Após alívio de sanções dos EUA, Venezuela solta opositores em acordo por eleições livres em 2024


Governo americano relaxou embargos à Venezuela como parte de negociação; em troca, ditadura chavista deve permitir observadores internacionais e votação competitiva

Por Redação
Atualização:

A ditadura da Venezuela libertou cinco presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carreño, assessor do opositor Juan Guaidó. Esse é mais um desdobramento do acordo que o regime chavista fechou com a oposição sob a batuta dos Estados Unidos, que aliviaram as sanções ao petróleo e gás venezuelano, em troca do compromisso com eleições livres em 2024.

O advogado Gerardo Blyde, que liderou as discussões pelo lado da oposição publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Carreño, detido em 2020 por acusações de terrorismo. Na sequência, ele postou uma montagem com o nome e o período de detenção dos cinco presos liberados.

Juan Requesens, discursa em Caracas após ser ferido por apoiadores do regime chavista. Arquivo, 05 de abril de 2017.  Foto: FEDERICO PARRA / AFP
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“Estou um pouco atordoado porque, depois de três anos de tanta espera, de tanta angústia, que a liberdade chegue neste momento em particular me enche de muita esperança de que a liberdade da Venezuela também chegará”, disse Carreño ao sair da prisão de ‘El Helicoide’, sede do serviço de inteligência, em Caracas.

A liberação dos presos segue o acordo assinado entre o regime chavista e a oposição na terça-feira, em Barbados. As negociações se arrastavam desde 2021, e chegaram a ser interrompidas por quase uma nos até que os dois lados chegaram a um consenso para garantir eleições competitivas e com observadores internacionais.

A oposição se prepara para escolher, no domingo, o candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro. E a votação está prevista para o segundo semestre de 2024, ainda sem data definida.

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Como parte do acordo, o Departamento do Tesouro americano suspendeu por seis meses os embargos ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Mas já avisou que pode voltar atrás se os acordos forem descumpridos. Washington tem sancionado Caracas há 15 anos e fechou o cerco à economia venezuelana depois da última eleição, quando Nicolás Maduro declarou vitória em uma votação contestada pela comunidade internacional.

Agora, apesar dos avanços entre regime e oposição, ainda a uma bandeira da oposição que segue em debate: os candidatos que foram barrados da eleição. É o caso, por exemplo, de María Corina Machado, a ex-deputada que vinha ganhando força como principal nome da oposição para enfrentar Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos e, pelo menos em tese, não poderá disputar a eleição no ano que vem.

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Reação Brasileira

Pela sua conta na rede social X, o antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a medida. “Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem. Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos. O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região”, escreveu Lula.

Acusações de conspiração e terrorismo

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Requesens, integrou o Parlamento eleito em 2015 e que tinha maioria opositora. Ele foi condenado por “conspiração” após as explosões de dois drones nas proximidades de um palanque onde Maduro presidia um evento com militares, em 4 de agosto de 2018, em Caracas. As autoridades acusaram o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de planejar o ataque em colaboração com Estados Unidos e Peru.

Requesens foi detido três dias depois ao lado de mais 30 pessoas, incluindo um vereador que morreu sob custódia do serviço de inteligência (Sebin) depois de cair do 10º andar de uma das sedes do organismo. Dois policiais foram condenados pelo crime.

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Carreño era coordenador do partido Vontade Popular, o mesmo de Guaidó — hoje exilado nos Estados Unidos e alvo de um mandado de prisão. Ele foi acusado de atuar como “operador financeiro de planos de conspiração e terrorismo” contra o regime.

Os outros liberados na quarta-feira são: Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo de um ex-marinheiro americano; Mariana Barreto, presa por protestar em 2019 contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado andino de Trujillo; e Eurinel Rincón, que era secretária no ministério da Defesa e foi acusada de traição à pátria e vazamento de informações depois de aparecer em uma foto ao lado de um político da oposição.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que espera o começo da libertação de “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos detidos injustamente”.

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Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal./AFP

A ditadura da Venezuela libertou cinco presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carreño, assessor do opositor Juan Guaidó. Esse é mais um desdobramento do acordo que o regime chavista fechou com a oposição sob a batuta dos Estados Unidos, que aliviaram as sanções ao petróleo e gás venezuelano, em troca do compromisso com eleições livres em 2024.

O advogado Gerardo Blyde, que liderou as discussões pelo lado da oposição publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Carreño, detido em 2020 por acusações de terrorismo. Na sequência, ele postou uma montagem com o nome e o período de detenção dos cinco presos liberados.

