Análise: Maduro sofre pressão para decidir o que fazer com Guaidó


A cúpula militar e diversas guarnições em toda a Venezuela e em todas as armas – Exército, Marinha, Aeronáutica, Milícia Bolivariana e Guarda Nacional – apoiaram o presidente Maduro frente à intentona militar

Por Carlos Romero e Cientista Político da Universidade Central da Venezuela

É evidente que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conserva a maior parte do poder militar mesmo após a tentativa de sublevação incitada pelo líder opositor e autoproclamado presidente Juan Guaidó. Temos de nos dar conta de que a cúpula militar e diversas guarnições em toda a Venezuela e em todas as armas – Exército, Marinha, Aeronáutica, Milícia Bolivariana e Guarda Nacional – apoiaram o presidente Maduro frente à intentona militar de terça-feira, 30.

O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, fala para apoiadores em Caracas Foto: EFE/ Rayner Pee

Há que se perguntar por que razão isso ocorreu e creio que vários fatores coincidem. Primeiro, havia indícios de um plano parecido para esta quinta-feira e, por alguma razão – especula-se que o governo poderia prender Juan Guaidó e alguns membros da cúpula chavista acabaram desistindo de última hora –, isso foi antecipado.

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A segunda hipótese é que o plano de Guaidó, também presidente do Parlamento venezuelano, consiste em abrir uma espécie de fenda nas Forças Armadas Bolivarianas. A experiência histórica nos mostra que movimentos não necessariamente vitoriosos abrem caminho para uma sublevação militar em larga escala. Foi o caso do presidente Salvador Allende no Chile, em 1973. Houve movimentos em julho até que, em setembro, sua derrubada foi concluída sob o comando de Augusto Pinochet. 

Guaidó diz ter apoio de militares contra Maduro

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A terceira possibilidade é que os fatos de ontem tinham como objetivo criar as condições para uma intervenção dos Estados Unidos e de seus aliados contra Nicolás Maduro. Em todo caso, o governo chavista conseguiu controlar a situação. 

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O problema do chavismo agora não é mais responder à intentona. É o que fazer com os opositores Juan Guaidó e com Leopoldo López. O governo de Washington pode interpretar qualquer reação de Caracas como uma provocação. 

Juan Guaidó anuncia ter apoio de militares para derrubar governo Maduro Foto: Twitter/JuanGuaidó

Se Guaidó vai preso, os Estados Unidos o considerarão um refém e poderão pensar em uma operação militar para libertá-lo. O maior problema de Maduro não é a insurgência militar, mas sim o que fazer com Guaidó. 

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Por razões de Estado e por pressões de seus colaboradores mais leais, o presidente Maduro já não pode tolerar mais Guaidó e precisa tomar uma decisão. Se ele não fizer nada, corre o risco de se transformar em uma figura muito fraca, abrindo caminho para o setor militar ampliar seu controle sobre o Palácio de Miraflores, a sede do governo.

É evidente que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conserva a maior parte do poder militar mesmo após a tentativa de sublevação incitada pelo líder opositor e autoproclamado presidente Juan Guaidó. Temos de nos dar conta de que a cúpula militar e diversas guarnições em toda a Venezuela e em todas as armas – Exército, Marinha, Aeronáutica, Milícia Bolivariana e Guarda Nacional – apoiaram o presidente Maduro frente à intentona militar de terça-feira, 30.

O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, fala para apoiadores em Caracas Foto: EFE/ Rayner Pee

Há que se perguntar por que razão isso ocorreu e creio que vários fatores coincidem. Primeiro, havia indícios de um plano parecido para esta quinta-feira e, por alguma razão – especula-se que o governo poderia prender Juan Guaidó e alguns membros da cúpula chavista acabaram desistindo de última hora –, isso foi antecipado.

A segunda hipótese é que o plano de Guaidó, também presidente do Parlamento venezuelano, consiste em abrir uma espécie de fenda nas Forças Armadas Bolivarianas. A experiência histórica nos mostra que movimentos não necessariamente vitoriosos abrem caminho para uma sublevação militar em larga escala. Foi o caso do presidente Salvador Allende no Chile, em 1973. Houve movimentos em julho até que, em setembro, sua derrubada foi concluída sob o comando de Augusto Pinochet. 

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O problema do chavismo agora não é mais responder à intentona. É o que fazer com os opositores Juan Guaidó e com Leopoldo López. O governo de Washington pode interpretar qualquer reação de Caracas como uma provocação. 

