A adaptação dos herdeiros de Pablo Escobar


Combate aos grandes cartéis de venda de cocaína acabou por fragmentar o negócio entre pequenos grupos

Por Cristiano Dias e Carla Bridi

Para entender a mutação dos mafiosos colombianos é preciso voltar à primeira geração de Pablo Escobar, o estereótipo do narcotraficante. Ambicioso, de família humilde, acumulou uma fortuna à base de cocaína. Tinha uma coleção de carrões, uma fazenda com 27 lagos e 3 zoológicos e uma cobertura de 1.700 metros quadrados em Medellín.

Escobar era violento – e nem um pouco discreto. Em 1984, ele ordenou o assassinato do ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, metralhado em seu Mercedes W123, no norte de Bogotá. Em 1989, ele explodiu no ar um Boeing 727 da Avianca, matando todos os 107 ocupantes – o alvo era o candidato a presidente César Gaviria, que não estava no voo.

Pablo Escobar: vida de luxo e extravagâncias Foto: REUTERS–2/12/1993
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Os maiores inimigos de Escobar eram os irmãos Orejuela – Gilberto e Miguel – e Pacho Herrera, que chefiavam o cartel de Cali. Eles ostentavam a fama de “cavalheiros”. Preferiam subornar, em lugar de matar, mas empreenderam uma violenta guerra contra Medellín e montaram operações de “limpeza social”, executando prostitutas, crianças de rua, ladrões e sem-teto.

Escobar foi morto em 1993 e o cartel de Cali acabou desmantelado em 1995 – os irmãos Orejuela e Pacho foram extraditados para os EUA. O narcotráfico, porém, não sentiu o golpe. Hernando Zuleta, do Centro de Estados sobre Segurança e Drogas (Cesed), da Universidade de Los Andes, de Bogotá, explica que a repressão apenas mudou a dinâmica do negócio da cocaína.

A segunda geração é marcada pela entrada da guerrilha e dos paramilitares na cena do crime organizado colombiano. O fim da Guerra Fria seca as fontes de financiamento e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) intensificam a busca de receitas no narcotráfico. Segundo estimativas do governo, a cocaína chegou a representar 70% do faturamento de algumas organizações – o restante vinha de sequestros e extorsões.

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A partir de 2006, 0 governo de Álvaro Uribe desmantelou as AUC. Foi quando estourou o escândalo da “parapolítica”, as ligações entre paramilitares, grupos de extermínio de extrema direita e políticos colombianos – mais de 60 congressistas foram condenados por crimes relacionados ao narcotráfico. Longe de resolver o problema, a repressão apenas fragmentou o negócio, mais uma vez.

Com a extradição dos líderes das AUC para os EUA, a partir de 2008, o vácuo de poder acabou preenchido pelo segundo escalação de bandidos paramilitares, que formaram a terceira geração de narcotraficantes, composta por cerca de 30 bandas criminais (conhecidas como “bacrim”) – as duas mais violentas são os Urabeños e os Rastrojos.

Para McDermott, é neste momento que as operações mudam de caráter. “A terceira geração se tornou mais fragmentada e clandestina. Ela não controla mais um exército privado e se organiza em pequenas células”, disse. “Parecem mais estruturas mafiosas do que grandes cartéis.”

Para entender a mutação dos mafiosos colombianos é preciso voltar à primeira geração de Pablo Escobar, o estereótipo do narcotraficante. Ambicioso, de família humilde, acumulou uma fortuna à base de cocaína. Tinha uma coleção de carrões, uma fazenda com 27 lagos e 3 zoológicos e uma cobertura de 1.700 metros quadrados em Medellín.

Escobar era violento – e nem um pouco discreto. Em 1984, ele ordenou o assassinato do ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, metralhado em seu Mercedes W123, no norte de Bogotá. Em 1989, ele explodiu no ar um Boeing 727 da Avianca, matando todos os 107 ocupantes – o alvo era o candidato a presidente César Gaviria, que não estava no voo.

