Agressão racista abala Charlottesville, de maioria branca e democrata 


Maioria dos participantes de marcha de supremacistas em Charlottesville saiu de outros Estados

Por Cláudia Trevisan, Charlottesville e Virgínia

Três dias antes de supremacistas brancos e neonazistas marcharem pelas ruas de Charlottesville, Rachel Pennington colocou um cartaz na porta de seu café, The Pie Chest, no centro da cidade: “Valorizamos diversidade, igualdade e amor neste estabelecimento e em nossa comunidade”. Pouco acima, outra mensagem informava aos potenciais clientes que armas são proibidas no local.

Rachel Pennington, dona do café The Pie Chest, disse que a grande maioria dos supremacistas brancos que marcharam em Charlottesville veio de outros Estados Foto: Cláudia Trevisan/Estadão

No sábado, o Dodge Challenger dirigido por James Alex Fields passou em alta velocidade em frente ao The Pie Chest e atingiu a multidão que protestava a uma quadra de distância contra supremacistas brancos. 

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“Eu coloquei o cartaz em antecipação ao que ocorreria no sábado. Esses grupos têm um histórico de violência e eu esperava por confrontos. Mas nunca imaginei que alguém avançaria com um carro sobre manifestantes pacíficos”, disse Rachel. 

Segundo ela, um dos organizadores da marcha extremista vive em Charlottesville, mas a maioria dos participantes veio de outros Estados.

Branca, como 70% dos moradores da cidade, ela apoia a decisão do governo local de retirar de uma praça pública a estátua de Robert Lee, o general que liderou as forças do Sul que se opunham ao fim da escravidão na Guerra Civil (1861-1865). “Esses são símbolos de um passado desprezível de nosso país.”

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A aprovação da remoção da estátua pela Câmara de Vereadores foi o pretexto apresentado pelo supremacistas brancos para sua manifestação, a terceira contra a decisão desde maio. 

Charlottesville é uma cidade universitária e 80% de seus eleitores votaram na democrata Hillary Clinton. Também branca, Kali Cichon participou do protesto de sábado contra a presença dos extremistas na cidade. “Nasci e fui criada aqui e, para mim, isso não é abstrato. Eles não são bem-vindos em minha cidade”, disse Kali, que criticou a polícia pela escalada de violência. “Os nazistas jogaram garrafas, pedras, bombas de fumaça e spray de pimenta contra nós e a polícia não fez nada.” 

Havia poucos extremistas nas ruas do centro de Charlottesville ontem. Uma das exceções era Jason Kessler, supremacista branco que vive na cidade e participou da organização da marcha. Ele convocou uma entrevista coletiva, mas foi impedido por moradores que o cercaram e gritaram “vergonha, vergonha”. Ele deixou o local escoltado pela polícia.

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Quierra Curtis estuda biologia em Richmond, a uma hora de carro de Charlottesville, e decidiu ir à cidade ontem prestar solidariedade aos que se opuseram aos extremistas. “Muitas pessoas têm medo de terrorismo vindo de fora do país, mas o que vimos aqui ontem foi um ato de terrorismo doméstico.”

Manifestação de supremacistas brancos termina em confronto e morte

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Foto: Ryan M. Kelly/The Daily Progress via AP)
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Três dias antes de supremacistas brancos e neonazistas marcharem pelas ruas de Charlottesville, Rachel Pennington colocou um cartaz na porta de seu café, The Pie Chest, no centro da cidade: “Valorizamos diversidade, igualdade e amor neste estabelecimento e em nossa comunidade”. Pouco acima, outra mensagem informava aos potenciais clientes que armas são proibidas no local.

Rachel Pennington, dona do café The Pie Chest, disse que a grande maioria dos supremacistas brancos que marcharam em Charlottesville veio de outros Estados Foto: Cláudia Trevisan/Estadão

No sábado, o Dodge Challenger dirigido por James Alex Fields passou em alta velocidade em frente ao The Pie Chest e atingiu a multidão que protestava a uma quadra de distância contra supremacistas brancos. 

“Eu coloquei o cartaz em antecipação ao que ocorreria no sábado. Esses grupos têm um histórico de violência e eu esperava por confrontos. Mas nunca imaginei que alguém avançaria com um carro sobre manifestantes pacíficos”, disse Rachel. 

