Escândalos de paternidade abrem crise política no Paraguai


Três mulheres já disseram ter filhos do presidente, ex-bispo; polêmica coincide com atritos em gabinete

Por Efe

Uma das mulheres que afirmam ter um filho com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, apresentou nesta quarta-feira, 22, um processo de reconhecimento de paternidade contra o ex-bispo, enquanto outra paraguaia disse, também nesta quarta, ter uma criança com o chefe de Estado e advertiu que há seis denúncias em andamento. O escândalo coincide também com novos atritos do chefe de Estado com o vice-presidente do país, Federico Franco, pela reestruturação ministerial que Lugo ordenou esta semana.

 

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Aparece 3º suposto filho do presidente do Paraguai

 

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As três mulheres que dizem ter filhos do presidente paraguaio. Foto: Reuters

 

A remodelação alcançou órgãos controlados pelo partido de Franco, o Liberal Radical Autêntico (PLRA), principal aliado governista. "Recebi a informação de que seis mulheres iriam reivindicar o reconhecimento da paternidade junto ao presidente e que entre elas estava eu. Agi sobre essas informações", disse a jornalistas Damiana Hortensia Morán, de 39 anos.

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É a terceira mulher em menos de duas semanas que diz ter tido um filho com o ex-bispo, mas esclareceu que não pede nada a Lugo e que decidiu tornar pública sua história "apenas para que se saiba a verdade". Segundo ela, "cedo ou tarde isso sairia à tona". Morán é divorciada há cinco anos, época em que assegura que conheceu Lugo após um casamento que durou 17 anos e durante o qual teve dois filhos. Segundo ela, porém, o relacionamento ocorreu em 2006, "depois que ele renunciou ao posto de bispo de San Pedro (em 2004)."

 

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Em 2006, Lugo estava à frente da plataforma cívica Resistência Cidadã, que deu lugar a hoje governista Aliança Patriótica para a Mudança (APC), integrada por vários partidos políticos e organizações sociais e de esquerda. "O que posso assegurar é que foi uma grande entrega e que foi uma explosão de sentimentos, e por essas coisas de Deus e da vida, nasce um fruto, que é Juan Pablo", de um ano e quatro meses, contou a mulher ao jornal local Abc Color.

 

Além disso, ela afirmou que antes de tornar público seu caso falou com Lugo e que o presidente a levou a seu advogado pessoal, Marcos Fariña, o mesmo que se ocupa dos outros dois procedimentos legais. Um deles tem a ver com Benigna Leguizamón, de 27 anos, que apresentou nesta quarta um processo para exigir a Lugo o reconhecimento de uma criança de seis anos, o segundo de seus quatro filhos.

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TENTATIVAS EXTRAJUDICIAIS

 

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Segundo Leguizamón, o filho foi concebido em San Pedro (centro), a região mais pobre do país e onde o agora chefe de Estado foi bispo por pouco mais de uma década. A mulher, de origem humilde, tramitou o processo em Ciudad del Este, a 330 quilômetros de Assunção, perante a juíza Delsy Cardozo. Leguizamón decidiu abrir o processo após rejeitar na terça-feira uma proposta do advogado de Lugo para que o chefe de Estado fizesse teste de DNA por vias extrajudiciais.

 

"Ele não levou a sério o caso porque pensou que por ser humilde, eu não iria processá-lo", assegurou a mulher, que em sua denúncia afirma que Lucas Fernando segue à espera da bicicleta que seu suposto pai prometeu por telefone. Os casos de Morán e Leguizamón se somam ao reconhecimento legal feito por Lugo na semana passada do filho que teve com Viviana Carrillo, Guillermo Armindo, nascido em 4 de maio de 2007, cinco meses após renunciar a seu estado clerical, em 21 de dezembro de 2006, para entrar na política.

 

Parte da imprensa local e analistas políticos consideram que as quatro mudanças feitas por Lugo em seu gabinete em 20 de abril, em coincidência com o primeiro ano de seu histórico triunfo eleitoral, se deveram a uma estratégia para desviar a atenção do escândalo que abalou o país.

 

A reestruturação ministerial prejudicou a ala liderada pelo vice-presidente do país no PLRA, suporte político de Lugo no Congresso e cujos seguidores foram marginalizados durante os oito meses de seu mandado, segundo o vice do Executivo. "O presidente atua de forma avessa contra o meu grupo e contra o partido", se queixou Franco, enquanto o presidente do Congresso, o opositor Enrique González Quintana, disse que "há uma grande divergência no partido que deu a Lugo 82% (dos votos) nas eleições."

