64º dia de guerra: Temor de a guerra se espalhar se consolida e faz EUA prometerem ajuda astronômica a Kiev


Rússia intensificou bombardeios em várias áreas do país que não pouparam nem mesmo a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Kiev

Atualização:

Se por nove semanas, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais enfatizaram a necessidade de manter a guerra da Ucrânia dentro das fronteiras ucranianas, o pensamento que passou a dominar as mentes de seus líderes é que o melhor é se preparar para um longo e desgastante conflito.

Nessa nova fase do conflito, o presidente americano, Joe Biden, pediu ao Congresso neste 64º dia da guerra mais US$ 33 bilhões (R$ 165 bilhões) em ajuda emergencial para a Ucrânia, solicitando dinheiro para defesa, assistência econômica e humanitária.

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O pedido, mais que o dobro do pacote de US$ 13,6 bilhões aprovado pelos legisladores e assinado por Biden no mês passado, ressalta como os EUA e aliados estão esperando um conflito sustentado e vislumbrando graves consequências econômicas e políticas globais no futuro.

Ucraniana ao lado de local atacado por russos em Kiev, em 28 de abril Foto: David Guttenfelder/The New York Times

O medo em Washington e nas capitais europeias é que o conflito possa em breve se transformar em uma guerra mais ampla – se espalhando para estados vizinhos, para o ciberespaço e para países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que de repente enfrentam um corte de gás russo.

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Com essa preocupação, empresas europeias do setor energético admitiram estudar maneiras de continuar pagando a Rússia pelo fornecimento de gás natural, sem descumprir as sanções aplicadas pela União Europeia contra o Kremlin, impostas como resposta pela invasão.

O posicionamento das empresas, repercutido pela imprensa internacional nesta quinta-feira, 28, vem um dia após a empresa estatal russa Gazprom anunciar a suspensão do abastecimento de gás natural a Polônia e Bulgária.

Entre os principais consumidores de gás natural russo na UE, empresas de Alemanha e Áustria confirmaram que consideram cumprir um decreto assinado por Vladimir Putin em meados de março, que obriga empresas estrangeiras a pagarem pelo gás natural em rublos, em termos que não descumpram sanções.

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Antonio Guterres pediu que a Rússia coopere com investigação de possíveis crimes de guerra.

Ao mesmo tempo, fontes do governo alemão afirmaram à agência Dow Jones que a Alemanha está pronta para parar de comprar petróleo da Rússia. A decisão alemã, caso se confirme, abriria caminho para um veto da União Europeia a importações do óleo russo.

Berlim tem sido uma das principais vozes contrárias a sanções da UE contra o petróleo e o gás russos. No entanto, representantes alemães em instituições europeias retiraram a objeção do país a um embargo total ao petróleo russo na quarta-feira, 27, desde que com tempo suficiente para garantir fontes alternativas.

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Enquanto luta para apresentar uma vitória para o público interno, a Rússia intensificou bombardeios em várias áreas do país que não pouparam nem mesmo a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Kiev. O ataque à capital ucraniana deixou ao menos três feridos e deixou chocados Guterres e sua comitiva pela proximidade das explosões.

Segundo presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, o ataque teve a intenção de humilhar a ONU. “Esses bombardeios dizem muito sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que essa organização representa”, disse.

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Em imagem divulgada pela presidência da Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres (E), se encontra com o líder ucraniano, Volodmir Zelenski, em Kiev, em 28 de abril  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

As suspeitas são de que o presidente russo, Vladimir Putin, queira obter um grande sucesso na guerra a tempo do Dia da Vitória, um dos feriados de maiores prestígios na Rússia, no dia 9 de maio.

O Dia da Vitória marca a derrota da Alemanha nazista na 2ª Guerra para a União Soviética. Putin, como muitos de seus antecessores, costuma usar feriados e aniversários patrióticos russos para fazer anúncios, apelar à solidariedade ou demonstrar uma força nacional.

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E é desde a 2ª guerra que o mundo não vê um conflito tão extenso envolvendo uma potência mundial. Outros países não enviaram soldados diretamente para este conflito, mas deixam suas forças em alerta no leste europeu, além de enviar armas para a Ucrânia.

É justamente no envio de armamentos que a Rússia se concentra na hora de ameaçar elevar o conflito a níveis mundiais e alertar para os riscos de um alcance global do conflito.

Golfinhos como reforço

Fotos de satélite mostram que a Rússia posicionou golfinhos treinados na entrada de um importante porto do Mar Negro, em um movimento que pode ser projetado para ajudar a proteger uma importante base naval do Kremlin, de acordo com um analista naval.