Pablo Escobar: vida de luxo e extravagâncias Foto: REUTERS–2/12/1993

Os maiores inimigos de Escobar eram os irmãos Orejuela – Gilberto e Miguel – e Pacho Herrera, que chefiavam o cartel de Cali. Eles ostentavam a fama de “cavalheiros”. Preferiam subornar, em lugar de matar, mas empreenderam uma violenta guerra contra Medellín e montaram operações de “limpeza social”, executando prostitutas, crianças de rua, ladrões e sem-teto.

Escobar foi morto em 1993 e o cartel de Cali acabou desmantelado em 1995 – os irmãos Orejuela e Pacho foram extraditados para os EUA. O narcotráfico, porém, não sentiu o golpe. Hernando Zuleta, do Centro de Estados sobre Segurança e Drogas (Cesed), da Universidade de Los Andes, de Bogotá, explica que a repressão apenas mudou a dinâmica do negócio da cocaína.

A segunda geração é marcada pela entrada da guerrilha e dos paramilitares na cena do crime organizado colombiano. O fim da Guerra Fria seca as fontes de financiamento e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) intensificam a busca de receitas no narcotráfico. Segundo estimativas do governo, a cocaína chegou a representar 70% do faturamento de algumas organizações – o restante vinha de sequestros e extorsões.

A partir de 2006, 0 governo de Álvaro Uribe desmantelou as AUC. Foi quando estourou o escândalo da “parapolítica”, as ligações entre paramilitares, grupos de extermínio de extrema direita e políticos colombianos – mais de 60 congressistas foram condenados por crimes relacionados ao narcotráfico. Longe de resolver o problema, a repressão apenas fragmentou o negócio, mais uma vez.

Com a extradição dos líderes das AUC para os EUA, a partir de 2008, o vácuo de poder acabou preenchido pelo segundo escalação de bandidos paramilitares, que formaram a terceira geração de narcotraficantes, composta por cerca de 30 bandas criminais (conhecidas como “bacrim”) – as duas mais violentas são os Urabeños e os Rastrojos.

Para McDermott, é neste momento que as operações mudam de caráter. “A terceira geração se tornou mais fragmentada e clandestina. Ela não controla mais um exército privado e se organiza em pequenas células”, disse. “Parecem mais estruturas mafiosas do que grandes cartéis.”

Para entender a mutação dos mafiosos colombianos é preciso voltar à primeira geração de Pablo Escobar, o estereótipo do narcotraficante. Ambicioso, de família humilde, acumulou uma fortuna à base de cocaína. Tinha uma coleção de carrões, uma fazenda com 27 lagos e 3 zoológicos e uma cobertura de 1.700 metros quadrados em Medellín.

Escobar era violento – e nem um pouco discreto. Em 1984, ele ordenou o assassinato do ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, metralhado em seu Mercedes W123, no norte de Bogotá. Em 1989, ele explodiu no ar um Boeing 727 da Avianca, matando todos os 107 ocupantes – o alvo era o candidato a presidente César Gaviria, que não estava no voo.

Pablo Escobar: vida de luxo e extravagâncias Foto: REUTERS–2/12/1993

Os maiores inimigos de Escobar eram os irmãos Orejuela – Gilberto e Miguel – e Pacho Herrera, que chefiavam o cartel de Cali. Eles ostentavam a fama de “cavalheiros”. Preferiam subornar, em lugar de matar, mas empreenderam uma violenta guerra contra Medellín e montaram operações de “limpeza social”, executando prostitutas, crianças de rua, ladrões e sem-teto.

Escobar foi morto em 1993 e o cartel de Cali acabou desmantelado em 1995 – os irmãos Orejuela e Pacho foram extraditados para os EUA. O narcotráfico, porém, não sentiu o golpe. Hernando Zuleta, do Centro de Estados sobre Segurança e Drogas (Cesed), da Universidade de Los Andes, de Bogotá, explica que a repressão apenas mudou a dinâmica do negócio da cocaína.

A segunda geração é marcada pela entrada da guerrilha e dos paramilitares na cena do crime organizado colombiano. O fim da Guerra Fria seca as fontes de financiamento e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) intensificam a busca de receitas no narcotráfico. Segundo estimativas do governo, a cocaína chegou a representar 70% do faturamento de algumas organizações – o restante vinha de sequestros e extorsões.

