Alemanha destinará mais de US$ 6 bilhões para ajudar refugiados


Em reunião, chanceler também destacou a necessidade de reforçar as regras para imigrantes que procuram asilo no país

Por Redação

BERLIM - O governo de coalizão da Alemanha concordou nesta segunda-feira, 7, em destinar 6 bilhões de euros (US$ 6,68 bilhões) adicionais para ajudar as pessoas que buscam asilo e reforçar as regras para imigrantes que procuram refúgio na Alemanha. A expectativa é de que o fluxo de entrada de imigrantes atinja níveis superiores ao do pós-Segunda Guerra Mundial ainda neste ano.

Os líderes dos partidos conservadores do governo da chanceler Angela Merkel e os social-democratas chegaram ao acordo durante uma reunião realizada em Berlim. O governo vai fornecer 3 bilhões de euros para medidas como habitação e repasses para o próximo ano.

continua após a publicidade

"Nenhum país na Europa pode dizer que não está fazendo nada em relação à crise", disse Merkel em entrevista coletiva.

Os dirigentes também propuseram mudar a lei e declarar Kosovo, Albânia e Montenegro como países seguros, permitindo que os imigrantes de lá sejam deportados de volta de maneira muito mais rápida do que atualmente. A câmara alta do Parlamento alemão tem ainda de aprovar esta alteração jurídica, que exigirá o acordo com a oposição.

As pessoas dos Bálcãs Ocidentais, principalmente imigrantes que viajam por razões econômicas, responderam por cerca de 46% do total de pedidos de asilo para a Alemanha na primeira metade do ano. Somente entre 0,1% a 0,2% são aceitos, de acordo com o governo alemão, mas a revisão aprofundada de tais pedidos leva tempo e tem ocupado a capacidade do país de rever candidaturas de imigrantes que possuem melhores perspectivas de receber asilo.

continua após a publicidade

Uma parte fundamental do acordo de coalizão é também reduzir os incentivos financeiros para os imigrantes. Eles concordaram em cortar repasses de dinheiro para os imigrantes recém-chegados e substituí-los sempre que possível com outros tipos de ajuda. Pagamentos prévios serão limitados a um mês, em comparação com até seis meses no momento.

Merkel disse que seu país deve estar orgulhoso de si, após receber um fluxo histórico de refugiados no fim de semana, enquanto o presidente francês François Hollande anunciou que seu país receberia 24 mil refugiados. Ela novamente pediu aos líderes europeus que trabalhem juntos para encontrar uma solução para a crise.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que não está preparado para isso e questionou como algum tipo de sistema de cotas da União Europeia para imigrantes poderia funcionar.

continua após a publicidade

Seu navegador não suporta esse video.

Mais de 50 milhões de pessoas estão fora de seus países, segundo a Anistia Internacional. Guerras, perseguições e conflitos fazem com que muitos se arrisquem e tentem chegar à Europa.

O ministro do Interior, Thomas de Maizière, disse que os repasses em dinheiro podem ser um incentivo para que as pessoas venham para a Alemanha, uma vez que os pagamentos aos requerentes de asilo são aproximadamente tão altos quanto o salário mensal de um policial no Kosovo ou na Albânia. /AP e DOW JONES NEWSWIRES

BERLIM - O governo de coalizão da Alemanha concordou nesta segunda-feira, 7, em destinar 6 bilhões de euros (US$ 6,68 bilhões) adicionais para ajudar as pessoas que buscam asilo e reforçar as regras para imigrantes que procuram refúgio na Alemanha. A expectativa é de que o fluxo de entrada de imigrantes atinja níveis superiores ao do pós-Segunda Guerra Mundial ainda neste ano.

Os líderes dos partidos conservadores do governo da chanceler Angela Merkel e os social-democratas chegaram ao acordo durante uma reunião realizada em Berlim. O governo vai fornecer 3 bilhões de euros para medidas como habitação e repasses para o próximo ano.

"Nenhum país na Europa pode dizer que não está fazendo nada em relação à crise", disse Merkel em entrevista coletiva.

Os dirigentes também propuseram mudar a lei e declarar Kosovo, Albânia e Montenegro como países seguros, permitindo que os imigrantes de lá sejam deportados de volta de maneira muito mais rápida do que atualmente. A câmara alta do Parlamento alemão tem ainda de aprovar esta alteração jurídica, que exigirá o acordo com a oposição.

