Pontífice propõe diálogo a líderes de outras religiões


Em audiência, papa fala em cooperação com cristãos ortodoxos e faz menções elogiosas a judeus e muçulmanos

Por CIDADE DO VATICANO

Depois de se dirigir nos últimos dias aos católicos, ontem foi a vez de o papa Francisco lançar uma mensagem às demais religiões, propondo "diálogo e amizade" a seus líderes e pedindo "respeito" a todos. Francisco ainda inovou, estendendo a mão a "aliados preciosos" entre os não crentes. Num encontro realizado no Vaticano com representantes de outras religiões, Francisco foi enfático: "A Igreja Católica está ciente da importância de promover amizade e respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas", disse. "Eu quero repetir isso: a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas."O argentino inovou uma vez mais no cerimonial. Abandonou o trono e o trocou por uma cadeira. Ele ainda colocou os líderes religiosos em um círculo, num sinal de proximidade. Francisco prometeu cooperar com os cristão ortodoxos, apontou as ligações espirituais com judeus e declarou sua "gratidão" aos líderes muçulmanos. A reunião também contou com budistas, hinduístas e protestantes. Os antecessores de Francisco - tanto Bento XVI quanto João Paulo II - se declararam comprometidos com o diálogo inter-religioso, mas cometeram sérios erros com muçulmanos e judeus, o que esfriou a relação.Ontem, o argentino pediu que todos reunissem forças para defender a justiça, a paz e o meio ambiente e para não permitir que o valor de uma pessoa seja reduzido "ao que ela produz e consome". Para ele, a "visão unidimensional" do ser humano é "uma das coisas mais perigosas de nosso tempo".Aliados. Ainda que tenha dito que a tentativa de eliminar Deus da vida traga "muita violência", Francisco inovou ao lançar um gesto aos que buscam a verdade, a bondade e a beleza sem pertencer a uma religião. "Eles são nossos aliados preciosos no compromisso de defender a dignidade humana", disse, num claro contraste à posição de Bento XVI. O encontro contou com a presença de Bartolomeu I, o primeiro líder espiritual dos cristãos ortodoxos a participar da inauguração de um pontificado estar numa posse em mais de mil anos desde a ruptura entre as duas igrejas. "Você tem uma enorme responsabilidade perante Deus e os homens", disse Bartolomeu ao papa. "A unidade das igrejas cristãs é nossa maior preocupação", completou o ortodoxo,.Para os demais líderes, foi um "bom começo". "Este papa vai fazer do diálogo inter-religioso algo mais próximo das pessoas, e não apenas trocas de ideias entre acadêmicos e políticos", disse o muçulmano Yahya Pallavicini. Ditadura. Hoje será a vez do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, de se reunir com o papa. Preso e torturado durante o regime militar (1976-1983), ele saiu em defesa do cardeal Jorge Bergoglio quando a esquerda argentina acusou o recém-eleito papa de ter colaborado com a ditadura. / J.C.