Juan Requesens, discursa em Caracas após ser ferido por apoiadores do regime chavista. Arquivo, 05 de abril de 2017.  Foto: FEDERICO PARRA / AFP

“Estou um pouco atordoado porque, depois de três anos de tanta espera, de tanta angústia, que a liberdade chegue neste momento em particular me enche de muita esperança de que a liberdade da Venezuela também chegará”, disse Carreño ao sair da prisão de ‘El Helicoide’, sede do serviço de inteligência, em Caracas.

A liberação dos presos segue o acordo assinado entre o regime chavista e a oposição na terça-feira, em Barbados. As negociações se arrastavam desde 2021, e chegaram a ser interrompidas por quase uma nos até que os dois lados chegaram a um consenso para garantir eleições competitivas e com observadores internacionais.

A oposição se prepara para escolher, no domingo, o candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro. E a votação está prevista para o segundo semestre de 2024, ainda sem data definida.

Como parte do acordo, o Departamento do Tesouro americano suspendeu por seis meses os embargos ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Mas já avisou que pode voltar atrás se os acordos forem descumpridos. Washington tem sancionado Caracas há 15 anos e fechou o cerco à economia venezuelana depois da última eleição, quando Nicolás Maduro declarou vitória em uma votação contestada pela comunidade internacional.

Agora, apesar dos avanços entre regime e oposição, ainda a uma bandeira da oposição que segue em debate: os candidatos que foram barrados da eleição. É o caso, por exemplo, de María Corina Machado, a ex-deputada que vinha ganhando força como principal nome da oposição para enfrentar Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos e, pelo menos em tese, não poderá disputar a eleição no ano que vem.

Reação Brasileira

Pela sua conta na rede social X, o antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a medida. “Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem. Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos. O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região”, escreveu Lula.

Acusações de conspiração e terrorismo

Requesens, integrou o Parlamento eleito em 2015 e que tinha maioria opositora. Ele foi condenado por “conspiração” após as explosões de dois drones nas proximidades de um palanque onde Maduro presidia um evento com militares, em 4 de agosto de 2018, em Caracas. As autoridades acusaram o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de planejar o ataque em colaboração com Estados Unidos e Peru.

Requesens foi detido três dias depois ao lado de mais 30 pessoas, incluindo um vereador que morreu sob custódia do serviço de inteligência (Sebin) depois de cair do 10º andar de uma das sedes do organismo. Dois policiais foram condenados pelo crime.

Carreño era coordenador do partido Vontade Popular, o mesmo de Guaidó — hoje exilado nos Estados Unidos e alvo de um mandado de prisão. Ele foi acusado de atuar como “operador financeiro de planos de conspiração e terrorismo” contra o regime.

Os outros liberados na quarta-feira são: Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo de um ex-marinheiro americano; Mariana Barreto, presa por protestar em 2019 contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado andino de Trujillo; e Eurinel Rincón, que era secretária no ministério da Defesa e foi acusada de traição à pátria e vazamento de informações depois de aparecer em uma foto ao lado de um político da oposição.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que espera o começo da libertação de “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos detidos injustamente”.

Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal./AFP

A ditadura da Venezuela libertou cinco presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carreño, assessor do opositor Juan Guaidó. Esse é mais um desdobramento do acordo que o regime chavista fechou com a oposição sob a batuta dos Estados Unidos, que aliviaram as sanções ao petróleo e gás venezuelano, em troca do compromisso com eleições livres em 2024.

O advogado Gerardo Blyde, que liderou as discussões pelo lado da oposição publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Carreño, detido em 2020 por acusações de terrorismo. Na sequência, ele postou uma montagem com o nome e o período de detenção dos cinco presos liberados.

Juan Requesens, discursa em Caracas após ser ferido por apoiadores do regime chavista. Arquivo, 05 de abril de 2017.  Foto: FEDERICO PARRA / AFP

“Estou um pouco atordoado porque, depois de três anos de tanta espera, de tanta angústia, que a liberdade chegue neste momento em particular me enche de muita esperança de que a liberdade da Venezuela também chegará”, disse Carreño ao sair da prisão de ‘El Helicoide’, sede do serviço de inteligência, em Caracas.

A liberação dos presos segue o acordo assinado entre o regime chavista e a oposição na terça-feira, em Barbados. As negociações se arrastavam desde 2021, e chegaram a ser interrompidas por quase uma nos até que os dois lados chegaram a um consenso para garantir eleições competitivas e com observadores internacionais.

A oposição se prepara para escolher, no domingo, o candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro. E a votação está prevista para o segundo semestre de 2024, ainda sem data definida.

Como parte do acordo, o Departamento do Tesouro americano suspendeu por seis meses os embargos ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Mas já avisou que pode voltar atrás se os acordos forem descumpridos. Washington tem sancionado Caracas há 15 anos e fechou o cerco à economia venezuelana depois da última eleição, quando Nicolás Maduro declarou vitória em uma votação contestada pela comunidade internacional.

