Neste 49º dia de guerra, a Casa Branca subiu sua aposta para conter a iminente ofensiva da Rússia na região de Donbas, no leste da Ucrânia. O presidente dos EUA, Joe Biden, em conversa com seu colega ucraniano, Volodmir Zelenski, autorizou o envio de mais US$ 800 milhões em armas avançadas e munições para a resistência ucraniana.
No arsenal americano, segundo Biden, foram incluídos sistemas de artilharia, munição e blindados. De acordo com John Kirby, porta-voz do Pentágono, alguns equipamentos militares que serão fornecidos à Ucrânia são tão sensíveis que exigirão treinamento.
Na expectativa da grande batalha na região, mais de mil fuzileiros navais da Ucrânia teriam se rendido em Mariupol após perderem o controle do porto da cidade para as tropas russas, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.
A captura do distrito industrial de Azovstal, onde os fuzileiros navais estão escondidos, daria aos russos o controle total de Mariupol, o principal porto ucraniano do Mar de Azov, reforçaria um corredor terrestre ao sul e expandiria a ocupação russa no leste do país.
Nesta cidade, os russos estão sendo acusados pelos ucranianos de terem usado bombas de fósforo em um ataque no fim de semana. Nesta quarta-feira, Zelenski reforçou a acusação em um discurso ao Parlamento da Estônia, por teleconferência.
Segundo ele, a Rússia teria usado bombas de fósforo branco. O líder não apresentou evidências e a Rússia nega as acusações. As bombas de fósforo são armas incendiárias. Seu uso em áreas com civis é proibido no mundo inteiro por uma convenção da ONU de 1997, que veta o uso de fósforo branco durante combates.
De qualquer forma, para a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a Rússia já infringiu o direito internacional humanitário ao atacar deliberadamente civis durante a invasão da Ucrânia. Segundo um relatório elaborado por seus especialistas, aqueles que ordenaram ataques a uma maternidade e a um teatro que era usado de abrigo por civis em Mariupol cometeram crimes de guerra. Saiba mais sobre o 49º dia da guerra na Ucrânia:
Ajuda dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.
Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.
Rendição
Ainda nesta quarta-feira, mais de mil fuzileiros navais da Ucrânia se renderam em Mariupol, no sudeste do país, e perderam o controle do porto da cidade para as tropas russas, segundo o Ministério de Defesa da Rússia. O estado-maior da Ucrânia confirmou que os russos realizaram ataques na cidade e no porto, mas disse que não possuía informações sobre rendição.
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Mais de 1.000 soldados ucranianos se renderam às tropas russas na cidade de Mariupol, cercada há várias semanas.
A captura do distrito industrial de Azovstal, onde os fuzileiros navais estão escondidos, daria aos russos o controle total de Mariupol, o principal porto ucraniano do Mar de Azov, reforçaria um corredor terrestre ao sul e expandiria a ocupação russa no leste do país.
Cercada e bombardeada por tropas russas durante semanas e palco de alguns dos combates mais pesados da guerra, Mariupol seria a primeira grande cidade a cair desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Bombas incendiárias
Aumentando os temores de que o conflito tenha atingindo a fase das armas químicas, Zelenski acusou a Rússia de ter usado bombas de fósforo branco, proibidas por uma convenção da ONU. Em discurso ao Parlamento da Estônia por teleconferência, Zelenski disse que a Rússia está usando bombas de fósforo na Ucrânia, acusando Moscou de usar táticas terroristas contra civis. O líder não apresentou evidências da acusação.
As bombas de fósforo são armas incendiárias. Seu uso em áreas com civis é proibido no mundo inteiro por uma convenção da ONU de 1997, que veta o uso de fósforo branco durante combates.
‘Crimes de guerra’
Para a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em seu ataque na região, a Rússia infringiu o direito internacional humanitário ao atacar deliberadamente civis, e os que ordenaram ataques a uma maternidade e teatro que se abrigaram na cidade sitiada de Mariupol cometeram crimes de guerra, determinaram seus especialistas em um relatório publicado nesta quarta-feira, 13.
O órgão de segurança com sede em Viena acusou a Rússia de visar amplamente hospitais, escolas, prédios residenciais e instalações de água em suas operações militares, levando a mortes e ferimentos de civis.