56º dia da guerra: Rússia eleva tensão com teste de míssil e ONU propõe conversa em Moscou e Kiev


Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliam envio de armamento

Por Redação
Atualização:

Em meio a um conflito que faz o mundo prender a respiração pelo risco de escalada nuclear, a Rússia anunciou nesta quarta-feira, 20, o 56º dia da guerra na Ucrânia, que realizou o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat. O armamento, com capacidade nuclear, é, segundo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, sem precedentes no mundo.

Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliaram o envio de armamento, um dia depois de Kiev ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Os novos carregamentos reforçarão os combatentes no leste, que se preparam para batalhas mais sangrentas que as anteriores.

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Fora do campo de guerra, os EUA impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. A Rússia tem sido alvo de uma série de penalidades impostas em resposta à decisão de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Forças ucranianas usam o lançador de foguetes BM-21 na região de Kharkiv, em 20 de abril  Foto: Serhii Nuzhnenko/Reuters

Na busca por uma solução para o fim do conflito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia -- Vladimir Putin e Volodmir Zelenski -- em suas capitais.

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Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, fortemente bombardeada pelos russos. Na cidade, mais uma vez, um corredor para retirar civis não funcionou. Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis.

É também em Mariupol -- especificamente na usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works -- que soldados e civis ucranianos continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia. O prazo expirou na tarde desta quarta-feira. Saiba mais sobre o 56º dia da guerra na Ucrânia:

‘Arma sem precedente’

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A Rússia afirmou nesta quarta-feira que realizou um primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, uma nova arma do seu arsenal nuclear considerada pelo presidente russo Vladimir Putin sem precedentes no mundo. Putin foi mostrado na televisão sendo informado pelos militares que o míssil foi lançado de Pleseterk, no noroeste da Rússia, e atingiu alvos na península de Kamachatka, no extremo leste.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia do que seria o teste com o míssil intercontinental Sarmat, em 20 de abril  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, o lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra de oito semanas da Rússia na Ucrânia.

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Reforço também sem precedentes

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura.

Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar. A Rússia afirmou na segunda-feira já ter iniciado a nova fase da guerra, que concentra os combates no leste.

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Pressão por meio de sanções

Os Estados Unidos impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. Impostas desde que o país invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, as sanções são uma retaliação dos EUA à decisão de Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções ao banco comercial russo Transkapitalbank, cujos representantes atendem a vários bancos na Ásia, incluindo na China e no Oriente Médio, e sugeriram opções para evitar sanções internacionais.

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Pressão por diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais nesta quarta-feira para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia como parte dos esforços da organização para acabar com a guerra.

Em cartas entregues às missões da ONU de cada país, Guterres pediu para se encontrar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodmir Zelenski, em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, disse um alto funcionário de Kiev.

Sem rendição

O ultimato dado pela Rússia às tropas ucranianas em Mariupol para se renderem expirou na tarde (horário local) desta quarta-feira sem a rendição em massa. Os soldados e civis ucranianos, que estão dentro da usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works, continuam protegidos em uma área subterrânea do local, mas possuem apenas dias ou talvez horas de vida, segundo um comandante da marinha da Ucrânia.

Usina da Azovstal Iron and Steel Works onde civis e militares continuam sitiados pelos soldados russos Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

O governo de Kiev acusou a Rússia de usar bombas destruidoras de bunkers para conduzir os ucranianos acima do solo e, nesta quarta-feira, autoridades disseram que um hospital improvisado perto da fábrica foi bombardeado durante a noite, deixando centenas de pessoas presas sob os escombros.

Sem corredor

Uma nova tentativa de retirar civis da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, não funcionou, afirmou na noite desta quarta-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshckuk, acusando as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear veículos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos estão fornecendo avaliações às autoridades ucranianas sobre a possibilidade de estabelecer corredores, mas que é uma “decisão difícil” de tomar. “Houve acordos que fracassaram porque a segurança foi violada pelas forças russas”, disse.