Agora, apesar dos avanços entre regime e oposição, ainda a uma bandeira da oposição que segue em debate: os candidatos que foram barrados da eleição. É o caso, por exemplo, de María Corina Machado, a ex-deputada que vinha ganhando força como principal nome da oposição para enfrentar Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos e, pelo menos em tese, não poderá disputar a eleição no ano que vem.

Reação Brasileira

Pela sua conta na rede social X, o antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a medida. “Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem. Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos. O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região”, escreveu Lula.

Acusações de conspiração e terrorismo

Requesens, integrou o Parlamento eleito em 2015 e que tinha maioria opositora. Ele foi condenado por “conspiração” após as explosões de dois drones nas proximidades de um palanque onde Maduro presidia um evento com militares, em 4 de agosto de 2018, em Caracas. As autoridades acusaram o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de planejar o ataque em colaboração com Estados Unidos e Peru.

Requesens foi detido três dias depois ao lado de mais 30 pessoas, incluindo um vereador que morreu sob custódia do serviço de inteligência (Sebin) depois de cair do 10º andar de uma das sedes do organismo. Dois policiais foram condenados pelo crime.

Carreño era coordenador do partido Vontade Popular, o mesmo de Guaidó — hoje exilado nos Estados Unidos e alvo de um mandado de prisão. Ele foi acusado de atuar como “operador financeiro de planos de conspiração e terrorismo” contra o regime.

Os outros liberados na quarta-feira são: Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo de um ex-marinheiro americano; Mariana Barreto, presa por protestar em 2019 contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado andino de Trujillo; e Eurinel Rincón, que era secretária no ministério da Defesa e foi acusada de traição à pátria e vazamento de informações depois de aparecer em uma foto ao lado de um político da oposição.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que espera o começo da libertação de “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos detidos injustamente”.

Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal./AFP

A ditadura da Venezuela libertou cinco presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carreño, assessor do opositor Juan Guaidó. Esse é mais um desdobramento do acordo que o regime chavista fechou com a oposição sob a batuta dos Estados Unidos, que aliviaram as sanções ao petróleo e gás venezuelano, em troca do compromisso com eleições livres em 2024.

O advogado Gerardo Blyde, que liderou as discussões pelo lado da oposição publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Carreño, detido em 2020 por acusações de terrorismo. Na sequência, ele postou uma montagem com o nome e o período de detenção dos cinco presos liberados.

Juan Requesens, discursa em Caracas após ser ferido por apoiadores do regime chavista. Arquivo, 05 de abril de 2017.  Foto: FEDERICO PARRA / AFP

“Estou um pouco atordoado porque, depois de três anos de tanta espera, de tanta angústia, que a liberdade chegue neste momento em particular me enche de muita esperança de que a liberdade da Venezuela também chegará”, disse Carreño ao sair da prisão de ‘El Helicoide’, sede do serviço de inteligência, em Caracas.

A liberação dos presos segue o acordo assinado entre o regime chavista e a oposição na terça-feira, em Barbados. As negociações se arrastavam desde 2021, e chegaram a ser interrompidas por quase uma nos até que os dois lados chegaram a um consenso para garantir eleições competitivas e com observadores internacionais.

A oposição se prepara para escolher, no domingo, o candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro. E a votação está prevista para o segundo semestre de 2024, ainda sem data definida.

Como parte do acordo, o Departamento do Tesouro americano suspendeu por seis meses os embargos ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Mas já avisou que pode voltar atrás se os acordos forem descumpridos. Washington tem sancionado Caracas há 15 anos e fechou o cerco à economia venezuelana depois da última eleição, quando Nicolás Maduro declarou vitória em uma votação contestada pela comunidade internacional.

Agora, apesar dos avanços entre regime e oposição, ainda a uma bandeira da oposição que segue em debate: os candidatos que foram barrados da eleição. É o caso, por exemplo, de María Corina Machado, a ex-deputada que vinha ganhando força como principal nome da oposição para enfrentar Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos e, pelo menos em tese, não poderá disputar a eleição no ano que vem.

Reação Brasileira

Pela sua conta na rede social X, o antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a medida. “Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem. Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos. O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região”, escreveu Lula.

Acusações de conspiração e terrorismo

Requesens, integrou o Parlamento eleito em 2015 e que tinha maioria opositora. Ele foi condenado por “conspiração” após as explosões de dois drones nas proximidades de um palanque onde Maduro presidia um evento com militares, em 4 de agosto de 2018, em Caracas. As autoridades acusaram o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de planejar o ataque em colaboração com Estados Unidos e Peru.

