Líder da AfD renuncia ao cargo e é banido de eventos eleitorais após comentários isentando nazistas


Maximilian Krah, o cabeça do partido de extrema direita para disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, declarou que um membro da SS ‘não é automaticamente um criminoso’

Por Redação
Atualização:

O líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla original) Maximilian Krah, considerado o favorito do partido para disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, anunciou nesta quarta-feira, 22, que deixou a liderança da organização após uma série de controvérsias entre o político e seus aliados, incluindo comentários feitos por ele isentando nazistas.

O gatilho foi uma declaração dada por Krah ao jornal italiano La Reppublica, na semana passada, afirmando que um membro da organização nazista SS “não é automaticamente um criminoso”. “Antes de declarar alguém criminoso, quero saber o que ele fez”, disse.

Como reação, o partido de extrema direita da Alemanha proibiu o candidato de aparecer em eventos eleitorais. No entanto, Krah deve continuar sendo o cabeça de lista da AfD para as eleições europeias, dado o curto prazo para substituí-lo.

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Nesta quarta-feira, em uma publicação na rede social X, o político declarou: “minhas declarações factuais e diferenciadas estão sendo mal utilizadas como pretexto para prejudicar o nosso partido. A última coisa que precisamos agora é de um debate sobre mim”.

“A AfD deve manter a sua unidade. Por esta razão, vou me abster de fazer quaisquer outras aparições de campanha com efeito imediato e renunciarei ao cargo de membro do conselho executivo federal”, acrescentou no comunicado.

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Como reação à fala de Krah, o principal partido de extrema-direita da França anunciou na terça-feira, 21, que rompeu com a AfD no Parlamento Europeu. O presidente do Ressemblement Nacional (RN, Reunião Nacional), Jordan Bardella, “tomou a decisão de não se sentar mais” com os alemães na próxima legislatura, disse à AFP seu diretor de campanha, Alexandre Loubet.

A divisão entre a extrema-direita francesa e alemã ocorre pouco mais de duas semanas antes de quase 400 milhões de pessoas votarem nas eleições para o Parlamento Europeu. Espera-se que os dois partidos estejam no front de uma forte demonstração da extrema-direita nas eleições do próximo mês, à medida que capitalizam sobre a insatisfação em todo o continente com os partidos principais.

Maximilian Krah, o cabeça da AfD disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, declarou a jornal italiano que um membro da SS ‘não é automaticamente um criminoso’. Foto: Frederick Florin/AFP.
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A AfD está com 15% de intenção de voto para as eleições europeias, relegada para segundo ou terceiro lugar, depois de ter atingido os 23% no final de 2023. Porém, o partido continua em um patamar melhor do que nas eleições de 2019, quando obteve 11% dos votos.

AfD acumula série de polêmicas com Krah

A fala polêmica se somou a uma série de problemas que Krah vinha enfrentando frente à AfD. Em meados de janeiro, a participação de alguns dos seus membros em uma reunião de extrema-direita para discutir um projeto de expulsão em massa de estrangeiros chocou a Alemanha.

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No mês passado, a justiça alemã anunciou que abriu uma investigação sobre suspeitas de financiamento russo e chinês a favor de Krah.

Também em abril, um alemão de origem chinesa que trabalhava como assistente do político, identificado como Jian G., foi preso sob acusação de espionar opositores chineses e de ter compartilhado informações sobre o Parlamento Europeu com um serviço de inteligência chinês, segundo o comunicado do Ministério Público federal alemão. Os promotores alegam que ele também espionou dissidentes chineses na Alemanha.

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“Não tenho mais informações”, declarou Krah, na época. Ele acrescentou que “a atividade de espionagem para um Estado estrangeiro é uma alegação grave” que, se comprovada, levaria ao despedimento imediato do funcionário.

Na semana passada, Björn Höcke, colega de partido de Krah no AfD, foi multado em 13 mil euros (R$ 72,1 mil), pela Justiça da Alemanha após ser julgado por usar um lema nazista durante um evento eleitoral.

