‘A certeza que temos é de que a incerteza prejudica os negócios’


Para especialista, impacto econômico e problemas práticos após o Brexit serão enormes para o Reino Unido

Por Andrei Netto, Correspondente e Paris
Atualização:

Com Brexit e eleições na França, Alemanha, Holanda e possivelmente Itália, 2017 parece ser o ano de todos os riscos, não? É isso, sem exageros. As eleições nacionais serão marcadas pela presença dos populistas. Pela primeira vez depois da criação da União Europeia, os riscos estarão concentrados em um ano.

Premiê britânica, Theresa May Foto: AFP PHOTO / FRANTZESCO KANGARIS

Desta vez o risco não é econômico, como na crise da zona do euro, mas político? Sim. A crise da Grécia foi muito perigosa, mas não desmantelaria a UE porque era um evento econômico que envolvia decisões políticas. A Alemanha teria de ter tomado a decisão política de acabar com o apoio à Grécia e ela jamais o faria. Já o Brexit é uma decisão política. Houve a escolha de realizar a votação, mas a seguir a decisão foi da população. Londres fez de tudo para enfurecer os europeus. Não foi muito estratégico. Fizeram isso para agradar aos eleitores no interior do país.

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O governo May não parece buscar conciliação com a UE... O Reino Unido terá de fato de sair do mercado único e isso é inacreditável. O impacto econômico e os problemas práticos serão enormes. Os britânicos terão de voltar atrás em mais de 30 anos de legislações comuns. É necessário renegociar um acordo de livre-comércio com a UE, que será próximo ao atual. Mas o Reino Unido não terá pessoal competente e experiente, já que as negociações desse tipo eram competência de Bruxelas.

Sete meses depois, Brexit quer dizer incerteza? Sim. A certeza que temos é de que a incerteza tem um impacto negativo sobre os negócios.

Com Brexit e eleições na França, Alemanha, Holanda e possivelmente Itália, 2017 parece ser o ano de todos os riscos, não? É isso, sem exageros. As eleições nacionais serão marcadas pela presença dos populistas. Pela primeira vez depois da criação da União Europeia, os riscos estarão concentrados em um ano.

Premiê britânica, Theresa May Foto: AFP PHOTO / FRANTZESCO KANGARIS

Desta vez o risco não é econômico, como na crise da zona do euro, mas político? Sim. A crise da Grécia foi muito perigosa, mas não desmantelaria a UE porque era um evento econômico que envolvia decisões políticas. A Alemanha teria de ter tomado a decisão política de acabar com o apoio à Grécia e ela jamais o faria. Já o Brexit é uma decisão política. Houve a escolha de realizar a votação, mas a seguir a decisão foi da população. Londres fez de tudo para enfurecer os europeus. Não foi muito estratégico. Fizeram isso para agradar aos eleitores no interior do país.

O governo May não parece buscar conciliação com a UE... O Reino Unido terá de fato de sair do mercado único e isso é inacreditável. O impacto econômico e os problemas práticos serão enormes. Os britânicos terão de voltar atrás em mais de 30 anos de legislações comuns. É necessário renegociar um acordo de livre-comércio com a UE, que será próximo ao atual. Mas o Reino Unido não terá pessoal competente e experiente, já que as negociações desse tipo eram competência de Bruxelas.

Sete meses depois, Brexit quer dizer incerteza? Sim. A certeza que temos é de que a incerteza tem um impacto negativo sobre os negócios.

Com Brexit e eleições na França, Alemanha, Holanda e possivelmente Itália, 2017 parece ser o ano de todos os riscos, não? É isso, sem exageros. As eleições nacionais serão marcadas pela presença dos populistas. Pela primeira vez depois da criação da União Europeia, os riscos estarão concentrados em um ano.

Premiê britânica, Theresa May Foto: AFP PHOTO / FRANTZESCO KANGARIS

Desta vez o risco não é econômico, como na crise da zona do euro, mas político? Sim. A crise da Grécia foi muito perigosa, mas não desmantelaria a UE porque era um evento econômico que envolvia decisões políticas. A Alemanha teria de ter tomado a decisão política de acabar com o apoio à Grécia e ela jamais o faria. Já o Brexit é uma decisão política. Houve a escolha de realizar a votação, mas a seguir a decisão foi da população. Londres fez de tudo para enfurecer os europeus. Não foi muito estratégico. Fizeram isso para agradar aos eleitores no interior do país.

O governo May não parece buscar conciliação com a UE... O Reino Unido terá de fato de sair do mercado único e isso é inacreditável. O impacto econômico e os problemas práticos serão enormes. Os britânicos terão de voltar atrás em mais de 30 anos de legislações comuns. É necessário renegociar um acordo de livre-comércio com a UE, que será próximo ao atual. Mas o Reino Unido não terá pessoal competente e experiente, já que as negociações desse tipo eram competência de Bruxelas.

Sete meses depois, Brexit quer dizer incerteza? Sim. A certeza que temos é de que a incerteza tem um impacto negativo sobre os negócios.

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