Em meio a um conflito que faz o mundo prender a respiração pelo risco de escalada nuclear, a Rússia anunciou nesta quarta-feira, 20, o 56º dia da guerra na Ucrânia, que realizou o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat. O armamento, com capacidade nuclear, é, segundo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, sem precedentes no mundo.

Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliaram o envio de armamento, um dia depois de Kiev ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Os novos carregamentos reforçarão os combatentes no leste, que se preparam para batalhas mais sangrentas que as anteriores.

Fora do campo de guerra, os EUA impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. A Rússia tem sido alvo de uma série de penalidades impostas em resposta à decisão de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Forças ucranianas usam o lançador de foguetes BM-21 na região de Kharkiv, em 20 de abril  Foto: Serhii Nuzhnenko/Reuters

Na busca por uma solução para o fim do conflito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia -- Vladimir Putin e Volodmir Zelenski -- em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, fortemente bombardeada pelos russos. Na cidade, mais uma vez, um corredor para retirar civis não funcionou. Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis.

É também em Mariupol -- especificamente na usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works -- que soldados e civis ucranianos continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia. O prazo expirou na tarde desta quarta-feira. Saiba mais sobre o 56º dia da guerra na Ucrânia:

‘Arma sem precedente’

A Rússia afirmou nesta quarta-feira que realizou um primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, uma nova arma do seu arsenal nuclear considerada pelo presidente russo Vladimir Putin sem precedentes no mundo. Putin foi mostrado na televisão sendo informado pelos militares que o míssil foi lançado de Pleseterk, no noroeste da Rússia, e atingiu alvos na península de Kamachatka, no extremo leste.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia do que seria o teste com o míssil intercontinental Sarmat, em 20 de abril  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, o lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra de oito semanas da Rússia na Ucrânia.

Reforço também sem precedentes

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura.

Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar. A Rússia afirmou na segunda-feira já ter iniciado a nova fase da guerra, que concentra os combates no leste.

Pressão por meio de sanções

Os Estados Unidos impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. Impostas desde que o país invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, as sanções são uma retaliação dos EUA à decisão de Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções ao banco comercial russo Transkapitalbank, cujos representantes atendem a vários bancos na Ásia, incluindo na China e no Oriente Médio, e sugeriram opções para evitar sanções internacionais.

Pressão por diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais nesta quarta-feira para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia como parte dos esforços da organização para acabar com a guerra.

Em cartas entregues às missões da ONU de cada país, Guterres pediu para se encontrar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodmir Zelenski, em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, disse um alto funcionário de Kiev.

Sem rendição

O ultimato dado pela Rússia às tropas ucranianas em Mariupol para se renderem expirou na tarde (horário local) desta quarta-feira sem a rendição em massa. Os soldados e civis ucranianos, que estão dentro da usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works, continuam protegidos em uma área subterrânea do local, mas possuem apenas dias ou talvez horas de vida, segundo um comandante da marinha da Ucrânia.

Usina da Azovstal Iron and Steel Works onde civis e militares continuam sitiados pelos soldados russos Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

O governo de Kiev acusou a Rússia de usar bombas destruidoras de bunkers para conduzir os ucranianos acima do solo e, nesta quarta-feira, autoridades disseram que um hospital improvisado perto da fábrica foi bombardeado durante a noite, deixando centenas de pessoas presas sob os escombros.

Sem corredor

Uma nova tentativa de retirar civis da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, não funcionou, afirmou na noite desta quarta-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshckuk, acusando as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear veículos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos estão fornecendo avaliações às autoridades ucranianas sobre a possibilidade de estabelecer corredores, mas que é uma “decisão difícil” de tomar. “Houve acordos que fracassaram porque a segurança foi violada pelas forças russas”, disse.

