WASHINGTON - O Pentágono e a Casa Branca estão em discussões detalhadas sobre opções militares para responder a um ataque com gás venenoso na Síria que matou dezenas de civis, pelo qual Washington culpou o governo sírio, disse uma autoridade dos EUA nesta quinta-feira, 6.
A bordo do Air Force One, em viagem para a Flórida, o presidente americano, Donald Trump, disse que “algo deveria acontecer” com o presidente sírio, Bashar Assad, após o ataque. Mas interrompeu rapidamente sua fala após insinuar a destituição de Assad.
“O que Assad fez foi terrível”, Trump afirmou aos repórteres que viajavam com ele. “O que aconteceu na Síria é uma desgraça para a humanidade e ele (Assad) está lá, ele está controlando coisas, então algo deveria acontecer”, disse Trump.
De acordo com uma fonte do governo americano, o secretário de Defesa, Jim Mattis, deve discutir hoje as opções ao se encontrar com Trump na Flórida. Segundo a mesma fonte, as conversas sobre possíveis respostas já estavam em andamento entre Mattis e o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, H.R. McMaster.
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O ministério turco da Justiça afirmou nesta quinta-feira que as autópsias realizadas no país confirmam o uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad no bombardeio que deixou ao menos 86 pessoas, incluindo 30 crianças, na cidade de Khan Sheikhun, na Síria.
Na quarta-feira, Trump declarou que o ataque, no dia anterior, que matou 86 pessoas, havia mudado sua maneira de ver a guerra da Síria. Pela primeira vez, criticou a Rússia por proteger Assad – de quem é o principal aliado desde o início da guerra, em 2011. Moscou rejeitou um projeto de resolução no Conselho de Segurança que condenaria e responsabilizaria Damasco pelo ataque. / REUTERS