As imagens, fornecidas ao The Washington Post pela Maxar Technologies, mostram dois cercados de golfinhos na entrada do porto de Sebastopol, na Crimeia – que as forças russas anexaram durante a invasão à Ucrânia em 2014.

Se por nove semanas, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais enfatizaram a necessidade de manter a guerra da Ucrânia dentro das fronteiras ucranianas, o pensamento que passou a dominar as mentes de seus líderes é que o melhor é se preparar para um longo e desgastante conflito.

Nessa nova fase do conflito, o presidente americano, Joe Biden, pediu ao Congresso neste 64º dia da guerra mais US$ 33 bilhões (R$ 165 bilhões) em ajuda emergencial para a Ucrânia, solicitando dinheiro para defesa, assistência econômica e humanitária.

O pedido, mais que o dobro do pacote de US$ 13,6 bilhões aprovado pelos legisladores e assinado por Biden no mês passado, ressalta como os EUA e aliados estão esperando um conflito sustentado e vislumbrando graves consequências econômicas e políticas globais no futuro.

Ucraniana ao lado de local atacado por russos em Kiev, em 28 de abril Foto: David Guttenfelder/The New York Times

O medo em Washington e nas capitais europeias é que o conflito possa em breve se transformar em uma guerra mais ampla – se espalhando para estados vizinhos, para o ciberespaço e para países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que de repente enfrentam um corte de gás russo.

Com essa preocupação, empresas europeias do setor energético admitiram estudar maneiras de continuar pagando a Rússia pelo fornecimento de gás natural, sem descumprir as sanções aplicadas pela União Europeia contra o Kremlin, impostas como resposta pela invasão.

O posicionamento das empresas, repercutido pela imprensa internacional nesta quinta-feira, 28, vem um dia após a empresa estatal russa Gazprom anunciar a suspensão do abastecimento de gás natural a Polônia e Bulgária.

Entre os principais consumidores de gás natural russo na UE, empresas de Alemanha e Áustria confirmaram que consideram cumprir um decreto assinado por Vladimir Putin em meados de março, que obriga empresas estrangeiras a pagarem pelo gás natural em rublos, em termos que não descumpram sanções.

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Antonio Guterres pediu que a Rússia coopere com investigação de possíveis crimes de guerra.

Ao mesmo tempo, fontes do governo alemão afirmaram à agência Dow Jones que a Alemanha está pronta para parar de comprar petróleo da Rússia. A decisão alemã, caso se confirme, abriria caminho para um veto da União Europeia a importações do óleo russo.

Berlim tem sido uma das principais vozes contrárias a sanções da UE contra o petróleo e o gás russos. No entanto, representantes alemães em instituições europeias retiraram a objeção do país a um embargo total ao petróleo russo na quarta-feira, 27, desde que com tempo suficiente para garantir fontes alternativas.

Enquanto luta para apresentar uma vitória para o público interno, a Rússia intensificou bombardeios em várias áreas do país que não pouparam nem mesmo a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Kiev. O ataque à capital ucraniana deixou ao menos três feridos e deixou chocados Guterres e sua comitiva pela proximidade das explosões.

Segundo presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, o ataque teve a intenção de humilhar a ONU. “Esses bombardeios dizem muito sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que essa organização representa”, disse.

Em imagem divulgada pela presidência da Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres (E), se encontra com o líder ucraniano, Volodmir Zelenski, em Kiev, em 28 de abril  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

As suspeitas são de que o presidente russo, Vladimir Putin, queira obter um grande sucesso na guerra a tempo do Dia da Vitória, um dos feriados de maiores prestígios na Rússia, no dia 9 de maio.

O Dia da Vitória marca a derrota da Alemanha nazista na 2ª Guerra para a União Soviética. Putin, como muitos de seus antecessores, costuma usar feriados e aniversários patrióticos russos para fazer anúncios, apelar à solidariedade ou demonstrar uma força nacional.

E é desde a 2ª guerra que o mundo não vê um conflito tão extenso envolvendo uma potência mundial. Outros países não enviaram soldados diretamente para este conflito, mas deixam suas forças em alerta no leste europeu, além de enviar armas para a Ucrânia.

É justamente no envio de armamentos que a Rússia se concentra na hora de ameaçar elevar o conflito a níveis mundiais e alertar para os riscos de um alcance global do conflito.

Golfinhos como reforço

Fotos de satélite mostram que a Rússia posicionou golfinhos treinados na entrada de um importante porto do Mar Negro, em um movimento que pode ser projetado para ajudar a proteger uma importante base naval do Kremlin, de acordo com um analista naval.

As imagens, fornecidas ao The Washington Post pela Maxar Technologies, mostram dois cercados de golfinhos na entrada do porto de Sebastopol, na Crimeia – que as forças russas anexaram durante a invasão à Ucrânia em 2014.