Em meio a um conflito que faz o mundo prender a respiração pelo risco de escalada nuclear, a Rússia anunciou nesta quarta-feira, 20, o 56º dia da guerra na Ucrânia, que realizou o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat. O armamento, com capacidade nuclear, é, segundo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, sem precedentes no mundo.

Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliaram o envio de armamento, um dia depois de Kiev ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Os novos carregamentos reforçarão os combatentes no leste, que se preparam para batalhas mais sangrentas que as anteriores.

Fora do campo de guerra, os EUA impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. A Rússia tem sido alvo de uma série de penalidades impostas em resposta à decisão de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Forças ucranianas usam o lançador de foguetes BM-21 na região de Kharkiv, em 20 de abril  Foto: Serhii Nuzhnenko/Reuters

Na busca por uma solução para o fim do conflito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia -- Vladimir Putin e Volodmir Zelenski -- em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, fortemente bombardeada pelos russos. Na cidade, mais uma vez, um corredor para retirar civis não funcionou. Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis.

É também em Mariupol -- especificamente na usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works -- que soldados e civis ucranianos continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia. O prazo expirou na tarde desta quarta-feira. Saiba mais sobre o 56º dia da guerra na Ucrânia:

‘Arma sem precedente’

A Rússia afirmou nesta quarta-feira que realizou um primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, uma nova arma do seu arsenal nuclear considerada pelo presidente russo Vladimir Putin sem precedentes no mundo. Putin foi mostrado na televisão sendo informado pelos militares que o míssil foi lançado de Pleseterk, no noroeste da Rússia, e atingiu alvos na península de Kamachatka, no extremo leste.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia do que seria o teste com o míssil intercontinental Sarmat, em 20 de abril  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, o lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra de oito semanas da Rússia na Ucrânia.

Reforço também sem precedentes

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura.

Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar. A Rússia afirmou na segunda-feira já ter iniciado a nova fase da guerra, que concentra os combates no leste.

Pressão por meio de sanções

Os Estados Unidos impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. Impostas desde que o país invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, as sanções são uma retaliação dos EUA à decisão de Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções ao banco comercial russo Transkapitalbank, cujos representantes atendem a vários bancos na Ásia, incluindo na China e no Oriente Médio, e sugeriram opções para evitar sanções internacionais.

Pressão por diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais nesta quarta-feira para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia como parte dos esforços da organização para acabar com a guerra.

Em cartas entregues às missões da ONU de cada país, Guterres pediu para se encontrar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodmir Zelenski, em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, disse um alto funcionário de Kiev.

Sem rendição

O ultimato dado pela Rússia às tropas ucranianas em Mariupol para se renderem expirou na tarde (horário local) desta quarta-feira sem a rendição em massa. Os soldados e civis ucranianos, que estão dentro da usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works, continuam protegidos em uma área subterrânea do local, mas possuem apenas dias ou talvez horas de vida, segundo um comandante da marinha da Ucrânia.

Usina da Azovstal Iron and Steel Works onde civis e militares continuam sitiados pelos soldados russos Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

O governo de Kiev acusou a Rússia de usar bombas destruidoras de bunkers para conduzir os ucranianos acima do solo e, nesta quarta-feira, autoridades disseram que um hospital improvisado perto da fábrica foi bombardeado durante a noite, deixando centenas de pessoas presas sob os escombros.

Sem corredor

Uma nova tentativa de retirar civis da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, não funcionou, afirmou na noite desta quarta-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshckuk, acusando as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear veículos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos estão fornecendo avaliações às autoridades ucranianas sobre a possibilidade de estabelecer corredores, mas que é uma “decisão difícil” de tomar. “Houve acordos que fracassaram porque a segurança foi violada pelas forças russas”, disse.

Em meio a um conflito que faz o mundo prender a respiração pelo risco de escalada nuclear, a Rússia anunciou nesta quarta-feira, 20, o 56º dia da guerra na Ucrânia, que realizou o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat. O armamento, com capacidade nuclear, é, segundo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, sem precedentes no mundo.

Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliaram o envio de armamento, um dia depois de Kiev ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Os novos carregamentos reforçarão os combatentes no leste, que se preparam para batalhas mais sangrentas que as anteriores.

Fora do campo de guerra, os EUA impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. A Rússia tem sido alvo de uma série de penalidades impostas em resposta à decisão de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Forças ucranianas usam o lançador de foguetes BM-21 na região de Kharkiv, em 20 de abril  Foto: Serhii Nuzhnenko/Reuters

Na busca por uma solução para o fim do conflito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia -- Vladimir Putin e Volodmir Zelenski -- em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, fortemente bombardeada pelos russos. Na cidade, mais uma vez, um corredor para retirar civis não funcionou. Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis.

É também em Mariupol -- especificamente na usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works -- que soldados e civis ucranianos continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia. O prazo expirou na tarde desta quarta-feira. Saiba mais sobre o 56º dia da guerra na Ucrânia:

‘Arma sem precedente’

A Rússia afirmou nesta quarta-feira que realizou um primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, uma nova arma do seu arsenal nuclear considerada pelo presidente russo Vladimir Putin sem precedentes no mundo. Putin foi mostrado na televisão sendo informado pelos militares que o míssil foi lançado de Pleseterk, no noroeste da Rússia, e atingiu alvos na península de Kamachatka, no extremo leste.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia do que seria o teste com o míssil intercontinental Sarmat, em 20 de abril  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, o lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra de oito semanas da Rússia na Ucrânia.

Reforço também sem precedentes

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura.

Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar. A Rússia afirmou na segunda-feira já ter iniciado a nova fase da guerra, que concentra os combates no leste.

Pressão por meio de sanções

Os Estados Unidos impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. Impostas desde que o país invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, as sanções são uma retaliação dos EUA à decisão de Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções ao banco comercial russo Transkapitalbank, cujos representantes atendem a vários bancos na Ásia, incluindo na China e no Oriente Médio, e sugeriram opções para evitar sanções internacionais.

Pressão por diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais nesta quarta-feira para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia como parte dos esforços da organização para acabar com a guerra.

Em cartas entregues às missões da ONU de cada país, Guterres pediu para se encontrar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodmir Zelenski, em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, disse um alto funcionário de Kiev.

Sem rendição

O ultimato dado pela Rússia às tropas ucranianas em Mariupol para se renderem expirou na tarde (horário local) desta quarta-feira sem a rendição em massa. Os soldados e civis ucranianos, que estão dentro da usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works, continuam protegidos em uma área subterrânea do local, mas possuem apenas dias ou talvez horas de vida, segundo um comandante da marinha da Ucrânia.

Usina da Azovstal Iron and Steel Works onde civis e militares continuam sitiados pelos soldados russos Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

O governo de Kiev acusou a Rússia de usar bombas destruidoras de bunkers para conduzir os ucranianos acima do solo e, nesta quarta-feira, autoridades disseram que um hospital improvisado perto da fábrica foi bombardeado durante a noite, deixando centenas de pessoas presas sob os escombros.

Sem corredor

Uma nova tentativa de retirar civis da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, não funcionou, afirmou na noite desta quarta-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshckuk, acusando as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear veículos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos estão fornecendo avaliações às autoridades ucranianas sobre a possibilidade de estabelecer corredores, mas que é uma “decisão difícil” de tomar. “Houve acordos que fracassaram porque a segurança foi violada pelas forças russas”, disse.

Em meio a um conflito que faz o mundo prender a respiração pelo risco de escalada nuclear, a Rússia anunciou nesta quarta-feira, 20, o 56º dia da guerra na Ucrânia, que realizou o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat. O armamento, com capacidade nuclear, é, segundo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, sem precedentes no mundo.

