Apoio de Milei a Musk antes de visita de chanceler argentina pode ofuscar reaproximação com Brasil


Itamaraty prefere não comentar declarações de Milei de apoio à disputa do dono da Tesla com Alexandre de Moraes; avaliação de diplomatas é que ‘ruído não pode tomar conta’ da relação bilateral

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O apoio do presidente da Argentina, Javier Milei, ao bilionário Elon Musk, do X (antigo Twitter), que vive um embate jurídico-político com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades dos demais poderes no Brasil, pode ofuscar o gesto de aproximação da Argentina com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Como o Estadão mostrou, o governo Milei negociou a vinda ao País da chanceler Diana Mondino, a primeira visita oficial do alto escalão argentino, marcada para a semana que vem.

Em viagem aos Estados Unidos, Milei disse a Musk nesta sexta-feira, dia 12, que daria a ajuda que ele precisasse na crise com o Supremo. “O presidente argentino ofereceu a ele colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil no âmbito do conflito judicial e político naquele país”, afirmou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

O embaixador argentino nos EUA, Gerardo Werthein, descreveu a reunião como um encontro entre entre “dois gigantes de nossa geração” e “amor à primeira vista”. Ainda de acordo com o diplomata, eles conversaram sobre como promover as ideias da liberdade e o liberalismo econômico.

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Musk se encontrou com Milei nos Estados Unidos Foto: Redes De Javier Milei/EFE/Redes de Javier Milei

Questionado, o Itamaraty não quis se pronunciar sobre a oferta de Milei a Musk. A ordem na chancelaria brasileira é isolar o governo e tratar o caso como um problema do empresário com o Judiciário brasileiro. Um embaixador afirmou que não se pode deixar o “ruído tomar conta”. Essa visão ignora as repercussões no Congresso e no Executivo, especialmente as menções de Musk a Lula, que já reagiu afirmando que o dono da Tesla e da Space X “jamais plantou um pé de capim no Brasil”.

Conhecido por não aceitar qualquer controle ao que é publicado no X e com posições políticas próximas à direita, Musk passou a usar a própria rede social para acusar Moraes de agir como censor ao determinar a remoção de conteúdo publicado por bolsonaristas no X. O ministro decidiu incluí-lo no inquérito das milícias digitais por suposta obstrução de Justiça. Musk considera que o ministro está promovendo a censura no Brasil e ameaça não mais cumprir medidas judiciais que restrinjam o acesso a perfis da rede social.

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Visita mantida

Prevista para segunda-feira, dia 15, a visita da chanceler Mondino foi mantida no calendário, mas deixará de ocorrer num ambiente de mais distensionamento, como idealizado pelas duas chancelarias nos últimos meses. A intenção era mostrar que os dois governos trabalham em normalidade, apesar das divergências ideológicas.

Desde que assumiu o cargo, Milei adotou mais cautela e deixou de lado a sequência de ofensas e provocações com Lula. Os embates marcaram a campanha eleitoral no ano passado. Embaixadores que trabalham no meio de campo entre Brasil e Argentina notavam uma aparente “moderação” por parte de Milei e que ele deixara de falar no petista e no Brasil. O embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, chegou a falar em “choque de realidade” no presidente argentino.

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Nada disso foi suficente para que os presidentes estabelecessem um canal direto e mais pessoal. Lula e Milei jamais se falaram ao telefone, nem se encontraram ainda. O entorno do petista segue desconfiado da versão Milei “paz e amor”. Ele é visto no governo como alguém que “gosta do outro lado” - o bolsonarismo.

Trajetória de pacificação em risco

Com o afago a Musk no embate com o STF, Milei interrompeu a trajetória de pacificação, mesmo que por meio de seu embaixador e do porta-voz. O teor da manifestação dele foi percebido no governo brasileiro como um posicionamento evidente a favor da narrativa de Musk, ainda que não esteja claro que tipo de contribuição ele poderia oferecer.

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Diplomatas dois dois países envolvidos na preparação da visita da ministra foram pegos de surpresa e evitavam comentar o caso. Mondino pode passar pelo constrangimento de ter que explicar o episódio no Brasil - há inclusive quem defenda, no Palácio do Planalto, que ela seja indagada durante a reunião no Itamaraty. A visita vai servir para testar se os governos conseguem deslanchar um trabalho conjunto, a despeito das divergências de lado a lado.

Um membro da chancelaria disse que a oferta de ajuda a Musk, por parte de Milei, é “inócua” - já que ele “não pode fazer nada” em relação ao Judiciário no Brasil - e faz parte de um “show” que não deveria entrar na conversa com Mondino, com quem Vieira tem uma extensa lista de temas da aliança estratégica.

