Otimismo de Joe Biden pode ser sua arma secreta, apesar das críticas


A persistência do presidente em manter uma posição otimista pode gerar críticas a ele; mas seus aliados insistem que esse é um ingrediente essencial para avançar

Por Michael D. Shear

GENEBRA - Um outro presidente americano teria se mostrado frustrado, ou mesmo irritado. 

Momentos depois de passar mais de três horas, na quarta-feira, discutindo com o presidente americano, Joe Biden, em seu primeiro encontro de cúpula, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou sua lista usual de queixas para os jornalistas. 

Negou qualquer culpa da Rússia no caso dos ataques cibernéticos contra interesses americanos, afirmando que os Estados Unidos são o país que mais realiza esses ataques. Afirmou também que o histórico dos EUA no campo dos direitos humanos é pior do que o do seu país. E acusou o governo Biden de uma mobilização militar perto da Ucrânia.

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Era o velho Putin e isso reforçou a ideia de que o encontro diplomático de alto nível às margens do Lago de Genebra contribuiu muito pouco para mudar uma relação que tem deteriorado há anos.

Presidente dos EUA Joe Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião,em Genebra, na Suíça. Foto: Patrick Semansky/AP

Mas se Biden ficou irritado com o desempenho do seu colega, não se observou nenhum sinal disso durante sua entrevista coletiva e nem na sua última conversa com jornalistas quando estava prestes a embarcar no Air Force One e deixar a Suíça, concluindo sua viagem diplomática de oito dias, passando por três países, à Europa.

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A resposta de Biden a seu adversário russo ressaltou uma característica persistente da sua presidência: um otimismo obstinado que, para os críticos, chega a ser uma ingenuidade preocupante, e que seus aliados consideram ser essencial para conseguir mudanças.

“O país mostrou uma face diferente do que somos e para onde vamos e estou otimista quanto a isso”, disse Biden antes de embarcar no seu avião, censurando a mídia por se mostrar tão cética. “Quero dizer, estou deixando vocês todos frustrados porque sei que o que desejam é que eu sempre tenha uma reação negativa das coisas.”

O importante, disse ele, é mostrar otimismo e, ao mesmo tempo, ser realista com relação às perspectivas de mudanças reais a longo prazo.

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“Se estivessem na minha posição, vocês diriam 'bem, não acho que algo vai acontecer. Isto vai ser realmente difícil. Acho que na verdade será péssimo?' Vocês garantem que nada acontece”, disse ele aos repórteres.

Ouvindo Biden em sua entrevista coletiva concluímos facilmente que a reunião com Putin foi um sucesso retumbante. O presidente citou um acordo com a Rússia para iniciar os trabalhos com vistas a um novo tratado sobre controle de armamentos. O problema, afirmou, é saber quais são os interesses do adversário. "No caso de Putin, ele quer legitimidade, se posicionar no cenário mundial”, afirmou Biden. “Eles desejam desesperadamente ser relevantes.”

Joe Biden, presidente americano Foto: Kevin Lamarque/Reuters
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Esse positivismo irrestrito já ocasionou críticas de que Biden é ingênuo, não quer ver a realidade diante dos seus olhos. E também levanta dúvidas quanto a se ele está disposto a enfrentar desafios iminentes: as agressões da Rússia na fronteira oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ataques cibernéticos danosos que partem de dentro da Rússia e o histórico cada vez pior da Rússia no campo dos direitos humanos.

Mas a estratégia de Biden não deve mudar. Ele tem procurado criar um clima otimista desde que assumiu a presidência. Tem insistido num apoio bipartidário à aprovação de sua agenda doméstica, mesmo que muitos, se não a maioria, dos seus aliados em Washington estejam ansiosos para encerrar o namoro com os republicanos em meio a um pessimismo crescente de que um dia algum compromisso será consumado.

No campo da política externa, Biden é um diplomata da velha escola que confia em conversas frente a frente como a que manteve com Putin na quarta-feira e muitas outras com líderes nas cúpulas do G-7, da Otan e da União Europeia durante a semana passada.

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Na reunião do G-7, como na da Otan, o presidente expressou sua crença de que os aliados novamente acreditarão no comprometimento do governo americano. Indagado sobre os temores dos líderes europeus preocupados com um eventual retorno do presidente Donald Trump - ou alguém do tipo dele - Biden não respondeu.

No caso da Rússia, Biden e seus assessores insistiram que não desejam um “reset” (retomada), termo usado para a observada ingenuidade do seu predecessor Barack Obama nas suas relações com a Rússia e Putin.