As pessoas dos Bálcãs Ocidentais, principalmente imigrantes que viajam por razões econômicas, responderam por cerca de 46% do total de pedidos de asilo para a Alemanha na primeira metade do ano. Somente entre 0,1% a 0,2% são aceitos, de acordo com o governo alemão, mas a revisão aprofundada de tais pedidos leva tempo e tem ocupado a capacidade do país de rever candidaturas de imigrantes que possuem melhores perspectivas de receber asilo.

Uma parte fundamental do acordo de coalizão é também reduzir os incentivos financeiros para os imigrantes. Eles concordaram em cortar repasses de dinheiro para os imigrantes recém-chegados e substituí-los sempre que possível com outros tipos de ajuda. Pagamentos prévios serão limitados a um mês, em comparação com até seis meses no momento.

Merkel disse que seu país deve estar orgulhoso de si, após receber um fluxo histórico de refugiados no fim de semana, enquanto o presidente francês François Hollande anunciou que seu país receberia 24 mil refugiados. Ela novamente pediu aos líderes europeus que trabalhem juntos para encontrar uma solução para a crise.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que não está preparado para isso e questionou como algum tipo de sistema de cotas da União Europeia para imigrantes poderia funcionar.

Seu navegador não suporta esse video.

Mais de 50 milhões de pessoas estão fora de seus países, segundo a Anistia Internacional. Guerras, perseguições e conflitos fazem com que muitos se arrisquem e tentem chegar à Europa.

O ministro do Interior, Thomas de Maizière, disse que os repasses em dinheiro podem ser um incentivo para que as pessoas venham para a Alemanha, uma vez que os pagamentos aos requerentes de asilo são aproximadamente tão altos quanto o salário mensal de um policial no Kosovo ou na Albânia. /AP e DOW JONES NEWSWIRES

BERLIM - O governo de coalizão da Alemanha concordou nesta segunda-feira, 7, em destinar 6 bilhões de euros (US$ 6,68 bilhões) adicionais para ajudar as pessoas que buscam asilo e reforçar as regras para imigrantes que procuram refúgio na Alemanha. A expectativa é de que o fluxo de entrada de imigrantes atinja níveis superiores ao do pós-Segunda Guerra Mundial ainda neste ano.

Os líderes dos partidos conservadores do governo da chanceler Angela Merkel e os social-democratas chegaram ao acordo durante uma reunião realizada em Berlim. O governo vai fornecer 3 bilhões de euros para medidas como habitação e repasses para o próximo ano.

"Nenhum país na Europa pode dizer que não está fazendo nada em relação à crise", disse Merkel em entrevista coletiva.

Os dirigentes também propuseram mudar a lei e declarar Kosovo, Albânia e Montenegro como países seguros, permitindo que os imigrantes de lá sejam deportados de volta de maneira muito mais rápida do que atualmente. A câmara alta do Parlamento alemão tem ainda de aprovar esta alteração jurídica, que exigirá o acordo com a oposição.

As pessoas dos Bálcãs Ocidentais, principalmente imigrantes que viajam por razões econômicas, responderam por cerca de 46% do total de pedidos de asilo para a Alemanha na primeira metade do ano. Somente entre 0,1% a 0,2% são aceitos, de acordo com o governo alemão, mas a revisão aprofundada de tais pedidos leva tempo e tem ocupado a capacidade do país de rever candidaturas de imigrantes que possuem melhores perspectivas de receber asilo.

Uma parte fundamental do acordo de coalizão é também reduzir os incentivos financeiros para os imigrantes. Eles concordaram em cortar repasses de dinheiro para os imigrantes recém-chegados e substituí-los sempre que possível com outros tipos de ajuda. Pagamentos prévios serão limitados a um mês, em comparação com até seis meses no momento.

Merkel disse que seu país deve estar orgulhoso de si, após receber um fluxo histórico de refugiados no fim de semana, enquanto o presidente francês François Hollande anunciou que seu país receberia 24 mil refugiados. Ela novamente pediu aos líderes europeus que trabalhem juntos para encontrar uma solução para a crise.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que não está preparado para isso e questionou como algum tipo de sistema de cotas da União Europeia para imigrantes poderia funcionar.

Seu navegador não suporta esse video.

Mais de 50 milhões de pessoas estão fora de seus países, segundo a Anistia Internacional. Guerras, perseguições e conflitos fazem com que muitos se arrisquem e tentem chegar à Europa.

O ministro do Interior, Thomas de Maizière, disse que os repasses em dinheiro podem ser um incentivo para que as pessoas venham para a Alemanha, uma vez que os pagamentos aos requerentes de asilo são aproximadamente tão altos quanto o salário mensal de um policial no Kosovo ou na Albânia. /AP e DOW JONES NEWSWIRES

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.