Javalis e híbridos com porcos se tornam ameaça


Espécie estrangeira foi introduzida sem controle no Brasil e agora causa prejuízos à lavoura; especialistas defendem o abate, ainda considerado crime

Por Marcelo Portela

BELO HORIZONTEJavalis e javaporcos, híbridos da espécie selvagem com porcos domésticos, estão se tornando uma ameaça ao meio ambiente e à saúde da população no Brasil. Sem predadores naturais e nenhum tipo de controle, os animais viraram praga em várias regiões e ameaçam pessoas, lavouras e outras espécies. "Esses animais comem tudo que está em cima da terra. Répteis, pequenos mamíferos, vegetais", alerta o engenheiro agrônomo Rafael Augusto Salerno, integrante do Grupo de Trabalho para o Controle do Javali em Minas Gerais (GT Javali).Os javalis chegaram ao País entre o fim da década de 1980 e início da década de 1990, principalmente pelas fronteiras com Uruguai e Argentina, onde foram introduzidos para caça. Também foi importado para criação em cativeiro, com vista à produção de corte. Porém, animais selvagens que entraram pelas fronteiras e os que fugiram ou foram soltos de empreendimentos que não deram certo se reproduzem em velocidade alarmante em Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Acre.Os alvos preferenciais da espécie são as lavouras, principalmente de milho e tubérculos. "As cercas não conseguem contê-los e um bando pode consumir uma lavoura razoável em uma noite. E isso é um pedacinho do problema, porque o milho só está na natureza em determinada época do ano. O resto do tempo, eles atacam o restante da fauna e da flora", alerta Salerno.Os animais são de origem europeia e asiática e podem chegar a 150 quilos. Apesar de "estrangeira", a espécie encontrou no País o ambiente ideal para se reproduzir. Com o cruzamento com porcos domésticos, o problema ficou mais grave. "Os javaporcos têm porte maior, são mais férteis e, às vezes, mais agressivos."A produção de javaporcos é ilegal e não há controle sanitário da qualidade da carne. "Há risco grande de focos de aftosa ou febre suína clássica, por exemplo. São animais que transmitem mais de 50 doenças."Controle. Apesar de cada vez mais grave, o problema não surgiu agora. Em 2009, o professor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, em Portugal, visitou o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), também alvo de infestação de javalis. Ele alertou para o risco de zoonoses e defendeu o uso de métodos de controle da população para afastar o risco. "Precisaria abater 70% dos animais por ano, só para manter a população estável. E, se chegarem à Amazônia, ninguém pega mais", concorda Rafael Salerno.O problema é que na maior parte do Brasil matar um javali é considerado crime ambiental. As exceções são Rio Grande do Sul e Santa Catarina.AbateSegundo o Ibama, os javalis e javaporcos são uma praga e apenas a caça é proibida. Mas ressaltou que cada Estado, "até por meio de decreto", deve definir a forma de abate dos animais.

BELO HORIZONTEJavalis e javaporcos, híbridos da espécie selvagem com porcos domésticos, estão se tornando uma ameaça ao meio ambiente e à saúde da população no Brasil. Sem predadores naturais e nenhum tipo de controle, os animais viraram praga em várias regiões e ameaçam pessoas, lavouras e outras espécies. "Esses animais comem tudo que está em cima da terra. Répteis, pequenos mamíferos, vegetais", alerta o engenheiro agrônomo Rafael Augusto Salerno, integrante do Grupo de Trabalho para o Controle do Javali em Minas Gerais (GT Javali).Os javalis chegaram ao País entre o fim da década de 1980 e início da década de 1990, principalmente pelas fronteiras com Uruguai e Argentina, onde foram introduzidos para caça. Também foi importado para criação em cativeiro, com vista à produção de corte. Porém, animais selvagens que entraram pelas fronteiras e os que fugiram ou foram soltos de empreendimentos que não deram certo se reproduzem em velocidade alarmante em Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Acre.Os alvos preferenciais da espécie são as lavouras, principalmente de milho e tubérculos. "As cercas não conseguem contê-los e um bando pode consumir uma lavoura razoável em uma noite. E isso é um pedacinho do problema, porque o milho só está na natureza em determinada época do ano. O resto do tempo, eles atacam o restante da fauna e da flora", alerta Salerno.Os animais são de origem europeia e asiática e podem chegar a 150 quilos. Apesar de "estrangeira", a espécie encontrou no País o ambiente ideal para se reproduzir. Com o cruzamento com porcos domésticos, o problema ficou mais grave. "Os javaporcos têm porte maior, são mais férteis e, às vezes, mais agressivos."A produção de javaporcos é ilegal e não há controle sanitário da qualidade da carne. "Há risco grande de focos de aftosa ou febre suína clássica, por exemplo. São animais que transmitem mais de 50 doenças."Controle. Apesar de cada vez mais grave, o problema não surgiu agora. Em 2009, o professor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, em Portugal, visitou o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), também alvo de infestação de javalis. Ele alertou para o risco de zoonoses e defendeu o uso de métodos de controle da população para afastar o risco. "Precisaria abater 70% dos animais por ano, só para manter a população estável. E, se chegarem à Amazônia, ninguém pega mais", concorda Rafael Salerno.O problema é que na maior parte do Brasil matar um javali é considerado crime ambiental. As exceções são Rio Grande do Sul e Santa Catarina.AbateSegundo o Ibama, os javalis e javaporcos são uma praga e apenas a caça é proibida. Mas ressaltou que cada Estado, "até por meio de decreto", deve definir a forma de abate dos animais.