Em uma tentativa de socorrer o lado ucraniano, que conta com um Exército inferior em número de armas e tropas comparado ao russo, países ocidentais ampliaram o envio de armamento, um dia depois de Kiev ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Os novos carregamentos reforçarão os combatentes no leste, que se preparam para batalhas mais sangrentas que as anteriores.

Fora do campo de guerra, os EUA impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. A Rússia tem sido alvo de uma série de penalidades impostas em resposta à decisão de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Forças ucranianas usam o lançador de foguetes BM-21 na região de Kharkiv, em 20 de abril  Foto: Serhii Nuzhnenko/Reuters

Na busca por uma solução para o fim do conflito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia -- Vladimir Putin e Volodmir Zelenski -- em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, fortemente bombardeada pelos russos. Na cidade, mais uma vez, um corredor para retirar civis não funcionou. Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis.

É também em Mariupol -- especificamente na usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works -- que soldados e civis ucranianos continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia. O prazo expirou na tarde desta quarta-feira. Saiba mais sobre o 56º dia da guerra na Ucrânia:

‘Arma sem precedente’

A Rússia afirmou nesta quarta-feira que realizou um primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, uma nova arma do seu arsenal nuclear considerada pelo presidente russo Vladimir Putin sem precedentes no mundo. Putin foi mostrado na televisão sendo informado pelos militares que o míssil foi lançado de Pleseterk, no noroeste da Rússia, e atingiu alvos na península de Kamachatka, no extremo leste.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia do que seria o teste com o míssil intercontinental Sarmat, em 20 de abril  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, o lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra de oito semanas da Rússia na Ucrânia.

Reforço também sem precedentes

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura.

Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar. A Rússia afirmou na segunda-feira já ter iniciado a nova fase da guerra, que concentra os combates no leste.

Pressão por meio de sanções

Os Estados Unidos impuseram novas sanções a dezenas de pessoas e entidades da Rússia, incluindo um banco comercial russo e uma mineradora de moeda virtual, na esperança de evitar que Moscou esquive das sanções existentes. Impostas desde que o país invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, as sanções são uma retaliação dos EUA à decisão de Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções ao banco comercial russo Transkapitalbank, cujos representantes atendem a vários bancos na Ásia, incluindo na China e no Oriente Médio, e sugeriram opções para evitar sanções internacionais.

Pressão por diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez pedidos formais nesta quarta-feira para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia como parte dos esforços da organização para acabar com a guerra.

Em cartas entregues às missões da ONU de cada país, Guterres pediu para se encontrar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodmir Zelenski, em suas capitais.

Um pouco antes, a Ucrânia propôs realizar uma “rodada especial” de negociações na cidade sitiada de Mariupol, disse um alto funcionário de Kiev.

Sem rendição

O ultimato dado pela Rússia às tropas ucranianas em Mariupol para se renderem expirou na tarde (horário local) desta quarta-feira sem a rendição em massa. Os soldados e civis ucranianos, que estão dentro da usina siderúrgica da Azovstal Iron and Steel Works, continuam protegidos em uma área subterrânea do local, mas possuem apenas dias ou talvez horas de vida, segundo um comandante da marinha da Ucrânia.

Usina da Azovstal Iron and Steel Works onde civis e militares continuam sitiados pelos soldados russos Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

O governo de Kiev acusou a Rússia de usar bombas destruidoras de bunkers para conduzir os ucranianos acima do solo e, nesta quarta-feira, autoridades disseram que um hospital improvisado perto da fábrica foi bombardeado durante a noite, deixando centenas de pessoas presas sob os escombros.

Sem corredor

Uma nova tentativa de retirar civis da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, não funcionou, afirmou na noite desta quarta-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshckuk, acusando as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear veículos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos estão fornecendo avaliações às autoridades ucranianas sobre a possibilidade de estabelecer corredores, mas que é uma “decisão difícil” de tomar. “Houve acordos que fracassaram porque a segurança foi violada pelas forças russas”, disse.

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