Juan Guaidó anuncia ter apoio de militares para derrubar governo Maduro Foto: Twitter/JuanGuaidó

Se Guaidó vai preso, os Estados Unidos o considerarão um refém e poderão pensar em uma operação militar para libertá-lo. O maior problema de Maduro não é a insurgência militar, mas sim o que fazer com Guaidó. 

Por razões de Estado e por pressões de seus colaboradores mais leais, o presidente Maduro já não pode tolerar mais Guaidó e precisa tomar uma decisão. Se ele não fizer nada, corre o risco de se transformar em uma figura muito fraca, abrindo caminho para o setor militar ampliar seu controle sobre o Palácio de Miraflores, a sede do governo.

É evidente que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conserva a maior parte do poder militar mesmo após a tentativa de sublevação incitada pelo líder opositor e autoproclamado presidente Juan Guaidó. Temos de nos dar conta de que a cúpula militar e diversas guarnições em toda a Venezuela e em todas as armas – Exército, Marinha, Aeronáutica, Milícia Bolivariana e Guarda Nacional – apoiaram o presidente Maduro frente à intentona militar de terça-feira, 30.

O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, fala para apoiadores em Caracas Foto: EFE/ Rayner Pee

Há que se perguntar por que razão isso ocorreu e creio que vários fatores coincidem. Primeiro, havia indícios de um plano parecido para esta quinta-feira e, por alguma razão – especula-se que o governo poderia prender Juan Guaidó e alguns membros da cúpula chavista acabaram desistindo de última hora –, isso foi antecipado.

A segunda hipótese é que o plano de Guaidó, também presidente do Parlamento venezuelano, consiste em abrir uma espécie de fenda nas Forças Armadas Bolivarianas. A experiência histórica nos mostra que movimentos não necessariamente vitoriosos abrem caminho para uma sublevação militar em larga escala. Foi o caso do presidente Salvador Allende no Chile, em 1973. Houve movimentos em julho até que, em setembro, sua derrubada foi concluída sob o comando de Augusto Pinochet. 

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O problema do chavismo agora não é mais responder à intentona. É o que fazer com os opositores Juan Guaidó e com Leopoldo López. O governo de Washington pode interpretar qualquer reação de Caracas como uma provocação. 

Juan Guaidó anuncia ter apoio de militares para derrubar governo Maduro Foto: Twitter/JuanGuaidó

Se Guaidó vai preso, os Estados Unidos o considerarão um refém e poderão pensar em uma operação militar para libertá-lo. O maior problema de Maduro não é a insurgência militar, mas sim o que fazer com Guaidó. 

Por razões de Estado e por pressões de seus colaboradores mais leais, o presidente Maduro já não pode tolerar mais Guaidó e precisa tomar uma decisão. Se ele não fizer nada, corre o risco de se transformar em uma figura muito fraca, abrindo caminho para o setor militar ampliar seu controle sobre o Palácio de Miraflores, a sede do governo.

É evidente que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conserva a maior parte do poder militar mesmo após a tentativa de sublevação incitada pelo líder opositor e autoproclamado presidente Juan Guaidó. Temos de nos dar conta de que a cúpula militar e diversas guarnições em toda a Venezuela e em todas as armas – Exército, Marinha, Aeronáutica, Milícia Bolivariana e Guarda Nacional – apoiaram o presidente Maduro frente à intentona militar de terça-feira, 30.

O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, fala para apoiadores em Caracas Foto: EFE/ Rayner Pee

Há que se perguntar por que razão isso ocorreu e creio que vários fatores coincidem. Primeiro, havia indícios de um plano parecido para esta quinta-feira e, por alguma razão – especula-se que o governo poderia prender Juan Guaidó e alguns membros da cúpula chavista acabaram desistindo de última hora –, isso foi antecipado.

A segunda hipótese é que o plano de Guaidó, também presidente do Parlamento venezuelano, consiste em abrir uma espécie de fenda nas Forças Armadas Bolivarianas. A experiência histórica nos mostra que movimentos não necessariamente vitoriosos abrem caminho para uma sublevação militar em larga escala. Foi o caso do presidente Salvador Allende no Chile, em 1973. Houve movimentos em julho até que, em setembro, sua derrubada foi concluída sob o comando de Augusto Pinochet. 

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