Opinião|A Venezuela está pronta para a mudança, e a ditadura de Maduro deve permitir isso


Líder da oposição venezuelana escreveu ao ‘NYT’ a poucos dias das eleições nas quais Maduro busca um terceiro mandato que o projetaria a 18 anos no poder

Por María Corina Machado*
Atualização:

Venezuelanos estão colocando tudo em jogo na eleição de domingo, 28. Diante da intenção do presidente Nicolás Maduro de se consolidar no poder por mais seis anos, o movimento democrático construiu firmemente um caminho para uma mudança profunda em torno de Edmundo González, nosso candidato presidencial.

Meus compatriotas estão cansados de todo ódio, coerção, corrupção e miséria trazidos por 25 anos de tirania e políticas econômicas destrutivas sob Maduro e seu antecessor e mentor, Hugo Chávez. Essas são as razões pelas quais aproximadamente um quarto da nossa população emigrou para o mundo todo, incluindo centenas de milhares para os Estados Unidos.

Uma esmagadora maioria de venezuelanos está pronta para a mudança. Esse sentimento é palpável em todo o país. Apesar da escassez de eletricidade e combustível e do assédio implacável do regime de Maduro, grandes números de pessoas estão participando de nossos eventos de campanha. Apenas um ano atrás, venezuelanos se sentiam desesperançosos, a migração através da região de Darién começou a aumentar e a oposição estava sem liderança.

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Instituto de pesquisa confiáveis confirmam nossa vitória iminente. Mesmo as estimativas mais conservadoras sugerem que o apoio da oposição é o dobro do respaldo da ditadura. Pelo menos uma pesquisa indica uma margem de 47 pontos porcentuais.

Mas regime não tornou esta eleição livre, nem justa, nem verdadeiramente competitiva. Maduro não tem uma maneira viável de vencê-la honestamente. Ele depende de eleições falsas que podem ser aceitas como fatos consumados na Venezuela e, em alguns casos, além da Venezuela. Embora ele possa tentar manipular a realidade mesmo após a eleição, seus dias no poder estão contados.

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Nós organizamos a maior rede de observação eleitoral cidadã conhecida até agora no país. Maduro será derrotado, e ele deve aceitar a vontade do povo venezuelano.

Nós propusemos publicamente negociações com ele e seu circulo para permitir uma transferência de poder pacífica. Essa é a melhor oportunidade para o regime alcançar um acordo conosco. Garantias políticas são necessárias para curar feridas e conduzir nossa nação de volta à democracia. Para lidar com o passado, precisamos cuidar do futuro.

Apoiadores de Corina Machado e Edmundo González durante um comício em Valência, Venezuela, em 13 de julho. González enfrentará Nicolás Maduro nas urnas, no próximo domingo. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times
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Como as pessoas são nossa prioridade, traremos reformas urgentes para enfrentar a crise social e abrir caminho para a prosperidade.

Nosso primeiro passo será restaurar a liberdade, a democracia e o estado de Direito. Isso começa com liberdade de expressão, uma imprensa livre, independência dos poderes do governo e acesso igualitário à justiça para todos os cidadãos.

Ao longo do tempo, nós almejamos um governo menor e mais eficiente. Nós vamos restabelecer relações internacionais com todas as nações, particularmente países democráticos e especialmente dentro do hemisfério americano. Visaremos um Exército profissional e moderno para salvaguardar nossa soberania.

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Também é crucial abordar a crise humanitária que deixou a maioria dos venezuelanos vivendo abaixo da linha da pobreza e uma economia em profunda estagnação. Nosso plano econômico, que chamamos de estabilização expansionista, restaurará a ordem e retomará o crescimento. As causas fiscais e monetárias da inflação e da desvalorização da moeda serão combatidas. O novo governo aplicará a proteção dos direitos de propriedade e desenvolverá uma economia de mercado.

Também vamos incentivar a expansão da economia com investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços públicos. Este plano de investimento irá criar empregos e aumentará a produtividade, ajudando a superar a pobreza e a expandir a classe média.

María Corina Machado é líder da oposição venezuelana. Atualmente, ela está inabilitada de concorrer nas eleições. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT
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A Venezuela irá emergir como o centro energético das Américas. Precisaremos renovar a produção de petróleo para financiar a reconstrução do país. Ao mesmo tempo, restauraremos e desenvolveremos nossas vastas fontes de energia hidrelétrica limpa para atingir a meta de zero emissões líquidas e avançar nossa transição para energia verde.

O novo governo reintegrará a Venezuela aos mercados internacionais; negociará um programa financeiro e técnico com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial; e reestruturará a substancial dívida pública do país, que vale quase 160% do nosso produto interno bruto em 2022.

Esse é o país com qual sonhamos. Essa é a nação que construiremos. Não será fácil e pode levar anos. Mas acreditamos que isso pode ser feito, começando com o ato cívico crucial de votar e continuando com o ato político indispensável de aceitar os resultados.

