN.º de alojamentos: 13 (com capacidade para 650 pessoas) Pacientes atendidos em 2010: 50.865N.º de funcionários:2,5 mil, sendo 250 médicos em tempo integral e dedicação exclusiva

Quando o fazendeiro Henrique Prata assumiu a gestão do Hospital de Câncer de Barretos, em 1989, a instituição atendia cerca de 200 pessoas por dia, tinha 80 funcionários, 1,5 mil m2 de área construída e apenas uma bomba de cobalto para realização de radioterapia. Hoje são 3 mil atendimentos diários, 2,5 mil colaboradores, quase 70 mil m2 de área construída e um acervo de R$ 40 milhões em equipamentos.Prata atribui a rápida expansão à sua filosofia de oferecer apenas o que há de melhor no tratamento contra o câncer. Todos os anos, ele visita os principais centros de oncologia do mundo para conhecer as novidades. "Se descubro que há algo melhor do que aquilo que temos aqui, paro o que estou fazendo e vou atrás de parceiros para colocar a nova ideia em prática." Graças a doações de pessoas de todo o País, parcerias com empresas privadas, apoio de artistas e do governo estadual, o hospital consegue cobrir os R$ 5 milhões que faltam todos os meses para tapar os custos que não são arcados pelo SUS. "Quase metade desse valor o governo de São Paulo ajuda a custear. Com o meio artístico, eu consigo R$ 5 milhões por ano de doação. O restante eu tenho de fazer campanha todo mês para arrecadar", conta Prata. "Não há como fazer medicina de ponta com os recursos do SUS."O empresário consegue angariar tantos recursos porque tem resultados para mostrar. Em 2008, o hospital fundado por seu pai - o médico Paulo Prata - foi apontado pelo Instituto Nacional de Câncer, dos EUA, como referência para pesquisa na América Latina. Desde então, tem firmado parcerias com os mais importantes centros, entre eles o MD Anderson, do Texas. "Meu pai dizia que se eu conseguisse conciliar prevenção, assistencialismo e pesquisa, o mundo nos reconheceria como um centro sério. Foi no que deu." Visitantes. Em 2010, o hospital abriu uma unidade em Jales, perto da divisa com Mato Grosso do Sul, para diminuir o número de pacientes da Região Centro-Oeste. Mas o tiro saiu pela culatra. A pequena redução percebida em Mato Grosso do Sul foi compensada pelo aumento de pacientes de outros Estados.Para atender a essas pessoas, o hospital mantém 13 alojamentos com capacidade para 650 pacientes e acompanhantes. Na Casa de Apoio Madre Paulina, por exemplo, são oferecidos pouso para 260 pessoas e cinco refeições diárias - também para aqueles que se hospedam em casas particulares ou pousadas mantidas por prefeituras. Entre os hóspedes atuais está a acreana Gerusa Maria Matos da Cruz, de 51 anos, que tem câncer de cabeça e pescoço. No dia 20, ela completará um ano distante de Cruzeiro do Sul (AC), a 3,5 mil km de Barretos. Após a experiência frustrada em Jales, Prata percebeu que a única forma de evitar o deslocamento desses pacientes até Barretos seria levar a prevenção e o diagnóstico precoce à origem do problema. Recentemente, firmou parceria com o governo de Rondônia e deve assumir até abril a gestão do Hospital de Câncer de Porto Velho (RO). Também deve ajudar o governo do Mato Grosso na criação de um centro local de referência. Em Juazeiro, na Bahia, foi criado um centro para fazer rastreamento de câncer de mama. / COLABOROU BRÁS HENRIQUEFICHA TÉCNICAHospital de Câncer de BarretosFundação: 1967N.º atendimentos por dia: 3 milMunicípios atendidos em 2010: 1.372Déficit mensal: R$ 5,4 milhõesN.º de refeições diárias: 8 milN.º de alojamentos: 13 (com capacidade para 650 pessoas) Pacientes atendidos em 2010: 50.865N.º de funcionários:2,5 mil, sendo 250 médicos em tempo integral e dedicação exclusiva

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