Conversa positiva

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Mas a reflexão de Biden sobre sua reunião com Putin transmitiu um sentimento de uma espécie de restabelecimento das relações, pelo menos segundo sua narrativa. Ele insistiu que não foram feitas ameaças, nenhum deles levantou a voz, mas que foi uma conversa positiva entre dois líderes que ainda não confiam um no outro.

“Não tivemos de confiar em alguém para conseguir o Start II”, disse ele, referindo-se ao tratado sobre controle de armamentos.

A única vez que Biden se mostrou mais alterado durante a entrevista coletiva em Genebra foi quando Kaitlan Collins, jornalista da CNN, perguntou se ele estava confiante de que Putin mudaria seu comportamento. Biden, que já saía da sala, fez meia volta e respondeu: “Não acredito que ele mudará seu comportamento. Que diabos, o que você faz o tempo todo?”, disse. “Seu comportamento só mudará se o resto do mundo reagir às suas atitudes e sua posição no mundo diminuir. Não estou confiante de nada: estou apenas expondo um fato”.

Collins desafiou o presidente a justificar sua perspectiva otimista, citando os comentários feitos por Putin. “Se você não sabe, está na profissão errada”, Biden retrucou.

Foi uma resposta dura com a intenção de rechaçar um ceticismo que o presidente não gosta. Mas também uma espécie de reconhecimento da parte de Biden de que seu enfoque otimista às vezes é alvo de críticas.

Ao chegar ao aeroporto, o presidente agradeceu seus apoiadores e depois se juntou rapidamente ao pequeno grupo de jornalistas que o acompanharia de volta a Washington.

Referindo-se ao comentário da jornalista da CNN, disse que devia desculpas a ela. “Não deveria ser um sujeito tão arrogante na última resposta que dei a ela." /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

GENEBRA - Um outro presidente americano teria se mostrado frustrado, ou mesmo irritado. 

Momentos depois de passar mais de três horas, na quarta-feira, discutindo com o presidente americano, Joe Biden, em seu primeiro encontro de cúpula, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou sua lista usual de queixas para os jornalistas. 

Negou qualquer culpa da Rússia no caso dos ataques cibernéticos contra interesses americanos, afirmando que os Estados Unidos são o país que mais realiza esses ataques. Afirmou também que o histórico dos EUA no campo dos direitos humanos é pior do que o do seu país. E acusou o governo Biden de uma mobilização militar perto da Ucrânia.

Era o velho Putin e isso reforçou a ideia de que o encontro diplomático de alto nível às margens do Lago de Genebra contribuiu muito pouco para mudar uma relação que tem deteriorado há anos.

Presidente dos EUA Joe Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião,em Genebra, na Suíça. Foto: Patrick Semansky/AP

Mas se Biden ficou irritado com o desempenho do seu colega, não se observou nenhum sinal disso durante sua entrevista coletiva e nem na sua última conversa com jornalistas quando estava prestes a embarcar no Air Force One e deixar a Suíça, concluindo sua viagem diplomática de oito dias, passando por três países, à Europa.

A resposta de Biden a seu adversário russo ressaltou uma característica persistente da sua presidência: um otimismo obstinado que, para os críticos, chega a ser uma ingenuidade preocupante, e que seus aliados consideram ser essencial para conseguir mudanças.

“O país mostrou uma face diferente do que somos e para onde vamos e estou otimista quanto a isso”, disse Biden antes de embarcar no seu avião, censurando a mídia por se mostrar tão cética. “Quero dizer, estou deixando vocês todos frustrados porque sei que o que desejam é que eu sempre tenha uma reação negativa das coisas.”

O importante, disse ele, é mostrar otimismo e, ao mesmo tempo, ser realista com relação às perspectivas de mudanças reais a longo prazo.

“Se estivessem na minha posição, vocês diriam 'bem, não acho que algo vai acontecer. Isto vai ser realmente difícil. Acho que na verdade será péssimo?' Vocês garantem que nada acontece”, disse ele aos repórteres.

Ouvindo Biden em sua entrevista coletiva concluímos facilmente que a reunião com Putin foi um sucesso retumbante. O presidente citou um acordo com a Rússia para iniciar os trabalhos com vistas a um novo tratado sobre controle de armamentos. O problema, afirmou, é saber quais são os interesses do adversário. "No caso de Putin, ele quer legitimidade, se posicionar no cenário mundial”, afirmou Biden. “Eles desejam desesperadamente ser relevantes.”