Requesens foi detido três dias depois ao lado de mais 30 pessoas, incluindo um vereador que morreu sob custódia do serviço de inteligência (Sebin) depois de cair do 10º andar de uma das sedes do organismo. Dois policiais foram condenados pelo crime.

Carreño era coordenador do partido Vontade Popular, o mesmo de Guaidó — hoje exilado nos Estados Unidos e alvo de um mandado de prisão. Ele foi acusado de atuar como “operador financeiro de planos de conspiração e terrorismo” contra o regime.

Os outros liberados na quarta-feira são: Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo de um ex-marinheiro americano; Mariana Barreto, presa por protestar em 2019 contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado andino de Trujillo; e Eurinel Rincón, que era secretária no ministério da Defesa e foi acusada de traição à pátria e vazamento de informações depois de aparecer em uma foto ao lado de um político da oposição.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que espera o começo da libertação de “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos detidos injustamente”.

Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal./AFP

A ditadura da Venezuela libertou cinco presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carreño, assessor do opositor Juan Guaidó. Esse é mais um desdobramento do acordo que o regime chavista fechou com a oposição sob a batuta dos Estados Unidos, que aliviaram as sanções ao petróleo e gás venezuelano, em troca do compromisso com eleições livres em 2024.

O advogado Gerardo Blyde, que liderou as discussões pelo lado da oposição publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Carreño, detido em 2020 por acusações de terrorismo. Na sequência, ele postou uma montagem com o nome e o período de detenção dos cinco presos liberados.

Juan Requesens, discursa em Caracas após ser ferido por apoiadores do regime chavista. Arquivo, 05 de abril de 2017.  Foto: FEDERICO PARRA / AFP

“Estou um pouco atordoado porque, depois de três anos de tanta espera, de tanta angústia, que a liberdade chegue neste momento em particular me enche de muita esperança de que a liberdade da Venezuela também chegará”, disse Carreño ao sair da prisão de ‘El Helicoide’, sede do serviço de inteligência, em Caracas.

A liberação dos presos segue o acordo assinado entre o regime chavista e a oposição na terça-feira, em Barbados. As negociações se arrastavam desde 2021, e chegaram a ser interrompidas por quase uma nos até que os dois lados chegaram a um consenso para garantir eleições competitivas e com observadores internacionais.

A oposição se prepara para escolher, no domingo, o candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro. E a votação está prevista para o segundo semestre de 2024, ainda sem data definida.

Como parte do acordo, o Departamento do Tesouro americano suspendeu por seis meses os embargos ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Mas já avisou que pode voltar atrás se os acordos forem descumpridos. Washington tem sancionado Caracas há 15 anos e fechou o cerco à economia venezuelana depois da última eleição, quando Nicolás Maduro declarou vitória em uma votação contestada pela comunidade internacional.

Agora, apesar dos avanços entre regime e oposição, ainda a uma bandeira da oposição que segue em debate: os candidatos que foram barrados da eleição. É o caso, por exemplo, de María Corina Machado, a ex-deputada que vinha ganhando força como principal nome da oposição para enfrentar Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos e, pelo menos em tese, não poderá disputar a eleição no ano que vem.

Reação Brasileira

Pela sua conta na rede social X, o antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a medida. “Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra a Venezuela, depois que o governo e a oposição venezuelanos assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem. Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos. O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região”, escreveu Lula.

Acusações de conspiração e terrorismo

Requesens, integrou o Parlamento eleito em 2015 e que tinha maioria opositora. Ele foi condenado por “conspiração” após as explosões de dois drones nas proximidades de um palanque onde Maduro presidia um evento com militares, em 4 de agosto de 2018, em Caracas. As autoridades acusaram o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de planejar o ataque em colaboração com Estados Unidos e Peru.

Requesens foi detido três dias depois ao lado de mais 30 pessoas, incluindo um vereador que morreu sob custódia do serviço de inteligência (Sebin) depois de cair do 10º andar de uma das sedes do organismo. Dois policiais foram condenados pelo crime.

Carreño era coordenador do partido Vontade Popular, o mesmo de Guaidó — hoje exilado nos Estados Unidos e alvo de um mandado de prisão. Ele foi acusado de atuar como “operador financeiro de planos de conspiração e terrorismo” contra o regime.

Os outros liberados na quarta-feira são: Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo de um ex-marinheiro americano; Mariana Barreto, presa por protestar em 2019 contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado andino de Trujillo; e Eurinel Rincón, que era secretária no ministério da Defesa e foi acusada de traição à pátria e vazamento de informações depois de aparecer em uma foto ao lado de um político da oposição.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que espera o começo da libertação de “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos detidos injustamente”.

Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal./AFP

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