 

Lugo assumiu o poder em 15 de agosto passado após pôr fim a 61 anos de hegemonia política do Partido Colorado, à frente de uma coalizão que, apesar de ser integrada por diversos grupos sociais e de esquerda, é liderada pelo PLRA, de centro-direita.

Uma das mulheres que afirmam ter um filho com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, apresentou nesta quarta-feira, 22, um processo de reconhecimento de paternidade contra o ex-bispo, enquanto outra paraguaia disse, também nesta quarta, ter uma criança com o chefe de Estado e advertiu que há seis denúncias em andamento. O escândalo coincide também com novos atritos do chefe de Estado com o vice-presidente do país, Federico Franco, pela reestruturação ministerial que Lugo ordenou esta semana.

 

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Aparece 3º suposto filho do presidente do Paraguai

 

As três mulheres que dizem ter filhos do presidente paraguaio. Foto: Reuters

 

A remodelação alcançou órgãos controlados pelo partido de Franco, o Liberal Radical Autêntico (PLRA), principal aliado governista. "Recebi a informação de que seis mulheres iriam reivindicar o reconhecimento da paternidade junto ao presidente e que entre elas estava eu. Agi sobre essas informações", disse a jornalistas Damiana Hortensia Morán, de 39 anos.

 

É a terceira mulher em menos de duas semanas que diz ter tido um filho com o ex-bispo, mas esclareceu que não pede nada a Lugo e que decidiu tornar pública sua história "apenas para que se saiba a verdade". Segundo ela, "cedo ou tarde isso sairia à tona". Morán é divorciada há cinco anos, época em que assegura que conheceu Lugo após um casamento que durou 17 anos e durante o qual teve dois filhos. Segundo ela, porém, o relacionamento ocorreu em 2006, "depois que ele renunciou ao posto de bispo de San Pedro (em 2004)."

 

Em 2006, Lugo estava à frente da plataforma cívica Resistência Cidadã, que deu lugar a hoje governista Aliança Patriótica para a Mudança (APC), integrada por vários partidos políticos e organizações sociais e de esquerda. "O que posso assegurar é que foi uma grande entrega e que foi uma explosão de sentimentos, e por essas coisas de Deus e da vida, nasce um fruto, que é Juan Pablo", de um ano e quatro meses, contou a mulher ao jornal local Abc Color.

 

Além disso, ela afirmou que antes de tornar público seu caso falou com Lugo e que o presidente a levou a seu advogado pessoal, Marcos Fariña, o mesmo que se ocupa dos outros dois procedimentos legais. Um deles tem a ver com Benigna Leguizamón, de 27 anos, que apresentou nesta quarta um processo para exigir a Lugo o reconhecimento de uma criança de seis anos, o segundo de seus quatro filhos.

 

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Segundo Leguizamón, o filho foi concebido em San Pedro (centro), a região mais pobre do país e onde o agora chefe de Estado foi bispo por pouco mais de uma década. A mulher, de origem humilde, tramitou o processo em Ciudad del Este, a 330 quilômetros de Assunção, perante a juíza Delsy Cardozo. Leguizamón decidiu abrir o processo após rejeitar na terça-feira uma proposta do advogado de Lugo para que o chefe de Estado fizesse teste de DNA por vias extrajudiciais.

 

"Ele não levou a sério o caso porque pensou que por ser humilde, eu não iria processá-lo", assegurou a mulher, que em sua denúncia afirma que Lucas Fernando segue à espera da bicicleta que seu suposto pai prometeu por telefone. Os casos de Morán e Leguizamón se somam ao reconhecimento legal feito por Lugo na semana passada do filho que teve com Viviana Carrillo, Guillermo Armindo, nascido em 4 de maio de 2007, cinco meses após renunciar a seu estado clerical, em 21 de dezembro de 2006, para entrar na política.

 

Parte da imprensa local e analistas políticos consideram que as quatro mudanças feitas por Lugo em seu gabinete em 20 de abril, em coincidência com o primeiro ano de seu histórico triunfo eleitoral, se deveram a uma estratégia para desviar a atenção do escândalo que abalou o país.

 

A reestruturação ministerial prejudicou a ala liderada pelo vice-presidente do país no PLRA, suporte político de Lugo no Congresso e cujos seguidores foram marginalizados durante os oito meses de seu mandado, segundo o vice do Executivo. "O presidente atua de forma avessa contra o meu grupo e contra o partido", se queixou Franco, enquanto o presidente do Congresso, o opositor Enrique González Quintana, disse que "há uma grande divergência no partido que deu a Lugo 82% (dos votos) nas eleições."

 

Lugo assumiu o poder em 15 de agosto passado após pôr fim a 61 anos de hegemonia política do Partido Colorado, à frente de uma coalizão que, apesar de ser integrada por diversos grupos sociais e de esquerda, é liderada pelo PLRA, de centro-direita.