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Ninguém pode impedir nosso povo de tornar possível um novo começo. Esta luta é uma jornada de redenção. Nossa aspiração comum é trazer nossos filhos de volta para casa, reunir nossas famílias e viver orgulhosamente em nosso próprio país, a Venezuela. Esta é a verdade que prevalecerá.

Venezuelanos estão colocando tudo em jogo na eleição de domingo, 28. Diante da intenção do presidente Nicolás Maduro de se consolidar no poder por mais seis anos, o movimento democrático construiu firmemente um caminho para uma mudança profunda em torno de Edmundo González, nosso candidato presidencial.

Meus compatriotas estão cansados de todo ódio, coerção, corrupção e miséria trazidos por 25 anos de tirania e políticas econômicas destrutivas sob Maduro e seu antecessor e mentor, Hugo Chávez. Essas são as razões pelas quais aproximadamente um quarto da nossa população emigrou para o mundo todo, incluindo centenas de milhares para os Estados Unidos.

Uma esmagadora maioria de venezuelanos está pronta para a mudança. Esse sentimento é palpável em todo o país. Apesar da escassez de eletricidade e combustível e do assédio implacável do regime de Maduro, grandes números de pessoas estão participando de nossos eventos de campanha. Apenas um ano atrás, venezuelanos se sentiam desesperançosos, a migração através da região de Darién começou a aumentar e a oposição estava sem liderança.

Instituto de pesquisa confiáveis confirmam nossa vitória iminente. Mesmo as estimativas mais conservadoras sugerem que o apoio da oposição é o dobro do respaldo da ditadura. Pelo menos uma pesquisa indica uma margem de 47 pontos porcentuais.

Mas regime não tornou esta eleição livre, nem justa, nem verdadeiramente competitiva. Maduro não tem uma maneira viável de vencê-la honestamente. Ele depende de eleições falsas que podem ser aceitas como fatos consumados na Venezuela e, em alguns casos, além da Venezuela. Embora ele possa tentar manipular a realidade mesmo após a eleição, seus dias no poder estão contados.

Nós organizamos a maior rede de observação eleitoral cidadã conhecida até agora no país. Maduro será derrotado, e ele deve aceitar a vontade do povo venezuelano.

Nós propusemos publicamente negociações com ele e seu circulo para permitir uma transferência de poder pacífica. Essa é a melhor oportunidade para o regime alcançar um acordo conosco. Garantias políticas são necessárias para curar feridas e conduzir nossa nação de volta à democracia. Para lidar com o passado, precisamos cuidar do futuro.

Apoiadores de Corina Machado e Edmundo González durante um comício em Valência, Venezuela, em 13 de julho. González enfrentará Nicolás Maduro nas urnas, no próximo domingo. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times

Como as pessoas são nossa prioridade, traremos reformas urgentes para enfrentar a crise social e abrir caminho para a prosperidade.

Nosso primeiro passo será restaurar a liberdade, a democracia e o estado de Direito. Isso começa com liberdade de expressão, uma imprensa livre, independência dos poderes do governo e acesso igualitário à justiça para todos os cidadãos.

Ao longo do tempo, nós almejamos um governo menor e mais eficiente. Nós vamos restabelecer relações internacionais com todas as nações, particularmente países democráticos e especialmente dentro do hemisfério americano. Visaremos um Exército profissional e moderno para salvaguardar nossa soberania.

Também é crucial abordar a crise humanitária que deixou a maioria dos venezuelanos vivendo abaixo da linha da pobreza e uma economia em profunda estagnação. Nosso plano econômico, que chamamos de estabilização expansionista, restaurará a ordem e retomará o crescimento. As causas fiscais e monetárias da inflação e da desvalorização da moeda serão combatidas. O novo governo aplicará a proteção dos direitos de propriedade e desenvolverá uma economia de mercado.

Também vamos incentivar a expansão da economia com investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços públicos. Este plano de investimento irá criar empregos e aumentará a produtividade, ajudando a superar a pobreza e a expandir a classe média.

María Corina Machado é líder da oposição venezuelana. Atualmente, ela está inabilitada de concorrer nas eleições. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

A Venezuela irá emergir como o centro energético das Américas. Precisaremos renovar a produção de petróleo para financiar a reconstrução do país. Ao mesmo tempo, restauraremos e desenvolveremos nossas vastas fontes de energia hidrelétrica limpa para atingir a meta de zero emissões líquidas e avançar nossa transição para energia verde.

O novo governo reintegrará a Venezuela aos mercados internacionais; negociará um programa financeiro e técnico com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial; e reestruturará a substancial dívida pública do país, que vale quase 160% do nosso produto interno bruto em 2022.

Esse é o país com qual sonhamos. Essa é a nação que construiremos. Não será fácil e pode levar anos. Mas acreditamos que isso pode ser feito, começando com o ato cívico crucial de votar e continuando com o ato político indispensável de aceitar os resultados.

Ninguém pode impedir nosso povo de tornar possível um novo começo. Esta luta é uma jornada de redenção. Nossa aspiração comum é trazer nossos filhos de volta para casa, reunir nossas famílias e viver orgulhosamente em nosso próprio país, a Venezuela. Esta é a verdade que prevalecerá.