Segundo ela, um dos organizadores da marcha extremista vive em Charlottesville, mas a maioria dos participantes veio de outros Estados.

Branca, como 70% dos moradores da cidade, ela apoia a decisão do governo local de retirar de uma praça pública a estátua de Robert Lee, o general que liderou as forças do Sul que se opunham ao fim da escravidão na Guerra Civil (1861-1865). “Esses são símbolos de um passado desprezível de nosso país.”

A aprovação da remoção da estátua pela Câmara de Vereadores foi o pretexto apresentado pelo supremacistas brancos para sua manifestação, a terceira contra a decisão desde maio. 

Charlottesville é uma cidade universitária e 80% de seus eleitores votaram na democrata Hillary Clinton. Também branca, Kali Cichon participou do protesto de sábado contra a presença dos extremistas na cidade. “Nasci e fui criada aqui e, para mim, isso não é abstrato. Eles não são bem-vindos em minha cidade”, disse Kali, que criticou a polícia pela escalada de violência. “Os nazistas jogaram garrafas, pedras, bombas de fumaça e spray de pimenta contra nós e a polícia não fez nada.” 

Havia poucos extremistas nas ruas do centro de Charlottesville ontem. Uma das exceções era Jason Kessler, supremacista branco que vive na cidade e participou da organização da marcha. Ele convocou uma entrevista coletiva, mas foi impedido por moradores que o cercaram e gritaram “vergonha, vergonha”. Ele deixou o local escoltado pela polícia.

Quierra Curtis estuda biologia em Richmond, a uma hora de carro de Charlottesville, e decidiu ir à cidade ontem prestar solidariedade aos que se opuseram aos extremistas. “Muitas pessoas têm medo de terrorismo vindo de fora do país, mas o que vimos aqui ontem foi um ato de terrorismo doméstico.”

Manifestação de supremacistas brancos termina em confronto e morte

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Rachel Pennington, dona do café The Pie Chest, disse que a grande maioria dos supremacistas brancos que marcharam em Charlottesville veio de outros Estados Foto: Cláudia Trevisan/Estadão

No sábado, o Dodge Challenger dirigido por James Alex Fields passou em alta velocidade em frente ao The Pie Chest e atingiu a multidão que protestava a uma quadra de distância contra supremacistas brancos. 

“Eu coloquei o cartaz em antecipação ao que ocorreria no sábado. Esses grupos têm um histórico de violência e eu esperava por confrontos. Mas nunca imaginei que alguém avançaria com um carro sobre manifestantes pacíficos”, disse Rachel. 

Segundo ela, um dos organizadores da marcha extremista vive em Charlottesville, mas a maioria dos participantes veio de outros Estados.

Branca, como 70% dos moradores da cidade, ela apoia a decisão do governo local de retirar de uma praça pública a estátua de Robert Lee, o general que liderou as forças do Sul que se opunham ao fim da escravidão na Guerra Civil (1861-1865). “Esses são símbolos de um passado desprezível de nosso país.”

A aprovação da remoção da estátua pela Câmara de Vereadores foi o pretexto apresentado pelo supremacistas brancos para sua manifestação, a terceira contra a decisão desde maio. 

Charlottesville é uma cidade universitária e 80% de seus eleitores votaram na democrata Hillary Clinton. Também branca, Kali Cichon participou do protesto de sábado contra a presença dos extremistas na cidade. “Nasci e fui criada aqui e, para mim, isso não é abstrato. Eles não são bem-vindos em minha cidade”, disse Kali, que criticou a polícia pela escalada de violência. “Os nazistas jogaram garrafas, pedras, bombas de fumaça e spray de pimenta contra nós e a polícia não fez nada.” 

Havia poucos extremistas nas ruas do centro de Charlottesville ontem. Uma das exceções era Jason Kessler, supremacista branco que vive na cidade e participou da organização da marcha. Ele convocou uma entrevista coletiva, mas foi impedido por moradores que o cercaram e gritaram “vergonha, vergonha”. Ele deixou o local escoltado pela polícia.

Quierra Curtis estuda biologia em Richmond, a uma hora de carro de Charlottesville, e decidiu ir à cidade ontem prestar solidariedade aos que se opuseram aos extremistas. “Muitas pessoas têm medo de terrorismo vindo de fora do país, mas o que vimos aqui ontem foi um ato de terrorismo doméstico.”

Manifestação de supremacistas brancos termina em confronto e morte

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