Segundo o Itamaraty, a reunião de trabalho entre ela e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “propiciará diálogo de alto nível sobre temas de interesse estratégico para os dois países, como a infraestrutura física fronteiriça, a cooperação em matéria de energia e de defesa, a Hidrovia Paraguai-Paraná, e o fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional”.

BRASÍLIA - O apoio do presidente da Argentina, Javier Milei, ao bilionário Elon Musk, do X (antigo Twitter), que vive um embate jurídico-político com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades dos demais poderes no Brasil, pode ofuscar o gesto de aproximação da Argentina com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Como o Estadão mostrou, o governo Milei negociou a vinda ao País da chanceler Diana Mondino, a primeira visita oficial do alto escalão argentino, marcada para a semana que vem.

Em viagem aos Estados Unidos, Milei disse a Musk nesta sexta-feira, dia 12, que daria a ajuda que ele precisasse na crise com o Supremo. “O presidente argentino ofereceu a ele colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil no âmbito do conflito judicial e político naquele país”, afirmou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

O embaixador argentino nos EUA, Gerardo Werthein, descreveu a reunião como um encontro entre entre “dois gigantes de nossa geração” e “amor à primeira vista”. Ainda de acordo com o diplomata, eles conversaram sobre como promover as ideias da liberdade e o liberalismo econômico.

Musk se encontrou com Milei nos Estados Unidos Foto: Redes De Javier Milei/EFE/Redes de Javier Milei

Questionado, o Itamaraty não quis se pronunciar sobre a oferta de Milei a Musk. A ordem na chancelaria brasileira é isolar o governo e tratar o caso como um problema do empresário com o Judiciário brasileiro. Um embaixador afirmou que não se pode deixar o “ruído tomar conta”. Essa visão ignora as repercussões no Congresso e no Executivo, especialmente as menções de Musk a Lula, que já reagiu afirmando que o dono da Tesla e da Space X “jamais plantou um pé de capim no Brasil”.

Conhecido por não aceitar qualquer controle ao que é publicado no X e com posições políticas próximas à direita, Musk passou a usar a própria rede social para acusar Moraes de agir como censor ao determinar a remoção de conteúdo publicado por bolsonaristas no X. O ministro decidiu incluí-lo no inquérito das milícias digitais por suposta obstrução de Justiça. Musk considera que o ministro está promovendo a censura no Brasil e ameaça não mais cumprir medidas judiciais que restrinjam o acesso a perfis da rede social.

Visita mantida

Prevista para segunda-feira, dia 15, a visita da chanceler Mondino foi mantida no calendário, mas deixará de ocorrer num ambiente de mais distensionamento, como idealizado pelas duas chancelarias nos últimos meses. A intenção era mostrar que os dois governos trabalham em normalidade, apesar das divergências ideológicas.

Desde que assumiu o cargo, Milei adotou mais cautela e deixou de lado a sequência de ofensas e provocações com Lula. Os embates marcaram a campanha eleitoral no ano passado. Embaixadores que trabalham no meio de campo entre Brasil e Argentina notavam uma aparente “moderação” por parte de Milei e que ele deixara de falar no petista e no Brasil. O embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, chegou a falar em “choque de realidade” no presidente argentino.

Nada disso foi suficente para que os presidentes estabelecessem um canal direto e mais pessoal. Lula e Milei jamais se falaram ao telefone, nem se encontraram ainda. O entorno do petista segue desconfiado da versão Milei “paz e amor”. Ele é visto no governo como alguém que “gosta do outro lado” - o bolsonarismo.

Trajetória de pacificação em risco

Com o afago a Musk no embate com o STF, Milei interrompeu a trajetória de pacificação, mesmo que por meio de seu embaixador e do porta-voz. O teor da manifestação dele foi percebido no governo brasileiro como um posicionamento evidente a favor da narrativa de Musk, ainda que não esteja claro que tipo de contribuição ele poderia oferecer.

Diplomatas dois dois países envolvidos na preparação da visita da ministra foram pegos de surpresa e evitavam comentar o caso. Mondino pode passar pelo constrangimento de ter que explicar o episódio no Brasil - há inclusive quem defenda, no Palácio do Planalto, que ela seja indagada durante a reunião no Itamaraty. A visita vai servir para testar se os governos conseguem deslanchar um trabalho conjunto, a despeito das divergências de lado a lado.

Um membro da chancelaria disse que a oferta de ajuda a Musk, por parte de Milei, é “inócua” - já que ele “não pode fazer nada” em relação ao Judiciário no Brasil - e faz parte de um “show” que não deveria entrar na conversa com Mondino, com quem Vieira tem uma extensa lista de temas da aliança estratégica.

