Agentes ligados ao Kremlin ajudam a proteger Maduro na Venezuela, dizem fontes


A Rússia, que tem apoiado o governo socialista de Maduro com bilhões de dólares, prometeu manter-se leal a ele depois de o líder oposicionista ter se autoproclamado presidente interino, com o respaldo de Washington.

Por Redação

MOSCOU - Agentes contratadas pela Rússia para missões militares secretas se dirigiram nos últimos dias à Venezuela para reforçar a segurança do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta protestos de oposicionistas apoiados pelos Estados Unidos, de acordo com duas pessoas próximas dessas companhias.

Nicolás Maduro (E) é recebido por Vladimir Putin em Moscou Foto: Maxim Shemetov/Pool Photo via AP

Uma terceira fonte próxima dos russos também disse à agência Reuters haver um grupo de pessoas contratados por Moscou na Venezuela, mas não pôde precisar quando chegaram ou qual função iriam cumprir.

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A Rússia, que tem apoiado o governo socialista de Maduro com bilhões de dólares, prometeu nesta semana manter-se leal a ele depois de o líder oposicionista Juan Guaidó ter se autoproclamado presidente interino, com o respaldo de Washington.

Trata-se da mais recente crise internacional a contrapor as superpotências mundiais, com os EUA e a Europa apoiando Guaidó, enquanto Rússia e China defendem a não interferência.

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Yevgeny Shabayev, líder de um braço local de um grupo paramilitar ligado aos terceirizados russos, disse saber da existência de cerca de 400 russos contratados para atuar na Venezuela. Mas as outras fontes falaram em grupos menores.

O Ministério da Defesa russo e o Ministério da Informação venezuelano não responderam a pedidos de comentário sobre as empresas contratadas. "Não temos essa informação", disse, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

Os terceirizados estão associados ao chamado grupo Wagner, cujos membros, a maioria ex-agentes de segurança, já combateram clandestinamente em apoio às forças russas na Síria e na Ucrânia, de acordo com entrevistas feitas pela Reuters com dezenas de contratados, seus amigos e parentes.

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Uma pessoa que acredita-se trabalhar para o grupo Wagner não respondeu a uma mensagem com pedidos de informação.

Protestos

Ao citar contatos no aparato de segurança russo, Shabayev disse que o contingente que voou para a Venezuela se dirigiu ao país no início da semana, um ou dois dias antes de começarem os protestos da oposição.

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Ele disse que os terceirizados partiram em dois aviões fretados para Havana, em Cuba, onde foram transferidos para voos comerciais em direção à Venezuela. O governo cubano, que pelas duas últimas décadas tem sido um aliado próximo do governo socialista venezuelano, não respondeu a pedidos de comentário.

A tarefa dos terceirizados russos na Venezuela seria proteger Maduro de qualquer tentativa de prendê-lo por parte de simpatizantes da oposição infiltrados nas forças de segurança, disse Shabayev. “Nosso pessoal está lá para sua proteção direta”, disse.

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Autoridades venezuelanas disseram ter desmantelado uma tentativa de revolta na segunda-feira de oficiais militares que chamou de "desonestos" concentrados em cerca de 1 km do Palácio de Miraflores, em Caracas. 

Maduro, o sucessor de Hugo Chávez de 56 anos, vai para as ruas apenas em situações cuidadosamente controladas, depois que multidões o deixaram encurralado no passado. 

Uma das duas fontes russas que não quis se identificar, e é próxima do grupo Wagner e lutou em conflitos estangeiros, disse que os primeiros milicianos chegaram ao país para as eleições presidenciais de maio de 2018, mas outro grupo desembarcou "recentemente". / REUTERS

MOSCOU - Agentes contratadas pela Rússia para missões militares secretas se dirigiram nos últimos dias à Venezuela para reforçar a segurança do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta protestos de oposicionistas apoiados pelos Estados Unidos, de acordo com duas pessoas próximas dessas companhias.

Nicolás Maduro (E) é recebido por Vladimir Putin em Moscou Foto: Maxim Shemetov/Pool Photo via AP

Uma terceira fonte próxima dos russos também disse à agência Reuters haver um grupo de pessoas contratados por Moscou na Venezuela, mas não pôde precisar quando chegaram ou qual função iriam cumprir.

A Rússia, que tem apoiado o governo socialista de Maduro com bilhões de dólares, prometeu nesta semana manter-se leal a ele depois de o líder oposicionista Juan Guaidó ter se autoproclamado presidente interino, com o respaldo de Washington.

Trata-se da mais recente crise internacional a contrapor as superpotências mundiais, com os EUA e a Europa apoiando Guaidó, enquanto Rússia e China defendem a não interferência.

Yevgeny Shabayev, líder de um braço local de um grupo paramilitar ligado aos terceirizados russos, disse saber da existência de cerca de 400 russos contratados para atuar na Venezuela. Mas as outras fontes falaram em grupos menores.

