Alberto Fernández é denunciado na Argentina por supostamente favorecer amigos em contratos


Ministério Público pede que sejam investigadas irregularidades na contratação de seguros pelos órgãos públicos em que amigos do ex-presidente seriam intermediários; Fernández nega que tenha autorizado negócios

Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi denunciado pelo Ministério Público argentino nesta quinta-feira, 29, em um processo relacionado com a contratação de seguros por organismos públicos que teriam beneficiado amigos do ex-mandatário durante seu governo. Dois conhecidos de Fernández também foram denunciados.

O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano por suposta violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada na quarta-feira pela advogada Silvina Martínez por “supostas irregularidades ocorridas em torno do Decreto 823/2021, assinado em dezembro de 2021″.

A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades no decreto no qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

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O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández Foto: Juan Mabromata/AFP

Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano - que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas - e publicado no fim de semana no jornal Clarín.

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Em uma entrevista publicada no jornal La Nación, Fernández – ao regressar da Espanha onde passou alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciou da denúncia ao indicar: “Não pedi nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

“Faço um culto à honestidade. Eu sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu às pessoas. Não roubei nada, não participei em nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é uma negociação. Muitas pessoas boas foram afetadas”, disse ele em entrevista à Rádio la Red.

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O presidente continuou dizendo que defendia uma investigação do caso, mas acusou a imprensa de exagerar ao utilizar o termo “denúncia”. ”Em termos técnicos, ‘imputar’ significa ‘investigar’”, disse. “Quero que isso seja investigado. Se for investigado, eles perceberão que tudo isso é mentira”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos.

O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações./Com EFE

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi denunciado pelo Ministério Público argentino nesta quinta-feira, 29, em um processo relacionado com a contratação de seguros por organismos públicos que teriam beneficiado amigos do ex-mandatário durante seu governo. Dois conhecidos de Fernández também foram denunciados.

O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano por suposta violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada na quarta-feira pela advogada Silvina Martínez por “supostas irregularidades ocorridas em torno do Decreto 823/2021, assinado em dezembro de 2021″.

A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades no decreto no qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández Foto: Juan Mabromata/AFP

Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano - que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas - e publicado no fim de semana no jornal Clarín.

Em uma entrevista publicada no jornal La Nación, Fernández – ao regressar da Espanha onde passou alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciou da denúncia ao indicar: “Não pedi nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

“Faço um culto à honestidade. Eu sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu às pessoas. Não roubei nada, não participei em nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é uma negociação. Muitas pessoas boas foram afetadas”, disse ele em entrevista à Rádio la Red.

O presidente continuou dizendo que defendia uma investigação do caso, mas acusou a imprensa de exagerar ao utilizar o termo “denúncia”. ”Em termos técnicos, ‘imputar’ significa ‘investigar’”, disse. “Quero que isso seja investigado. Se for investigado, eles perceberão que tudo isso é mentira”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos.

O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações./Com EFE

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi denunciado pelo Ministério Público argentino nesta quinta-feira, 29, em um processo relacionado com a contratação de seguros por organismos públicos que teriam beneficiado amigos do ex-mandatário durante seu governo. Dois conhecidos de Fernández também foram denunciados.

O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano por suposta violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada na quarta-feira pela advogada Silvina Martínez por “supostas irregularidades ocorridas em torno do Decreto 823/2021, assinado em dezembro de 2021″.

A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades no decreto no qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández Foto: Juan Mabromata/AFP

Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano - que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas - e publicado no fim de semana no jornal Clarín.

Em uma entrevista publicada no jornal La Nación, Fernández – ao regressar da Espanha onde passou alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciou da denúncia ao indicar: “Não pedi nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

“Faço um culto à honestidade. Eu sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu às pessoas. Não roubei nada, não participei em nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é uma negociação. Muitas pessoas boas foram afetadas”, disse ele em entrevista à Rádio la Red.

O presidente continuou dizendo que defendia uma investigação do caso, mas acusou a imprensa de exagerar ao utilizar o termo “denúncia”. ”Em termos técnicos, ‘imputar’ significa ‘investigar’”, disse. “Quero que isso seja investigado. Se for investigado, eles perceberão que tudo isso é mentira”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos.

O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações./Com EFE

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi denunciado pelo Ministério Público argentino nesta quinta-feira, 29, em um processo relacionado com a contratação de seguros por organismos públicos que teriam beneficiado amigos do ex-mandatário durante seu governo. Dois conhecidos de Fernández também foram denunciados.

O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano por suposta violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada na quarta-feira pela advogada Silvina Martínez por “supostas irregularidades ocorridas em torno do Decreto 823/2021, assinado em dezembro de 2021″.

A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades no decreto no qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández Foto: Juan Mabromata/AFP

Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano - que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas - e publicado no fim de semana no jornal Clarín.

Em uma entrevista publicada no jornal La Nación, Fernández – ao regressar da Espanha onde passou alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciou da denúncia ao indicar: “Não pedi nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

“Faço um culto à honestidade. Eu sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu às pessoas. Não roubei nada, não participei em nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é uma negociação. Muitas pessoas boas foram afetadas”, disse ele em entrevista à Rádio la Red.

O presidente continuou dizendo que defendia uma investigação do caso, mas acusou a imprensa de exagerar ao utilizar o termo “denúncia”. ”Em termos técnicos, ‘imputar’ significa ‘investigar’”, disse. “Quero que isso seja investigado. Se for investigado, eles perceberão que tudo isso é mentira”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos.

O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações./Com EFE

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi denunciado pelo Ministério Público argentino nesta quinta-feira, 29, em um processo relacionado com a contratação de seguros por organismos públicos que teriam beneficiado amigos do ex-mandatário durante seu governo. Dois conhecidos de Fernández também foram denunciados.

O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano por suposta violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada na quarta-feira pela advogada Silvina Martínez por “supostas irregularidades ocorridas em torno do Decreto 823/2021, assinado em dezembro de 2021″.

A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades no decreto no qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández Foto: Juan Mabromata/AFP

Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano - que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas - e publicado no fim de semana no jornal Clarín.

Em uma entrevista publicada no jornal La Nación, Fernández – ao regressar da Espanha onde passou alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciou da denúncia ao indicar: “Não pedi nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

“Faço um culto à honestidade. Eu sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu às pessoas. Não roubei nada, não participei em nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é uma negociação. Muitas pessoas boas foram afetadas”, disse ele em entrevista à Rádio la Red.

O presidente continuou dizendo que defendia uma investigação do caso, mas acusou a imprensa de exagerar ao utilizar o termo “denúncia”. ”Em termos técnicos, ‘imputar’ significa ‘investigar’”, disse. “Quero que isso seja investigado. Se for investigado, eles perceberão que tudo isso é mentira”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos.

O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações./Com EFE

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