Segundo o Itamaraty, a reunião de trabalho entre ela e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “propiciará diálogo de alto nível sobre temas de interesse estratégico para os dois países, como a infraestrutura física fronteiriça, a cooperação em matéria de energia e de defesa, a Hidrovia Paraguai-Paraná, e o fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional”.

BRASÍLIA - O apoio do presidente da Argentina, Javier Milei, ao bilionário Elon Musk, do X (antigo Twitter), que vive um embate jurídico-político com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades dos demais poderes no Brasil, pode ofuscar o gesto de aproximação da Argentina com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Como o Estadão mostrou, o governo Milei negociou a vinda ao País da chanceler Diana Mondino, a primeira visita oficial do alto escalão argentino, marcada para a semana que vem.

Em viagem aos Estados Unidos, Milei disse a Musk nesta sexta-feira, dia 12, que daria a ajuda que ele precisasse na crise com o Supremo. “O presidente argentino ofereceu a ele colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil no âmbito do conflito judicial e político naquele país”, afirmou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

O embaixador argentino nos EUA, Gerardo Werthein, descreveu a reunião como um encontro entre entre “dois gigantes de nossa geração” e “amor à primeira vista”. Ainda de acordo com o diplomata, eles conversaram sobre como promover as ideias da liberdade e o liberalismo econômico.

Musk se encontrou com Milei nos Estados Unidos Foto: Redes De Javier Milei/EFE/Redes de Javier Milei

Questionado, o Itamaraty não quis se pronunciar sobre a oferta de Milei a Musk. A ordem na chancelaria brasileira é isolar o governo e tratar o caso como um problema do empresário com o Judiciário brasileiro. Um embaixador afirmou que não se pode deixar o “ruído tomar conta”. Essa visão ignora as repercussões no Congresso e no Executivo, especialmente as menções de Musk a Lula, que já reagiu afirmando que o dono da Tesla e da Space X “jamais plantou um pé de capim no Brasil”.

Conhecido por não aceitar qualquer controle ao que é publicado no X e com posições políticas próximas à direita, Musk passou a usar a própria rede social para acusar Moraes de agir como censor ao determinar a remoção de conteúdo publicado por bolsonaristas no X. O ministro decidiu incluí-lo no inquérito das milícias digitais por suposta obstrução de Justiça. Musk considera que o ministro está promovendo a censura no Brasil e ameaça não mais cumprir medidas judiciais que restrinjam o acesso a perfis da rede social.

Visita mantida

Prevista para segunda-feira, dia 15, a visita da chanceler Mondino foi mantida no calendário, mas deixará de ocorrer num ambiente de mais distensionamento, como idealizado pelas duas chancelarias nos últimos meses. A intenção era mostrar que os dois governos trabalham em normalidade, apesar das divergências ideológicas.

Desde que assumiu o cargo, Milei adotou mais cautela e deixou de lado a sequência de ofensas e provocações com Lula. Os embates marcaram a campanha eleitoral no ano passado. Embaixadores que trabalham no meio de campo entre Brasil e Argentina notavam uma aparente “moderação” por parte de Milei e que ele deixara de falar no petista e no Brasil. O embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, chegou a falar em “choque de realidade” no presidente argentino.

Nada disso foi suficente para que os presidentes estabelecessem um canal direto e mais pessoal. Lula e Milei jamais se falaram ao telefone, nem se encontraram ainda. O entorno do petista segue desconfiado da versão Milei “paz e amor”. Ele é visto no governo como alguém que “gosta do outro lado” - o bolsonarismo.

Trajetória de pacificação em risco

Com o afago a Musk no embate com o STF, Milei interrompeu a trajetória de pacificação, mesmo que por meio de seu embaixador e do porta-voz. O teor da manifestação dele foi percebido no governo brasileiro como um posicionamento evidente a favor da narrativa de Musk, ainda que não esteja claro que tipo de contribuição ele poderia oferecer.

Diplomatas dois dois países envolvidos na preparação da visita da ministra foram pegos de surpresa e evitavam comentar o caso. Mondino pode passar pelo constrangimento de ter que explicar o episódio no Brasil - há inclusive quem defenda, no Palácio do Planalto, que ela seja indagada durante a reunião no Itamaraty. A visita vai servir para testar se os governos conseguem deslanchar um trabalho conjunto, a despeito das divergências de lado a lado.

Um membro da chancelaria disse que a oferta de ajuda a Musk, por parte de Milei, é “inócua” - já que ele “não pode fazer nada” em relação ao Judiciário no Brasil - e faz parte de um “show” que não deveria entrar na conversa com Mondino, com quem Vieira tem uma extensa lista de temas da aliança estratégica.

Segundo o Itamaraty, a reunião de trabalho entre ela e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “propiciará diálogo de alto nível sobre temas de interesse estratégico para os dois países, como a infraestrutura física fronteiriça, a cooperação em matéria de energia e de defesa, a Hidrovia Paraguai-Paraná, e o fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional”.

