O terrível ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro e os eventos do ano passado expõem uma verdade sombria: o objetivo real dos inimigos de Israel não é a promoção dos direitos dos palestinos, mas a erradicação de Israel e a expansão de sua luta contra o mundo livre. Essa hostilidade está enraizada em um sentimento antissemita profundo e secular, que transcende fronteiras e ideologias.
Depois que Israel se retirou da Faixa de Gaza em 2005, o Hamas assumiu o controle em 2007, desviando a ajuda internacional não para elevar seu povo, mas para financiar ataques implacáveis contra Israel, ao mesmo tempo em que impôs um regime jihadista opressivo à população de Gaza, privando-a de liberdades básicas. As atrocidades cometidas pelo Hamas em 7 de outubro não foram atos aleatórios de violência, mas parte de uma campanha genocida declarada contra os judeus, celebrada abertamente por seus líderes. Mesmo com Gaza em ruínas, o Hamas se recusa a se render, mostrando que sua prioridade não é o bem-estar dos palestinos, mas a busca contínua pela destruição de Israel.
Era de se esperar que a Autoridade Palestina (AP) de Mahmoud Abbas se distanciasse do Hamas e oferecesse ao mundo e aos palestinos uma alternativa ao caminho genocida do Hamas. Em vez disso, mais de um ano após os massacres, a AP não condenou as atrocidades. Na verdade, ela demonstra solidariedade ao Hamas, unificado por um ódio compartilhado contra Israel - um padrão que lembra as alianças antissemitas históricas formadas contra os judeus, independentemente das diferenças ideológicas.
Esse mesmo padrão de alinhamento antissemita é evidente entre as milícias xiitas no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen, todas apoiadas pelo Irã. Historicamente, os jihadistas xiitas e sunitas travaram guerras civis amargas em todo o Oriente Médio, mas hoje estão unidos por seu objetivo comum: a aniquilação de Israel. O antissemitismo se tornou a cola que mantém essas forças opostas unidas, pois elas buscam erradicar o Estado judeu. Ao fazer isso, elas viram as costas para o bem-estar de seu próprio povo, cujo sofrimento aumenta à medida que seus líderes priorizam a destruição de Israel acima de tudo.
O Hezbollah, por exemplo, lançou um ataque não provocado contra Israel em 8 de outubro, disparando mais de 9.300 foguetes e deslocando mais de 63 mil israelenses de suas casas ao longo da fronteira libanesa. O Irã, que já é responsável pela devastação do Líbano, ameaça destruir as últimas esperanças de recuperação do país, transformando-o em um peão em sua guerra imprudente contra Israel.
No entanto, o perigo representado por essa aliança jihadista não se limita apenas a Israel. As mesmas forças que têm Israel como alvo buscam impor sua ideologia radical muito além do Oriente Médio, ameaçando os próprios valores sobre os quais o mundo livre se sustenta - democracia, direitos humanos e Estado de Direito. Ao enquadrar sua campanha em termos de resistência, os grupos jihadistas disfarçam sua verdadeira agenda: a expansão de seu controle totalitário e teocrático. Seu ódio por Israel faz parte de uma rejeição mais ampla dos valores do mundo livre, tornando a luta de Israel uma linha de frente crucial na defesa da liberdade global.
Israel, ao lutar por sua sobrevivência contra essa jihad violenta, também está defendendo os valores compartilhados por sociedades livres em todo o mundo. Ele se mantém como uma fortaleza contra forças que visam não apenas eliminar o Estado judeu, mas também minar as liberdades das democracias e dos Estados moderados. A resistência de Israel é uma defesa do próprio mundo livre, pois seus inimigos - seja o Hamas, o Hezbollah ou o Irã - representam as mesmas forças que ameaçam a liberdade e a estabilidade em todos os lugares.
Infelizmente, essa agenda antissemita se estende muito além do Oriente Médio. Em muitos países do mundo livre, as manifestações ostensivamente em apoio aos palestinos estão repletas de mais ódio contra Israel - e, por extensão, contra os judeus - do que uma preocupação genuína com os direitos dos palestinos. Esses protestos não se tratam apenas de oposição à política israelense; são manifestações de um ressurgimento global do antissemitismo, usando o conflito israelense-palestino como veículo para preconceitos antigos.
As mesmas pessoas que afirmam defender o bem-estar dos palestinos geralmente estão alinhadas com aqueles que exploram os palestinos como ferramentas para uma agenda mais ampla, visando ao extermínio dos judeus e à desestabilização do mundo livre.
Saiba mais
O impulso antissemita por trás desse movimento é claro: não se trata de fronteiras ou política; trata-se de erradicar a presença judaica. Durante séculos, os judeus foram alvo, bode expiatório e demonizados por vários regimes e ideologias. Hoje, Israel, a pátria do povo judeu, serve como o ponto focal moderno desse ódio milenar, com seus inimigos disfarçando seus objetivos genocidas com a linguagem da resistência ou da justiça. No entanto, suas verdadeiras intenções são evidentes nas ações do Irã, do Hamas, do Hezbollah e de seus apoiadores em todo o mundo - grupos que se preocupam muito mais em destruir os judeus e desestabilizar sociedades livres do que em apoiar os palestinos.
O verdadeiro caminho para a paz não está no ódio antissemita ou na demonização de Israel, mas em líderes que priorizam o bem-estar de seu povo. Os palestinos merecem uma liderança que se preocupe com seu futuro, não uma que os sacrifique no altar do ódio a Israel. A verdadeira justiça para os palestinos virá quando eles abandonarem a retórica genocida dos inimigos de Israel e trabalharem para um futuro de coexistência, não de destruição. O mundo livre, se quiser defender seus valores, deve estar ao lado de Israel nessa luta, reconhecendo que as forças que atacam Israel são as mesmas que ameaçam a liberdade global.