A partir de 2006, 0 governo de Álvaro Uribe desmantelou as AUC. Foi quando estourou o escândalo da “parapolítica”, as ligações entre paramilitares, grupos de extermínio de extrema direita e políticos colombianos – mais de 60 congressistas foram condenados por crimes relacionados ao narcotráfico. Longe de resolver o problema, a repressão apenas fragmentou o negócio, mais uma vez.

Com a extradição dos líderes das AUC para os EUA, a partir de 2008, o vácuo de poder acabou preenchido pelo segundo escalação de bandidos paramilitares, que formaram a terceira geração de narcotraficantes, composta por cerca de 30 bandas criminais (conhecidas como “bacrim”) – as duas mais violentas são os Urabeños e os Rastrojos.

Para McDermott, é neste momento que as operações mudam de caráter. “A terceira geração se tornou mais fragmentada e clandestina. Ela não controla mais um exército privado e se organiza em pequenas células”, disse. “Parecem mais estruturas mafiosas do que grandes cartéis.”

Para entender a mutação dos mafiosos colombianos é preciso voltar à primeira geração de Pablo Escobar, o estereótipo do narcotraficante. Ambicioso, de família humilde, acumulou uma fortuna à base de cocaína. Tinha uma coleção de carrões, uma fazenda com 27 lagos e 3 zoológicos e uma cobertura de 1.700 metros quadrados em Medellín.

Escobar era violento – e nem um pouco discreto. Em 1984, ele ordenou o assassinato do ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, metralhado em seu Mercedes W123, no norte de Bogotá. Em 1989, ele explodiu no ar um Boeing 727 da Avianca, matando todos os 107 ocupantes – o alvo era o candidato a presidente César Gaviria, que não estava no voo.

Pablo Escobar: vida de luxo e extravagâncias Foto: REUTERS–2/12/1993

Os maiores inimigos de Escobar eram os irmãos Orejuela – Gilberto e Miguel – e Pacho Herrera, que chefiavam o cartel de Cali. Eles ostentavam a fama de “cavalheiros”. Preferiam subornar, em lugar de matar, mas empreenderam uma violenta guerra contra Medellín e montaram operações de “limpeza social”, executando prostitutas, crianças de rua, ladrões e sem-teto.

Escobar foi morto em 1993 e o cartel de Cali acabou desmantelado em 1995 – os irmãos Orejuela e Pacho foram extraditados para os EUA. O narcotráfico, porém, não sentiu o golpe. Hernando Zuleta, do Centro de Estados sobre Segurança e Drogas (Cesed), da Universidade de Los Andes, de Bogotá, explica que a repressão apenas mudou a dinâmica do negócio da cocaína.

A segunda geração é marcada pela entrada da guerrilha e dos paramilitares na cena do crime organizado colombiano. O fim da Guerra Fria seca as fontes de financiamento e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) intensificam a busca de receitas no narcotráfico. Segundo estimativas do governo, a cocaína chegou a representar 70% do faturamento de algumas organizações – o restante vinha de sequestros e extorsões.

A partir de 2006, 0 governo de Álvaro Uribe desmantelou as AUC. Foi quando estourou o escândalo da “parapolítica”, as ligações entre paramilitares, grupos de extermínio de extrema direita e políticos colombianos – mais de 60 congressistas foram condenados por crimes relacionados ao narcotráfico. Longe de resolver o problema, a repressão apenas fragmentou o negócio, mais uma vez.

Com a extradição dos líderes das AUC para os EUA, a partir de 2008, o vácuo de poder acabou preenchido pelo segundo escalação de bandidos paramilitares, que formaram a terceira geração de narcotraficantes, composta por cerca de 30 bandas criminais (conhecidas como “bacrim”) – as duas mais violentas são os Urabeños e os Rastrojos.

Para McDermott, é neste momento que as operações mudam de caráter. “A terceira geração se tornou mais fragmentada e clandestina. Ela não controla mais um exército privado e se organiza em pequenas células”, disse. “Parecem mais estruturas mafiosas do que grandes cartéis.”

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