BRASÍLIA - O apoio do presidente da Argentina, Javier Milei, ao bilionário Elon Musk, do X (antigo Twitter), que vive um embate jurídico-político com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades dos demais poderes no Brasil, pode ofuscar o gesto de aproximação da Argentina com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Como o Estadão mostrou, o governo Milei negociou a vinda ao País da chanceler Diana Mondino, a primeira visita oficial do alto escalão argentino, marcada para a semana que vem.

Em viagem aos Estados Unidos, Milei disse a Musk nesta sexta-feira, dia 12, que daria a ajuda que ele precisasse na crise com o Supremo. “O presidente argentino ofereceu a ele colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil no âmbito do conflito judicial e político naquele país”, afirmou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

O embaixador argentino nos EUA, Gerardo Werthein, descreveu a reunião como um encontro entre entre “dois gigantes de nossa geração” e “amor à primeira vista”. Ainda de acordo com o diplomata, eles conversaram sobre como promover as ideias da liberdade e o liberalismo econômico.

Musk se encontrou com Milei nos Estados Unidos Foto: Redes De Javier Milei/EFE/Redes de Javier Milei

Questionado, o Itamaraty não quis se pronunciar sobre a oferta de Milei a Musk. A ordem na chancelaria brasileira é isolar o governo e tratar o caso como um problema do empresário com o Judiciário brasileiro. Um embaixador afirmou que não se pode deixar o “ruído tomar conta”. Essa visão ignora as repercussões no Congresso e no Executivo, especialmente as menções de Musk a Lula, que já reagiu afirmando que o dono da Tesla e da Space X “jamais plantou um pé de capim no Brasil”.

Conhecido por não aceitar qualquer controle ao que é publicado no X e com posições políticas próximas à direita, Musk passou a usar a própria rede social para acusar Moraes de agir como censor ao determinar a remoção de conteúdo publicado por bolsonaristas no X. O ministro decidiu incluí-lo no inquérito das milícias digitais por suposta obstrução de Justiça. Musk considera que o ministro está promovendo a censura no Brasil e ameaça não mais cumprir medidas judiciais que restrinjam o acesso a perfis da rede social.

Visita mantida

Prevista para segunda-feira, dia 15, a visita da chanceler Mondino foi mantida no calendário, mas deixará de ocorrer num ambiente de mais distensionamento, como idealizado pelas duas chancelarias nos últimos meses. A intenção era mostrar que os dois governos trabalham em normalidade, apesar das divergências ideológicas.

Desde que assumiu o cargo, Milei adotou mais cautela e deixou de lado a sequência de ofensas e provocações com Lula. Os embates marcaram a campanha eleitoral no ano passado. Embaixadores que trabalham no meio de campo entre Brasil e Argentina notavam uma aparente “moderação” por parte de Milei e que ele deixara de falar no petista e no Brasil. O embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, chegou a falar em “choque de realidade” no presidente argentino.

Nada disso foi suficente para que os presidentes estabelecessem um canal direto e mais pessoal. Lula e Milei jamais se falaram ao telefone, nem se encontraram ainda. O entorno do petista segue desconfiado da versão Milei “paz e amor”. Ele é visto no governo como alguém que “gosta do outro lado” - o bolsonarismo.

Trajetória de pacificação em risco

Com o afago a Musk no embate com o STF, Milei interrompeu a trajetória de pacificação, mesmo que por meio de seu embaixador e do porta-voz. O teor da manifestação dele foi percebido no governo brasileiro como um posicionamento evidente a favor da narrativa de Musk, ainda que não esteja claro que tipo de contribuição ele poderia oferecer.

Diplomatas dois dois países envolvidos na preparação da visita da ministra foram pegos de surpresa e evitavam comentar o caso. Mondino pode passar pelo constrangimento de ter que explicar o episódio no Brasil - há inclusive quem defenda, no Palácio do Planalto, que ela seja indagada durante a reunião no Itamaraty. A visita vai servir para testar se os governos conseguem deslanchar um trabalho conjunto, a despeito das divergências de lado a lado.

Um membro da chancelaria disse que a oferta de ajuda a Musk, por parte de Milei, é “inócua” - já que ele “não pode fazer nada” em relação ao Judiciário no Brasil - e faz parte de um “show” que não deveria entrar na conversa com Mondino, com quem Vieira tem uma extensa lista de temas da aliança estratégica.

Segundo o Itamaraty, a reunião de trabalho entre ela e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “propiciará diálogo de alto nível sobre temas de interesse estratégico para os dois países, como a infraestrutura física fronteiriça, a cooperação em matéria de energia e de defesa, a Hidrovia Paraguai-Paraná, e o fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional”.

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