Uma das mulheres que afirmam ter um filho com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, apresentou nesta quarta-feira, 22, um processo de reconhecimento de paternidade contra o ex-bispo, enquanto outra paraguaia disse, também nesta quarta, ter uma criança com o chefe de Estado e advertiu que há seis denúncias em andamento. O escândalo coincide também com novos atritos do chefe de Estado com o vice-presidente do país, Federico Franco, pela reestruturação ministerial que Lugo ordenou esta semana.

 

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Aparece 3º suposto filho do presidente do Paraguai

 

As três mulheres que dizem ter filhos do presidente paraguaio. Foto: Reuters

 

A remodelação alcançou órgãos controlados pelo partido de Franco, o Liberal Radical Autêntico (PLRA), principal aliado governista. "Recebi a informação de que seis mulheres iriam reivindicar o reconhecimento da paternidade junto ao presidente e que entre elas estava eu. Agi sobre essas informações", disse a jornalistas Damiana Hortensia Morán, de 39 anos.

 

É a terceira mulher em menos de duas semanas que diz ter tido um filho com o ex-bispo, mas esclareceu que não pede nada a Lugo e que decidiu tornar pública sua história "apenas para que se saiba a verdade". Segundo ela, "cedo ou tarde isso sairia à tona". Morán é divorciada há cinco anos, época em que assegura que conheceu Lugo após um casamento que durou 17 anos e durante o qual teve dois filhos. Segundo ela, porém, o relacionamento ocorreu em 2006, "depois que ele renunciou ao posto de bispo de San Pedro (em 2004)."

 

Em 2006, Lugo estava à frente da plataforma cívica Resistência Cidadã, que deu lugar a hoje governista Aliança Patriótica para a Mudança (APC), integrada por vários partidos políticos e organizações sociais e de esquerda. "O que posso assegurar é que foi uma grande entrega e que foi uma explosão de sentimentos, e por essas coisas de Deus e da vida, nasce um fruto, que é Juan Pablo", de um ano e quatro meses, contou a mulher ao jornal local Abc Color.

 

Além disso, ela afirmou que antes de tornar público seu caso falou com Lugo e que o presidente a levou a seu advogado pessoal, Marcos Fariña, o mesmo que se ocupa dos outros dois procedimentos legais. Um deles tem a ver com Benigna Leguizamón, de 27 anos, que apresentou nesta quarta um processo para exigir a Lugo o reconhecimento de uma criança de seis anos, o segundo de seus quatro filhos.

 

TENTATIVAS EXTRAJUDICIAIS

 

Segundo Leguizamón, o filho foi concebido em San Pedro (centro), a região mais pobre do país e onde o agora chefe de Estado foi bispo por pouco mais de uma década. A mulher, de origem humilde, tramitou o processo em Ciudad del Este, a 330 quilômetros de Assunção, perante a juíza Delsy Cardozo. Leguizamón decidiu abrir o processo após rejeitar na terça-feira uma proposta do advogado de Lugo para que o chefe de Estado fizesse teste de DNA por vias extrajudiciais.

 

"Ele não levou a sério o caso porque pensou que por ser humilde, eu não iria processá-lo", assegurou a mulher, que em sua denúncia afirma que Lucas Fernando segue à espera da bicicleta que seu suposto pai prometeu por telefone. Os casos de Morán e Leguizamón se somam ao reconhecimento legal feito por Lugo na semana passada do filho que teve com Viviana Carrillo, Guillermo Armindo, nascido em 4 de maio de 2007, cinco meses após renunciar a seu estado clerical, em 21 de dezembro de 2006, para entrar na política.

 

Parte da imprensa local e analistas políticos consideram que as quatro mudanças feitas por Lugo em seu gabinete em 20 de abril, em coincidência com o primeiro ano de seu histórico triunfo eleitoral, se deveram a uma estratégia para desviar a atenção do escândalo que abalou o país.

 

A reestruturação ministerial prejudicou a ala liderada pelo vice-presidente do país no PLRA, suporte político de Lugo no Congresso e cujos seguidores foram marginalizados durante os oito meses de seu mandado, segundo o vice do Executivo. "O presidente atua de forma avessa contra o meu grupo e contra o partido", se queixou Franco, enquanto o presidente do Congresso, o opositor Enrique González Quintana, disse que "há uma grande divergência no partido que deu a Lugo 82% (dos votos) nas eleições."

 

Lugo assumiu o poder em 15 de agosto passado após pôr fim a 61 anos de hegemonia política do Partido Colorado, à frente de uma coalizão que, apesar de ser integrada por diversos grupos sociais e de esquerda, é liderada pelo PLRA, de centro-direita.

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