Höcke proferiu o slogan “Alles für Deutschland” (“Todos pela Alemanha”) em um comício em 2021. O lema usado pelas SA, a formação paramilitar do partido nazista que desempenhou um papel fundamental na ascensão de Adolf Hitler ao poder e a pronuncia deste slogan é ilegal no país./Com informações de AFP e Washington Post.

O líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla original) Maximilian Krah, considerado o favorito do partido para disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, anunciou nesta quarta-feira, 22, que deixou a liderança da organização após uma série de controvérsias entre o político e seus aliados, incluindo comentários feitos por ele isentando nazistas.

O gatilho foi uma declaração dada por Krah ao jornal italiano La Reppublica, na semana passada, afirmando que um membro da organização nazista SS “não é automaticamente um criminoso”. “Antes de declarar alguém criminoso, quero saber o que ele fez”, disse.

Como reação, o partido de extrema direita da Alemanha proibiu o candidato de aparecer em eventos eleitorais. No entanto, Krah deve continuar sendo o cabeça de lista da AfD para as eleições europeias, dado o curto prazo para substituí-lo.

Nesta quarta-feira, em uma publicação na rede social X, o político declarou: “minhas declarações factuais e diferenciadas estão sendo mal utilizadas como pretexto para prejudicar o nosso partido. A última coisa que precisamos agora é de um debate sobre mim”.

“A AfD deve manter a sua unidade. Por esta razão, vou me abster de fazer quaisquer outras aparições de campanha com efeito imediato e renunciarei ao cargo de membro do conselho executivo federal”, acrescentou no comunicado.

Como reação à fala de Krah, o principal partido de extrema-direita da França anunciou na terça-feira, 21, que rompeu com a AfD no Parlamento Europeu. O presidente do Ressemblement Nacional (RN, Reunião Nacional), Jordan Bardella, “tomou a decisão de não se sentar mais” com os alemães na próxima legislatura, disse à AFP seu diretor de campanha, Alexandre Loubet.

A divisão entre a extrema-direita francesa e alemã ocorre pouco mais de duas semanas antes de quase 400 milhões de pessoas votarem nas eleições para o Parlamento Europeu. Espera-se que os dois partidos estejam no front de uma forte demonstração da extrema-direita nas eleições do próximo mês, à medida que capitalizam sobre a insatisfação em todo o continente com os partidos principais.

Maximilian Krah, o cabeça da AfD disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, declarou a jornal italiano que um membro da SS ‘não é automaticamente um criminoso’. Foto: Frederick Florin/AFP.

A AfD está com 15% de intenção de voto para as eleições europeias, relegada para segundo ou terceiro lugar, depois de ter atingido os 23% no final de 2023. Porém, o partido continua em um patamar melhor do que nas eleições de 2019, quando obteve 11% dos votos.

AfD acumula série de polêmicas com Krah

A fala polêmica se somou a uma série de problemas que Krah vinha enfrentando frente à AfD. Em meados de janeiro, a participação de alguns dos seus membros em uma reunião de extrema-direita para discutir um projeto de expulsão em massa de estrangeiros chocou a Alemanha.

No mês passado, a justiça alemã anunciou que abriu uma investigação sobre suspeitas de financiamento russo e chinês a favor de Krah.

Também em abril, um alemão de origem chinesa que trabalhava como assistente do político, identificado como Jian G., foi preso sob acusação de espionar opositores chineses e de ter compartilhado informações sobre o Parlamento Europeu com um serviço de inteligência chinês, segundo o comunicado do Ministério Público federal alemão. Os promotores alegam que ele também espionou dissidentes chineses na Alemanha.

“Não tenho mais informações”, declarou Krah, na época. Ele acrescentou que “a atividade de espionagem para um Estado estrangeiro é uma alegação grave” que, se comprovada, levaria ao despedimento imediato do funcionário.

Na semana passada, Björn Höcke, colega de partido de Krah no AfD, foi multado em 13 mil euros (R$ 72,1 mil), pela Justiça da Alemanha após ser julgado por usar um lema nazista durante um evento eleitoral.

Höcke proferiu o slogan “Alles für Deutschland” (“Todos pela Alemanha”) em um comício em 2021. O lema usado pelas SA, a formação paramilitar do partido nazista que desempenhou um papel fundamental na ascensão de Adolf Hitler ao poder e a pronuncia deste slogan é ilegal no país./Com informações de AFP e Washington Post.

O líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla original) Maximilian Krah, considerado o favorito do partido para disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, anunciou nesta quarta-feira, 22, que deixou a liderança da organização após uma série de controvérsias entre o político e seus aliados, incluindo comentários feitos por ele isentando nazistas.

O gatilho foi uma declaração dada por Krah ao jornal italiano La Reppublica, na semana passada, afirmando que um membro da organização nazista SS “não é automaticamente um criminoso”. “Antes de declarar alguém criminoso, quero saber o que ele fez”, disse.

Como reação, o partido de extrema direita da Alemanha proibiu o candidato de aparecer em eventos eleitorais. No entanto, Krah deve continuar sendo o cabeça de lista da AfD para as eleições europeias, dado o curto prazo para substituí-lo.

Nesta quarta-feira, em uma publicação na rede social X, o político declarou: “minhas declarações factuais e diferenciadas estão sendo mal utilizadas como pretexto para prejudicar o nosso partido. A última coisa que precisamos agora é de um debate sobre mim”.

“A AfD deve manter a sua unidade. Por esta razão, vou me abster de fazer quaisquer outras aparições de campanha com efeito imediato e renunciarei ao cargo de membro do conselho executivo federal”, acrescentou no comunicado.

Como reação à fala de Krah, o principal partido de extrema-direita da França anunciou na terça-feira, 21, que rompeu com a AfD no Parlamento Europeu. O presidente do Ressemblement Nacional (RN, Reunião Nacional), Jordan Bardella, “tomou a decisão de não se sentar mais” com os alemães na próxima legislatura, disse à AFP seu diretor de campanha, Alexandre Loubet.

A divisão entre a extrema-direita francesa e alemã ocorre pouco mais de duas semanas antes de quase 400 milhões de pessoas votarem nas eleições para o Parlamento Europeu. Espera-se que os dois partidos estejam no front de uma forte demonstração da extrema-direita nas eleições do próximo mês, à medida que capitalizam sobre a insatisfação em todo o continente com os partidos principais.

Maximilian Krah, o cabeça da AfD disputar as eleições do Parlamento Europeu em junho, declarou a jornal italiano que um membro da SS ‘não é automaticamente um criminoso’. Foto: Frederick Florin/AFP.

A AfD está com 15% de intenção de voto para as eleições europeias, relegada para segundo ou terceiro lugar, depois de ter atingido os 23% no final de 2023. Porém, o partido continua em um patamar melhor do que nas eleições de 2019, quando obteve 11% dos votos.

AfD acumula série de polêmicas com Krah

A fala polêmica se somou a uma série de problemas que Krah vinha enfrentando frente à AfD. Em meados de janeiro, a participação de alguns dos seus membros em uma reunião de extrema-direita para discutir um projeto de expulsão em massa de estrangeiros chocou a Alemanha.

No mês passado, a justiça alemã anunciou que abriu uma investigação sobre suspeitas de financiamento russo e chinês a favor de Krah.

Também em abril, um alemão de origem chinesa que trabalhava como assistente do político, identificado como Jian G., foi preso sob acusação de espionar opositores chineses e de ter compartilhado informações sobre o Parlamento Europeu com um serviço de inteligência chinês, segundo o comunicado do Ministério Público federal alemão. Os promotores alegam que ele também espionou dissidentes chineses na Alemanha.

“Não tenho mais informações”, declarou Krah, na época. Ele acrescentou que “a atividade de espionagem para um Estado estrangeiro é uma alegação grave” que, se comprovada, levaria ao despedimento imediato do funcionário.

Na semana passada, Björn Höcke, colega de partido de Krah no AfD, foi multado em 13 mil euros (R$ 72,1 mil), pela Justiça da Alemanha após ser julgado por usar um lema nazista durante um evento eleitoral.

Höcke proferiu o slogan “Alles für Deutschland” (“Todos pela Alemanha”) em um comício em 2021. O lema usado pelas SA, a formação paramilitar do partido nazista que desempenhou um papel fundamental na ascensão de Adolf Hitler ao poder e a pronuncia deste slogan é ilegal no país./Com informações de AFP e Washington Post.

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