Depois de se dirigir nos últimos dias aos católicos, ontem foi a vez de o papa Francisco lançar uma mensagem às demais religiões, propondo "diálogo e amizade" a seus líderes e pedindo "respeito" a todos. Francisco ainda inovou, estendendo a mão a "aliados preciosos" entre os não crentes. Num encontro realizado no Vaticano com representantes de outras religiões, Francisco foi enfático: "A Igreja Católica está ciente da importância de promover amizade e respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas", disse. "Eu quero repetir isso: a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas."O argentino inovou uma vez mais no cerimonial. Abandonou o trono e o trocou por uma cadeira. Ele ainda colocou os líderes religiosos em um círculo, num sinal de proximidade. Francisco prometeu cooperar com os cristão ortodoxos, apontou as ligações espirituais com judeus e declarou sua "gratidão" aos líderes muçulmanos. A reunião também contou com budistas, hinduístas e protestantes. Os antecessores de Francisco - tanto Bento XVI quanto João Paulo II - se declararam comprometidos com o diálogo inter-religioso, mas cometeram sérios erros com muçulmanos e judeus, o que esfriou a relação.Ontem, o argentino pediu que todos reunissem forças para defender a justiça, a paz e o meio ambiente e para não permitir que o valor de uma pessoa seja reduzido "ao que ela produz e consome". Para ele, a "visão unidimensional" do ser humano é "uma das coisas mais perigosas de nosso tempo".Aliados. Ainda que tenha dito que a tentativa de eliminar Deus da vida traga "muita violência", Francisco inovou ao lançar um gesto aos que buscam a verdade, a bondade e a beleza sem pertencer a uma religião. "Eles são nossos aliados preciosos no compromisso de defender a dignidade humana", disse, num claro contraste à posição de Bento XVI. O encontro contou com a presença de Bartolomeu I, o primeiro líder espiritual dos cristãos ortodoxos a participar da inauguração de um pontificado estar numa posse em mais de mil anos desde a ruptura entre as duas igrejas. "Você tem uma enorme responsabilidade perante Deus e os homens", disse Bartolomeu ao papa. "A unidade das igrejas cristãs é nossa maior preocupação", completou o ortodoxo,.Para os demais líderes, foi um "bom começo". "Este papa vai fazer do diálogo inter-religioso algo mais próximo das pessoas, e não apenas trocas de ideias entre acadêmicos e políticos", disse o muçulmano Yahya Pallavicini. Ditadura. Hoje será a vez do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, de se reunir com o papa. Preso e torturado durante o regime militar (1976-1983), ele saiu em defesa do cardeal Jorge Bergoglio quando a esquerda argentina acusou o recém-eleito papa de ter colaborado com a ditadura. / J.C.

Depois de se dirigir nos últimos dias aos católicos, ontem foi a vez de o papa Francisco lançar uma mensagem às demais religiões, propondo "diálogo e amizade" a seus líderes e pedindo "respeito" a todos. Francisco ainda inovou, estendendo a mão a "aliados preciosos" entre os não crentes. Num encontro realizado no Vaticano com representantes de outras religiões, Francisco foi enfático: "A Igreja Católica está ciente da importância de promover amizade e respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas", disse. "Eu quero repetir isso: a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas."O argentino inovou uma vez mais no cerimonial. Abandonou o trono e o trocou por uma cadeira. Ele ainda colocou os líderes religiosos em um círculo, num sinal de proximidade. Francisco prometeu cooperar com os cristão ortodoxos, apontou as ligações espirituais com judeus e declarou sua "gratidão" aos líderes muçulmanos. A reunião também contou com budistas, hinduístas e protestantes. Os antecessores de Francisco - tanto Bento XVI quanto João Paulo II - se declararam comprometidos com o diálogo inter-religioso, mas cometeram sérios erros com muçulmanos e judeus, o que esfriou a relação.Ontem, o argentino pediu que todos reunissem forças para defender a justiça, a paz e o meio ambiente e para não permitir que o valor de uma pessoa seja reduzido "ao que ela produz e consome". Para ele, a "visão unidimensional" do ser humano é "uma das coisas mais perigosas de nosso tempo".Aliados. Ainda que tenha dito que a tentativa de eliminar Deus da vida traga "muita violência", Francisco inovou ao lançar um gesto aos que buscam a verdade, a bondade e a beleza sem pertencer a uma religião. "Eles são nossos aliados preciosos no compromisso de defender a dignidade humana", disse, num claro contraste à posição de Bento XVI. O encontro contou com a presença de Bartolomeu I, o primeiro líder espiritual dos cristãos ortodoxos a participar da inauguração de um pontificado estar numa posse em mais de mil anos desde a ruptura entre as duas igrejas. "Você tem uma enorme responsabilidade perante Deus e os homens", disse Bartolomeu ao papa. "A unidade das igrejas cristãs é nossa maior preocupação", completou o ortodoxo,.Para os demais líderes, foi um "bom começo". "Este papa vai fazer do diálogo inter-religioso algo mais próximo das pessoas, e não apenas trocas de ideias entre acadêmicos e políticos", disse o muçulmano Yahya Pallavicini. Ditadura. Hoje será a vez do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, de se reunir com o papa. Preso e torturado durante o regime militar (1976-1983), ele saiu em defesa do cardeal Jorge Bergoglio quando a esquerda argentina acusou o recém-eleito papa de ter colaborado com a ditadura. / J.C.

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