BELO HORIZONTEJavalis e javaporcos, híbridos da espécie selvagem com porcos domésticos, estão se tornando uma ameaça ao meio ambiente e à saúde da população no Brasil. Sem predadores naturais e nenhum tipo de controle, os animais viraram praga em várias regiões e ameaçam pessoas, lavouras e outras espécies. "Esses animais comem tudo que está em cima da terra. Répteis, pequenos mamíferos, vegetais", alerta o engenheiro agrônomo Rafael Augusto Salerno, integrante do Grupo de Trabalho para o Controle do Javali em Minas Gerais (GT Javali).Os javalis chegaram ao País entre o fim da década de 1980 e início da década de 1990, principalmente pelas fronteiras com Uruguai e Argentina, onde foram introduzidos para caça. Também foi importado para criação em cativeiro, com vista à produção de corte. Porém, animais selvagens que entraram pelas fronteiras e os que fugiram ou foram soltos de empreendimentos que não deram certo se reproduzem em velocidade alarmante em Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Acre.Os alvos preferenciais da espécie são as lavouras, principalmente de milho e tubérculos. "As cercas não conseguem contê-los e um bando pode consumir uma lavoura razoável em uma noite. E isso é um pedacinho do problema, porque o milho só está na natureza em determinada época do ano. O resto do tempo, eles atacam o restante da fauna e da flora", alerta Salerno.Os animais são de origem europeia e asiática e podem chegar a 150 quilos. Apesar de "estrangeira", a espécie encontrou no País o ambiente ideal para se reproduzir. Com o cruzamento com porcos domésticos, o problema ficou mais grave. "Os javaporcos têm porte maior, são mais férteis e, às vezes, mais agressivos."A produção de javaporcos é ilegal e não há controle sanitário da qualidade da carne. "Há risco grande de focos de aftosa ou febre suína clássica, por exemplo. São animais que transmitem mais de 50 doenças."Controle. Apesar de cada vez mais grave, o problema não surgiu agora. Em 2009, o professor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, em Portugal, visitou o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), também alvo de infestação de javalis. Ele alertou para o risco de zoonoses e defendeu o uso de métodos de controle da população para afastar o risco. "Precisaria abater 70% dos animais por ano, só para manter a população estável. E, se chegarem à Amazônia, ninguém pega mais", concorda Rafael Salerno.O problema é que na maior parte do Brasil matar um javali é considerado crime ambiental. As exceções são Rio Grande do Sul e Santa Catarina.AbateSegundo o Ibama, os javalis e javaporcos são uma praga e apenas a caça é proibida. Mas ressaltou que cada Estado, "até por meio de decreto", deve definir a forma de abate dos animais.

BELO HORIZONTEJavalis e javaporcos, híbridos da espécie selvagem com porcos domésticos, estão se tornando uma ameaça ao meio ambiente e à saúde da população no Brasil. Sem predadores naturais e nenhum tipo de controle, os animais viraram praga em várias regiões e ameaçam pessoas, lavouras e outras espécies. "Esses animais comem tudo que está em cima da terra. Répteis, pequenos mamíferos, vegetais", alerta o engenheiro agrônomo Rafael Augusto Salerno, integrante do Grupo de Trabalho para o Controle do Javali em Minas Gerais (GT Javali).Os javalis chegaram ao País entre o fim da década de 1980 e início da década de 1990, principalmente pelas fronteiras com Uruguai e Argentina, onde foram introduzidos para caça. Também foi importado para criação em cativeiro, com vista à produção de corte. Porém, animais selvagens que entraram pelas fronteiras e os que fugiram ou foram soltos de empreendimentos que não deram certo se reproduzem em velocidade alarmante em Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Acre.Os alvos preferenciais da espécie são as lavouras, principalmente de milho e tubérculos. "As cercas não conseguem contê-los e um bando pode consumir uma lavoura razoável em uma noite. E isso é um pedacinho do problema, porque o milho só está na natureza em determinada época do ano. O resto do tempo, eles atacam o restante da fauna e da flora", alerta Salerno.Os animais são de origem europeia e asiática e podem chegar a 150 quilos. Apesar de "estrangeira", a espécie encontrou no País o ambiente ideal para se reproduzir. Com o cruzamento com porcos domésticos, o problema ficou mais grave. "Os javaporcos têm porte maior, são mais férteis e, às vezes, mais agressivos."A produção de javaporcos é ilegal e não há controle sanitário da qualidade da carne. "Há risco grande de focos de aftosa ou febre suína clássica, por exemplo. São animais que transmitem mais de 50 doenças."Controle. Apesar de cada vez mais grave, o problema não surgiu agora. Em 2009, o professor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, em Portugal, visitou o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), também alvo de infestação de javalis. Ele alertou para o risco de zoonoses e defendeu o uso de métodos de controle da população para afastar o risco. "Precisaria abater 70% dos animais por ano, só para manter a população estável. E, se chegarem à Amazônia, ninguém pega mais", concorda Rafael Salerno.O problema é que na maior parte do Brasil matar um javali é considerado crime ambiental. As exceções são Rio Grande do Sul e Santa Catarina.AbateSegundo o Ibama, os javalis e javaporcos são uma praga e apenas a caça é proibida. Mas ressaltou que cada Estado, "até por meio de decreto", deve definir a forma de abate dos animais.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.