Se por nove semanas, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais enfatizaram a necessidade de manter a guerra da Ucrânia dentro das fronteiras ucranianas, o pensamento que passou a dominar as mentes de seus líderes é que o melhor é se preparar para um longo e desgastante conflito.

Nessa nova fase do conflito, o presidente americano, Joe Biden, pediu ao Congresso neste 64º dia da guerra mais US$ 33 bilhões (R$ 165 bilhões) em ajuda emergencial para a Ucrânia, solicitando dinheiro para defesa, assistência econômica e humanitária.

O pedido, mais que o dobro do pacote de US$ 13,6 bilhões aprovado pelos legisladores e assinado por Biden no mês passado, ressalta como os EUA e aliados estão esperando um conflito sustentado e vislumbrando graves consequências econômicas e políticas globais no futuro.

Ucraniana ao lado de local atacado por russos em Kiev, em 28 de abril Foto: David Guttenfelder/The New York Times

O medo em Washington e nas capitais europeias é que o conflito possa em breve se transformar em uma guerra mais ampla – se espalhando para estados vizinhos, para o ciberespaço e para países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que de repente enfrentam um corte de gás russo.

Com essa preocupação, empresas europeias do setor energético admitiram estudar maneiras de continuar pagando a Rússia pelo fornecimento de gás natural, sem descumprir as sanções aplicadas pela União Europeia contra o Kremlin, impostas como resposta pela invasão.

O posicionamento das empresas, repercutido pela imprensa internacional nesta quinta-feira, 28, vem um dia após a empresa estatal russa Gazprom anunciar a suspensão do abastecimento de gás natural a Polônia e Bulgária.

Entre os principais consumidores de gás natural russo na UE, empresas de Alemanha e Áustria confirmaram que consideram cumprir um decreto assinado por Vladimir Putin em meados de março, que obriga empresas estrangeiras a pagarem pelo gás natural em rublos, em termos que não descumpram sanções.

Seu navegador não suporta esse video.

Antonio Guterres pediu que a Rússia coopere com investigação de possíveis crimes de guerra.

Ao mesmo tempo, fontes do governo alemão afirmaram à agência Dow Jones que a Alemanha está pronta para parar de comprar petróleo da Rússia. A decisão alemã, caso se confirme, abriria caminho para um veto da União Europeia a importações do óleo russo.

Berlim tem sido uma das principais vozes contrárias a sanções da UE contra o petróleo e o gás russos. No entanto, representantes alemães em instituições europeias retiraram a objeção do país a um embargo total ao petróleo russo na quarta-feira, 27, desde que com tempo suficiente para garantir fontes alternativas.

Enquanto luta para apresentar uma vitória para o público interno, a Rússia intensificou bombardeios em várias áreas do país que não pouparam nem mesmo a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Kiev. O ataque à capital ucraniana deixou ao menos três feridos e deixou chocados Guterres e sua comitiva pela proximidade das explosões.

Segundo presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, o ataque teve a intenção de humilhar a ONU. “Esses bombardeios dizem muito sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que essa organização representa”, disse.

Em imagem divulgada pela presidência da Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres (E), se encontra com o líder ucraniano, Volodmir Zelenski, em Kiev, em 28 de abril  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

As suspeitas são de que o presidente russo, Vladimir Putin, queira obter um grande sucesso na guerra a tempo do Dia da Vitória, um dos feriados de maiores prestígios na Rússia, no dia 9 de maio.

O Dia da Vitória marca a derrota da Alemanha nazista na 2ª Guerra para a União Soviética. Putin, como muitos de seus antecessores, costuma usar feriados e aniversários patrióticos russos para fazer anúncios, apelar à solidariedade ou demonstrar uma força nacional.

E é desde a 2ª guerra que o mundo não vê um conflito tão extenso envolvendo uma potência mundial. Outros países não enviaram soldados diretamente para este conflito, mas deixam suas forças em alerta no leste europeu, além de enviar armas para a Ucrânia.

É justamente no envio de armamentos que a Rússia se concentra na hora de ameaçar elevar o conflito a níveis mundiais e alertar para os riscos de um alcance global do conflito.

Golfinhos como reforço

Fotos de satélite mostram que a Rússia posicionou golfinhos treinados na entrada de um importante porto do Mar Negro, em um movimento que pode ser projetado para ajudar a proteger uma importante base naval do Kremlin, de acordo com um analista naval.

As imagens, fornecidas ao The Washington Post pela Maxar Technologies, mostram dois cercados de golfinhos na entrada do porto de Sebastopol, na Crimeia – que as forças russas anexaram durante a invasão à Ucrânia em 2014.

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