Joe Biden, presidente americano Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Esse positivismo irrestrito já ocasionou críticas de que Biden é ingênuo, não quer ver a realidade diante dos seus olhos. E também levanta dúvidas quanto a se ele está disposto a enfrentar desafios iminentes: as agressões da Rússia na fronteira oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ataques cibernéticos danosos que partem de dentro da Rússia e o histórico cada vez pior da Rússia no campo dos direitos humanos.

Mas a estratégia de Biden não deve mudar. Ele tem procurado criar um clima otimista desde que assumiu a presidência. Tem insistido num apoio bipartidário à aprovação de sua agenda doméstica, mesmo que muitos, se não a maioria, dos seus aliados em Washington estejam ansiosos para encerrar o namoro com os republicanos em meio a um pessimismo crescente de que um dia algum compromisso será consumado.

No campo da política externa, Biden é um diplomata da velha escola que confia em conversas frente a frente como a que manteve com Putin na quarta-feira e muitas outras com líderes nas cúpulas do G-7, da Otan e da União Europeia durante a semana passada.

Na reunião do G-7, como na da Otan, o presidente expressou sua crença de que os aliados novamente acreditarão no comprometimento do governo americano. Indagado sobre os temores dos líderes europeus preocupados com um eventual retorno do presidente Donald Trump - ou alguém do tipo dele - Biden não respondeu.

No caso da Rússia, Biden e seus assessores insistiram que não desejam um “reset” (retomada), termo usado para a observada ingenuidade do seu predecessor Barack Obama nas suas relações com a Rússia e Putin.

Conversa positiva

Mas a reflexão de Biden sobre sua reunião com Putin transmitiu um sentimento de uma espécie de restabelecimento das relações, pelo menos segundo sua narrativa. Ele insistiu que não foram feitas ameaças, nenhum deles levantou a voz, mas que foi uma conversa positiva entre dois líderes que ainda não confiam um no outro.

“Não tivemos de confiar em alguém para conseguir o Start II”, disse ele, referindo-se ao tratado sobre controle de armamentos.

A única vez que Biden se mostrou mais alterado durante a entrevista coletiva em Genebra foi quando Kaitlan Collins, jornalista da CNN, perguntou se ele estava confiante de que Putin mudaria seu comportamento. Biden, que já saía da sala, fez meia volta e respondeu: “Não acredito que ele mudará seu comportamento. Que diabos, o que você faz o tempo todo?”, disse. “Seu comportamento só mudará se o resto do mundo reagir às suas atitudes e sua posição no mundo diminuir. Não estou confiante de nada: estou apenas expondo um fato”.

Collins desafiou o presidente a justificar sua perspectiva otimista, citando os comentários feitos por Putin. “Se você não sabe, está na profissão errada”, Biden retrucou.

Foi uma resposta dura com a intenção de rechaçar um ceticismo que o presidente não gosta. Mas também uma espécie de reconhecimento da parte de Biden de que seu enfoque otimista às vezes é alvo de críticas.

Ao chegar ao aeroporto, o presidente agradeceu seus apoiadores e depois se juntou rapidamente ao pequeno grupo de jornalistas que o acompanharia de volta a Washington.

Referindo-se ao comentário da jornalista da CNN, disse que devia desculpas a ela. “Não deveria ser um sujeito tão arrogante na última resposta que dei a ela." /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

GENEBRA - Um outro presidente americano teria se mostrado frustrado, ou mesmo irritado. 

Momentos depois de passar mais de três horas, na quarta-feira, discutindo com o presidente americano, Joe Biden, em seu primeiro encontro de cúpula, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou sua lista usual de queixas para os jornalistas. 

Negou qualquer culpa da Rússia no caso dos ataques cibernéticos contra interesses americanos, afirmando que os Estados Unidos são o país que mais realiza esses ataques. Afirmou também que o histórico dos EUA no campo dos direitos humanos é pior do que o do seu país. E acusou o governo Biden de uma mobilização militar perto da Ucrânia.

Era o velho Putin e isso reforçou a ideia de que o encontro diplomático de alto nível às margens do Lago de Genebra contribuiu muito pouco para mudar uma relação que tem deteriorado há anos.

Presidente dos EUA Joe Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião,em Genebra, na Suíça. Foto: Patrick Semansky/AP

Mas se Biden ficou irritado com o desempenho do seu colega, não se observou nenhum sinal disso durante sua entrevista coletiva e nem na sua última conversa com jornalistas quando estava prestes a embarcar no Air Force One e deixar a Suíça, concluindo sua viagem diplomática de oito dias, passando por três países, à Europa.

A resposta de Biden a seu adversário russo ressaltou uma característica persistente da sua presidência: um otimismo obstinado que, para os críticos, chega a ser uma ingenuidade preocupante, e que seus aliados consideram ser essencial para conseguir mudanças.