O Ministério da Defesa russo e o Ministério da Informação venezuelano não responderam a pedidos de comentário sobre as empresas contratadas. "Não temos essa informação", disse, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

Os terceirizados estão associados ao chamado grupo Wagner, cujos membros, a maioria ex-agentes de segurança, já combateram clandestinamente em apoio às forças russas na Síria e na Ucrânia, de acordo com entrevistas feitas pela Reuters com dezenas de contratados, seus amigos e parentes.

Uma pessoa que acredita-se trabalhar para o grupo Wagner não respondeu a uma mensagem com pedidos de informação.

Protestos

Ao citar contatos no aparato de segurança russo, Shabayev disse que o contingente que voou para a Venezuela se dirigiu ao país no início da semana, um ou dois dias antes de começarem os protestos da oposição.

Ele disse que os terceirizados partiram em dois aviões fretados para Havana, em Cuba, onde foram transferidos para voos comerciais em direção à Venezuela. O governo cubano, que pelas duas últimas décadas tem sido um aliado próximo do governo socialista venezuelano, não respondeu a pedidos de comentário.

A tarefa dos terceirizados russos na Venezuela seria proteger Maduro de qualquer tentativa de prendê-lo por parte de simpatizantes da oposição infiltrados nas forças de segurança, disse Shabayev. “Nosso pessoal está lá para sua proteção direta”, disse.

Autoridades venezuelanas disseram ter desmantelado uma tentativa de revolta na segunda-feira de oficiais militares que chamou de "desonestos" concentrados em cerca de 1 km do Palácio de Miraflores, em Caracas. 

Maduro, o sucessor de Hugo Chávez de 56 anos, vai para as ruas apenas em situações cuidadosamente controladas, depois que multidões o deixaram encurralado no passado. 

Uma das duas fontes russas que não quis se identificar, e é próxima do grupo Wagner e lutou em conflitos estangeiros, disse que os primeiros milicianos chegaram ao país para as eleições presidenciais de maio de 2018, mas outro grupo desembarcou "recentemente". / REUTERS

MOSCOU - Agentes contratadas pela Rússia para missões militares secretas se dirigiram nos últimos dias à Venezuela para reforçar a segurança do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta protestos de oposicionistas apoiados pelos Estados Unidos, de acordo com duas pessoas próximas dessas companhias.

Nicolás Maduro (E) é recebido por Vladimir Putin em Moscou Foto: Maxim Shemetov/Pool Photo via AP

Uma terceira fonte próxima dos russos também disse à agência Reuters haver um grupo de pessoas contratados por Moscou na Venezuela, mas não pôde precisar quando chegaram ou qual função iriam cumprir.

A Rússia, que tem apoiado o governo socialista de Maduro com bilhões de dólares, prometeu nesta semana manter-se leal a ele depois de o líder oposicionista Juan Guaidó ter se autoproclamado presidente interino, com o respaldo de Washington.

Trata-se da mais recente crise internacional a contrapor as superpotências mundiais, com os EUA e a Europa apoiando Guaidó, enquanto Rússia e China defendem a não interferência.

Yevgeny Shabayev, líder de um braço local de um grupo paramilitar ligado aos terceirizados russos, disse saber da existência de cerca de 400 russos contratados para atuar na Venezuela. Mas as outras fontes falaram em grupos menores.

O Ministério da Defesa russo e o Ministério da Informação venezuelano não responderam a pedidos de comentário sobre as empresas contratadas. "Não temos essa informação", disse, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

Os terceirizados estão associados ao chamado grupo Wagner, cujos membros, a maioria ex-agentes de segurança, já combateram clandestinamente em apoio às forças russas na Síria e na Ucrânia, de acordo com entrevistas feitas pela Reuters com dezenas de contratados, seus amigos e parentes.

Uma pessoa que acredita-se trabalhar para o grupo Wagner não respondeu a uma mensagem com pedidos de informação.

Protestos

Ao citar contatos no aparato de segurança russo, Shabayev disse que o contingente que voou para a Venezuela se dirigiu ao país no início da semana, um ou dois dias antes de começarem os protestos da oposição.

Ele disse que os terceirizados partiram em dois aviões fretados para Havana, em Cuba, onde foram transferidos para voos comerciais em direção à Venezuela. O governo cubano, que pelas duas últimas décadas tem sido um aliado próximo do governo socialista venezuelano, não respondeu a pedidos de comentário.

A tarefa dos terceirizados russos na Venezuela seria proteger Maduro de qualquer tentativa de prendê-lo por parte de simpatizantes da oposição infiltrados nas forças de segurança, disse Shabayev. “Nosso pessoal está lá para sua proteção direta”, disse.

Autoridades venezuelanas disseram ter desmantelado uma tentativa de revolta na segunda-feira de oficiais militares que chamou de "desonestos" concentrados em cerca de 1 km do Palácio de Miraflores, em Caracas. 

Maduro, o sucessor de Hugo Chávez de 56 anos, vai para as ruas apenas em situações cuidadosamente controladas, depois que multidões o deixaram encurralado no passado. 

Uma das duas fontes russas que não quis se identificar, e é próxima do grupo Wagner e lutou em conflitos estangeiros, disse que os primeiros milicianos chegaram ao país para as eleições presidenciais de maio de 2018, mas outro grupo desembarcou "recentemente". / REUTERS

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