Venezuelanos estão colocando tudo em jogo na eleição de domingo, 28. Diante da intenção do presidente Nicolás Maduro de se consolidar no poder por mais seis anos, o movimento democrático construiu firmemente um caminho para uma mudança profunda em torno de Edmundo González, nosso candidato presidencial.

Meus compatriotas estão cansados de todo ódio, coerção, corrupção e miséria trazidos por 25 anos de tirania e políticas econômicas destrutivas sob Maduro e seu antecessor e mentor, Hugo Chávez. Essas são as razões pelas quais aproximadamente um quarto da nossa população emigrou para o mundo todo, incluindo centenas de milhares para os Estados Unidos.

Uma esmagadora maioria de venezuelanos está pronta para a mudança. Esse sentimento é palpável em todo o país. Apesar da escassez de eletricidade e combustível e do assédio implacável do regime de Maduro, grandes números de pessoas estão participando de nossos eventos de campanha. Apenas um ano atrás, venezuelanos se sentiam desesperançosos, a migração através da região de Darién começou a aumentar e a oposição estava sem liderança.

Instituto de pesquisa confiáveis confirmam nossa vitória iminente. Mesmo as estimativas mais conservadoras sugerem que o apoio da oposição é o dobro do respaldo da ditadura. Pelo menos uma pesquisa indica uma margem de 47 pontos porcentuais.

Mas regime não tornou esta eleição livre, nem justa, nem verdadeiramente competitiva. Maduro não tem uma maneira viável de vencê-la honestamente. Ele depende de eleições falsas que podem ser aceitas como fatos consumados na Venezuela e, em alguns casos, além da Venezuela. Embora ele possa tentar manipular a realidade mesmo após a eleição, seus dias no poder estão contados.

Nós organizamos a maior rede de observação eleitoral cidadã conhecida até agora no país. Maduro será derrotado, e ele deve aceitar a vontade do povo venezuelano.

Nós propusemos publicamente negociações com ele e seu circulo para permitir uma transferência de poder pacífica. Essa é a melhor oportunidade para o regime alcançar um acordo conosco. Garantias políticas são necessárias para curar feridas e conduzir nossa nação de volta à democracia. Para lidar com o passado, precisamos cuidar do futuro.

Apoiadores de Corina Machado e Edmundo González durante um comício em Valência, Venezuela, em 13 de julho. González enfrentará Nicolás Maduro nas urnas, no próximo domingo. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times

Como as pessoas são nossa prioridade, traremos reformas urgentes para enfrentar a crise social e abrir caminho para a prosperidade.

Nosso primeiro passo será restaurar a liberdade, a democracia e o estado de Direito. Isso começa com liberdade de expressão, uma imprensa livre, independência dos poderes do governo e acesso igualitário à justiça para todos os cidadãos.

Ao longo do tempo, nós almejamos um governo menor e mais eficiente. Nós vamos restabelecer relações internacionais com todas as nações, particularmente países democráticos e especialmente dentro do hemisfério americano. Visaremos um Exército profissional e moderno para salvaguardar nossa soberania.

Também é crucial abordar a crise humanitária que deixou a maioria dos venezuelanos vivendo abaixo da linha da pobreza e uma economia em profunda estagnação. Nosso plano econômico, que chamamos de estabilização expansionista, restaurará a ordem e retomará o crescimento. As causas fiscais e monetárias da inflação e da desvalorização da moeda serão combatidas. O novo governo aplicará a proteção dos direitos de propriedade e desenvolverá uma economia de mercado.

Também vamos incentivar a expansão da economia com investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços públicos. Este plano de investimento irá criar empregos e aumentará a produtividade, ajudando a superar a pobreza e a expandir a classe média.

María Corina Machado é líder da oposição venezuelana. Atualmente, ela está inabilitada de concorrer nas eleições. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

A Venezuela irá emergir como o centro energético das Américas. Precisaremos renovar a produção de petróleo para financiar a reconstrução do país. Ao mesmo tempo, restauraremos e desenvolveremos nossas vastas fontes de energia hidrelétrica limpa para atingir a meta de zero emissões líquidas e avançar nossa transição para energia verde.

O novo governo reintegrará a Venezuela aos mercados internacionais; negociará um programa financeiro e técnico com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial; e reestruturará a substancial dívida pública do país, que vale quase 160% do nosso produto interno bruto em 2022.

Esse é o país com qual sonhamos. Essa é a nação que construiremos. Não será fácil e pode levar anos. Mas acreditamos que isso pode ser feito, começando com o ato cívico crucial de votar e continuando com o ato político indispensável de aceitar os resultados.

Ninguém pode impedir nosso povo de tornar possível um novo começo. Esta luta é uma jornada de redenção. Nossa aspiração comum é trazer nossos filhos de volta para casa, reunir nossas famílias e viver orgulhosamente em nosso próprio país, a Venezuela. Esta é a verdade que prevalecerá.

Opinião por María Corina Machado*

María Corina Machado, ex-membro da Assembleia Nacional da Venezuela, é a líder da oposição política do país. Ela escreveu de Caracas para o 'The New York Times'.

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