“O país mostrou uma face diferente do que somos e para onde vamos e estou otimista quanto a isso”, disse Biden antes de embarcar no seu avião, censurando a mídia por se mostrar tão cética. “Quero dizer, estou deixando vocês todos frustrados porque sei que o que desejam é que eu sempre tenha uma reação negativa das coisas.”

O importante, disse ele, é mostrar otimismo e, ao mesmo tempo, ser realista com relação às perspectivas de mudanças reais a longo prazo.

“Se estivessem na minha posição, vocês diriam 'bem, não acho que algo vai acontecer. Isto vai ser realmente difícil. Acho que na verdade será péssimo?' Vocês garantem que nada acontece”, disse ele aos repórteres.

Ouvindo Biden em sua entrevista coletiva concluímos facilmente que a reunião com Putin foi um sucesso retumbante. O presidente citou um acordo com a Rússia para iniciar os trabalhos com vistas a um novo tratado sobre controle de armamentos. O problema, afirmou, é saber quais são os interesses do adversário. "No caso de Putin, ele quer legitimidade, se posicionar no cenário mundial”, afirmou Biden. “Eles desejam desesperadamente ser relevantes.”

Joe Biden, presidente americano Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Esse positivismo irrestrito já ocasionou críticas de que Biden é ingênuo, não quer ver a realidade diante dos seus olhos. E também levanta dúvidas quanto a se ele está disposto a enfrentar desafios iminentes: as agressões da Rússia na fronteira oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ataques cibernéticos danosos que partem de dentro da Rússia e o histórico cada vez pior da Rússia no campo dos direitos humanos.

Mas a estratégia de Biden não deve mudar. Ele tem procurado criar um clima otimista desde que assumiu a presidência. Tem insistido num apoio bipartidário à aprovação de sua agenda doméstica, mesmo que muitos, se não a maioria, dos seus aliados em Washington estejam ansiosos para encerrar o namoro com os republicanos em meio a um pessimismo crescente de que um dia algum compromisso será consumado.

No campo da política externa, Biden é um diplomata da velha escola que confia em conversas frente a frente como a que manteve com Putin na quarta-feira e muitas outras com líderes nas cúpulas do G-7, da Otan e da União Europeia durante a semana passada.

Na reunião do G-7, como na da Otan, o presidente expressou sua crença de que os aliados novamente acreditarão no comprometimento do governo americano. Indagado sobre os temores dos líderes europeus preocupados com um eventual retorno do presidente Donald Trump - ou alguém do tipo dele - Biden não respondeu.

No caso da Rússia, Biden e seus assessores insistiram que não desejam um “reset” (retomada), termo usado para a observada ingenuidade do seu predecessor Barack Obama nas suas relações com a Rússia e Putin.

Conversa positiva

Mas a reflexão de Biden sobre sua reunião com Putin transmitiu um sentimento de uma espécie de restabelecimento das relações, pelo menos segundo sua narrativa. Ele insistiu que não foram feitas ameaças, nenhum deles levantou a voz, mas que foi uma conversa positiva entre dois líderes que ainda não confiam um no outro.

“Não tivemos de confiar em alguém para conseguir o Start II”, disse ele, referindo-se ao tratado sobre controle de armamentos.

A única vez que Biden se mostrou mais alterado durante a entrevista coletiva em Genebra foi quando Kaitlan Collins, jornalista da CNN, perguntou se ele estava confiante de que Putin mudaria seu comportamento. Biden, que já saía da sala, fez meia volta e respondeu: “Não acredito que ele mudará seu comportamento. Que diabos, o que você faz o tempo todo?”, disse. “Seu comportamento só mudará se o resto do mundo reagir às suas atitudes e sua posição no mundo diminuir. Não estou confiante de nada: estou apenas expondo um fato”.

Collins desafiou o presidente a justificar sua perspectiva otimista, citando os comentários feitos por Putin. “Se você não sabe, está na profissão errada”, Biden retrucou.

Foi uma resposta dura com a intenção de rechaçar um ceticismo que o presidente não gosta. Mas também uma espécie de reconhecimento da parte de Biden de que seu enfoque otimista às vezes é alvo de críticas.

Ao chegar ao aeroporto, o presidente agradeceu seus apoiadores e depois se juntou rapidamente ao pequeno grupo de jornalistas que o acompanharia de volta a Washington.

Referindo-se ao comentário da jornalista da CNN, disse que devia desculpas a ela. “Não deveria ser um sujeito tão arrogante na última resposta que dei a ela." /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

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